Você está na página 1de 17

Curso: Direito

Disciplina: Direito Civil VIII

Acadêmicos: Alessandra Moreira dos Santos, Carolina Rios, Cláudia Camila de Oliveira,
Izabelly Cristina Gomez, João Victor M. B. Torres, Juliana Gimenes Quinhonez, Marceli
Valençuela Canteiro, Pablo Vera de Maldonado, Wesley Dilan Rodrigues de Almeida.

Professora: Gianete Paola Buttarelli

Semestre: VIII Turno: Noturno Data: 25/08/2022

METODOLOGIA ABP – APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMA

CASO CONCRETO 1

Marta tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de


ambos os pais, reside com Danilo de 17 anos, seu namorado há quase dois anos. Ambos
resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõem ao casamento por entenderem
que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no
processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria
necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os
nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o
casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem
não atingiu a idade núbil. Oriente os nubentes quanto às informações do oficial do
cartório, observando ainda o teor da decisão negatória do juiz.
O casamento civil, hoje extensamente regulado pelo Código Civil de 2002, veio a surgir
somente no ano de 1891, sendo que para este se concretizar é necessário o preenchimento de
alguns requisitos, dentre estes, está a capacidade para contrair o matrimônio, a qual se dá
precipuamente ao atingir a maioridade com 18 anos, podendo então livremente casar, bem como
escolher o regime de bens.
Entretanto, é permitido o casamento a partir dos 16 anos de idade, é a chamada idade
núbil, conforme o art. 1.517 do Código Civil que prescreve “ O homem e a mulher com dezesseis
anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais,
enquanto não atingida a maioridade civil. Parágrafo único. Se houver divergência entre os
pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631. ”
Dessa forma, como se vê, ainda que autorizado o casamento dos relativamente
incapazes, é imprescindível que haja autorização expressa de ambos os pais, exceto no caso de
emancipação, trata-se inclusive de uma das atribuições quanto ao exercício do poder familiar,
como dispõe o art. 1.634, inciso III do Código Civil “Compete a ambos os pais, qualquer que
seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos
filhos: III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem”.
Neste sentido, completa Maria Berenice Dias “Como é indispensável a concordância
de ambos os genitores, se um não anuir, é possível buscar o suprimento judicial do
consentimento (CC 1.517 parágrafo único, 1.519 e 1.631 parágrafo único). Na hipótese de
multiparentalidade, todos os pais precisam autorizar o casamento. Havendo a discordância de
todos os pais — de dois ou mais —, o único legitimado a pedir o suprimento do consentimento
é o Ministério Público (ECA 201 VIII). Arnaldo Rizzardo reconhece a legitimidade também de
parentes. Realizado o casamento mediante autorização judicial, de modo absolutamente
desarrazoado é imposto o regime da separação legal de bens (CC 1.641 III). Ora, se houve o
suprimento do consentimento, é porque a negativa de autorização foi reconhecida como
injustificável. Logo, não cabe penalizar os noivos pela resistência indevida de seus
representantes. ”
Destarte, a ausência de expressa autorização torna o casamento anulável, bem como nos
casos em que ambos os contraentes não possuem a idade núbil para casar (CC, Art. 1.550. É
anulável o casamento: I - de quem não completou a idade mínima para casar; II - do menor
em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal. Ou ainda que concedido a
autorização essa pode ser anulada até a data da celebração (CC art. 1.518).
No caso acima narrado, Danilo possui 17 anos de idade, relativamente capaz para os
