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LIVRO III

Dos Fatos Jurídicos

 TÍTULO I
Do Negócio Jurídico

 CAPÍTULO I
Disposições Gerais

ESCADA PONTEANA

Art. 104. A VALIDADE do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra
em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for
indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

Se um adulto celebra um contrato de compra e venda com uma criança de 17 anos


(relativamente incapaz), o adulto não pode alegar isso para anular o contrato. Apenas a criança
pode alegar isso.
Se uma criança de 17 anos, junto com um adulto, celebram um contrato de compra de 2
gados com outro adulto, o adulto co-interessado não pode alegar essa incapacidade relativa
para desconsiderar esse negocio juridico, pois o bem é divisivel. Porém, se os dois comprar 1
gado apenas (bem indivisivel), ele pode alegar a incapacidade para desfazer do contrato

Art. 106. A IMPOSSIBILIDADE INICIAL DO OBJETO não invalida o negócio jurídico se


for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.

Se a impossibilidade (impossibilidade inicial relativa) for sanada (ate a condição), não


tem nenhum problema.

Art. 107. A validade da DECLARAÇÃO de vontade não dependerá de FORMA especial,


senão quando a lei expressamente a exigir.

Admite a declaracao de vontade verbal

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a ESCRITURA PÚBLICA é essencial à


validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou
renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo
vigente no País.

Existencia  Validade  Eficácia


Forma forma adequada CTE
Escritura publica

Se alguem fizer (empreiteiro), transferir (compra e venda) ou renunciar (testamento) uma


casa de valor maior que $30.000, deve ser feita por escritura publica, em cartório. Mesmo que
seja um contrato de seara privada, já que tem um valor considerável, o governo deve saber
para tributação do imposto de renda.

Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem
INSTRUMENTO PÚBLICO, este é da substância do ato.

Se no contrato esta previsto algo sobre direito publico, isto que é o mais importante. É a
substancia do ato

Art. 110. A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE subsiste ainda que o seu autor haja feito a
RESERVA MENTAL de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento

Reserva Mental: reticência - O agente quer uma coisa e declara, conscientemente, outra
coisa. Ex: empresta dinheiro (sem ele querer) para pessoa que esta em apuros

Se uma pessoa (sem dinheir, más não sabe falar não) empresta dinheiro para o amigo
que esta endividado, tudo depende deste cara endividado. Se ele sabia que o outro não sabia
falar não, é invalidado. Caso contrario, é validado.

A) Reserva mental lícita (desconhecida pelo destinatário): o negócio subsistirá (não se


anula); o contratante deve cumprir a obrigação assumida.

B) Reserva mental ilícita (conhecida pelo destinatário) : ocorre a invalidade de negócio


jurídico, pois o destinatário tem ciência do que foi premeditado pela outra parte (equipara-se à
simulação, sendo causa de nulidade).

Art. 111. O SILÊNCIO importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o


autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
Quem cala consente. Se não falou nada, tudo bem. Porém, depende do contexto.

Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas


consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

Quando uma pessoa fala errado, o que vale é a intenção dela, e não as palavras que ele
utilizou. Se um fazendeiro fala que quer comprar o “trem”, usando a palavra como “coisa”, deve
ser feita esta interpretação.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do
lugar de sua celebração.

A interpretacao do contrato deve ser feita sem más intenções (sem maldade), e como
que se aplica no dia a dia

Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.

Se uma pessoa dá de presente um carro ao irmao mais novo, ou renuncia a casa


herdada do parente, deve haver interpretacao restrita. Ou seja, o irmao mais velho não vai
receber nada

 CAPÍTULO II
DA REPRESENTAÇÃO

Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.

Se um chefe quer que seu empregado represente a firma, deve ser autorizado por lei ou
pelo proprio empregado. Assim, o chefe sempre pergunta antes ao empregado se ele pode
representar a firma

Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes,
produz efeitos em relação ao representado.

Tudo o que o representante fizer, será como se fosse a empresa. Más tudo dentro do
limite estabelecido. Não pode ele achar que é a empresa e passar tudo da empresa para o seu
nome.

Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é ANULÁVEL o negócio jurídico


que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

Ex: Mandato em causa própria, quando mandatário/representante é o beneficiário

Representado confere mandato para representante para vender um imovel ao representante

A mesma pessoa é o vendedor (sendo representante) e comprador (em nome próprio)

Chefe vai vender uma casa ao empregado, mas o chefe não pode ir ao cartório. Assim, o
empregado pode representar o chefe ao assinar o contrato.

Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.

Art. 118. O representante é obrigado a PROVAR às pessoas, com quem tratar em nome
do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo,
responder pelos atos que a estes excederem.
Se um representante for a um evento de negocios e for fazendo negocio com outras
pessoas, ele deve falar que é representante. As outras pessoas não podem achar que ele é o
dono da empresa. Para isso, um crachá como “representante da empresa” pode ser uma boa
idéia para ele.

Se ele não deixar tudo isso bem claro e fizer algo alem de suas atribuicoes, ele pode ser
responsavel por isso.

Art. 119. É ANULÁVEL o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses


com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.
Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da
cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a ANULAÇÃO prevista
neste artigo.

Se uma pessoa sabe que o representante não gosta do chefe, e ele faz um contrato que
prejudica a relacao do chefe e subordinado, pode rasgar o contrato. Tem prazo de 6 meses a
partir do contrato concluido (100%) ou a partir de quando esta tudo certo, quando nada impede
(100%)

Se uma pessoa devia saber que o contrato vai prejudicar a relacao entre o
chefe/empregado, tambem pode rasgar o contrato. Pode ser que ele tinha ciencia disto, mas
ele fala que não sabia.

Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas


normas respectivas; os da representação voluntária são os da Parte Especial deste Código.

 CAPÍTULO III
Da Condição, do Termo e do Encargo

Condição: depende de um ato/esforço (rapadura é doce mas não é mole)

Termo: Tempo (tudo é questão de tempo)

Encargo: depende de um ato/esforço em dinheiro

Condição Suspensiva: darei o carro se voce passar no concurso (enquanto não passar, não
tem o carro – suspende a compra carro)

No presente, não tem direito . Se a condicao for impossivel, continua não tendo direito. Assim,
não precisa de contrato, já que nunca vai ter. Rasga o contrato, invalida

Condição Resolutiva: pagarei suas contas enquanto voce estudar (vai pagando. Quando não
estudar mais, acaba a mamata)

Tia Selma falou que enquanto a gente fizesse faculdade, ela ajudava. Após isso, cada um se
vira.

No presente, tem direito. Assim, se a condicao for impossivel, vai continuar tendo direito.
Assim, considera como se não tivesse a condição. Considera como se não existisse ela

Termo Inicial/Suspensivo: darei o carro para voce no natal deste ano


Termo Final/Resolutivo: a locacao das casas tem prazo de 1 mês

Encargo: deixo voce morar sozinho no apartamento desde que pague o condominio e IPTU

CONDIÇÃO
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade
das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.

Condição afeta a eficácia, e não a existência (vontade foi legítima)

Incerteza é o evento, e não o período. Ex: morte não é evento incerto.

Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública
ou aos bons costumes; entre as condições DEFESAS(PROIBIDAS) se incluem as que
privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.

O pai não pode falar que vai pagar a faculdade se o filho não fizer faculdade, pois não
tem logica. Tambem não pode falar que vai pagar se ele quiser. Não existe contrato disso.

Condicao casual: depende de acontecimento ao acaso/fortuito

Condicao potestativa: depende da vontade de 1 das partes

Condicao puramente potestativa: depende da vontade absoluta de 1 das partes (ex:


eu assino contrato se eu quiser) – ILÍCITO

Condicao meramente potestativa: depende da vontade de 1 das partes e de fator


externo (ex: eu dou violao se voce passar no concurso/cantar bem/ir a praia); ou seja, não
basta ele querer, tem que fazer

Art. 123. INVALIDAM os negócios jurídicos que lhes são subordinados:

I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;

Se falar que vai dar o carro se o filho estudar 24h por dia durante 1 semana, não vai ter
contrato. Para ser valido, o objeto deve ser possivel/determinado/determinável

Condicao suspensiva impossivel: invalida negocio juridico

Condicao resolutiva impossivel: considera inexistente apenas a condicao

II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;

III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.

Art. 124. Têm-se por INEXISTENTES as condições impossíveis, quando resolutivas, e


as de não fazer coisa impossível.
Se o pai fizer um contrato que vai pagar as contas do filho até ele estudar 1 bilhao de
horas, ele vai ter que pagar as contas do filho. Já que essa condicao não é possivel, finge que
não tem isso.

