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Assunto: União estável e casamento no civil

o casamento válido revoga tacitamente a união estável, sobretudo porque a união


estável só pode existir se não houver os impedimentos elencados no art. 1.521 do
Código Civil, conforme art. 1.723, § 1º, do mesmo estatuto legal:

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com
o objetivo de constituição de família.

§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521;


não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar
separada de fato ou judicialmente.

Diz o art. 1.521 do CC:

Art. 1.521. Não podem casar:

I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;

II - os afins em linha reta;

III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do
adotante;

IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau


inclusive;

V - o adotado com o filho do adotante;

VI - as pessoas casadas;

VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de


homicídio contra o seu consorte.

Note-se, neste dispositivo de lei, que a existência de união estável não está
listada como causa de impedimento para o casamento.

Contudo, com o advento do casamento, os direitos e deveres próprios aos ex-


companheiros não ficam prejudicados, seja em relação ao patrimônio - conforme o
regime de bens escolhido na união -, como também em relação aos filhos comuns.

O ideal é que se faça o distrato da união. Porém, caso não haja consenso, não é
necessário ajuizar ação de dissolução e aguardar seu desfecho para o (a) ex-
companheiro (a) estar apto (a) ao casamento

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