atos da vida civil, podendo contrair matrimônio desde que seus pais expressamente o autorizem
para tanto. Já no caso de Marta, por possuir apenas 14 anos de idade, a mesma é proibida de se
casar, consoante a proibição do art. 1.520 do Código Civil “ Não será permitido, em qualquer
caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste
Código. ”
A vedação expressa não pode ser excedida, sendo importante esclarecer que a redação
atual do artigo 1.520, do Código Civil, alterada em 2019, pela Lei nº 13.811, proíbe o
casamento de pessoas com menos de 16 anos, tornando a celebração de casamento, nessa
hipótese, incompatível com a Lei brasileira, o que também impossibilita eventual suprimento
judicial. Antes da alteração do referido artigo, a redação autorizava, excepcionalmente, o
casamento de menores de 16 anos, em caso de gravidez. Com a alteração, não há mais qualquer
possibilidade de suprimento judicial para autorizar casamento de menores de 16 anos.
Assim, foi exigido pelo oficial do Cartório de Registro Civil onde Marta e Danilo
pretendiam se casar, todos os documentos e requisitos previstos no art. 1.525 do Código Civil
para realizarem a habilitação do casamento, qual seja:
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos
os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os
seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato
judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-
los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de
seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de
anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
Entretanto, em razão de Marta ser absolutamente incapaz, não é possível a realização
do trâmite da habilitação que concederia o certificado de habilitação para a concretização do
casamento, o que só ocorreria caso cumprida as formalidades e verificada a inexistência de fato
obstativo (CC, art. 1.531). No que concerne ao suprimento judicial da menoridade, sugerido
pelo Oficial do Cartório, a negatória do Juiz consiste no que dispõe expressamente o art. 1.520,
o qual veda expressamente em qualquer caso, desde a alteração no referido artigo, como
mencionado anteriormente.
Por conseguinte, os nubentes Marta e Danilo, não obstante a vontade expressa de ambos
de contrair o matrimônio, estão impedidos de casar por não preencherem os requisitos exigidos
pelo art. 1.525 do Código Civil, assim, poderão aguardar até que Marta complete a idade núbil
para casar, qual seja, 16 anos, e com a expressa autorização dos pais para que realizem o
casamento, já que não é possível buscarem o reconhecimento da união estável ainda que
preenchido os requisitos legais, que estão dispostos no art. 1.723 CC, caput, “É reconhecida
como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. ”
Sobre este tema, entende o egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios:
APELAÇÃO CÍVEL. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL
ANTERIOR À IDADE NÚBIL. INVIABILIDADE. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Por ausência de norma que
disponha sobre o reconhecimento da União Estável entre menores de
16 anos, aplicam-se, analogicamente, os artigos 1517 e 1520 do Código
Civil, os quais estabelecem que somente a partir da idade núbil será
permitido o casamento, pois tais normas, além de serem de ordem
pública, visam proteger os incapazes. 2. O menor de 16 anos é
absolutamente incapaz de expressar seu consentimento em relação à
União Estável, razão porque se apresenta inviável, legalmente, o
reconhecimento deste relacionamento. 3. Recurso conhecido e não
provido. CONHECER E NEGAR PROVIMENTO, UNÂNIME.
APELAÇÃO CÍVEL. RECONHECIMENTO (Acórdão 514475,
20091010085990APC, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, Revisor:
FLAVIO ROSTIROLA, 1ª Turma Cível, data de julgamento:
15/6/2011, publicado no DJE: 27/6/2011. Pág: 65).

