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28/08/2023, 08:00 Direito de Família — Pensão alimentícia no direito de família | Ministério Público do Estado do Paraná

Direito de Família — Pensão alimentícia


no direito de família
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Pensão alimentícia no direito de família

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O que é pensão
alimentícia?
Pensão alimentícia é o valor pago a uma
pessoa para o suprimento de suas
necessidades básicas de sobrevivência e
manutenção. Apesar da palavra
“alimentos”, o valor não se limita apenas
aos recursos necessários à alimentação
propriamente dita, devendo abranger,
também, os custos com moradia,
vestuário, educação e saúde, entre
outros.

Quem tem direito a


receber pensão alimentícia?
Podem receber pensão alimentícia os filhos e os ex-cônjuges e ex-companheiros de união
estável. Aos filhos de pais separados ou divorciados, o pagamento da pensão alimentícia é
obrigatório até atingirem a maioridade (18 anos de idade) ou, se estiverem cursando o pré-
vestibular, ensino técnico ou superior e não tiverem condições financeiras para arcar com os
estudos, até os 24 anos. No caso do ex-cônjuge ou ex-companheiro, é devida a pensão
alimentícia sempre que ficar comprovada a necessidade do beneficiário para os custos
relativos à sua sobrevivência, bem como a possibilidade financeira de quem deverá pagar a
pensão. Neste caso, o direito a receber a pensão será temporário e durará o tempo
necessário para que a pessoa se desenvolva profissionalmente e reverta a condição de
necessidade. Os direitos do ex-companheiro de união estável são os mesmos do ex-cônjuge
do casamento em relação ao pagamento de pensão alimentícia.

Como é calculado o valor da pensão?


Não há um valor ou percentual pré-determinado para o pagamento da pensão alimentícia.
Para o cálculo, são consideradas as possibilidades financeiras daquele que tem a obrigação
de pagar e a necessidade de quem receberá o benefício. O objetivo é garantir o pagamento
dos custos necessários à sobrevivência daquele que tem o direito a receber a pensão, sem
que isso prejudique, de forma significativa, as condições de subsistência do devedor. Para a
definição do valor a ser pago a título de pensão alimentícia, recomenda-se a fixação de um
percentual com desconto direto em folha de pagamento, sempre que a parte que pagará o
benefício tenha um vínculo empregatício formal. A medida assegura que o valor da pensão
não fique defasado com o passar dos anos e que o repasse possa realizar-se de forma
imediata.

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Se o ex-cônjuge casar-se novamente, perde o direito à


pensão? E como fica a pensão paga ao filho?
Em caso de novo casamento ou união estável, o ex-cônjuge ou ex-companheiro perde o
direito à pensão. No entanto, a nova relação não altera o direito do filho ao recebimento do
benefício até que atinja a maioridade (18 anos) ou, se estiver cursando o pré-vestibular,
ensino técnico ou superior e não tiver condições financeiras para arcar com os estudos, até
os 24 anos. Na hipótese de o novo casamento ou união estável ser daquele que paga a
pensão, a nova situação não encerra a obrigação do pagamento do benefício ao ex-cônjuge
ou ex-companheiro e ao filho, mas pode, eventualmente, justificar a revisão do valor pago.

Homens também têm direito à pensão alimentícia


paga pela ex-mulher? Em que circunstâncias?
A legislação atribui ao homem e à mulher os mesmos direitos e deveres no casamento e na
união estável. Portanto, recaem sobre cada um as mesmas obrigações quanto ao pagamento
de pensão alimentícia. Com isso, se ficar comprovada a necessidade do recebimento por
parte do homem – e que a mulher tem a possibilidade de pagar – poderá ser cobrado o
benefício. No mesmo sentido, no caso dos casais com filhos, quando a guarda fica sob a
responsabilidade do pai, a mãe deverá pagar a pensão alimentícia relativa ao filho, sempre
que tiver condições financeiras para tanto.

Quais são as punições previstas para quem não paga


a pensão alimentícia?
O não pagamento da pensão alimentícia pode acarretar algumas sanções ao devedor, entre
elas:
Prisão civil – Poder ocorrer quando o devedor de alimentos, citado judicialmente por não ter
pago a pensão nos três últimos meses anteriores ao processo, não apresenta em Juízo
justificativa para o não pagamento ou comprovante da efetiva quitação dos débitos. Nestas
hipóteses, a prisão civil pode ser decretada por um período de até três meses, em regime
fechado.
Penhora de bens – Na cobrança das pensões vencidas e não pagas antes dos últimos três
meses (ou seja, para períodos antigos), pode ocorrer a penhora de bens, como, por exemplo,
de dinheiro depositado em conta-corrente ou poupança, carros e imóveis.
Protesto – A partir do novo Código de Processo Civil, também pode ser imposta restrição de
crédito ao devedor da pensão. O autor da dívida pode ter seu nome negativado junto a
instituições financeiras, como a Serasa e o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

E se os pais não possuírem condições financeiras de


pagar a pensão alimentícia?
Nos casos em que o pai e a mãe não tiverem condições financeiras de arcar com o
pagamento do benefício, outros integrantes da família poderão ser acionados como
responsáveis, como avós, tios e até irmãos. Importante ressaltar, no entanto, que tal situação

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deve ser momentânea e, tão logo os pais voltem a ter condições de arcar com o pagamento
da pensão, reverte-se a responsabilidade pelo pagamento.

E se o filho estiver sob a guarda de terceiros, quem é


responsável pelo pagamento?
Mesmo que o filho menor de idade esteja sob a guarda de terceiros, como avós e tios,
continua sendo dever dos pais o pagamento da pensão alimentícia aos filhos.

Por quanto tempo a pensão alimentícia deve ser


paga?
Aos filhos, o prazo limite para o pagamento da pensão alimentícia é até que atinjam a
maioridade (18 anos) ou até os 24 anos, caso estejam cursando o pré-vestibular, ensino
técnico ou superior e não tenham condições financeiras para arcar com os estudos. No caso
do ex-cônjuge ou ex-companheiro de união estável, não há um prazo limite para o
recebimento da pensão alimentícia. O direito a receber a pensão será temporário e durará o
tempo necessário para que a pessoa se desenvolva profissionalmente e reverta a condição
de necessidade. A lógica para o pagamento do benefício é a de que ele seja transitório,
devendo ser efetuado enquanto houver necessidade da parte que o recebe e possibilidade da
parte que paga.

O valor da pensão alimentícia pode ser reajustado?


Sim. A pensão alimentícia pode ser alterada para mais ou para menos, sempre que ficar
comprovada modificação na necessidade daquele que a recebe ou nas condições financeiras
de quem realiza o pagamento. Nesses casos, o interessado poderá reclamar em Juízo,
conforme as circunstâncias, a exoneração, a redução ou o aumento do encargo. Isso ocorre
por meio da ação revisional de alimentos, ocasião em que devem ser apresentadas e
comprovadas as justificativas das partes.

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