Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Após a morte de sua companheira, a Srª Mariluce Alves dos Santos, o autor requereu
a pensão por morte junto à FUNAPE, uma vez que era, nos termos da legislação em
vigor, o seu único dependente;
2. Inicialmente, teve o seu pedido negado pela FUNAPE, informando-lhe que carecia
documentos comprobatórios, apesar de tê-los apresentado;
3. Com a negativa pelo órgão estatal, o Sr. Severino Camilo Pereira ingressou com a
presente demanda judicial para que a FUNAPE fosse compelida ao cumprimento de sua
obrigação legal, qual seja: pagamento da pensão por morte de segurado ao seu
dependente.
Art. 48. A pensão por morte consistirá na importância mensal conferida aos dependentes
do segurado ativo ou inativo, quando do seu falecimento. (Lei Complementar 28/2000)
“Declaramos para os devidos fins que o Sr.(a) Mariluce Alves dos Santos, portador do
CPF 400.242.614-91, é titular da Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de
Pernambuco (SASSEPE) e possui o Sr.(a) Severino Camilo Pereira, seu companheiro,
portador(a) do CPF 345.089.374-20, como dependente no rol dos contribuintes do
SASSEPE (...)”
Cabe ainda registrar de que a Instrução Normativa 001/2006, arguida como norma
regulamentadora para concessão de pensão por morte, carece de requisito de validade
dos atos administrativos, uma vez que não compete ao Diretor Presidente da FUNAPE
editar normas, cuja atribuição recai sobre o Conselho Administrativo do órgão, ex vi do
Art. 5º Inc. VI do Estatuto FUNAPE:
(...) omissis
A vida em comum sob o mesmo teto, more uxorio, não é indispensável à caracterização
do concubinato. Súmula 382 do Supremo Tribunal Federal
PREVIDENCIÁRIO.CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE DE
COMPANHEIRO(A). COMPROVAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL. ESCRITURA
PÚBLICA. CONSECTÁRIOS. 1. Para a obtenção do benefício de pensão por morte
deve a parte interessada preencher os requisitos estabelecidos na legislação
previdenciária vigente à data do óbito, consoante iterativa jurisprudência dos Tribunais
Superiores e desta Corte. 2. Comprovada a união estável, presume-se a dependência
econômica (artigo 16, § 4º, da Lei 8.213/91), impondo-se à Previdência Social
demonstrar que esta não existia. No caso, a parte autora comprovou a existência de
união estável com o(a) instituidor(a) do benefício, fazendo jus, portanto, à pensão por
morte do(a) companheiro(a). 3. A Escritura Pública de União Estável não faz prova
plena do 4 companheirismo, configurando-se em início de prova material, que deve ser
confrontada com outros elementos probatórios, como, v.g., a prova testemunhal e o
depoimento pessoal. (TRF4, AC 5002570-89.2019.4.04.7102, SEXTA TURMA,
Relator JULIO GUILHERME BEREZOSKI SCHATTSCHNEIDER, juntado aos autos
em 20/05/2022).
Desse modo, resta claro que a parte ré não trouxe qualquer prova ou argumento
jurídico sustentável para reverter a respeitável sentença. Assim, pleiteia o autor o total
improvimento do recurso inominado formulado pelo réu, renovando-se os pedidos
pleiteados na inicial e já reconhecidos na D. sentença
(...) a lei não exige tempo mínimo nem convivência sob o mesmo
teto, mas não dispensa outros requisitos para identificação da união
estável como entidade ou núcleo familiar, quais sejam: convivência
duradoura e pública, ou seja, com notoriedade e continuidade, apoio
mútuo, ou assistência mútua, intuito de constituir família, com os
deveres de guarda, sustento e de educação dos filhos comuns, se
houver, bem como os deveres de lealdade e respeito” (STJ, Resp
1.194.059/SP, 3ª Turma, Rel. Min. Massami Uyeda, j. 06.11.2012, Dje
14.11.2012). (grifos nossos)
3. DOS PEDIDOS
1. Em sede de preliminar, que toda documentação juntada pelas rés, em sede de
aditamento de Contestação, seja considerada nula, posto que juntada após a
apresentação da Peça Contestatória, evidenciando-se a preclusão consumativa;