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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DE __ª VARA DE FAMÍLIA,
SUCESSÕES, ÓRFÃOS, INTERDITOS E AUSENTES DA COMARCA DE __________.

SICRANO SILVA..., brasileiro, natural da Cidade de Salvador – Bahia, casado sob o regime da comunhão
universal de bens, PROFISSÃO, portador de Carteira de Identidade tombada sob o número ___________, inscrito
no CPF/MF sob o número ___________ e SICRANA SILVA, brasileira, natural da Cidade de Salvador - Bahia,
casada sob o regime da comunhão universal de bens, PROFISSÃO, portadora de carteira identidade do Registro
Geral número ______________, inscrita no CPF/MF sob o número _____________, ambos residentes e
domiciliados na ________________, por seus advogados infrafirmados, constituídos mediante procuração anexa
(Doc. I), vem, respeitosamente, ajuizar, em comum acordo, com espeque no art. 1.639, §2º do Código Civil
Brasileiro, art. 734 do Novo Código de Processo Civil e demais diplomas aplicáveis, a presente

AÇÃO DE MUDANÇA DE REGIME DE BENS

pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

1 – INTROITO

Tendo por objetivo alteração consensual do regime de bens, com fulcro no art. 1639, §2º do Código Civil Brasileiro
e demais diplomas aplicáveis, esta petição inicial será dividida nos seguintes tópicos: Dos Fatos, Do Direto e Do
Pedido.

2 – DOS FATOS

Os Peticionantes mantém relação conjugal desde o dia _____________, como se pode verificar da certidão de
casamento junta, devidamente inscrita no livro de casamentos ____________ (Doc. II).

Tendo sido o casamento realizado em 1958, curva-se, no que tange ao regime de bens, as regras da Constituição
Federal de 1946 e do Código Civil de 1916. Isto é, naquele contexto histórico se entendia o matrimônio como
indissolúvel, descortinando uma verdadeira comunhão plena de vida. Tal união deveria ser igualmente
representada no que concerne ao regime de bens, através da comunhão universal, sendo este o regime
obrigatório aos casamentos naquele período.

Logo, casando-se em 1958, sofreram os Peticionantes a imposição do regime da comunhão universal de bens, no
qual estão inscritos até os dias de hoje . Destarte, o regramento sobre a validade e imposição do regime de bens
segue a norma da época da celebração do matrimônio.

Tal fato, até então, não havia gerado nenhum tipo de descontentamento ou dificuldade para o casal. Entretanto,
recentemente passaram a pretender os Cônjuges contratar sociedade empresária entre si. Foram, então,
surpreendidos com a vedação legal , porquanto o seu regime de bens do casamento, em claro atingimento a sua
livre iniciativa constitucionalmente garantida .

Para a solução de tal empecilho jurídico, o caminho necessário é a propositura conjunta da presente ação de
mudança do regime de bens, tendo por escopo alterar o estatuto patrimonial do casamento da comunhão
universal de bens – legalmente imposto à época do matrimônio – para o regime de comunhão parcial. Apenas
desta maneira poderão os Cônjuges adequar o estatuto patrimonial do seu casamento às necessidades do casal e
ao exercício da livre iniciativa, mantendo a comunhão plena de vida.

3 – DO DIREITO

O vigente artigo 977 do Código Civil nacional proíbe o contrato de sociedade, entre si, de cônjuges casados sob o
regime da comunhão universal de bens. A razão do posicionamento legal funda-se no receio da mistura de
patrimônios, confundindo-se, indevidamente, o patrimônio empresarial com o familiar. Recorda CRISTIANO
CHAVES DE FARIAS, citando WALDÍRIO BULGARELLI , que:

“A preocupação com esta modalidade societária há muito já é externada, dirigindo-se a apreensão com clara e
indevida confusão entre as relações empresariais e matrimoniais.”

