O documento classifica e descreve os principais regimes de bens no casamento no Brasil: (1) o regime da comunhão universal comunica todos os bens dos cônjuges; (2) o regime da comunhão parcial comunica apenas bens adquiridos durante o casamento; (3) o regime da separação de bens mantém os bens de cada cônjuge separados.
O documento classifica e descreve os principais regimes de bens no casamento no Brasil: (1) o regime da comunhão universal comunica todos os bens dos cônjuges; (2) o regime da comunhão parcial comunica apenas bens adquiridos durante o casamento; (3) o regime da separação de bens mantém os bens de cada cônjuge separados.
O documento classifica e descreve os principais regimes de bens no casamento no Brasil: (1) o regime da comunhão universal comunica todos os bens dos cônjuges; (2) o regime da comunhão parcial comunica apenas bens adquiridos durante o casamento; (3) o regime da separação de bens mantém os bens de cada cônjuge separados.
Classificação • Quanto à origem: • Convencional: decorre de um contrato feito pelas partes. Faz-se por um pacto antenupcial. Os regimes devem ser necessariamente decorrentes de contrato. • Legal: têm-se dois tipos que decorrem da lei. O regime da comunhão parcial é o regime legal na falta de convenção (artigo 1.640, caput, do Código Civil). Esse regime também é chamado de regime comum. O regime da separação de bens obrigatório está previsto para certas pessoas. No artigo 1.641, caput, existem três hipóteses em que a lei obriga o regime de separação de bens. Classificação
• Quanto aos efeitos:
• Pode ser comunitário ou não comunitário, de acordo com a comunicação ou não dos bens dos cônjuges: • comunitário: enquadram-se a comunhão universal e a comunhão parcial de bens e participação final nos aqüestos; • não comunitário: enquadram-se a separação de bens. Princípios • Princípio da irrevogabilidade: • O Código Civil de 1916 determinava que o regime convencionado era irrevogável. O atual sistema admite a mutabilidade do regime, porém preenchidos alguns requisitos, a saber: vontade de ambos os cônjuges; proteção ao terceiro de boa-fé; justo motivo para mudança e decisão judicial. • Princípio da variedade de regimes: • A lei coloca a disposição dos nubentes quatro regimes de bens, o da comunhão parcial de bens, da comunhão universal de bens, da separação de bens, e da participação final nos aquestos. Princípios • Princípio da livre estipulação: • Significa autonomia de vontade, que é uma das características da celebração de um contrato. Os nubentes têm liberdade para estabelecer qual regime de bens querem adotar. • Essa liberdade só existe para os nubentes, visto que os cônjuges devem, obrigatoriamente, submeter-se ao regime convencionado. Essa liberdade, entretanto, é relativa, não podendo os nubentes estabelecer cláusulas no pacto que contrariem a lei. Objeto • O objeto do regime de bens são os próprios bens dos cônjuges. Inexistindo os bens, não há regime de bens.
• Os bens serão comunicáveis ou não, de acordo com
o regime de bens, não havendo necessidade de se provar a colaboração do cônjuge na aquisição deles. Comunicar significa a propriedade em comum dos bens, ou seja, cada um dos cônjuges detém a metade dos bens do casal. Os bens comunicáveis são chamados de bens comuns, pois pertencem a ambos os cônjuges, dando a eles o direito de meação. Objeto • Os bens não comunicáveis são aqueles particulares de cada um dos cônjuges, não estando sujeitos à meação. Se houver, entretanto, prova da participação do outro cônjuge na aquisição deles, poderá, eventualmente, haver o direito à meação.
• Os bens também podem ser presentes ou futuros.
