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Arcos
2018
Aída Pacheco Flávio
Arcos
2018
Aída Pacheco Flávio
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Orientadora
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Banca Examinadora
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Banca Examinadora
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
4 PRINCÍPIOS ........................................................................................................... 31
4.1 Princípio da vulnerabilidade............................................................................. 31
4.2 Princípio da proteção do consumidor ............................................................. 33
4.3 Princípio da hipossuficiência ........................................................................... 33
4.4 Princípio da boa-fé objetiva .............................................................................. 34
4.5 Princípio da dignidade da pessoa humana ..................................................... 35
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 41
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 43
ANEXOS ................................................................................................................ 47
15
1 INTRODUÇÃO
2 CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
1A título de ilustração, consta no Anexo A tabela elaborada pelo IBGE com projeções estatísticas do
número populacional, separado por grupos etários.
18
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
das seguintes contribuições sociais.
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral,
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
(...)
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos
termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de
contribuição, se mulher:
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade,
se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de
ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de
economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o
pescador artesanal. (BRASIL, 1988)
Assim também no artigo 203 diz que a política pública de assistência social a
quem dela necessitar, sem a obrigatoriedade da contribuição, com o objetivo de
proteger entre outros à velhice. No inciso V reafirma um salário mínimo mensal ao
portador de necessidades especiais e ao idoso que não consegue promover sua
subsistência ou que a família não é capaz de provê-la.
O artigo 229 diz que é dever dos filhos maiores ajudar e amparar os pais na
velhice, carência ou enfermidade.
O artigo 230 explicita que é dever da família, da sociedade e do Estado
amparar os idosos, assegurar a participação desses na sociedade, defender a
dignidade e o bem-estar e garantir o direito à vida. No parágrafo 1º é comentado que
programas de amparo aos idosos deverão ser realizados, de preferência, nos seus
lares; e, no parágrafo 2º, a gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos maiores
de 65 anos. Sendo estas as abordagens mais marcantes da carta magna brasileira.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade.
discorrem CIELO e VAZ (2009) uma lei ao ser aprovada e tornar-se vigente, leva
tempo até atingir suas intenções trazendo as mudanças esperadas, requerendo,
portanto, empenho na divulgação das medidas e empenho na fiscalização de seu
efeito.
Em 2004 a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) foi precursor para
que em 2005 fosse criado o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e
finalmente em 2006 atentando especificamente para a saúde, veio a Política
Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e o Pacto pela Saúde, instituído pela Portaria
do Ministério da Saúde nº 399/06, que se constitui em um conjunto de reformas
institucionais do Sistema Único de Saúde – SUS –, compartilhado pela União, pelos
estados e municípios. Estas somam o conjunto de normas que tentam proteger o
idoso, considerado pelo Estatuto, a pessoa física a partir dos 60 anos de idade.
Portanto, ainda que com diversas legislações e tentativas de acerto, o
cidadão idoso enquanto pessoa humana é complexo e abundante em necessidades
e especificidades sujeitas de direitos a serem não somente escritos em letras de leis,
como também posto em pratica através da exigibilidade de seu cumprimento.
vedado, e será punido nos termos desta lei, estipular em quaisquer contratos taxas
de juros superiores ao dobro legal, Código Civil, art. 1062”, prática que previa
inclusive repercussões criminais SILVA NETO (2013).
Por fim a defesa do consumidor foi reconhecida no final da década de 1980
quando a Constituição Federal passou a versar sobre os direitos e deveres
individuais e coletivos, colocando o direito do consumidor como garantia
fundamental no seu art. 5º. Posterior a este marco constitucional nasce o atual
supramencionado Código de Defesa do Consumidor. Sobre ele ALMEIDA (2003)
diz:
determinado consumidor, sem proteção jurídica que o diferencie dos demais, ainda
que este tenha mais especificidades.
Como visto, os idosos são uma crescente parcela da sociedade, tanto que o
mercado de consumo e capitais detectaram nestes um público consumidor cada dia
mais significativo e lucrativo.
Se de um lado os idosos recebem proteção integral com toda prioridade, não
se pode esquecer que, copiosamente, atuam como destinatários finais de produtos e
serviços, se encaixando também na definição de consumidores, razão pela qual
estas duas legislações devem ser conjugadas.
O comércio se adaptou aos idosos, facilitando as formas de aquisição de
produtos e contratação de prestação de serviços, com valores diferenciados e
abertura de créditos a serem pagos em prestações numerosas.
WHITAKER (2007) explica longamente como a industrialização e a
urbanização do país alteraram substancialmente a posição do idoso dentro da
família e na sociedade como um todo.
Essa conquista econômica, em relação à concessão de créditos,
desencadeou uma problemática quanto à independência e autonomia financeira
desses idosos, já que muitas dessas pessoas são aposentadas e acabam
comprometendo além da metade da parcela de seus benefícios com dívidas, que
por vezes são desnecessárias e fraudulentas.
Neste sentido, o idoso, arrebatado pela vontade de ajudar economicamente a
sua família ou até aproveitar o seu tempo ocioso, não captura as armadilhas que a
maioria dos contratos apresenta, como juros elevados e valores das parcelas além
dos trinta por cento legais a serem descontados do benefício do INSS ou da conta
bancária, gerando o fenômeno do superendividamento, a ser abordado no capítulo
seguinte, afetando diretamente na subsistência mínima e essencial do consumidor.
4 PRINCÍPIOS
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
(...)
V - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem
o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a
boa-fé ou a eqüidade; (BRASIL, 1990)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...) (BRASIL, 1988)
Por ser tão amplo e atender tantas esferas dos direitos brasileiro, é de suma
importância que se destaque o pertinente a corrente discussão acerca das relações
de consumo.
Está previsto no texto constitucional, especificamente no inciso XXXII, do art.
supramencionado, quando o legislador dita que:
Neste sentido, visando impor limites à concessão de credito que trata este
tópico, o Instituto Nacional de Seguridade Social atualizou através da Portaria 1.959,
de 8 de novembro de 2017 as taxas máximas para concessão de credito, sendo
2,08%.
Em linhas gerais, quando ao que se pretende discutir, limita-se aos referidos
percentuais o que existe para proteger a vulnerabilidade financeira dos idosos
quanto à tomada de credito.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, João Batista de. A proteção jurídica do consumidor. 4. ed. rev., atual.
São Paulo: Saraiva, 2003.
ALMEIDA, João Batista de. Manual de direito do consumidor. São Paulo: Saraiva,
2003.
BESSA, Leonardo Roscoe; MOURA, Walter José Faiad de. Manual de direito do
consumidor. 3. ed. Brasilia, DF: Secretaria Nacional do Consumidor, 2010.
BRASIL. Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916. Código Civil dos Estados Unidos
do Brasil. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 5 jan. 1916.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 12. ed. rev.,
ampl .e atual. São Paulo: Malheiros, 2000.
MENDES, Márcia R.S.S. Barbosa; GUSMAO, Josiane Lima de; FARO, Ana Cristina
Mancussi; LEITE, Rita de Cássia Burgos de O. A situação social do idoso no
Brasil: uma breve consideração. Acta paul. enferm. [online]. 2005, vol.18, n.4,
pp.422-426. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v18n4/a11v18n4.pdf>.