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“A desconfiança era ainda mais forte à época do pátrio poder, pois tal sociedade naquele período, ia de encontro à
posição de superioridade do marido com relação à esposa, como relatam Carvalho de Mendonça (apud
BULGARELLI, Waldírio. Sociedades Comerciais. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 140) e Waldemar Ferreira (apud
OLIVEIRA FILHO, João Glicério de. NETO, Abelardo Sampaio Lopes. A Inconstitucionalidade da Vedação. A
Formação da Sociedade Marital pelo Código Civil Brasileiro. In: Teses da Faculdade Baiana de Direito. Salvador:
Juspodivm, 2009. p. 313).”

Atualmente, ante a completa superação da ideia de pátrio poder, sem mais ser assinalada a superioridade
masculina nas relações afetivas (princípio da igualdade), somada a necessidade de promoção da livre iniciativa e
associação, o artigo 977 do Código Civil sequer merecia continuar sendo aplicado, sendo alvo de
inconstitucionalidade .

Todavia, este caminho ainda não foi adotado no Brasil.... Apesar das vozes em coro pela inconstitucionalidade do
referido artigo; o mesmo persiste.

Há, até mesmo, parecer do Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC) impondo a proibição do
contrato de sociedade neste cenário: é o Parecer 50/03, cuja interessada foi a Junta Comercial do Estado de
Rondônia (JUCER), no qual há expressa notícia da vedação do contrato de sociedade dos cônjuges entre si,
acaso estejam unidos em matrimônio pelo regime de comunhão universal. (Doc III).

Trazendo tais ilações para o caso concreto, percebe-se a incidência da vedação explicitada. Isto porque os
Peticionantes contraíram matrimônio em 1958, momento em que vigia a obrigatoriedade do regime de comunhão
universal, como já averiguado. Assim, regulando o regime de bens a legislação da época do casamento (art. 2039
do CC), a aludida vedação de contratar em sociedade acaba por incidir in casu.

Apesar de tal proibição, recorda-se que o direito brasileiro confere inovadora solução aos interessados em
contratar sociedade e que estejam casados no regime de comunhão universal; qual seja: a propositura conjunta
de uma ação de mudança do regime de bens. (art. 1.639, §2º do Código Civil).

Mas em sendo a possibilidade da aludida modificação do regime de bens uma novidade do Código Civil de 2002,
seria possível falar-se em sua aplicação a casamentos pretéritos?

3.1 – POSSIBILIDADE DA ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS EM CASAMENTO ANTERIOR AO CÓDIGO


CIVIL VIGENTE.

Hodiernamente é pacífica a possibilidade de alteração do regime de bens de casamento realizado à época da


vigência do Código Civil anterior. São dois os argumentos para tanto: a) isonomia e b) aplicação do atual Código
Civil para regramento da eficácia do casamento.

Explica-se.

Inicialmente é factível o descompasso em defender a possibilidade de alteração do regime de bens de


casamentos posteriores a 2003, e a impossibilidade de mudança do estatuto patrimonial dos matrimônios
pretéritos. Tratar-se-ia de cristalina afronta à isonomia.

Mas isto não é tudo. A possibilidade de alteração possui, ainda, outro fundamento.

É cediço ser o casamento um contrato. O sempre festejado PONTES DE MIRANDA já afirmava que o casamento
“é um contrato de direito de família que regula a união entre marido e mulher” .

Mas, então, em sendo o contrato de casamento celebrado durante a vigência do Código Civil de 1916, e
adentrando os seus efeitos a legislação vigente, qual norma deverá regê-lo: o Código Civil de 1916 ou o Código
Civil de 2002?

Atento a esta situação de direito intertemporal, o legislador do vigente Código Civil conferiu solução à
problemática na redação do artigo 2.035, veiculando uma norma de disposição transitória .

Em apertada síntese, vaticina o artigo que tais negócios jurídicos terão a sua validade regulada pela norma da
época da sua confecção; enquanto que a sua eficácia será regida pela legislação atual.

