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Prof.

Pedro de Albuquerque
14/09/2023
Metodologia de Ponta Jurídica e não jurídica

Bibliografia: Direito das Obrigações, Pedro de Albuquerque - Compra e venda

DOAÇÃO: 940º e ss tem uma definição que é boa porque tem correspondência com o
regime, porém não é completa. É um contrato (consentimento de outrem, não é
unilateral a não ser em casos específicos como concepturo ou nascituro), feito por
espírito de liberalidade (espontaneamente de livre vontade, não são doações os
donativos conformes aos usos sociais- entre o costume e os usos- pratica social
reiterada sem convicção jurídica de obrigatoriedade, mas com convicção de
obrigatoriedade social como as gorjetas dos restaurantes, presentes de casamento)
+ Empobrecimento (patrimonial) do dador e Enriquecimento do donatário -> Não
segue este regime o mandato gratuito
Ingratidão

Doação modal/ com encargos- “Eu doou uma empresa a A e doou essa empresa com o
encargo de pagar uma pensão ou fazer mensalmente doações a favor de uma
associação de voluntariado”.
O Modo não pode ultrapassar o valor da doação porque assim não há enriquecimento
do donatário. (-1 cêntimo)

A Definição não é adequada porque não é uma tarefa legislativa e não compete ao
legislador.
Apenas a Definição estipulativa tem valor vinculativo, quer remeter para algo.

SOCIEDADE (civil): 980º e ss


Noção de contrato de sociedade que tem impacto na sociedade comercial, dado em
direito comercial
“Sociedade civil é o contrato no qual duas ou mais pessoas ...
Grande parte da doutrina entende que tem de prosseguir o lucro, associações ou
sociedades que pratiquem atos que não destinem a repartir o lucro estão a praticar
atos nulos. Não pode praticar só atos gratuitos.
PROF DISCORDA!
Nuances com prof. Januário gomes, MTS
MC- sociedades têm de prosseguir lucro

980º =/

Definições não vinculam temos de procurar respostas no regime que não existe!
Regime das sociedades comerciais, há sociedades que não são contratos, há
sociedades anónimas que estão proibidas de prosseguir o lucro (sociedades de
empreendorismo social EUSEF- DL 27/2003)
PROF. DIZ QUE NÃO TEM DE PROSSEGUIR O LUCRO, apesar de o art. 980º dizer que
sim.
MTS diz que não tem de prosseguir o lucro.
Januário gomes tem posição híbrida, mas com o ónus da prova o lucro cabe à
sociedade mas estas não conseguem fazer o ónus da prova
Autores do sul do mondego indicam que o princípio da especialidade
Norte do mondego tem uma doutrina oposta

19/09/2023
As definições gerais não são vinculativas, vamos procurar os traços no seu regime e não
em definições, exceto se a mesma for vinculativa!

Paulo lavo cunha- sociedades comerciais tem por objeto a prática de atos comerciais
ent devem ter de prosseguir o lucro. Porem há uma norma que indica que é possível
possuir uma sociedade civil

-> Influência do dt francês, cc tinha uma norma que indica que as sociedades têm de
prosseguir o lucro. Lucro tem um conceito amplo. Cc francês já abandonou
MC quando aborda as sociedades civis, questiona o lucro e refere que é qualquer
vantagem (assim como não económicas)
-> Itália e Alemanha as sociedades fazem o q quiserem
Princípio da especialidade não se aplica às sociedades

Dificuldade do Art. 980º:


Definição
Tipos sociais não são vinculativos

Protege os credores da sociedade, MAS É ERRADO


Uma sociedade dá um mútuo gratuito a um 3º, de forma gratuita, mas obtém
garantias.

Egoísta a situação de ter de prosseguir o lucro e o que explica é a sociedade do plástico


e os bens com doação limitada (telemóveis).
Antes se uma torrada se avariava mandava-se arranjar, hoje compra-se uma nova, sem
pensamento no meio ambiente.
Há várias diretrizes que impõe responsabilidades ambientais às sociedades!

LOCAÇÃO:
1022º e ss do CC
Noção no 1022º

Conjunto de divisões básicas:


- Locação quando diz respeito a bens imóveis é arrendamento
- Locação quando diz respeito a bens móveis é aluguer
ESTÁ SEMPRE A MJUDAR DE REGIME!
1095º
ACORDÃO QUE REFERE QUE UM ALOJAMENTO LOCAL NÃO É COMPATÍVEL AO REGIME
DA LOCAÇÃO. Não seria habitação porque seria ter casa de morada e não pernoitar.

1095º/3- prazo mínimo

PARCERIA PECUÁRIA: 1121º e ss


Pensar os animais = dar o penso, alimentação

COMODATO: “primo ou irmão” da locação com a diferença que é gratuito.


