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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Direito

CONVENÇÕES ANTENUPCIAIS

Suzete da Esperança Erasto, 81210466

Nampula, Maio de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Direito

CONVENÇÕES ANTENUPCIAIS

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Direito, na cadeira de ECOLOGIA E
GESTAO AMBIENTAL.

Tutora: Msc. Eulália Albertina de Oliveira

Suzete da Esperança Erasto, 81210466

Nampula, Maio de 2023


Índice
I. Introdução............................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 4

1.1.1. Geral ............................................................................................................................. 4

1.1.2. Específicos ................................................................................................................... 4

2. Convenções antenupciais........................................................................................................ 5

2.1. Capacidade para celebrar convenções antenupciais ............................................................ 5

2.2. Liberdade de convenção ...................................................................................................... 5

2.3. Prazo de validade ................................................................................................................. 5

2.4. Tipos de regime Convenções antenupciais .......................................................................... 6

2.4.1. Regime da Comunhão de Adquiridos ............................................................................... 6

2.4.2. Regime de Separação de bens .......................................................................................... 7

2.4.3. Regime da Comunhão Geral de bens ............................................................................... 7

Conclusão ................................................................................................................................... 8

Referencias Bibliográficas .......................................................................................................... 9


I. Introdução
A presente pesquisa tem como origem a cadeira Modular Família e Sucessões esta batizada
com tema “Convecções Antinupciais” onde perante a pesquisa constatou-se que a convenção
antenupcial é um documento que determina, antecipadamente, quais os princípios que vão
regular algumas questões específicas de um casamento, nomeadamente as financeiras. Visto
que não é obrigatória. Conforme já referimos, se não quiser registar uma convenção, a lei
determina que o regime de bens a aplicar ao casamento é o de comunhão de adquiridos.

1.1.Objectivos

1.1.1. Geral
 Fazer o estudo sobre as Convecções Antinupciais;

1.1.2. Específicos
 Conceituar as Convecções Antinupciais;
 Determinar as capacidades;
 Caracterizar as liberdades
 Caracterizar os tipos de Convecções.
2. Convenções antenupciais
Convenção antenupcial é o contrato solene, realizado antes do casamento, por meio do qual as
partes dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre elas durante o matrimônio.

As convenções antenupciais constituem negócio jurídico condicional, pois sua eficácia


fica condicionada à ocorrência de casamento. Com efeito, o casamento, no caso, opera como
condição suspensiva, pois enquanto aquele não ocorrer, o pacto antenupcial não entra em vigor.

Por sua vez A convenção antenupcial, ou acordo pré-nupcial, é um contrato que os noivos
celebram antes do matrimónio e onde escolhem o regime de bens a vigorar no casamento, bem
como preveem outras regras e disposições, nomeadamente de carácter patrimonial, que lhes
serão aplicadas após o casamento.

2.1. Capacidade para celebrar convenções antenupciais


Conforme a Lei 10/2004, de 25 de Agosto, que regula as relações familiares Têm capacidade
para celebrar convenções antenupciais os que têm capacidade para contrair casamento.

2. Aos menores com idade núbil é permitido celebrar convenções antenupciais desde que não
haja oposição dos respectivos representantes legais. (artigo 132)

2.2. Liberdade de convenção


Como previstos na Lei n.º 22/2019: Lei da Família e revoga a Lei n.º 10/2004, de 25 de Agosto,
artigo 122

Os esposos podem fxar livremente, em convenção antenupcial o regime de bens do casamento,


quer escolhendo um dos regimes previstos na presente Lei, quer estipulando o que a esse
respeito lhes aprouver, dentro dos limites da lei.

Assim, e desde logo, é na convenção antenupcial que os futuros cônjuges poderão


renunciar à qualidade de herdeiro legitimário do outro cônjuge. Do mesmo modo, poderão
instituir terceiros ou a si próprios como herdeiros ou legatários de um ou de outro, ou de ambos.

Poderão também estabelecer cláusulas de reversão ou fideicomissárias em relação às


liberalidades efetuadas no próprio acordo pré-nupcial. Em artigo futuro tentaremos explicar o
que são e para que servem estas cláusulas.

2.3. Prazo de validade


(Mutabilidade dos regimes de bens)
1. São admitidas alterações ao regime de bens:

a) pela simples separação judicial de bens;


b) pela separação judicial de pessoas e bens;
c) em todos os demais casos, previstos na lei, de separação de bens, na vigência da
sociedade conjugal.

