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HERANÇA DIGITAL
Belém
2022
RODRIGO SILVA DOS SANTOS
HERANÇA DIGITAL
Belém
2022
INTRODUÇÃO
Lima (2016) entende que os patrimônios da era digital deixados pelo falecido
podem não ter um valor econômico significativo, sendo apenas contas em redes
sociais ou e-mails, porém é importante avaliar o que será feito com esse acervo e se
a família tem ou não direito para o acesso à estas contas.
Para Nathalia Zampieri Antunes e Marcelo Carlos Zampieri (2015) a morte
não é um conteúdo, um assunto muito discutido em rodas de conversas, e muitas
pessoas nem mesmo gostam de falar no assunto. Para alguns, chega a ser um
absurdo falar em planejar o futuro de seus bens digitais. Mas a morte significa uma
certeza na vida de todos e pode se tornar um verdadeiro pesadelo para quem fica
quando o ente falecido não deixa expressa sua vontade em relação a esses bens
armazenados em meio digital, ficando para sempre ignorados. Afirmam ainda, que é
vasta a dimensão dos problemas e suas consequências nas relações sucessórias. A
principal questão a ser enfrentada é a vivência de legado digital e como regimentar a
sucessão dos arquivos na hipótese de declaração de último interesse do cônjuge, o
testamento.
Herança Digital
O acervo do patrimônio digital pode ser composto por: fotos, vídeos, músicas,
textos, filmes etc., os quais podem ser adquiridos ou feitos por seu proprietário. De
posse destes ativos, o dono sabe da destinação e uso que lhe dará durante sua
vida, porém não sabe o que pode acontecer após seu falecimento e o destino de
todos estes ativos digitais.
De acordo com Aurelio (2016) o conceito de herança digital tem sido discutido
em larga escala a nível internacional, ele abrange todo o legado digital que um
indivíduo deixa após sua morte. A importância desta temática se faz necessária
devido às transformações pautadas principalmente pelos avanços tecnológicos
vivenciados na sociedade atual. A herança digital tem se tornado uma preocupação
por parte de pessoas em diversos países, não somente por valores sentimentais,
mas também por valores monetários existentes em algumas coleções adquiridas por
intermédio de compras.
Oliveira (2014, p. 38-39) afirma que existe um outro aspeto da vida atual e
que advém da crescente utilização das novas tecnologias que não fica tratado,
constituído de Herança Digital. Paralelamente a uma vida real, muitos dos indivíduos
têm uma vida que caminha lado a lado a si e que é fruto das inovações tecnológicas
surpreendentes e da crescente utilização das novas tecnologias. Assim como na
vida real, na vida digital possuem-se bens ou objetos com valor. No entanto são
bens em formato digital e que são propriedades digitais de cada um.
A proposta prevê que como não há regra específica para esses casos, os
herdeiros acabam tendo que entrar na Justiça para ter acesso a e-mails e
contas em redes sociais de falecidos. Na falta de uma norma geral, os juízes
passaram a ter decisões de formas diferentes para cada família.
Conclusão
Sugere-se que novos estudos sejam feitos a fim de propor a resolução deste
problema, discutindo a legalidade jurídica da inclusão de cláusulas nos termos de
uso, que indiquem os legatários legais de determinados conteúdos.