1129º e ss

MÚTUO: 1042º e ss (civil)


Uma das partes empresta a outro dinheiro ou outra coisa fungível.
Tem eficácia real translativa, quem fica proprietário da coisa é o mandante e não o
mandatário.
Propriedade transfere-se.

Para haver contrato basta o consenso das partes (obrigo-me a emprestar 300 euros) ou
se tenho de emprestar mesmo?
Certas normas do regime indicam que há um ato de empréstimo efetivo.

MC- mútuo consensual (980ª)


Mas nada impede as partes de prever um mútuo atípico.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: 1154º e ss


Proporcionar qualquer resultado intelectual ou manual sem retribuição
Noção ampla de prestação de serviços
1155º modalidades

TRABALHO: 1157º com menção, mas não vem regulado. Remissão


Regime específico do contrato de trabalho

MANDATO: com (mandatário se obriga a prestar atos por conta ou em nome do


representante tendo poderes) ou sem representação (mandatário se obriga a praticar
atos por conta do mandante. Efeitos na esfera jurídica do mandante que depois te de
transferir para o mandatário)

EMPREITADA

DEPÓSITO: 1135º e ss
Uma das partes entrega a outrem uma coisa movel ou imóvel para que a guarde e
restitua quando for possível
21/09/2023

COMPRA E VENDA:
Vocalista da banda 3 one oh (A) fã incondicional da Billie Eilish (B), pretende comprar
ao músico Adam Jensen (C) a coleção de partituras da autoria de B de que este é
proprietário.
Celebram por isso o contrato de compra e venda. Mas o preço não é pago senão 15
dias depois, contra a entrega da coisa.

QUEM É O PROPRIETÁRIO?
Propriedade da coisa transfere-se automaticamente desde que não se convencione
uma cláusula.

José bronze: “O JURISTA NÃO DEVE CEDER À TENTAÇÃO DE FUNDAMENTAR TUDO”

O QUE É A COMPRA E VENDA?

TERA A MESMA CONFIGURAÇÃO EM TODO O LADO? SE SERÁ IGUAL EM ESPANHA,


PORTUGAL, ALEMANHA, FRANÇA, NO DIREITO ROMANO E NOS IUS COMMUNE?
A história e o dt comparado mostram consagrarem alguns ordenamentos a
transferência do dt de propriedade através do sistema do título e do modo, outros
através do sistema do titulo outros ainda através do sistema da modo.

SISTEMA DO TÍTULO E DO MODO- compra e venda n produz o tal sistema transmissivo.


Corresponde a um sistema de transmissão causal em que o negócio base e o ato de
transferência são distintos e separados, mas em que se requere uma compaginação
entre o segundo e o primeiro.
Vicissitudes de um desses atos afeta o outro.
Vigora em Espanha

SISTEMA DO MODO- transmissão da propriedade é um ato diverso e independente do


negócio causal
Compra e venda só produz um direito obrigacional semelhante ao contrato promessa.
Vigora na Alemanha
Diferença entre o alemão e espanhol, alemão o segundo ato é abstrato e se houver
uma vissicitude que afeta a compra e venda se o 2 ato já tiver sido mantem se

SISTEMA DO TÍTULO- vigora em Portugal

Direito romano- a compra e venda é predominantemente o contrato consensual e


bilateral pelo qual uma das partes (o vendedor) se obriga a transferir para outra (o
comprador) a posse de uma res e a assegurar-lhe o gozo pacifico, obrigando-se
(comprador) este a dar àquela (vendedor) a propriedade de determinada pecunia que
constitui o pretium.
Modelo que vigorou foi obrigacional que dependia da obrigação e usucapião.
Troca em espécie

Sec. II ac- compra e venda


Na época pos clássica há uma crise e regressa-se a uma compra e venda com eficácia
real.
Justiniano regressou-se ao modelo obrigacional.

Aos povos bárbaros era completamente estranha a ideia de uma compra e venda
consensual. Dependia da realização efetiva de uma das prestações por uma das
partes ...
Arras= sinal
Simultaneamente real e formal

Fundamentação teórica da vontade como razão da força vinculativa dos contratos ->
consensual pressupõe uma consensualização.
Apesar de o Direito estatutário italiano já parecer conhecer a compra e venda com
eficácia translativa a jurisprudência di ius commune permanecerá.....

Código civil de seabra vem regular a comprasse venda


Normas de âmbito geral -> 715 º e 1549º- eficácia translativa

A vende a B, sem registo mas continua B proprietário. Se A n for honesto como o bem
ainda está registado pelo A e c poderá comprar. Terceiro de boa-fé protegido
Quando é feita a compra e venda, o efeito transmissivo dá-se.

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