CASO CONCRETO 2

Tenho 18 anos e minha namorada de quinze anos está grávida. Decidimos nos
casar, mas o cartório não aceitou realizar o casamento, apesar do consentimento dos pais
dela. Segundo informação do tabelião devemos esperar que ela alcance dezesseis anos
para somente depois realizar o casamento. Gostaria de saber o que posso fazer para
resolver este impasse, pois sei de outras pessoas que já se casaram com esta mesma idade.
O Código Civil não permite, em nenhuma hipótese, a união de pessoas menores de 16
anos. A idade núbil no direito brasileiro é de 16 anos, conforme o artigo 1.517 do Código Civil.
Ademais, a lei 13.811 de 2019 alterou o referido artigo 1520 do CC, fazendo significativas
mudanças:
Art.1520 (Antigo)- “Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não
alcançou a idade núbil (art. 1.517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal
ou em caso de gravidez”.
Art.1520 (Atual)- “Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não
atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código”.
No presente caso, é mencionado que antes isso acontecia, o que de fato é verdadeiro, no
entanto, com a mudança em 2019, tal ato passou a ser ilegal perante a Lei brasileira. Desta
forma, agiu com maestria o Tabelião ao negar o casamento entre os jovens, mesmo que eles
possuíssem autorização dos pais ou responsáveis.
Vale lembrar que antes da reforma, a gravidez poderia ser um atalho para o casamento,
fato este que passou a ser ilegal com a instituição da nova lei, que alterou o artigo 1520 do CC.
O sistema jurídico brasileiro sempre entendeu que o casamento é o melhor modelo para
o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente. A interpretação majoritária era que a
plenitude do art. 227 da Constituição Federal no que toca ao cumprimento da gama de direitos
estatuídos no dispositivo, tinha na família matrimonial a sua mais plena visão. Aliás, o primeiro
ente obrigado ao pleno desenvolvimento da criança e do adolescente é a família e a família
matrimonial sempre foi uma das bases da sociedade (art. 226 e §§ 1º, 2º da CF). Essa foi a razão
da gravidez autorizar o casamento dos pretensos pais biológicos independentemente do critério
de idade, a fim de garantir o melhor desenvolvimento possível para crianças, adolescentes e
jovens. Porém, com a revogação do art. 1.520, não sendo mais permitido, em nenhuma hipótese,
o casamento do menor de 16 anos, passa o sistema jurídico a entender que o casamento não é
mais o melhor modelo para o primeiro desenvolvimento da criança.
Fica então superado o enunciado a seguir: “O Enunciado nº 329 da IV Jornada de Direito
Civil, dispõe: “a permissão para casamento fora da idade núbil merece interpretação orientada
pela dimensão substancial do princípio da igualdade jurídica, ética e moral entre o homem e a
mulher, evitando-se, sem prejuízo do respeito à diferença, tratamento discriminatório”. Por fim,
caso aconteça um casamento envolvendo menor de 16 anos, será anulável, nos termos do art.
1.550, I, do CC:
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos poderá ser requerida:
I - pelo próprio cônjuge menor;
II - por seus representantes legais;
III - por seus ascendentes.
CASO CONCRETO 3

Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por
dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude
de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos
meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte
prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum.
Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o
procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste
mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação de anulação do casamento proposta
pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do
parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso
casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor
essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive
nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado?
As relações de parentesco são os vínculos decorrentes da consanguinidade e da
afinidade que ligam as pessoas a determinado grupo familiar. Cônjuges e companheiros não
são parentes, apesar de integrarem a família e manterem vínculo de afinidade com os parentes
do par. Os vínculos de afinidade surgem, quando do casamento e da união estável, com os
parentes do cônjuge ou do companheiro (CC 1.595).
Como as estruturas familiares dispõem de diversas origens, vários são os critérios
utilizados para classificar as relações de parentesco, a depender da identificação que se queira
estabelecer entre duas pessoas. O parentesco decorre das relações conjugais, de
companheirismo e de filiação: maternal ou paternal. Pode ser natural, biológico, civil, adotivo,
por afinidade, em linha reta ou colateral.
Neste sentido explica Maria Berenice Dias “A identificação da linha de parentesco é o
que permite distinguir parentes em linha reta dos parentes em linha colateral. Em linha reta
são aqueles que descendem uns dos outros e leva em consideração a relação de ascendência e
descendência entre os parentes. O parentesco em linha colateral funda-se na ancestralidade
comum, sem relação de ascendência ou descendência. O parentesco em linha reta é infinito,
nos limites que a natureza impõe à sobrevivência dos seres humanos {...} Por mais afastadas
que estejam as gerações, serão sempre parentes entre si as pessoas que descendem umas das
outras {...}Vínculos de parentesco igualmente se estabelecem quando, entre duas pessoas,
existe um ancestral comum, fazendo surgir entre ambas uma relação de parentesco na linha
colateral.
No que concerne ao vínculo pela afinidade, tem se origem na lei e se constitui do
casamento ou da união estável e vincula o cônjuge e o companheiro aos parentes do outro. A
afinidade associava-se apenas ao casamento, mas, com a constitucionalização da união estável,
a lei estendeu-lhe os vínculos de afinidade (CC 1.595) “ Cada cônjuge ou companheiro é aliado
aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.”
O vínculo também se dá com relação aos filhos de um dos cônjuges ou companheiros.
Assim, o filho de um passa a ser filho por afinidade do outro. Na ausência de melhor nome,
costumam-se chamar de padrasto ou madrasta e enteado os parentes afins de primeiro grau em
linha reta.
Todas as distinções e classificações feitas de modo minucioso pela lei dispõem de
enorme importância. A identificação dos vínculos de parentesco tem reflexos nos impedimentos
matrimoniais, diante da proibição de incesto.
No caso acima narrado, tem se configurado de fato a relação de parentesco por afinidade
entre o padrasto e a enteada, que após a morte da cônjuge passaram a constituir um
relacionamento amoroso, vindo a concretizar a união por meio do casamento.
Entretanto, dissolvido o casamento ou a união estável, o vínculo de afinidade não se
dissolve integralmente, permanece com relação aos parentes em linha reta. Nem a morte solve
o vínculo de afinidade. Ou seja, não existe “ex-sogro”, “ex-sogra” ou “ex-enteado”. Persistindo
o vínculo de parentesco, permanece o impedimento matrimonial entre eles, conforme prevê o
rol do art. 1.521 do Código Civil, in verbis:
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do
adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau
inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio
contra o seu consorte.
[...]
Dessa forma, é considerado nulo o casamento contraído por infringência de
impedimento, como dispõe o art. 1.548, inciso II, do Código Civil.
Ademais, o Ministério Público ou qualquer interessado, possui legitimidade para ajuizar
ação de nulidade de casamento de afins em linha reta, conforme o art. 1.549 do Código Civil
“A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode
ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público”,
podendo ser oposto a qualquer momento.
Sobre o tema, trago os ensinamentos de Maria Berenice Dias:
Diz a lei (CC 1.521): não podem casar. Quem, ainda assim, desobedece
à vedação legal e casa, afronta preceito de ordem pública, e o
casamento é nulo. Realizado o matrimônio com infração a impedimento
que possa ameaçar diretamente a estrutura da sociedade, é a própria
sociedade que reage violentamente, fulminando de nulidade o
casamento. Afinal, o que é nulo repugna ao ordenamento jurídico e
deve ser extirpado da vida jurídica. O vício que inquina o ato nulo é
por demais grave (Manual dos direitos das famílias. 8. ed. São Paulo:
RT, 2001, p. 277).
Nesse sentido é o entendimento do egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. DECLARATÓRIA
DE NULIDADE DE CASAMENTO. PADRASTO E ENTEADA.
PARENTES POR AFINIDADE. CASAMENTO.
IMPOSSIBILIDADE. ART. 1.521, INCISO II, DO CÓDIGO CIVIL.
NULIDADE. SENTENÇA MANTIDA. - O parentesco por afinidade
em linha reta não se rompe com o desfazimento do matrimônio, sendo
nulo o casamento contraído por padrasto e enteada, nos termos do art.
1521, inciso II cumulado com o art. 1.548, ambos do Código
Civil. (TJMG - Apelação Cível 1.0518.10.025538-0/001, Relator(a):
Des.(a) Washington Ferreira , 7ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em
27/03/2012, publicação da súmula em 13/04/2012).

CASO CONCRETO 4

Um agricultor do interior de MS, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com


bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns
meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens, o que foi
sugestão da própria moça. Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa,
alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e
sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações
sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com
toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado
com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado)
não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do
agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais
como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o
agricultor pedir sua anulação?
Primeiramente, vale salientar que o casamento em questão é um ato válido, visto que é
investido de solenidades estipuladas por lei, sendo respeitadas a manifestação de vontade e o
ato de celebração.
Já quanto a possibilidade de nulidade ou a anulabilidade do ato, explica Maria Berenice
dias: “A distinção entre casamento nulo e anulável diz respeito à natureza do vicio que o
macula: vicio sanável gera nulidade relativa; vicio insanável leva à nulidade absoluta. No
entanto, em ambas as hipóteses, o casamento existe, foi celebrado e produziu efeitos jurídicos
e para serem desconstituídos dependem da chancela judicial, não sendo proposta uma ação
tanto o casamento nulo e anulável continuam existindo e produzindo efeitos jurídicos. O
casamento anulável decorre de afronta a norma que protege interesse individual, “pode” ser
desconstituído, a depender do interesse da parte, não se importando o Estado com a sua
dissolução. As causas que tornam o casamento anulável decorrem de consentimento
defeituoso: manifestação de vontade imperfeita ou viciada por interferência externa.”
Feitas estas considerações, o Agricultor poderá pedir a anulação do casamento, visto
que, o mesmo logrou dar causa ao pedido, sendo que sua ingenuidade, ignorância acerca das
consequências da escolha do regime de comunhão universal de bens e alegação de que a mulher
pretendia, apenas, aquinhoar seu patrimônio, no caso narrado, são suficientes para caracterizar
hipótese de erro essencial - erro quanto à honra e boa fama. A constatação da nítida motivação
em puro interesse e proveitos financeiros na efetivação do matrimônio, no entendimento
consolidado nos tribunais pátrios, caracteriza-se o erro quanto a pessoa do cônjuge em relação
consorte inocente. O prazo para propor a ação anulatória é de três anos. Nesses termos os artigos
1.550, III, 1.557, I, 1.560, III, todos do Código Civil. Veja-se:
Art. 1.550. É anulável o casamento:

I - de quem não completou a idade mínima para casar;

II- do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;

III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;

IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento:

V- realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação
do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;

VI - por incompetência da autoridade celebrante.

Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:

I- o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o
seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;

Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da
data da celebração, é de:

III- três anos, nos casos dos incisos l a IV do art. 1.557;

Nesse sentido decidiu o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que manteve a
sentença e deu provimento unânime a apelação:

APELAÇÃO CÍVEL. ANULAÇÃO DE CASAMENTO.


ALEGAÇÃO DE ERRO ESSENCIAL. SENTENÇA REFORMADA
PELA ESPECIFICIDADE DO CASO. DOUTRINA. PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS. O apelante, pessoa de pouca instrução, se viu
rapidamente envolvido e, concomitantemente ao momento que
conheceu a recorrida, já firmou pacto antenupcial de comunhão
universal de bens e, em 30 dias, se casaram. Os fatos que dão causa ao
pedido (ingenuidade do varão, ignorância acerca das consequências da
escolha do regime de comunhão universal de bens e alegação de que a
mulher pretendia, apenas, aquinhoar seu patrimônio), no caso dos autos,
são suficientes para caracterizar hipótese de erro essencial (art. 1.557
do CCB - erro quanto à honra e boa fama). DERAM PROVIMENTO.
UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70052968930, Oitava Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado
em 02/05/2013) (TJ-RS - AC: XXXXX RS, Relator: Luiz Felipe Brasil
Santos, Data de Julgamento: 02/05/2013, Oitava Câmara Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 07/05/2013).

