Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONCEITO E PRINCÍPIOS
Liberdade de escolha
Variabilidade
Não existe apenas um único regime de bens, mas vários regimes de bens.
Mutabilidade
O Código Civil, art. 2.027 tem uma redação um pouco conflituosa. De acordo
com esse dispositivo, o regime de bens celebrado à época do Código Civil de
2016 deve obedecer à disciplina do Código Civil de 2016.
União estável
A união estável não possui caráter formal, ou seja, não carece de decisão
judicial.
Por exemplo: Carlos e Maria passaram a viver em união estável. O casal não
elaborou nenhum contrato de convivência. Portanto, essa união estável se dá
sob o regime da comunhão parcial de bens. Dez anos depois, Carlos e Maria
decidiram celebrar um contrato de convivência, optando pelo regime da
separação de bens.
Resposta: Não. Tudo o que Carlos e Maria adquiriram ao longo dos dez anos
de união estável, até adotarem o contrato de convivência com regime de
separação de bens, se comunicará, ou seja, será dividido igualmente entre as
partes.
Sugestão de leitura: art. 1.911 do Código Civil, que trata das cláusulas
restritivas da propriedade.
Até 1977, o regime legal supletivo, na lei, era o regime da comunhão universal
de bens. Portanto, o brasileiro não escolhia o regime, mas aderia ao regime
da lei.
Após 1977, com a instituição da Lei do Divórcio, que não tratou apenas do
divórcio, o regime legal supletivo no Brasil se tornou o
● regime da comunhão parcial, cuja ideia básica é a divisão dos bens
adquiridos no curso do casamento, a título oneroso.
REGIME LEGAL SUPLETIVO
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará,
quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar
por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-
se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto
antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.
Tipos de família:
PACTO ANTENUPCIAL
Morte do marido
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e
ineficaz se não lhe seguir o casamento.
Obs.: O “menor” a que se refere o art. 1.654 são as pessoas que têm entre 16 e
18 anos de idade.
Pelo regime de participação final nos aquestos, qualquer dos cônjuges pode
dispor livremente dos bens imóveis sem a necessidade de anuência da outra
parte. SE PREVISTO NESTA CLÁUSULA NO PACTO ANTENUPCIAL QUE O
CÔNJUGE PODE VENDER O BEM SEM A AUTORIZAÇÃO DO OUTRO.
O art. 1.657 deve ser conjugado com o art. 178 da Lei de Registros Públicos.
Inciso III: Um dos noivos de um casamento a ser realizado tem apenas 17 anos
de idade.
A capacidade para o casamento é adquirida a partir de 16 anos de idade.
Entre 16 e 18 anos de idade, é necessária uma autorização dos representantes
legais.
Exemplo: João (17 anos) deseja se casar com Marla (19 anos).
Os pais de João não aceitam a realização desse casamento.
Entretanto, João e Marla já possuem uma vida construída juntos, inclusive
criando um filho, fruto da união. O juiz, considerando injusta a negativa dos
pais de João, autoriza a realização do casamento. Dessa forma, a decisão
judicial supre a negativa ou ausência de autorização. O casamento de João e
Marla se submeterá ao regime de separação obrigatória de bens.
Inciso II: No passado, o prazo era menor. Uma pessoa maior de 70 anos que
deseja se casar não pode escolher regime de bens, devendo se submeter ao
regime de separação obrigatória de bens.
Essa obrigação foi imposta para evitar o “golpe do baú”, em que pessoas
novas se casam com pessoas de idade mais avançada interessadas
unicamente no patrimônio do cônjuge (união por interesse).
Questão: Neste caso, aplica-se o dispositivo do Código Civil, art. 1.641, que
prevê a obrigatoriedade da adoção do regime da separação de bens?
AQUESTOS -
● Obs.: Aquestos = refere-se aos bens adquiridos onerosamente ao longo
do casamento.