Bens presentes são aqueles existentes na data do casamento e só se comunicam no regime da comunhão universal. Bens futuros são aqueles que serão adquiridos na constância do casamento (aqüestos). Regime da Comunhão Universal de Bens • Disposto no artigo 1.667 do Código Civil, nesse regime comunicam-se todos os bens, presentes ou futuros, e também as dívidas referentes a esses bens, que se transmitem. • O artigo 1.668, entretanto, traz algumas exceções de incomunicabilidade de bens. Há um rol muito extenso que vai do inciso I (bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar) ao inciso V (os bens referidos nos incisos V a VII do artigo 1.659). Regime da Comunhão Parcial de Bens
• O regime de comunhão parcial de bens é, hoje, o
regime legal na falta de convenção ou na falta de exigência de regime obrigatório de separação de bens (artigo 1.640, caput, do Código Civil). • É o regime pelo qual se comunicam os aqüestos a título oneroso, desde que não sejam sub-rogação de bens anteriores. Aqüestos são os bens adquiridos na constância do casamento, não se comunicando os bens anteriores de cada cônjuge. • Os bens adquiridos a título gratuito não se comunicam (doação e herança), salvo se houver disposição em favor de ambos os cônjuges (ex.: doação para a filha e o genro). Regime da Comunhão Parcial de Bens • Os bens não podem ter sido adquiridos com o produto da alienação de bens anteriores (exemplo: venda de um imóvel adquirido antes do casamento para comprar outro imóvel após o casamento. Esse segundo bem não se comunica). • O artigo 1.660 dispõe os bens que se comunicam e o artigo 1.659 dispõem os bens que não se comunicam. Os frutos civis do trabalho se comunicam tanto no regime da comunhão universal como no regime da comunhão parcial (artigo 1.660, inciso V, do Código Civil). • As benfeitorias feitas em imóveis adquiridos antes do casamento se comunicam. Os frutos dos bens particulares comunicam-se; entretanto, os produtos são incomunicáveis. Regime da Separação de Bens • Disposto nos artigos 1.687 e 1.688, pode ser convencional ou legal. Nesse regime, os bens não se comunicam. • 1. Convencional • Feito por pacto antenupcial, convencionam-se quais bens não serão comunicáveis. Existem duas espécies: Absoluta: nenhum bem se comunica. Existem algumas exceções: 1) aquisição conjunta (a comunicação se faz pelo contrato e não pelo regime de bens); e 2) se houver prova de esforço comum (decorre do direito obrigacional, entretanto não basta o trabalho doméstico, deve existir, efetivamente, colaboração financeira na aquisição do bem). Regime da Separação de Bens
• Relativa: em regra, os bens não se comunicam,
mas há no pacto cláusula estipulando algum bem que irá se comunicar. Depende sempre dos termos do contrato (pacto antenupcial). No caso de haver silêncio no pacto quanto aos aqüestos, a lei dispõe que se deve presumir que os bens se comunicam (artigo 1.640 do Código Civil). • 2. Legal • Disposto no artigo 1.641, incisos I a III. Ainda que haja disposição em contrário, não será válida. Haverá a obrigatoriedade do regime de separação de bens nos seguintes casos: Regime da Separação de Bens • a) Inciso I - Nos casamentos celebrados mesmo havendo as causas suspensivas estabelecidas.
• b) Inciso II - Nos casamentos de pessoas com mais de 70
anos. Pelo sistema anterior os homens tinham que ser maiores que 60 anos e as mulheres tinham que contar com mais de 50 anos. Já sob a ótica da Constituição Federal de 1988 houve a uniformização nos 60 anos. Com o estatuto do idoso a idade foi majorada para 70 anos.
• c) Inciso III - No casamento de qualquer pessoa que
precise de autorização judicial para se casar. Regime de Participação Final nos Aqüestos
• É um regime híbrido ou misto, pois na vigência
da sociedade conjugal temos as regras da separação total de bens, com livre administração pelos cônjuges. Porém, com a dissolução da sociedade conjugal ou pela morte, ou pelo divórcio, ou pela separação judicial, ou mesmo em caso de nulidade, voltamos a ter o regime de comunhão parcial de bens, pois as partes passam a ter direito sobre a metade de todos os bens (artigo 1.672 do Código Civil).