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Ora, em sendo o regime de bens uma questão de eficácia patrimonial , aplica-se a lei vigente (CC/02), ainda que o
matrimônio tenha sido realizado sob a batuta da legislação anterior. Este é o reiterado posicionamento do Egrégio
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, conforme atestam as ementas abaixo colacionadas:

RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. REGIME MATRIMONIAL DE BENS.


MODIFICAÇÃO. CASAMENTO CELEBRADO NA VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE 1916. DISPOSIÇÕES
TRANSITÓRIAS DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. CONJUGAÇÃO DO ART. 1.639, § 2º, COM O ART. 2.039, AMBOS
DO NOVEL DIPLOMA. CABIMENTO EM TESE DA ALTERAÇÃO DE REGIME DE BENS. INADMISSIBILIDADE
QUE JÁ RESTOU AFASTADA. PRECEDENTE JURISPRUDENCIAL. ALTERAÇÃO SUBORDINADA À
PRESENÇA DOS DEMAIS REQUISITOS CONSTANTES DO ART. 1.639, § 2º, DO CC/2002. NECESSIDADE DE
REMESSA DOS AUTOS ÀS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS APRECIAÇÃO DO PEDIDO. RECURSO ESPECIAL
CONHECIDO A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO PARA, ADMITIDA A MUDANÇA DE REGIME, COM A
REMESSA DOS AUTOS À INSTÂNCIA DE ORIGEM. (REsp 868.404/SC, Rel. Ministro HÉLIO QUAGLIA
BARBOSA, QUARTA TURMA, julgado em 12.06.2007, DJ 06.08.2007 p. 519); (Grifos nossos)

Direito civil. Família. Casamento celebrado sob a égide do CC/16. Alteração do regime de bens. Possibilidade.

- A interpretação conjugada dos arts. 1.639, § 2º, 2.035 e 2.039, do CC/02, admite a alteração do regime de
bens adotado por ocasião do matrimônio, desde que ressalvados os direitos de terceiros e apuradas as
razões invocadas pelos cônjuges para tal pedido.
- Assim, se o Tribunal Estadual analisou os requisitos autorizadores da alteração do regime de bens e concluiu
pela sua viabilidade, tendo os cônjuges invocado como razões da mudança a cessação da incapacidade civil
interligada à causa suspensiva da celebração do casamento a exigir a adoção do regime de separação
obrigatória, além da necessária ressalva quanto a direitos de terceiros, a alteração para o regime de comunhão
parcial é permitida.
- Por elementar questão de razoabilidade e justiça, o desaparecimento da causa suspensiva durante o casamento
e a ausência de qualquer prejuízo ao cônjuge ou a terceiro, permite a alteração do regime de bens, antes
obrigatório, para o eleito pelo casal, notadamente porque cessada a causa que exigia regime específico.
- Os fatos anteriores e os efeitos pretéritos do regime anterior permanecem sob a regência da lei antiga. Os fatos
posteriores, todavia, serão regulados pelo CC/02, isto é, a partir da alteração do regime de bens, passa o CC/02 a
reger a nova relação do casal.
- Por isso, não há se falar em retroatividade da lei, vedada pelo art. 5º, inc. XXXVI, da CF/88, e sim em aplicação
de norma geral com efeitos imediatos. Recurso especial não conhecido (REsp 821.807/PR, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19.10.2006, DJ 13.11.2006 p. 261); (Grifos nossos)

CIVIL - REGIME MATRIMONIAL DE BENS - ALTERAÇÃO JUDICIAL - CASAMENTO OCORRIDO SOB A ÉGIDE
DO CC/1916 (LEI Nº 3.071) - POSSIBILIDADE - ART. 2.039 DO CC/2002 (LEI Nº 10.406) - CORRENTES
DOUTRINÁRIAS - ART. 1.639, § 2º, C/C ART. 2.035 DO CC/2002 - NORMA GERAL DE APLICAÇÃO IMEDIATA.

