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Segundo a Segurança Social (2023), a mulher grávida poderá ter direito ao

abono de família pré-natal. O mesmo é atribuído a partir da 13.ª semana de gestação e


visa incentivar a maternidade através da compensação dos encargos acrescidos durante
o período de gravidez. As condições da atribuição do apoio são: ter atingido a 13.ª
semana de gestação; ser residente em Portugal ou equiparado a residente; ter o
rendimento de referência igual ou inferior ao valor estabelecido para o 4.º escalão de
rendimentos (superior a 1,7 x IAS x 14 e iguais ou inferiores a 2,5 x IAS x 14), sendo o
IAS - Indexante dos Apoios Sociais / 2023 = 480,43 €. O abono de família pré-natal é
atribuído por 6 meses, a partir do mês seguinte àquele em que se atinge a 13.ª semana de
gravidez, se o mesmo for superior a 40 semanas, é atribuído por 6 meses ou até ao mês
do nascimento. Se for inferior a 40 semanas, é atribuído por 6 meses, podendo depois
ser acumulado com o abono de família para crianças e jovens após o nascimento. No
caso de ocorrer interrupção da gravidez é atribuído até ao mês da interrupção da
gravidez, devendo esse facto ser comunicado aos serviços da Segurança Social.

Para além deste apoio, a mulher grávida poderá ter direito ao subsídio por risco
clínico durante a gravidez, o mesmo é atribuído à trabalhadora, durante a gravidez, com
vista a substituir o rendimento de trabalho perdido, em caso de risco clínico para a
grávida ou para o nascituro (criança que vai nascer). O apoio é atribuído por um período
variável, pelo tempo necessário para prevenir o risco clínico de acordo com indicação
médica. As condições da atribuição do apoio são: ter prazo de garantia de 6 meses civis,
seguidos ou interpolados, com registo de remunerações, à data do impedimento para o
trabalho, sendo que para a contagem dos 6 meses, consideram-se os períodos de registo
de remunerações noutros regimes de proteção social, nacionais ou estrangeiros, desde
que não se sobreponham, que abranjam esta modalidade de proteção, incluindo o da
função pública; gozar as respetivas licenças, faltas e dispensas não retribuídas nos
termos do Código do Trabalho ou de períodos equivalentes e, por fim, ter a situação
contributiva regularizada na data em que é reconhecido o direito à prestação, se for
trabalhador independente ou se estiver abrangido pelo regime do seguro social
voluntário (Segurança Social, 2023).

Segundo a Segurança Social (2023), o subsídio social por risco clínico durante a
gravidez, é outro apoio que a mulher grávida pode obter. Assim como o subsídio por
risco clínico durante a gravidez, o subsídio social por risco clínico também é atribuído à
trabalhadora, durante a gravidez, com vista a substituir o rendimento de trabalho
perdido, em caso de risco clínico para a grávida ou para a criança que vai nascer. No
entanto, as condições para requerer o apoio são: ser residente em Portugal ou
equiparado a residente, exercer atividade profissional; não ter a requerente e o seu
agregado familiar, à data do requerimento, património mobiliário (depósitos bancários,
ações, obrigações, certificados de aforro, títulos de participação e unidades de
participação em instituições de investimento coletivo) no valor superior a 115.303,20 €
(240 vezes o valor do indexante dos apoios sociais - IAS); ter rendimento mensal, por
pessoa, do agregado familiar, igual ou inferior a 384,34 € (80% do IAS) e ter a situação
contributiva perante a Segurança Social regularizada, na data em que é reconhecido o
direito à prestação, se for trabalhador independente ou se estiver abrangido pelo regime
do seguro social voluntário.

O subsídio por riscos específicos também poderá ser requerido. O mesmo é


atribuído à trabalhadora grávida, puérpera e lactante que na sua atividade profissional
desempenhe trabalho noturno ou se encontre exposta a riscos específicos que
prejudiquem a sua segurança e saúde, desde que o empregador não lhe possa distribuir
outras tarefas. O subsídio é concedido pelo período necessário para prevenir o risco
específico. As condições para ter direito a este apoio são: ter prazo de garantia de 6
meses civis, seguidos ou interpolados, com registo de remunerações, à data do
impedimento para o trabalho, sendo que para a contagem dos 6 meses, consideram-se os
períodos de registo de remunerações noutros regimes de proteção social, nacionais ou
estrangeiros, desde que não se sobreponham, que abranjam esta modalidade de
proteção, incluindo o da função pública; gozar as respetivas licenças, faltas e dispensas
não retribuídas nos termos do Código do Trabalho ou de períodos equivalentes e, por
último, ter a situação contributiva regularizada na data em que é reconhecido o direito à
prestação, se for trabalhador independente ou se estiver abrangido pelo regime do
seguro social voluntário (Segurança Social, 2023).

