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@priscillasimonato

PENSÃO POR MORTE


Priscilla Simonato de Migueli

Provas de união estável


Dicas de atuação administrativa
PRISCILLA MILENA SIMONATO DE MIGUELI

Doutoranda em Direito Previdenciário pela PUC/SP


Mestre em Direito Previdenciário pela PUC/SP
Especialista em Direito Previdenciário pela EPDS
Especialista em Direito Previdenciário pela FDSBC
Advogada

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DEPENDENTES PREFERENCIAIS OU
PRESUMIDOS:
São os elencados no item I do artigo 16 da Lei n.º 8.213/91, ou seja
o cônjuge, filhos menores ou inválidos e companheiro(a), estes
possuem a dependência econômica do segurado presumida, ou
seja, não há a necessidade de comprovação.

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não


emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

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•COMO É REGULAMENTADA A QUESTÃO PREVIDENCIÁRIA

•CONCORRÊNCIA ENTRE DEPENDENTES

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CASAMENTO x SEPARAÇÃO DE FATO X DIVÓRCIO
Art. 76. § 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de
alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16
desta Lei.

§ 3º Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por determinação
judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por
morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de
cancelamento anterior do benefício.

SÚMULA 336 STJ - A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.
Data da Publicação - DJ 07.05.2007 p. 456

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TEMA 226 TNU

A dependência econômica do cônjuge ou do


companheiro relacionados no inciso I do art.
16 da Lei 8.213/91, em atenção à presunção
disposta no §4º do mesmo dispositivo legal, é
absoluta.

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Tema 45, TNU
É devida pensão por morte ao ex-cônjuge que não
percebe alimentos, desde que comprovada dependência
econômica superveniente à separação, demonstrada em
momento anterior ao óbito.

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CONCUBINATO
Puro – União estável

•Impuro – art. 1727 CC


“As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de
casar, constituem concubinato”

•concubinato adulterino em: o contraído de boa-fé e o de má-fé

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Art. 122. Considera-se por companheira ou companheiro apessoa que mantém união estável com
o segurado ou a segurada, sendo esta configurada na convivência pública, contínua e duradoura,
estabelecida com intenção de constituição de família, observando que não constituirá união
estável a relação entre:
I - os ascendentes com os descendentes seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e oadotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais,até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas; e
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídioou tentativa de homicídio contra ose
u consorte.
Parágrafo único. Não se aplica a incidência do inciso VI docaput no caso de a pessoa casada se
achar separada de fato, judicial ou extrajudicialmente.

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RE 669465
Tema 526 da Repercussão Geral
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. CONCUBINATO IMPURO DE LONGA DURAÇÃO. EFEITOS PARA
FINS DA PROTEÇÃO DO ESTADO À QUE ALUDE O ARTIGO 226, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

"É incompatível com a Constituição Federal o reconhecimento de


direitos previdenciários (pensão por morte) à pessoa que manteve,
durante longo período e com aparência familiar, união com outra
casada, porquanto o concubinato não se equipara, para fins de
proteção estatal, às uniões afetivas resultantes do casamento e da
união estável."
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COMPANHEIRO HOMOAFETIVO
A Lei n.º 8.213/91 não dispõe de nenhuma norma
regulando se os dependentes homoafetivos fazem ou
não jus a pensão por morte.

IN n.º 77/2015. Art. 130. De acordo com a Portaria


MPS nº 513, de 9 de dezembro de 2010, publicada no
DOU, de 10 de dezembro de 2010, o companheiro ou a
companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no
RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que
comprovada a união estável, concorre, para fins
de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os
dependentes preferenciais de que trata o inciso I do
art. 16 da Lei nº 8.213, de 1991, para óbito ou reclusão
ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, conforme o
disposto no art. 145 do mesmo diploma legal,
revogado pela MP nº 2.187-13, de 2001.

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•AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.277 DISTRITO
FEDERAL
3. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA INSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA. RECONHECIMENTO DE QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NÃO
EMPRESTA AO SUBSTANTIVO “FAMÍLIA” NENHUM SIGNIFICADO ORTODOXO OU DA PRÓPRIA TÉCNICA JURÍDICA. A FAMÍLIA
COMO CATEGORIA SÓCIO-CULTURAL E PRINCÍPIO ESPIRITUAL. DIREITO SUBJETIVO DE CONSTITUIR FAMÍLIA. INTERPRETAÇÃO
NÃO-REDUCIONISTA. O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial proteção do Estado. Ênfase
constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial significado de núcleo doméstico, pouco
importando se formal ou informalmente constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A
Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão “família”, não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a formalidade
cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa. Família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas
adultas, mantém com o Estado e a sociedade civil uma necessária relação tricotômica. Núcleo familiar que é o principal lócus
institucional de concreção dos direitos fundamentais que a própria Constituição designa por “intimidade e vida privada” (inciso
X do art. 5º). Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos que somente ganha plenitude de sentido se
desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Família como figura central ou continente,
de que tudo o mais é conteúdo. Imperiosidade da interpretação não-reducionista do conceito de família como instituição que
também se forma por vias distintas do casamento civil. Avanço da Constituição Federal de 1988 no plano dos costumes.
Caminhada na direção do pluralismo como categoria sócio-político-cultural. Competência do Supremo Tribunal Federal para
manter, interpretativamente, o Texto Magno na posse do seu fundamental atributo da coerência, o que passa pela eliminação
de preconceito quanto à orientação sexual das pessoas.

