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ALUNO: EDUARDA ESHILLY DOS SANTOS SOUSA

CURSO: BACHARELADO EM DIREITO


SEMESTRE: 2022.2 PERÍODO: 7º DISCIPLINA: DIREITO
DE FAMÍLIA
PROFESSORA: DEISY SANGLARD DE SOUSA
ATIVIDADE DEVERÁ SER ENVIADA ATRAVÉS DO SISTEMA GFLEX

ATIVIDADE DIRIGIDA
1.
.

Fonte ENADE/2018 INEP

Considerando-se os princípios aplicáveis ao Direito de família, inclusive sob o


prisma constitucional no que se refere às entidades familiares e sua proteção,
bem como premissas já decididas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é
possível afirmar que:

a) o casamento entre pessoas do mesmo sexo, desimpedidas, é possível;


estabelecendo relações obrigacionais mútuas, mas, por falta de previsão legal
expressa não estabelece relações sucessórias, podendo os cônjuges
homoafetivos beneficiarem-se apenas por meio de testamento.
b) à união estável aplicam-se somente as normas do direito civil obrigacional,
acrescidas daquelas que amparam a mulher previdenciariamente e no
reconhecimento da constituição de patrimônio comum.
c) nada obstante a igualdade jurídica entre homem e mulher, permanece o
patriarcalismo, residualmente, na administração do patrimônio material do
núcleo familiar.
d) os filhos possuem direitos iguais, independentemente de sua origem, salvo
aqueles adotados após a maioridade, em relação a restrições sucessórias,
somente.
e) a paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede
o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem
biológica, com todas as suas consequências patrimoniais e extrapatrimoniais
reconhecido como multiparentalidade.
2. Considerando o disposto na legislação civil pátria, quanto à realização,
validade e eficácia do casamento, assinale a alternativa correta.

a) O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade


de direitos e deveres dos cônjuges, ficando a cargo da mulher a educação dos
filhos, e do marido, o sustento da família.
b) O casamento é civil e gratuita a sua celebração, embora as taxas
recolhidas em cartório tenham natureza extrafiscal concernentes à celebração.
c) O registro do casamento religioso submete-se a vários requisitos diversos
dos exigidos para o casamento civil.
d) O casamento se realiza no momento em que os nubentes manifestam,
perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara
casados.
e) Será eficaz o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer
dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.

3. Em atenção às normas e doutrina relacionada ao Direito de Família, considere


as proposições abaixo e indique a (s) alternativa (s) correta (s), se houver:

(I) Claudemira e José casaram-se no dia 03 de Junho de 2018 no Templo reino


dos Céus uma vez que são cristãos e pretendiam trocar seus votos de união e
fidelidade perante Autoridade Religiosa. No dia 03 de Julho de 2018, eles
registraram o respectivo casamento religioso no registro próprio objetivando a
sua equiparação ao casamento civil. De acordo com o Código Civil brasileiro,
neste caso, o respectivo casamento religioso produzirá efeitos a contar da data
de seu registro.
(II) A celebração do casamento civil é gratuita apenas para os que declararem
a pobreza, sob as penas da lei.
(III) Tanto o casamento nulo quanto o anulável requerem, para a sua invalidação,
pronunciamento judicial em ação própria, visto que ao juiz é vedado declarar de
ofício a invalidade
(IV) O casamento celebrado em iminente risco de morte poderá ser celebrado
na presença de seis testemunhas, que deverão em 10 dias comparecer no
cartório de registro civil para que seja realizado o seu registro.
(V) O casamento civil poderá ser celebrado em prédio particular, inclusive, em
caso de se tratar de moléstia grave de um dos nubentes.
(VI) O Código Civil adotou o critério biopsicológico com relação à idade núbil;
assim, para a mulher e o homem poderem casar é necessário que tenham
completado, respectivamente, dezesseis e dezoito anos de idade.

RESPOSTA: itens III, IV

4. Sobre o casamento civil, analise:

I. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi


realizado o requerimento.
II. Caso a celebração do casamento seja suspensa ante a recusa solene da
vontade de um dos contraentes, é possível a retratação no mesmo dia.
III. Não podem casar os irmãos, unilaterais ou bilaterais e demais colaterais até
o terceiro grau, inclusive. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento
da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
Considere as proposições acima e indique a (s) alternativa (s) correta (s),
se houver:

R: item III

5. Em relação ao registro do casamento religioso para efeitos civis, analise as


seguintes proposições.

I. A habilitação matrimonial perante o oficial do registro civil das pessoas naturais


poderá ser antes ou depois da celebração do casamento religioso pela
autoridade ou ministro religioso.
II. O termo ou assento do casamento religioso será assinado pelo celebrante do
ato, pelos nubentes e pelas testemunhas.
III. O registro civil de casamento religioso deverá ser promovido dentro de
noventa dias de sua realização. Após referido prazo, o registro dependerá de
nova habilitação.
IV. O casamento religioso celebrado sem as formalidades prévias exigidas pela
lei civil poderá ser registrado a qualquer tempo desde que se realizada a
habilitação certifique-se inexistência de impedimentos.
V. O casamento putativo, embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-
fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes produz todos os
efeitos até o dia da sentença que reconheça a invalidade.

Está correto o que se afirma em:

a) I apenas.
b) II,III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV
e) I, II, III, IV e V.

6. Em atenção à legislação civil expressa, não incide causa suspensiva no


casamento entre:

a) O cônjuge sobrevivente e o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio


contra o seu consorte.
b) O viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros.
c) A viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da
sociedade conjugal.
d) O divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha
dos bens do casal.
e) O tutor e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou
sobrinhos, com a pessoa tutelada, enquanto não cessar a tutela, e não estiverem
saldadas as respectivas contas.