CONDIÇÃO SUSPENSIVA

Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva,


enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.

Pendente: condicao ainda não realizada. Não gera direito adquirido, apenas expectativa
de direito. Não corre prazo de prescricao (art. 199, I)

Frustracao: condicao não realizada

Implemento: cumprimento da condiçao. Aperfeicoa-se de forma retroativa desde a


celebracao, exceto nos contratos reais (que necessitam da entrega da coisa ou do registro do
contrato)

Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta,
fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela
forem incompatíveis.

Se o pai falar que vai dar o carro se o filho passar no concurso, e aí vendo que o filho
esta estudando muito e indo bem nos simulados, fizer uma nova clausula que, para ele ganhar
o carro, nao pode fazer matricula do concurso, esta clausula é desconsiderada

Se condicao estiver pendente, pode haver novas disposicoes (até mesmo mais rigidas)
desde que compatíveis as já existentes. Ex: pai que fala que vai dar o carro ao filho se passar,
mas que ai depois coloca clausula de que vai dar o carro só se ele passar em primeiro lugar no
concurso

Se um cliente do uber promete dar dinheiro se o motorista chegar ate meio dia, mas a
pessoa aprisiona o motorista, mesmo o uber não chegando, ele deve dar o dinheiro, pois agiu
de má-fé

CONDIÇÃO RESOLUTIVA

Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio
jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.

Resolver = extinção

Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a
que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua
realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados,
desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-
fé.

Desde que = condição

Se o pai paga consultoria todo mês ao filho até ele ser aprovado, após a aprovacao, o
filho não tera mais direito a renda mensal. Porem, se for comprovado que o pai não pagou
alguns meses, ele tem direito (pois houve pratica do ato)
Com o implemento da condicao resolutiva, extingue todos os direitos mas não atinge os
atos já praticados

Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento
for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário,
não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu
implemento.

Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva,
é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.

Se o pai deixar o filho usar o carro dele até ele ter o proprio carro, o filho tem direito de
conversar o carro, colocando ele pra lavar, passar cera etc

Ex: requerer inventário, pedir garantia

TERMO
Condição Suspensiva Termo Inicial/Suspensivo
Evento futuro e incerto Evento futuro e certo
Suspende o exercício do direito
Suspende a aquisição do direito NÃO suspende a aquisição do direito – Já
que a ocorrencia é certeza, o titular de direito
pode praticar atos conservatórios –
(condicao tambem? Art. 130)

Classificação 1

Termo Inicial/Suspensivo: Ex: darei um Audi A1 para vc quando chover (é fato que vai chover
um dia)

Campeao? “Is Fr” = “É França”

Termo Final/Resolutivo: Ex:Venderei o Golzinho de voce quando chover (é fato que vai chover
um dia)

Classificação 2

Termo certo/data determinada

Termo incerto/data indeterminada

Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.

Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos,


excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento.

O-----I “Oi”

§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o


seguinte dia útil.
§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.

§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no


imediato, se faltar exata correspondência.

Ex: Num contrato mensal em que o termo inicial é dia 31/janeiro, o prazo final é dia
1/fevereiro, pois não existe 31/fevereiro

§ 4o Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.

Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos,
em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das
circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou beneficio de ambos os
contratantes.

Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo
se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.

Desde logo não é imediatamente

Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à
condição suspensiva e resolutiva

ENCARGO OU MODO
Condição suspensiva Condição Encargo
resolutiva
Impede aquisicao do NÃO impede aquisição do direito
direito
NÃO suspende o exercicio do direito
Conduz, por si só, NÃO conduz, por si só, a revogacao do ato
a revogacao do - o instituidor do benefício poderá ou não
ato propor a ação revocatória, cuja sentença
não terá efeito retroativo.

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando
expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

Disponente: esta a disposição

Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o
motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
Condição Suspensiva: darei o carro se voce passar no concurso

Condição Resolutiva: pagarei suas contas enquanto voce estudar

Termo Inicial/Suspensivo: darei o carro para voce no natal deste ano

Termo Final/Resolutivo: a locacao das casas tem prazo de 1 mês

Encargo: deixo voce morar sozinho no apartamento desde que pague o condominio e IPTU

CAPÍTULO IV

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

ERRO OU IGNORÂNCIA
Erro Vicio redibtório

Engano por parte do adquirente Defeito oculto na coisa, que torna imprópria
para o uso. Ocorre defeito no objeto.
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade
emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em
face das circunstâncias do negócio.

