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jurídicos ou patrimoniais, no entanto existem exceções à regra, por exemplo, nos casos
em que a relação se torna uma união estável paralela, podendo assim gerar direitos
para a Amante.
Longe de ser pacífica a questão do (a) amante seja na doutrina, ou até nos
tribunais; ainda o tema carece de estudos mais robustos, logo há escassez de publicações
rateio da pensão por morte deixada pelo de cujus entre a mulher e a amante. Chegou a
ser mencionado pelo Douto Relator que a relação a qual o finado mantinha com a
Canuto:
00391).
patrimonial do concubino, oportuno se torna dizer, repita-se, seja até mesmo com
que o concubinato não gera direitos entre parceiros e dura o tempo que a vontade de
cada um quiser. (RE 83155, Relator(a): Min. CORDEIRO GUERRA, Segunda Turma,
julgado que por ser o direito uma ciência, acaba sendo impossível confundir os
590779,2009).
De outra banda, embora também sejam parcos os parcos os casos levados ao
Social, com efeito, dispõe o artigo 16 da Lei da Previdência Social (BRASIL,1991) que
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
Ademais, assevera o artigo 217 da Lei (Regime Ùnico dos Servidores Públicos
Cíveis da União) que são beneficiários de pensão por morte o cônjuge, o companheiro
Assim, em que pese não haver a expressa nomenclatura do amante nos citados
artigos, por analogia, verifica-se que uma vez que o amante hoje vem sendo equiparado
a companheiro e configurando até mesmo união estável (putativa), razão assiste aos
do Direito Brasileiro (BRASIL, 1942): ´´ Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o
vindouros que decorram do reconhecimento da figura do (a) amante, para além dos já
formação deste), isto é, a (o) amante terá direito por exemplo: a tornar-se dependente
para fins de imposto de renda? Será inclusa no plano de saúde? Fará jus ao direito de
Por fim, é cediço que não tem sido fácil a vida dos amantes nos tribunais,
de publicações sobre o assunto acaba interferindo nas decisões dos julgadores; terceiro
demandá-los.
A jurisprudência nacional argumenta que os efeitos jurídicos só podem ocorrer caso haja
a família paralela, e para isso, é necessário que a união seja considerada "pública,
contínua e duradoura". Sendo necessário essa averiguação, para que sejam gerados os
direitos.
Porém, o amante vai ser caracterizada como um companheiro, não possuindo direito a
metade do patrimônio do falecido da mesma forma que a esposa. O direito deste atingirá
somente a cota da parte dos bens que pertencem ao falecido e que foram adquiridos a
título oneroso na constância da união paralela, devendo ignorar não alcançando os bens
2006. Conjunto probatório que confere suporte bastante seguro para o reconhecimento
da união até janeiro de 2008. Sentença que, todavia, declara comuns os bens
onerosamente adquiridos até janeiro de 2009, merecendo reforma neste ponto, a fim de
PROVIMENTO."
E no mesmo sentido, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgou caso similar:
"Deixando de lado julgamentos morais, certo é que casos como o presente são mais
comuns do que pensamos e merecem ser objeto de proteção jurídica, até mesmo porque
conhecido, pode simplesmente ser apagado do mundo jurídico (...) A partir desse ponto
posto sem, contudo, permitir que qualquer das partes obtenha vantagem em detrimento
do direito da outra".
Por fim, é essencial aos casos que seja provado o esforço comum para aquisição dos
Em suma, entende-se que caso seja configurada essa união estável, o amante
tem sim o direito à meação, que é a parte do patrimônio que cabe aos companheiros,
assim como o direito à herança, desde que esses bens tenham sido adquiridos na
constância do relacionamento.
STF decide que amante não tem direito à pensão por morte
No dia 11/12/2020, o Supremo Tribunal Federal decidiu que amantes não têm
direito à parte de pensão por morte. O tema não era pacífico na jurisprudência e foi
julgado com repercussão geral no plenário virtual e servirá como orientação para os
demais Tribunais.
O recurso extraordinário nº 1045273, tinha como objeto o reconhecimento de
impacto que uma decisão favorável do Supremo teria sobre as contas da Previdência
2008, ao julgar o RE nº 397762, quando a 1ª Turma decidiu, por maioria, que não
Moraes, negou o pedido. Segundo ele, o STF já havia vedado o reconhecimento de uma
fundamentando o seguinte:
inclusive, previsto como deveres aos cônjuges, com substrato no regime monogâmico, a
mesmo período. O voto foi seguido pelos ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar
houve "boa-fé objetiva". Destacou a mesma lei que Moraes para embasar sua posição -
"Aliás, esta é a condição até mesmo para os efeitos do casamento nulo ou anulável, nos
termos do Código Civil: Artigo 1.561 - Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído
de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos,
encerraram com a morte da pessoa, mas os efeitos de boa-fé devem ser preservados,
rateio da pensão por morte entre a companheira e o (a) amante. A decisão foi
(GAGLIANO, 2008).
1988.
[...] o E. STJ já decidiu essa questão do concubinato, em relação ao dever de
do Rio Grande do Sul entendeu que a mulher deveria ser indenizada por ter investido
dinheiro na relação, onde durante 12 anos, a concubina dividiu o parceiro com a sua
mulher oficial. Separado da mulher, o parceiro passou a ter com a ex-concubina uma
patrimônio adquirido na constância da relação, devendo ser provado, bem como não
(VARELLA, 2016).
benefício da (o) amante, desde que sejam comprovados alguns aspectos, como “uma
[...] registre-se que, no que diz respeito ao regime de bens, a interpretação deva
ser restrita ao patrimônio amealhado pelos concubinos, o que deve ser objeto de prova
chamada sociedade de fato entre os concubinos, ou seja, feito a prova de que contribuiu
com dinheiro ou trabalho para que a sua amante adquirisse um determinado patrimônio.
Isto porque o esforço em forma de capital ou de trabalho, desde que provado, gera
(SILVA, 2018).
[...] o que o STJ está reafirmando é que a relação de adultério não pode ser
protegida pelo direito de família porque não pode ser caracterizada como família.
ambos contribuíram para a sua aquisição. Em suma, o simples vínculo afetivo, que
presumidamente existe entre os amantes, não gera direitos de família. (SILVA, 2018).
existência de uma relação paralela (união estável putativa) de anos em que não se sabe
estar vivendo uma relação paralela, por não ter conhecimento de que o outro é casado,
de família.
[...] no campo previdenciário, e sem pôr fim definitivamente à controvérsia no
manteve relação afetiva por 37 anos) o direito de dividir pensão previdenciária com a
viúva.
Referencia:
https://jus.com.br/artigos/87940/amante-nao-tem-lar-nem-pensao-como-assim
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/55352/direitos-do-a-amante
https://www.migalhas.com.br/depeso/359837/os-direitos-do-amante-na-heranca
http://zoroastroteixeira.adv.br/artigo/stf-decide-que-amante-nao-tem-direito-a-pensao-
por-morte/77
https://mimigirlshtinha.jusbrasil.com.br/artigos/945272164/os-direitos-da-amante-no-
ordenamento-juridico-brasileiro