7. A mens legis do art. 1.641, II, do Código Civil é justamente conferir proteção
ao patrimônio do idoso que está casando-se e aos interesses de sua prole,
impedindo a comunicação dos aquestos. Por uma interpretação teleológica
da norma, é possível que o pacto antenupcial venha a estabelecer cláusula
ainda mais protetiva aos bens do nubente septuagenário, preservando o
espírito do Código Civil de impedir a comunhão dos bens do ancião. O que
não se mostra possível é a vulneração dos ditames do regime restritivo e
protetivo, seja afastando a incidência do regime da separação obrigatória,
seja adotando pacto que o torne regime mais ampliativo e comunitário em
relação aos bens.
De acordo com o julgado acima, fica claro que o STJ aplica o regime de
separação obrigatória na união estável, para maiores de 70 anos de idade.
Sistematização:
Existe uma norma expressa no Código Civil estabelecendo que, no que tange
às pessoas casadas, determinados hábitos somente podem ser praticados
mediante a autorização do outro consorte.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode,
sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
Aqui tem um exemplo bom , o da leticia , se ela quiser vender a casa mesmo
que a casa não entre na meação porque foi herança da ela, se a leticinha
quiser vender vai precisar de autorização do novinho .
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval; TITLOS DE CREITOS INONIMSADOS
Ressalta-se que não importa a origem do bem, mas sim o regime sob o qual o
matrimônio foi estabelecido.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga,
quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível
concedê-la. exemplo: o cônjuge nao quer da a autorização por pirraça , ou
o conjuge ta acamado
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária
(art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge
pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade
conjugal. Depois que TERMINA A SOCIEDADE CONJUGAL , tem- se dois anos
para anular a falta de autorização .
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por
instrumento público, ou particular, autenticado.
Questão: Qual o prazo para se anular um ato jurídico praticado sem outorga
uxória ou autorização marital?
ATENCAO - O art. 179 do Código Civil estabelece que a regra geral do prazo
decadencial para anulação de atos ou negócios jurídicos é de 2 anos a partir
da conclusão do ato, salvo disposição em contrário.
A anulação do negócio jurídico é total. De acordo com o STJ, todo negócio
pode ser 100% anulável.
Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem
consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo
cônjuge a quem cabia concedê-la, ou por seus herdeiros
NEUROSE DE CLAREZA!
ATENÇÃO
O art. 319 do CPC prevê, entre os requisitos da petição inicial, que seja
identificado o estado civil de união estável. Portanto, de acordo com a
jurisprudência, é extensível a outorga conjugal para a união estável, desde
que esta seja conhecida do terceiro.
A ciência da união estável é presumida pela existência de registro público. O
provimento 37 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prevê a possibilidade
de registro facultativo no cartório de pessoas naturais.
Dessa forma, o registro pode ser feito no cartório de pessoas naturais, no
cartório de imóveis ou no RTD (Registro de Títulos e Documentos).
PERGUNTA ESPECIAL
Indaga-se: é ou não viável que, no pacto antenupcial, os consortes, de
Assim aponta o Código Civil (art. 426): Art. 426. Não pode ser objeto de
contrato a herança de pessoa viva.
Introdução
Silvio venosa:
Noções Gerais
ATENÇÃO
Para fins de prova, os candidatos devem ter em mente o art. 1.656 do Código
Civil. Assim aponta o Código Civil (art. 1.656):
NEUROSE DE CLAREZA!
Art. 1.681. Os bens imóveis são de propriedade do cônjuge cujo nome constar
no registro. Parágrafo único. Impugnada a titularidade, caberá ao cônjuge
proprietário provar a aquisição regular dos bens.
Rolf Madaleno
“No regime da participação final nos aquestos, cada consorte tem direito
futuro à metade dos bens adquiridos onerosamente ao longo do casamento.
Trata-se de direito sujeito a termo resolutivo (o fim do casamento, que é um
evento futuro e certo, embora não se saiba o momento em que tal ocorrerá).