CASO CONCRETO 5

Josué é um bem sucedido empresário evangélico de 68 anos, divorciado há 8 meses


da mãe de seus 6 filhos, todos maiores e capazes. Ocorre que há 8 meses Josué conheceu
uma pessoa durante um passeio no parque com amigos, Marcele, 23 anos, que atua como
coaching. Após 2 meses de encontros e a descoberta de inúmeras afinidades, os dois se
casam pelo regime da comunhão universal de bens, mesmo a contragosto de todos os filhos
de Josué. Josué e Marcele têm uma grande compatibilidade durante o casamento, que é
pautado pelo respeito mútuo, cuidados e muito amor. Entretanto, desde que se casou,
Josué passou a perceber que seus clientes e conhecidos não o tratam como antes, sendo
sempre motivo de assuntos cochichados e sorrisos mal disfarçados. Hoje Josué procura
seu escritório, extremamente perturbado e enfurecido, dizendo ter descoberto por
intermédio de um amigo detetive que Marcele nasceu Marcel, e que aos 18 anos passou
por cirurgia de redesignação sexual assumindo o gênero feminino, inclusive já alterado
em seus registros civis. Faça a orientação jurídica ao cliente.
O caso em tela corresponde à hipótese de erro essencial sobre a pessoa (erro in persona),
uma vez que a anterioridade dos fatos é característica basilar do instituto do erro essencial,
assim como a impossibilidade de convivência, somado ao fato da sensibilidade moral do
cônjuge enganando perante aqueles que estão a sua volta. A descoberta em momento posterior
ao enlace, de modo que se não houvesse omissão o casamento não aconteceria, pode ensejar a
anulação do matrimônio por erro essencial sobre a pessoa, situação prevista no artigo 1557,
inciso I, que pode ser corroborada com os artigos 138 e 139, inciso III do Código Civil.
Tartuce (2020), explica que a informação de conhecimento ulterior pelo nubente, que
torna insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado é aplicável ao casamento com
homossexual, com bissexual e com transexual operado que não revelou a sua situação anterior.
Porém, ressalta que a anulabilidade no casamento de pessoa Trans, pode ser passível de revisão
pelos Tribunais Superiores.
A anulabilidade do casamento se insere no plano de validade deste, onde o que está
presente é basicamente o direito privado, não existindo uma gravidade exacerbada que possa
gerar uma nulidade, mas consiste em algum tipo de defeito na manifestação de vontade, prevista
em lei, comprometendo assim a perfeição do consentimento. O casamento anulável produz
todos os efeitos até o momento da decisão judicial, com efeitos ex-tunc.
Em matéria de casamento, para que o erro possa se tornar anulável, deve ser substancial,
que é a noção inexata sobre um objeto, influenciando a formação de vontade do nubente, que
emitirá manifestação diversa daquela da que tivesse conhecimento exato.
Vale mencionar, que a previsão de anulabilidade é justificável nesse caso em questão,
pois a identidade real do cônjuge fez com seu parceiro não mais o enxergasse como uma pessoa
querida. Portanto, para a conformidade do erro essencial sobre a pessoa e sob o argumento de
erro à identidade do cônjuge, é necessários dois requisitos: o fato que Josué alegou como motivo
para a anulação tenha ocorrido antes da celebração do casamento, do mesmo modo que
posteriormente à descoberta, a relação matrimonial entre ambos se torna inautêntico para o
referido cônjuge lubridiado, de maneira que não precise continuar nessa relação.
Gonçalves (2020), traz significante ensino, no tocante ao consentimento tácito, que
ocorre no momento há coabitação, após a ciência do vício, validando o ato, com exceção do
inciso III, do artigo 1.557 que se refere à ignorância de defeito físico irremediável ou moléstia
grave anteriores ao casamento, conforme artigo 1559 do Código Civil.
Sendo assim, é cabível que Josué ingresse com a ação judicial para anular o casamento,
o que está previsto no artigo 1.557, inciso I do Código Civil, pois ainda se encontra no prazo
legal para o mesmo ajuizar a ação de anulação. Diante disso, se o transexual não revelar sua
condição anterior, é resguardado ao cônjuge enganado o direito de postular, em ação própria, a
anulação de casamento, em que foi constatado erro essencial sobre a pessoa do outro consorte,
isto no prazo decadencial de 03 (três) anos, a contar da data da celebração do matrimônio.
Assim, visto a prerrogativa do artigo 1.557, inciso I do Código Civil, há um
entendimento jurisprudencial, senão vejamos:
“CIVIL. ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO ESSENCIAL
SOBRE A PESSOA DO OUTRO CÔNJUGE. DEFERIMENTO DO
PEDIDO. Comprovado o erro essencial sobre a pessoa do outro
cônjuge, tendo a ação de anulação de casamento seguido todos os
trâmites legais, confirma-se a sentença que acolheu o pedido. Reexame
necessário improvido. Decisão indiscrepante. (Duplo Grau Obrigatório
de Jurisdição nº 74364-6/Recife, Rel. Des. Santiago Reis, 2ª Câmara
Cível, ac. un. 20.11.2001, DJ-PE 07.03.2002). ”
Com a vigência da Constituição Federal de 1988, grandes transformações ocorreram e
uma nova ordem de valores começou a surgir valorizando a dignidade da pessoa humana. Por
derradeiro, o artigo 5º, inciso II dispõe sobre a liberdade que a pessoa possui, para fazer o que
quiser e que ninguém poderá fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Neste rumo, enquanto seja garantido a Josué o direito à liberdade, à honra para optar livremente
pelo seu matrimônio, devendo ser responsabilizado por suas escolhas quanto a estas que afetam,
prevalecendo a liberdade e a igualdade de condições essenciais para uma existência digna em
respeito.
Conclui-se que, a identidade da pessoa e sua capacidade de autonomia de escolha é de
fundamental importância nas relações intersubjetivas, constituindo condição para a realização
da vida com dignidade. Logo, ao escolher firmar um relacionamento pelo matrimônio, tendo
como base de sua escolha um erro decorrente de total equívoco quanto a identidade do outro, e
agindo este com dolo, tal fato atinge diretamente a dignidade daquele que procedeu a uma
escolha equivocada que não exprime sua real vontade.