1 - Apresenta-se razoável, in casu, não considerar o art. 2.039 do CC/2002 como óbice à aplicação de norma
geral, constante do art. 1.639, § 2º, do CC/2002, concernente à alteração incidental de regime de bens nos
casamentos ocorridos sob a égide do CC/1916, desde que ressalvados os direitos de terceiros e apuradas
as razões invocadas pelos cônjuges para tal pedido, não havendo que se falar em retroatividade legal,
vedada nos termos do art. 5º, XXXVI, da CF/88, mas, ao revés, nos termos do art. 2.035 do CC/2002, em
aplicação de norma geral com efeitos imediatos.
2 - Recurso conhecido e provido pela alínea "a" para, admitindo-se a possibilidade de alteração do regime de
bens adotado por ocasião de matrimônio realizado sob o pálio do CC/1916, determinar o retorno dos autos
às instâncias ordinárias a fim de que procedam à análise do pedido, nos termos do art. 1.639, § 2º, do CC/2002.
(REsp 730.546/MG, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 23.08.2005, DJ
03.10.2005 p. 279) (Grifos nossos);

No particular, percebe-se que fora afastada a incidência do já mencionado artigo 2.039 do Código Civil, cuja
aplicação se relaciona ao respectivo regime legal de bens da época do casamento. Leia-se: o fato de em 1977 o
regime legal de bens ter passado a ser o da comunhão parcial, e não mais a universal, não quer significar que os
anteriormente casados terão automaticamente convertido o seu regime de bens. Se assim o fosse, os
Peticionantes sequer necessitariam desta exordial, pois teriam como regime o da comunhão parcial.

Fazendo um panorama do dito até então, verifica-se que: desejando os cônjuges, casados em comunhão
universal de bens, exercitar sua livre iniciativa e contratar sociedade, haja vista a restrição do artigo 977 do Código
Civil, o caminho que se descortina é se valer da prerrogativa do art. 1.639, §2º do mesmo diploma legal, lançando

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mão da alteração do regime de bens. Tal pensamento é válido e possível ainda para aqueles que se casaram sob
a égide da legislação de 1916.

Mas o que será necessário para a aludida mudança?

3.2 – DO RESPEITO AOS REQUISITOS PARA A MUDANÇA DO REGIME DE BENS

Caminhando com o art. 1.639, § 2º do Código Civil Brasileiro, a alteração do regime de bens demanda: a) pedido
motivado e conjunto de ambos os cônjuges; b) ausência de prejuízo de terceiros e c) autorização judicial.

In casu há todos os requisitos presentes. Vejamos:

a) Pedido Motivo e Conjunto de Ambos os Nubentes

No que tange ao pedido comum, resta clarividente pela simples leitura desta peça e constatação de que há um
advogado único. Observa-se, até mesmo, a assinatura dos cônjuges nesta inicial.

Já o motivo é igualmente cristalino, ante a vedação do art. 977 do Código Civil e o desejo dos Peticionantes de
exercitar a sua livre iniciativa. Tal fato já fora amplamente explorado nesta proemial.

b) Ausência de Prejuízo de Terceiros

Como prova inequívoca de que nenhum terceiro virá a ser prejudicado nesta mudança de regime de bens, junta-
se à esta inicial Certidão Negativa fornecida pelo Cartório do Distribuidor Judicial (Ação Civil e Crime); Certidão
Negativa fornecida pelo Cartório da Justiça Federal e Certidão Negativa fornecida pelo Cartório das Execuções
Penais; (Doc. III)

Além disto, a conferência de efeitos não retroativos a mudança do regime de bens (ex nunc) assegura, ainda na
remotíssima hipótese de haver algum terceiro, a completa ausência de prejuízo. Isto se informa apenas por amor
ao argumento, ao passo que as certidões negativas colacionadas revelam a cristalina inexistência de danos
sociais.