05/05/2011

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POLIAMOR
Maria Berenice Dias relata a ampliação do conceito de família: O
pluralismo das relações familiares – outro vértice da nova ordem
jurídica – ocasionou mudanças na própria estrutura da sociedade.
Rompeu-se o aprisionamento da família nos moldes restritos do
casamento, mudando profundamente o conceito de família. A
consagração da igualdade, o reconhecimento da existência de outras
estruturas de convívio, a liberdade de reconhecer filhos havidos fora
do casamento operaram verdadeira transformação na família. (DIAS,
2007, p. 37)

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• No poliamor uma pessoa pode amar seu parceiro fixo e amar também as pessoas com quem tem
relacionamentos extraconjugais, ou até mesmo ter relacionamentos amorosos múltiplos em que há
sentimento de amor recíproco entre todos os envolvidos. Os poliamoristas argumentam que não se
trata de procurar obsessivamente novas relações pelo fato de ter essa possibilidade sempre em
aberto, mas, sim, de viver naturalmente tendo essa liberdade em mente. O poliamor pressupõe uma
total honestidade seio da relação. Não de trata de enganar nem de magoar ninguém. Tem como
princípio que todas as pessoas envolvidas estão a par da situação e sentem à vontade com ela. A
idéia principal é admitir essa variedade de sentimentos que se desenvolvem em relação a várias
pessoas, e que vão além da mera relação sexual. O poliamor aceita como fato evidente que todos
têm sentimentos em relação a outras pessoas que as rodeiam. Como nenhuma relação está posta
em causa pela mera existência de outra, mas, sim, pela sua própria capacidade de se manter ou não,
os adeptos garantem que o ciúme não tem lugar nesse tipo de relação. Não é o mesmo que uma
relação aberta, que implica sexo casual fora do casamento, nem na infidelidade, que é secreta e
sinônimo de desonestidade. O poliamor é baseado mais no amor do que no sexo e se dá com o total
conhecimento e consentimento de todos os envolvidos, estejam estes num casamento, num ménage
à trois, ou no caso de uma pessoa solteira com vários relacionamentos. Pode ser visto como
incapacidade ou falta de vontade de estabelecer relações com uma única pessoa, mas os
poliamantes se sentem bastante capazes de assumir vários compromissos, da mesma forma que um
pai tem com seus filhos (LINS, 2007, p. 401).

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SÚMULA 63, TNU
DOU 23/08/2012

A comprovação de união estável para efeito de


concessão de pensão por morte prescinde de início de
prova material.

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Decreto 3048/99 - Art. 16
§ 6o Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública,
contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção
de constituição de
família, observado o § 1o do art. 1.723 do Código Civil, instituído pela Lei no
10.406, de 10 de janeiro de 2002

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Art. 16

§ 5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova


material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e
quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não
admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força
maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento.
(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)

§ 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a par da exigência do


§ 5º deste artigo, deverá ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove
união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. (Incluído pela Lei
nº 13.846, de 2019)

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Art. 22. A inscrição do dependente do segurado será promovida quando do
requerimento do benefício a que tiver direito, mediante a apresentação dos
seguintes documentos:
I - para os dependentes preferenciais:
a) cônjuge e filhos - certidões de casamento e de nascimento;
b) companheira ou companheiro - documento de identidade e certidão de
casamento com averbação da separação judicial ou divórcio, quando um dos
companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso; e
c) equiparado a filho - certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado,
certidão de casamento do segurado e de nascimento do dependente,
observado o disposto no § 3º do art. 16;
II - pais - certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos
mesmos; e
III - irmão - certidão de nascimento.
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JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA

§ 3º O acordo judicial de alimentos não será suficiente paraa comprovação da


união estável
para efeito de pensão por morte, vezque não prova, por si só, a existência
anterior de união estável
No smoldes estabelecidos pelo art. 1.723 do Código Civil.
§ 4º A sentença judicial proferida em ação declaratória de união estável não
constitui prova
plena para fins de comprovação de união estável, podendo ser aceita como
uma das três provas
Exigidas no caput deste artigo, ainda que a decisão judicial seja posterior ao
fato gerador.
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EXIGÊNCIA DA PROVA DOCUMENTAL PARA A UNIÃO ESTÁVEL

Conceito de família - Lei Maria da Penha 11.340/06 - núcleo de afeto e de amor

Ato jurídico X negócio jurídico

Art. 212 CC - negócio jurídico impõe forma especial.

Art. 369 CC - todos os meios de prova

CPC e hierarquia de provas

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OBRIGADA!!!!!

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Priscilla Simonato de Migueli

priscilla@simonato.adv.br

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