CASO CONCRETO 6

Tiago, servidor público federal, e Marcel, advogado, mantiveram convivência


pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituir família, durante quinze anos.
Em virtude do falecimento de Tiago decorrente de acidente de trânsito, Marcel ajuizou
ação em face da União, pleiteando a concessão de pensão por morte, sob o fundamento da
ocorrência de união estável com o falecido. A juíza federal da 6ª Vara, por ter entendido
configurada a relação de companheirismo, julgou procedente o pedido, concedendo a
pensão a Marcel. Não foi interposta apelação, tampouco houve a incidência de reexame
necessário, pelo que ocorreu o trânsito em julgado da decisão concessiva da pensão. Diante
do acolhimento de sua pretensão no âmbito da Justiça Federal, Marcel, a fim de
resguardar seus direitos sucessórios, ajuizou, perante a Justiça Estadual, ação
declaratória de união estável, buscando o reconhecimento da relação de companheirismo
mantida com Tiago. O juiz de direito da 3ª Vara de Família julgou improcedente o pedido,
sob o fundamento de que o requisito da coabitação para o reconhecimento de união estável
não se encontrava preenchido. O fundamento da decisão proferida pela Justiça Estadual
está correto? Explique.
É fato que a união fora do casamento sempre esteve presente em nossa sociedade, e que
nos tempos mais remotos era conhecida como concubinato, que sobe a perspectiva histórica era
denominado como concubinato impuro, ou seja, a união tinha origem por meio do adultério, e
portanto tornavam-se impedidos de casar, ou de concubinato puro que eram aqueles que por
opção decidiam não se casar.
O Código Civil de 1916 tinha como propósito primordial a proteção da família
constituída pelos “sagrados laços do matrimonio” já que não regulava as uniões fora do
casamento e as punia. Apesar dos grandes esforços dos legisladores do Código Civil de 1916
de se omitirem em relação à união estável, isso não impediu que elas existissem, o que acabou
gerando grande insegurança jurídica para aqueles que constituíram família por meio desta
união. Como a união estável não era reconhecida, os herdeiros e companheiros não tinham
direitos sucessórios e nem a alimentos.
Conforme o entendimento de Maria Berenice, umas das formas encontradas pelo
legislador ordinário para solucionar os conflitos, foi à concessão de alimentos de forma
“camuflada” as companheiras, sob nome de indenização de serviços, com fundamento da
vedação do enriquecimento sem causa, e por isso, o homem deveria pagar pensão a
companheira, já que a mesma prestava “serviços domésticos” para o mesmo. Em momento
posterior a união estável foi reconhecida, conforme a súmula 380 do STF, como uma sociedade
de fato, onde os companheiros eram considerados “sócios”, procedendo-se à divisão de
“lucros”, a fim de evitar que o acervo adquirido durante a vigência da “sociedade” ficasse
somente com um deles. Porém era necessária a comprovação da contribuição financeira efetiva
de cada companheiro, para aquisição dos bens, e isso acabava prejudicando as mulheres, já que
serviços domésticos não eram considerados conteúdo econômico. E nada mais se cogitava
conceder, nem alimentos, nem direitos sucessórios.
Inicialmente, o Constituinte de 1988 passou a considerar as uniões de fato entre um
homem e uma mulher como entidade familiar. E logo o legislador ordinário para acompanhar
a Constituição Federal criou, em 1994, a Lei 8.971, que tratou de garantir aos companheiros a
o direito a alimentos e a sucessões, exigindo o prazo de cinco anos de convivência ou a
existência de um filho para o reconhecimento de tais direitos. Contudo, a Lei 9.278/1996
eliminou o prazo de convivência e admitiu como estáveis as relações entre pessoas separadas
de fato. Fixou a competência das varas de família e reconheceu o direito real de habitação.
Também a presunção juris et de jure (de direito e por direito) de que os bens adquiridos a título
oneroso na constância da convivência são fruto do esforço comum, afastando questionamentos
sobre a efetiva participação de cada parceiro para a partilha igualitária.
E por fim, com o surgimento do Código Civil de 2002, que reconheceu a união estável,
preconiza o seu artigo 1.723, que traz em seu esboço o conceito deste instituto jurídico, in
verbis:
“Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a
mulher, configurada na convivência pública, continuam duradoura e estabelecida com o
objetivo de constituição familiar.
Neste sentido, como se vê na descrição do referido artigo, a coabitação não é um
requisito necessário para o reconhecimento da união estável, ou seja, não é necessário que o
casal viva sob o mesmo teto para sua validação.
Portanto, conforme o disposto acima, nada se fala sobre a exigência de coabitação para
o reconhecimento da união estável, basta que o relacionamento seja de conhecimento público,
contínuo, duradouro e que tenha como objetivo a constituição de família, conforme depreende-
se dos entendimentos firmados pelo egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios, a seguir:
AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL POST
MORTEM. REQUISITOS COMPROVADOS. COABITAÇÃO.
DISPENSÁVEL. Demonstrado nos autos, por meio de prova
documental e testemunhal, a convivência pública, contínua, duradoura
e com a finalidade de constituir família entre a autora e o falecido,
impõe-se o reconhecimento da existência da união estável, ainda que,
nos últimos anos de convívio, não tenha havido coabitação.
No Direito Brasileiro, o elemento da coabitação não é requisito
essencial para caracterizar ou descaracterizar o instituto da união
estável. (Acórdão 359458, 20060310189088APC, Relator:
NATANAEL CAETANO. Revisor: JOSÉ GUILHERME, 1ª Turma
Cível, data de julgamento: 13/5/2009, publicado no DJE: 1/6/2009.
Pág.: 76)