Outrossim, para que dúvidas não parem sobre a ausência dos aludidos prejuízos, em atenção ao provimento da
Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, requer a publicação de editais, pelo prazo de 30 (trinta)
dias.

c) Autorização Judicial

A autorização judicial é o único requisito faltante; a qual se busca nesta vestibular e, seguramente, ante os
argumentos explicitados, em breve será conferida.

3.3 – DOS BENS EM COMUM E PLANO DE PARTILHA. AUSÊNCIA DE TRIBUTAÇÃO.

O patrimônio, em comum, construído pelo casal na vigência do casamento compreende:

a) Lotes número xx e xx da Quadra “X”, da planta do loteamento que constitui... QUALIFICAÇÃO INTEGRAL DO
BEM (Doc. IV)
b) O imóvel de matrícula xxx... QUALIFICAÇÃO INTEGRAL DO BEM (Doc. V).

Em vista da alteração do regime de bens da comunhão universal para a parcial, propõe-se como plano de partilha:

a) Sicrano Silva terá direito a 50% (cinquenta por cento) do bem descrito na alínea “a” supracitada, como também
terá direito a 50% (cinquenta por cento) do imóvel descrito na alínea “b” supra.
b) Sicrana Silva terá direito a 50% (cinquenta por cento) do bem descrito na alínea “a” supracitada, como também
terá direito a 50% (cinquenta por cento) do imóvel descrito na alínea “b” supra.

Ressalta-se que não haverá nenhuma modificação na titularidade proprietária, ao passo que, em sendo os
Peticionantes casados no regime de comunhão universal de bens, já havia a aludida copropriedade sobre ambos
os bens aqui delineados.

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O que há, registra-se, é apenas uma alteração formal do regime de bens, com o escopo de abertura de um
sociedade empresária entre os cônjuges, como vastamente enfrentado na vestibular.

Destarte, como é consabido, o fato gerador tributário se daria acaso houvesse mudança de titularidade. Nestes
autos, originariamente, os bens arrolados eram de titularidade de 50% (cinquenta por cento) de Sicrano Silva e
50% (cinquenta por cento) de Sicrana Silva. Após a partilha ora proposta, persistirá a mesma situação anterior,
nos mesmos limites proprietários, sem nenhum tipo de encargo tributário.

4 – DO PEDIDO

Diante de todo o exposto e haja vista:

a) O pedido conjunto e motivado de ambos os cônjuges, ao passo que desejam exercitar a sua livre iniciativa,
constitucionalmente garantida, ante a vedação do art. 977 do Código Civil;
b) A inexistência de prejuízos a terceiros, vastamente comprovada pelas certidões juntas e assegurada pelos
efeitos ex nunc da alteração;

Requerem seja autorizada judicialmente a presente mudança de regime de bens, não mais sendo o casamento
regido pela comunhão universal de bens e passando a ser regulado pelo regime da comunhão parcial de bens,
com efeito imediato, por sentença homologatória e efeitos ex nunc.

Ademais, requerem a publicação de editais, pelo prazo de 30 (trinta) dia, para que terceiros, eventualmente
descontentes com a mudança aqui pleiteada, se manifestem, na forma do art. 734 do Novo Código de Processo
Civil.

Requerem que seja intimado representante do Ministério Público, para atuar com custus legis e garantir o
interesse dos nubentes e de terceiros na presente, e por fim, averbar a mudança de regime de bens. Outrossim,
requerem a intimação da Fazenda, para que emita parecer tributário sobre o tema, acolhendo a teste aqui
explicitada de ausência de fato gerador tributário.

Dá à causa, o valor de VALOR DOS BENS.

Nestes termos.
Pede e aguarda deferimento.
Salvador, 8 de maio de 2018

LUCIANO L. FIGUEIREDO
OAB/BA Nº 20.845

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