2. Na constância do casamento admite-se que os cônjuges possam acordar, entre si, a alteração
do regime de bens antes adoptado ou aplicável, incluindo aqueles que se casaram sob o regime
imperativo de separação de bens.

3. O acordo referido no número 2 do presente artigo, deve ser feito na presença do notário com
reconhecimento presencial de letra e assinatura, sendo averbado nos correspondentes assentos
de casamento e de nascimento de cada um dos cônjuges.

4. As alterações do regime de bens referidas no número 2 do presente artigo, em caso algum


produzem efeitos em prejuízo de terceiros.

2.4. Tipos de regime Convenções antenupciais

2.4.1. Regime da Comunhão de Adquiridos


Segundo este regime, a cada um dos cônjuges pertence apenas os bens que tinha antes de casar
e os bens que, depois do casamento e na constância deste, venha a receber por sucessão (por
morte de outra pessoa) ou por doação, ou venha a adquirir por virtude de direito próprio anterior.

A ambos os cônjuges pertencem os outros bens, ou seja, os bens adquiridos depois do


casamento sem ser por sucessão, doação, ou direito próprio anterior ao casamento.

Nestes bens está incluído o produto do trabalho dos cônjuges e os rendimentos dos bens que
pertençam apenas a cada um deles. Ao conjunto destes bens chama-se património comum,
composto por um activo (bens) e um eventual passivo (dívidas), do qual cada um dos cônjuges
participa em metade.

Segundo este regime, a cada um dos cônjuges pertence apenas os bens que tinha antes de casar
e os bens que, depois do casamento e na constância deste, venha a receber por sucessão (por
morte de outra pessoa) ou por doação, ou venha a adquirir por virtude de direito próprio anterior.

A ambos os cônjuges pertencem os outros bens, ou seja, os bens adquiridos depois do


casamento sem ser por sucessão, doação, ou direito próprio anterior ao casamento.
Nestes bens está incluído o produto do trabalho dos cônjuges e os rendimentos dos bens que
pertençam apenas a cada um deles.

Ao conjunto destes bens chama-se património comum, composto por um activo (bens) e um
eventual passivo (dívidas), do qual cada um dos cônjuges participa em metade.

2.4.2. Regime de Separação de bens


De acordo com este regime, cada um dos cônjuges é proprietário dos bens que adquiriu, por
qualquer forma, antes e depois do casamento.

No entanto, pode acontecer que determinados bens hajam sido adquiridos por ambos os
cônjuges. Neste caso os dois são proprietários dos bens, não como casal mas como quaisquer
outras duas pessoas não casadas, o que se denomina por co-propriedade.

2.4.3. Regime da Comunhão Geral de bens


Neste regime é regra que todos os bens, seja qual for a sua origem e momento de aquisição,
pertencem a ambos os cônjuges.

No entanto, a lei estabelece que um certo tipo de bens pertence apenas a cada um dos cônjuges,
designadamente, as suas roupas, a sua correspondência, e os bens doados ou deixados quando
a doador ou testador tiver determinado que não quer que os bens passem a pertencer a ambos.
Assim como, também os direitos estritamente pessoais pertencem apenas ao cônjuge que os
possui. É o caso do usufruto e do uso ou habitação.

Ao conjunto destes bens chama-se património comum, composto por um activo (bens) e um
eventual passivo (dívidas), do qual cada um dos cônjuges participa em metade.
Conclusão
Chegado ao fim da pesquisa constatou-se que não é possível alterar a convenção antenupcial
depois do casamento, mas há exceções. Por exemplo, em situações em que um cônjuge está em
risco de perder o que é seu devido à má gestão do outro. A convenção antenupcial só produz
efeitos em relação a terceiros depois de registada.

Podem celebrar convenções antenupciais quem tem capacidade para contrair casamento e os
menores, interditos ou inabilitados quando autorizados pelos seus representantes legais.
Referencias Bibliográficas
 Constituição da República de Moçambique. In: Boletim da República, 2004;
 Lei 10/2004, de 25 de Agosto, que regula as relações familiares;
 Ribeiro, Nuno Cardoso (2020). Divorcio e Família,
https://divorciofamilia.com/casamento/convencao-antenupcial/ cessado pela ultima
vez no dia 14 de Maio de 2023;

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