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Em face de MARCOS SILVA DE LIMA, brasileiro, casado, médico inscrita no CPF sob o nº
000.000.000-02 e no RG nº 0.000.002, residente e domiciliado na Rua Dom João, bairro centro,
cidade Garanhuns, e endereço eletrônico em MarcosSM@gmail.com, pelos fatos e fundamentos
jurídicos que a seguir se expõe:
1. DOS FATOS
A mãe do autor CLAUDIA tivera relacionamento com o réu MARCOS durante algum tempo, dessa
relação conjugal nasceu ALEXANDRE o qual foi acompanhado durante os períodos iniciais de sua
vida por seu pai.
Até os seis anos de idade Alexandre mantivera considerável relação com seu pai, contudo, ao
nascimento de sua irmã, fruto de outro relacionamento a qual Marcos tinha estabelecido, abandonou
as relações que estabelecera previamente com seu filho.
Em razão desses acontecimentos, Marcos rompeu sua relação com Alexandre apenas mantendo
seu vínculo jurídico por conta de suas obrigações legais, desse modo, negligenciado todo o dever de
cuidado do vínculo paterno com seu filho.
Por diversas vezes Alexandre tentará reestabelecer seu vinculo afetivo com seu pai ao longo de
quinze anos, porém todas as tentativas foram ineficazes em virtude de ele abdicar da criação,
desenvolvimento e educação do seu filho.
Desse modo, em razão de tais condutas exercidas por Marcos tornou-se necessário ingressar em
via judicial para demonstrar o abandono sofrido por parte de seu pai e requerer a devida
condenação judicial de tal atitude.
(...)
Ou seja, diante de todo o exposto o autor tem o direito ao reconhecimento do abandono afetivo, em
virtude de toda a situação de negligencia ao dever de cuidado a qual sofreu durante a sua vida,
dessa maneira não resta dúvida a necessidade de amparo legal quanto a isso, reforço que todo o
exposto enquadra-se conforme precedente do STJ:
(...)
Sendo evidenciada essa violação, aplica-se o Código civil para a devida reparação pecuniária,
considerando que o mesmo dispõe em seus artigos.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
(...)
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
A indenização por dano moral serve para financiar meios que possam diminuir a dor, a angustia, a
solidão, o desamparo ocorrido por quem tinha o dever de cuidar do filho, e não para substituir o laço
afetivo, pois esse laço jamais poderá ser substituído.
3. DOS PEDIDOS
Mediante o exposto, requer:
1. O recebimento da presente ação, atestando o seu cabimento;
2. A intimação da parte demandada para apresentar contestação dentro do prazo legal;
3. Informa o autor que possui interesse na conciliação e mediação;
4. Que ao final seja a demandada condenada a pagar R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de
indenização por danos morais;
5. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros
previstos no art. 85, § 2º do CPC;
6. Análise psicossocial do Autor, evidenciando os danos psicológicos causados pelo
abandono.
Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
ADVOGADO
OAB/XX nº 1000