Esse direito eventual pode ser penhorado e adjudicado, caso em que o
credor teria de aguardar até o dia do fim do casamento para apropriar-se
dos bens que fossem devidos. Como se vê, trata-se de uma via processual
muito complexa e, talvez, impraticável na vida real”. (Carlos E. Elias de Oliveira
e João Costa-Neto, Manual de Direito Civil, Ed. Gen/Forense).
SEPARAÇÃO CONVENCIONAL (ABSOLUTA) DE BENS
Situação peculiar
ENUNCIADO 671 – Art. 1.583, §2º: A tenra idade da criança não impede a
fixação de convivência equilibrada com ambos os pais.
Exemplo: Uma criança foi vítima de violência perpetrada pelos pais. Foi
proposta uma ação de destituição do poder familiar em face desses pais. O
juiz suspendeu a guarda dos pais e enviou a criança a um abrigo.
Exemplo: Um homem se casou pela 2ª vez. Esse homem havia agredido a sua
primeira esposa e, por esse delito, foi condenado a indenizá-la. Neste caso, o
ressarcimento vai ser oriundo unicamente da meação do agressor em seu
novo casamento.
RELEMBRANDO
FAMÍLIA E SUCESSÕES
ENUNCIADO 671 – Art. 1.583, § 2º: A tenra idade da criança não impede a
fixação de convivência equilibrada com ambos os pais.
Ainda na linha das palavras que estão sendo substituídas, não se utilizam
mais abrigo e acolhimento institucional, devido ao caráter estigmatizante do
termo anterior.
Obs.: as aulas anteriores vieram até este enunciado, de modo que daqui para
a frente, segue-se o conteúdo da aula atual.
O pagamento pode ser feito desde a gestação, buscando uma situação justa
para a mulher. Vale esclarecer que a doula presta serviço antes do
nascimento da criança e, por razões óbvias, a consultora de amamentação
inicia os seus serviços após o nascimento.
ATENÇÃO
Cabe lembrar que esses enunciados não são súmulas, embora sejam do STJ
e tenham grande poder de orientação interpretativa.
aqui por exemplo é a uniao homoafetivas- 2 pais- entao nao se fala em linha
materna ou paterna
Esta expressão visa abarcar a multiplicidade das famílias, abarcando todos
os ascendentes em uma palavra só.
ATENÇÃO
Como se vê, o adjetivo “universal” não é tão apropriado assim para esse
regime, pois há exceções à regra geral da comunicabilidade do ‘universo’
patrimonial dos consortes”. (Manual de Direito Civil – Carlos E. de Oliveira e
João Costa-Neto, Ed. Gen/Forense)
Desde já, essa regra é geral, mas não absoluta. Ainda que a título gratuito:
herança ou doação.
O STJ, em precedente, entendeu que não. Uma vez que o bem doado,
automaticamente será de ambos, voltando à titularidade do doador.
Isso poderia, inclusive, preservar um bem que vai a penhora para quitar a
dívida, uma vez que a metade dela não poderia ser penhorada (a esposa
entra com embargo de terceiro e evita que sua metade seja penhorada).
Porém, para que não haja dúvida, a parte dele seria, sim, utilizada para
responder pela dívida.
Aquisição onerosa
BENS ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE na constância do casamento sao
obrigatoriamente divididos
Convém dizer que essa lei nem sempre é justa, pois, a título de exemplo, um
cônjuge, que é dentista, pode gastar um valor altíssimo para abrir seu
consultório, e o outro cônjuge o ajuda nesta empreitada, com o fim do
casamento, aqueles bens não seriam divididos, de certa forma, configura
enriquecimento de um dos consortes. Ainda aqui, cabe dizer que esse
pensamento crítico se reserva a uma eventual prova oral ou discursiva, para
a prova objetiva, usa-se o que está disposto na lei.
ATENÇÃO
E se o sujeito divorcia mas tem créditos trabalhistas para receber .
com o tempo o stj construiu uma jurisprudência ao perceber que o
casal ao se separarem não tinha nada, somente tenha os créditos
trabalhistas
1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa
anterior ao casamento.