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Sucedeu uma gestão de negócios, um instituto presente no art. 464º do CC: “Dá-se
a gestão de negócios, quando uma pessoa assume a direção de negócio alheio no
interesse e por conta do respetivo dono, sem para tal estar autorizada.” Assim, A
assume a gestão de negócios de B. A é o gestor e B é o dominus.
Verificam-se os requisitos do 464º: Uma pessoa (gestor) assuma a direção de negócio
alheio, no interesse e por conta do dono, sem autorização deste.
AV- GN ILEGITIMA
Assim, no dia 15 de janeiro, A resolveu contratar em nome de B, a empresa de
Construção Civil C que encarregou de restaurar a referida casa. Foi dito a A que os
custos da muito difícil restauração seriam tão caros que antes valeria a pena
demolir a edificação e construir uma outra, assim A decidiu pagar com o dinheiro
de negócios seus particularmente rentáveis para efetivar a construção de uma
nova casa para B.
A obra foi então realizada e A optou por um projeto ultramoderno que lhe foi sugerido
pelos construtores e com o valor de 250.000€, pensando que desta maneira
reformasse a mentalidade de B, que seria conservadora.
- A exige a B 400.000€ pela construção da nova casa, bem como o valor da quantia
já despendida com o explicador. ->
1. Há então duas situações que temos de distinguir na primeira parte: a demolição
da casa e a construção da casa.
Outra parte da doutrina (Pessoa Jorge; MC; ML) entende, porém, no que respeita à
atuação do gestor no interesse de outrem, que deve considerar-se, para a
verificação deste pressuposto, não apenas a intenção da gestão, mas também a
UTILIDADE DA GESTÃO
Quanto à demolição: o interesse (representação objetiva da gestão para o
dominus) é demolir a casa e construir uma nova, sendo que restaurar sairia mais
caro.
A utilidade (representação subjetiva que o dominus faz desse interesse) é que a
vontade presumível é que B não quereria demolir a casa (pela relação afetiva que
poderia ter com a mesma e por ser o seu lar).
Eu penso que neste caso existiam várias gestões de negócios, e uma delas seria a
contratação do explicador, existindo a aprovação dessa gestão. Desta maneira B
teria aprovado a gestão de negócios quanto à parte de contratar um explicador.
Aplica-se o 469º que tem como consequências a renúncia da indeminização pelo
gestor e o reconhecimento do direito do gestor a ser reembolsado pelas despesas
que efetuou. Segundo o 468º/1 (469º), B tem de pagar a A o valor das explicações,
acrescido dos juros legais (4%) a contar da data da contratação.
Desta forma, D não pode exigir a quantia nem a A nem a B, mas pode intentar uma
ação por enriquecimento sem causa contra B. INEFICÁCIA ABSOLUTA
Em que posição fica o 3º? 268º/4
Se o 3º desconhecia a falta de poderes de representação, pode revogar o n.j.
Se conhecia n tem essa hipótese de revogação e o n.j. não produz efeitos.
268º/3-> possibilidade de ser fixado um prazo para que seja feita a ratificação
desse NJ. A forma da ratificação é a exigida para a procuração, que é igual à do NJ a
celebrar. Depois desse prazo, a ratificação é ineficaz.
- E vem exigir a B o pagamento das lições em atraso, mas este diz-lhe que o assunto
é com A.
3. Esta situação relaciona-se com as relações externas entre o dominus (B) e o
explicador (E).
Neste caso concreto, A contratou em seu nome (HÁ UMA GESTÃO DE NEGÓCIOS
NÃO REPRESENTATIVA). Aplica-se o art. 471º/2ª parte e são aplicáveis as regras do
mandato sem representação (1180º e ss).
O contrato é válido, porém só produz efeitos entre o gestor e o 3º. Assim. E apenas
poderia exigir o dinheiro a A.
Nos termos do 1181º/1 o gestor fica obrigado a transferir para o dono os direitos
adquiridos no âmbito da gestão. Mas enquanto não os transferir, o dominus, ou
seja, B, não responde perante os 3ºs.
PRESSUPOSTOS DA GN
DEVER DO GESTOR: DEVER DE AVISO (DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA)
Gestor de negócios pode ser renumerado? R: 470º = lacuna oculta, o trabalho tem de
ser remunerado. O serviço deve ser remunerado. Sendo regular e tendo sido aprovada,
o esforço tenha despedido naquele serviço, pode pedir uma remuneraçãoº ao dono.
ML