Por fim, segundo a Segurança Social (2023), existe também, o subsídio por
interrupção da gravidez. O subsídio destina-se à trabalhadora, com vista a substituir o
rendimento de trabalho perdido, na situação de interrupção da gravidez medicamente
certificada. O mesmo é atribuído durante 14 a 30 dias, de acordo com indicação médica.
Para obter o subsidio é necessário ter as seguintes condições: ter prazo de garantia de 6
meses civis, seguidos ou interpolados, com registo de remunerações, à data do
impedimento para o trabalho; para a contagem dos 6 meses, consideram-se os períodos
de registo de remunerações noutros regimes de proteção social, nacionais ou
estrangeiros, desde que não se sobreponham, que abranjam esta modalidade de
proteção, incluindo o da função pública; gozar as respetivas licenças, faltas e dispensas
não retribuídas nos termos do Código do Trabalho ou de períodos equivalentes e por
último, ter a situação contributiva regularizada na data em que é reconhecido o direito à
prestação, se for trabalhador independente ou se estiver abrangido pelo regime do
seguro social voluntário. É importante referir que a cessação ou suspensão do contrato
de trabalho não prejudica o direito à atribuição das prestações.

Segundo a SNS24 (2023), os pais também poderão usufruir do programa Janela


Aberta Á Família. O mesmo é um projeto público e gratuito da responsabilidade
conjunta da Direção-Geral da Saúde, que pretende ajudar os pais nos cuidados pré-
natais e nos cuidados após o nascimento do bebé.

O programa, iniciado em 2007, pretende ajudar os pais nas suas tarefas através
da abertura de uma "janela" de comunicação com técnicos (médicos, psicólogos e
outros), sempre que queiram, utilizando as velhas e novas tecnologias de uma forma
simples e acessível. O programa de apoio à parentalidade foi criado e implementado
pela Administração Regional de Saúde do Algarve IP em parceria com as duas unidades
do Centro Hospitalar do Algarve, sendo o único no contexto nacional e internacional, e
já foi distinguido com um 2º lugar na categoria “Educação” dos Prémios Hospital do
Futuro 2011 (Janela Aberta Á Família, 2021).

Segundo a Janela Aberta Á Família (2021), para a realização da inscrição, os


pais poderão se candidatar pela internet, e por isso, o programa ultrapassa os limites
territoriais da Região do Algarve. Neste momento, o programa oferece os seguintes
serviços gratuitos: o Website para inscrição automática e gestão do envio de
informação: janela-aberta-familia.min-saude.pt; a página no Facebook em
www.facebook.com/janela.familia; variados artigos e vídeos; resposta a perguntas por
email; videochats mensais para o esclarecimento interativo das famílias com técnicos
de saúde; canal no Youtube em www.youtube.com/user/janelaabertafamilia ; entrega e
envio de informação às famílias ao longo de todo o seu ciclo de vida parental: 1º- Guia
para Grávidas entregue nos centros de saúde do Algarve; 2º - Guia para Pais (durante o
puerpério) entregue nos hospitais públicos do Algarve; 3º - 47 Boletins
semanais/mensais /semestrais já construídos para crianças desde o nascimento aos 15
anos e, por fim, avaliações anuais.

Referências:

Segurança Social. (2023). Abono de família pré-natal - seg-social.pt. https://www.seg-

social.pt/abono-de-familia-pre-natal2

SNS24. (2023). Guia para grávidas.

https://www.sns24.gov.pt/guia/guia-para-gravidas/#o-que-e-o-programa-janela-aberta-

a-familia

Janela Aberta à Família. (2021). Quem Somos? | Janela Aberta à Família. https://janela-

aberta-familia.min-saude.pt/quem-somos-0

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