Art. 139. O erro é substancial quando:

I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das


qualidades a ele essenciais;

Erro sobre a natureza Ex: A, com a intenção de vender um imóvel a B, acaba realizando
uma doação.
Erro sobre objeto principal Ex se um contratante supõe estar adquirindo um lote de terreno
de excelente localização, quando na verdade está comprando um situado em péssimo local.
Erro sobre qualidade essencial do objeto Ex: se a pessoa pensa adquirir um relógio de
prata que, na realidade, é de aço.

II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a


declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;

Erro sobre a pessoa e sobre as qualidades essenciais da pessoa Ex: contratar o


advogado João da Silva por ser uma pessoa de notório conhecimento na área trabalhista e,
na verdade, contratar um recém-formado com nome homônimo.

III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou
principal do negócio jurídico.

Erro de direito Ex: A adquire de B o lote X do Recanto Azul, ignorando que lei municipal
proibia loteamento naquela localidade.
LINDB: Art. 3: Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a
conhece”
Ex: importo mercadoria proibida no Brasil. Eu não posso alegar ignorancia da
lei para justificar a validade do contrato, mas posso para anular o contrato
Art. 849. A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto
à pessoa ou coisa controversa.
Parágrafo único. A transação não se anula por erro de direito a respeito das
questões que foram objeto de controvérsia entre as partes.

OBS: Codigo Penal


Erro sobre a ilicitude do fato (Erro de proibição)
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do
fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto
a um terço.  
Descriminantes Putativos de direito
Se o erro sobre a ilicitude do fato for inevitavel, sera isento de pena, e não
exclusao do dolo

Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão
determinante.

Ex: da um relogio para a pessoa que achou salvar a vida dele, mas na verdade era outra
pessoal. Somente viciaria se o motivo estivesse em escrito, expresso
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos
mesmos casos em que o é a declaração direta.

Ex: Faz propaganda na radio mas corta um pedaco do comercial, prejudicando


essencialmente a vontade do comerciante

Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de


vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder
identificar a coisa ou pessoa cogitada.

Erro acidental – Erra sobre qualidades secundarias/acessorias Ex: casada/solteira, erro


de digitacao do numero da casa

Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.

Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a
manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade
real do manifestante.

Ex: errou o numero da casa, más o vendedor ofecere a casa desejada (corrigiu o erro)

DOLO

Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental
quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.

Dolo Essencial: se soubesse não teria feito o negocio – Ato anulavel

Dolo Acidental: se soubesse, teria feito o negocio, porem em condicoes mais onerosas
– Ato Valido, que pode ensejar perdas e Danos

Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a
respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa,
provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.

Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a
quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que
subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem
ludibriou.

Beneficiado pelo dolo de terceiro sabia ou deveria saber : negócio anulável.

Beneficiado pelo dolo não sabia e nem tinha como saber :negócio válido (subsiste),
porém o terceiro responde pelas perdas e danos da parte que foi ludibriada.

Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a
responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do
representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e
danos.
Não escolha mal seu representante (mandatário)

Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular
o negócio, ou reclamar indenização.

COAÇÃO

Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao
paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos
seus bens.

Coação – violência (fisica ou psicologica), intimação.

Oferece duas alternativas: a declaracao de vontade que não corresponde a realidade ou


sofrer as consequencias (ameaça/chantagem)

Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o


juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.

Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde,
o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade
dela.

Ex: velhinha ameaca bater num homem forte

Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o
simples temor reverencial.

Ex: o simples receio de desgostar ou magoar os pai

Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou
devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com
aquele por perdas e danos.

Beneficiado pela coação de terceiro sabia ou deveria saber : negócio anulável.


Responde solidariamente com o terceiro com perdas e danos

Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte
a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá
por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.

Beneficiado pelo dolo não sabia e nem tinha como saber :negócio válido (subsiste),
porém o terceiro responde pelas perdas e danos da parte que foi ludibriada.
ESTADO DE PERIGO

Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de


SALVAR-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume
obrigação excessivamente onerosa.