DIREITO CIVIL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO


ESTÁVEL POST MORTEM. REQUISITOS. EXISTÊNCIA.
I - Para o reconhecimento da união estável, há se comprovar o
preenchimento dos requisitos constitucionais e legais, quais sejam, a
convivência pública, contínua e duradoura entre as partes, com o intuito
de formar família. II - Presentes nos autos provas que permitam aferir a
presença dos requisitos imprescindíveis ao reconhecimento da união
estável, ou seja, prova cabal da convivência pública, contínua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família (art. 1.723
do Código Civil), deve ser julgada procedente o pedido de
reconhecimento de união estável post mortem. III - Deu-se provimento
ao recurso. (Acórdão 1134824, 20150110271202APC, Relator: JOSÉ
DIVINO, 6ª TURMA CÍVEL, data de julgamento: 31/10/2018,
publicado no DJE: 6/11/2018. Pág.: 446/448)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 18 de
agosto de 2022.

DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 14.ed. rev. ampl. e atual. Salvador.
Editora JusPodivm, 2021. Acesso em: 18 de agosto de 2022.

MIGALHAS. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/45925/o-concubinato-


sob-uma-perspectiva-historica--antiguidade. Acesso em: 18 de agosto de 2022.

TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: Volume Único. Rio de Janeiro:


METODC, 2021.2879 p. v. 11. ISBN 978-85-309-9310-8. PDF.

TJDFT. Disponível em: https://pesquisajuris.tjdft.jus.br/IndexadorAcordaos-web/sistj. Acesso


em: 18 de agosto de 2022.

TJMG. Disponível em: https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/ Acesso em: 18 de agosto de


2022.

TJRS. Disponível em: https://www.tjrs.jus.br/novo/. Acesso em: 18 de agosto de 2022.

Você também pode gostar