7. De acordo com as regras que disciplinam o casamento civil, assinale a


assertiva correta.
a) Os impedimentos para o casamento constituem irregularidade e geram
apenas efeitos colaterais sancionadores, mas não a nulidade do matrimônio, em
atenção à segurança jurídica.
b) Será nulo o casamento do divorciado, enquanto não for homologada ou
decidida a partilha dos bens do casal, ainda que seja demonstrada a inexistência
de prejuízo para o ex-cônjuge.
c) Os impedimentos para o casamento são proibições legais que, se forem
desrespeitadas, geram a nulidade do matrimônio, não podem ser supridas ou
sanadas; podendo ser opostos por qualquer pessoa capaz, até a celebração do
casamento.
d) O casamento pode ser realizado mediante procuração, por instrumento
público ou particular com poderes especiais ao mandatário.
e) A revogação do mandato precisa chegar ao conhecimento do mandatário,
pois, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tomem
ciência da revogação, o casamento será válido, sem que possa o mandante ser
compelido a indenizar por perdas e danos.

8. Caso hipotético:
Quando Kate tinha 18 anos se casou com Cristiano, então com 20 anos.
Por dois anos foram casados e felizes, mas Kate acabou morrendo em 2006 em
virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida
em pouquíssimos meses.
CRISTIANO tinha um relacionamento muito bom com Simone, sua sogra, que
era viúva. E, após superarem a morte prematura de Kate acabaram descobrindo
que tinham muita coisa em comum. Resultado, começaram a namorar em 2008
e, em 2009, resolveram casar. Fizeram todo o procedimento de habilitação para
o casamento e, naquele mesmo ano, casaram.
Neste mês, maio/2020, no entanto, foram surpreendidos por uma ação de
invalidade do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei
proíbe o casamento em virtude do parentesco entre CRISTIANO e Simone.
Simone e CRISTIANO declaram que se amam, e depois de tantos anos juntos
não podem acreditar que o seu casamento esteja sendo questionado.
Diante do que lhe indagam se o Ministério Público tem legitimidade para propor
essa ação? Qual seria a ação cabível e proposta pelo MP? E o prazo? Não
prescreveu depois de tantos anos casados? Qual o fundamento jurídico para a
propositura dessa ação, vez que alegam que “com a morte de Kate estavam
livres para viver o amor com o fim de qualquer vínculo anterior”? O que lhes
impedia? Que parentesco seria esse?

Responda e justifique suas respostas conforme o expresso no Código


Civil, em no máximo dez linhas, inclusive, também não deixem de abordar
o juízo competente para processar e julgar essa ação, e em caso de
procedência, a natureza e efeitos da correspondente sentença.

O ministério público é um dos legitimados que podem entrar com ação


direta de nulidade, assim como qualquer pessoa capaz, a qualquer
momento, visto que o parentesco entre afins em linha reta, como é o caso
de Simone, sogra de Cristiano, é causa de impedimento, consoante o art.
1521, inciso II do Código Civil.
9. Um agricultor do interior do estado, humilde e ingênuo, casou-se há dois
meses com bonita moça da cidade vizinha que havia conhecido numa das feiras
de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de
comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça), que, inclusive,
providenciou o pacto antenupcial. Mas, apenas um mês depois do casamento a
moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro
para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao
ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse
dinheiro após o ato. O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando
com algumas pessoas, após o casamento, descobriu que a moça, já havia sido
condenada por estelionato, que tinha casado com ele única e exclusivamente
por interesse econômico; interesse (declarado) não só no dinheiro do marido,
como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era
conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como
queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento. O
que tornou a convivência insuportável.

Diante dos fatos, pode o agricultor pedir a anulação do casamento? Qual


seria a ação cabível? Qual fundamento jurídico? Justifique sua resposta
em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a
propositura da ação, juízo competente.

O agricultor pode sim pedir a anulação de seu casamento, por meio de uma
ação de nulidade do casamento, com base nos arts. 1556 e 1557, inciso II,
em razão do cometimento e da posterior condenação pelo crime de
estelionato cometido pelo companheiro. Nesse caso o prazo para a
propositura da ação é de 3 anos, por qualquer interessado ou pelo MP.

10. Considerando o disposto na legislação civil pátria, quanto à realização,


validade e eficácia do casamento, analise as proposições a seguir e indique as
alternativas corretas.
I. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de
direitos e deveres dos cônjuges, ficando a cargo da mulher a educação dos
filhos, e do marido, o sustento da família.
II. O casamento é civil e gratuita a sua celebração, embora as taxas recolhidas
em cartório tenham natureza extrafiscal concernentes à celebração.
III. O casamento se realiza no momento em que os nubentes manifestam,
perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara
casados.
IV. Será eficaz o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer
dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.
V. Os impedimentos para o casamento constituem irregularidade e geram
apenas efeitos colaterais sancionadores, como imposição do regime de
separação total de bens, mas não a nulidade do matrimônio, em atenção à
segurança jurídica.
VI. Será nulo o casamento do divorciado, enquanto não for homologada ou
decidida a partilha dos bens do casal, ainda que seja demonstrada a inexistência
de prejuízo para o ex-cônjuge.
VII. Os impedimentos para o casamento são proibições legais que, se forem
desrespeitadas, geram a nulidade do matrimônio, não podem ser supridas ou
sanadas; podendo ser opostos por qualquer pessoa capaz, até a celebração do
casamento.
VIII. O casamento pode ser realizado mediante procuração, por instrumento
público ou particular com poderes especiais ao mandatário.
IX. A revogação do mandato precisa chegar ao conhecimento do mandatário,
pois, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente
tomem ciência da revogação, o casamento será válido, sem que possa o
mandante ser compelido a indenizar por perdas e danos
RESPOSTA: item III e VII

BONS ESTUDOS!

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