“Dolo de aproveitamento”

Premido: medo

Ex: médico salva a vida de sua filha, porém vc paga 1 milhao de reais
Hospital não pode pedir cheque calção para tratamento hospitalar emergencial

Prazo decadencial: 4 anos

Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz


decidirá segundo as circunstâncias.

LESÃO

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente DESPROPORCIONAL ao valor da
prestação oposta.

Cláusula leonina/draconiana

Ex: mecanico cobra mais da mulher pelo conserto de carro

Prazo decadencial: 4 anos

§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo


em que foi celebrado o negócio jurídico.

§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou


se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.

Ex: mecanico devolve o dinheiro

Estado de Perigo Lesão


Risco pessoal  Risco Patrimonial $
Ocorre Dolo de aproveitamento - Conhece a Pode ou não ocorrer Dolo de aproveitamento
necessidade ou a inexperiência da outra
parte

Teoria da Imprevisao Lesão


Vicio acontece após o contrato Vicio acontece no momento do contrato
FRAUDE CONTRA CREDORES

Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os


praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore,
poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

Preferencias do crédito: 1º Credores com garantia real (penhor, hipoteca, anticrese), 2º


demais, via rateio (Credor quirografários: escrito a mao; credor sem garantias especiais)
Insolvencia: ativo < passivo
Elemento objetivo: prejuizo ao credor
Elemento Subjetivo: ma-fé
Negocios Juridicos:
 a titulo Gratuito : doação de bens, remissão (perdão) de dívidas, renúncia de
herança ou usufruto – Presume má-fé (não precisa provar a má-fé)
o Ex: Devo, tenho bens e não quero pagar. Assim, doo meus bens
o Ex: Devo, não tenho como pagar. Mas depois, tenho direito a heranca
mas eu renuncio só para não pagar as dividas
o Ex: Devo, mas sou credor de outras pessoas. Para não pagar a divida,
renuncio ao credito
 a titulo Oneroso: Não presume má-fé (precisa provar a má-fé) - art. 159
o Ex: venda de imóveis em data próxima à do vencimento da dívida e
não há outros bens para solver o débito
 pagamento antecipado de dividas (art. 162)
 concessao fraudulenta de garantias (art. 163) – concede garantia real a um
credor (quirografario) que na verdade deveria dar a outro credor (com garantia
real) – anula a garantia

§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação
deles.

Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente,


quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.

Titulo Oneroso

Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e
este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação
de todos os interessados.

Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o


preço que lhes corresponda ao valor real.

Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor
insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros
adquirentes que hajam procedido de má-fé.

A ação pauliana ou revocatória é o único meio para se obter o reconhecimento da fraude


contra credores
Litisconsórcio passivo necessário: Ex: devedor insolvente vendeu a “A” e este tenha
revendido este bem para “B”. Se B agiu de má-fé, responde junto com os outros (insolvente e
com A)

Prazo decadencial: 4 anos

Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da


dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha
de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.

Pagamento antecipado de dívidas

Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de
dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.

Concessao fraudulenta de garantias

Garantias de dívidas: penhor e hipoteca

Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis


à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e
de sua família.

Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em


proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.

Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos
preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na
anulação da preferência ajustada.

Dolo Fraude contra credores


Pessoa lesada participa do negocio Pessoa lesada não participa do
negocio (tem terceiros)

Simulação Fraude contra credores


Alienaçao ficticia Alienacao real
Prejudica direito de terceiros

INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO


Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;

IV - não revestir a forma prescrita em lei;

V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

SIMULAÇÃO

Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma.

Não é necessário causar prejuízo para caracterizar a simulação

Intencao: enganar terceiro ou violar a lei

Codigo Civil não trata como Defeito de negocio Juridico, e sim de causa de Invalidade

 Simulacao Absoluta: proprietario finge vender a casa a terceiro, mas a


intencao é despejar inquilino
 Simulacao Relativa: 2 negocios juridicos:
o negocio simulado (ficticio): negocio aparente
o negocio dissimulado (real): negocio oculto, desejado
o Ex: Casado finge celebrar uma compra e venda (negocio simulado)
com a amante, mas na realidade realizou uma doação (negocio
dissimulado) posto que não houve uma contraprestação em dinheiro
ELUSÃO FISCAL
Nulidade: Simulacao absoluta ou relativa. Na simulacao relativa, o negocio simulado
é nulo e o negocio dissimulado é valido e subsiste o efeito, se não causar prejuizo a
terceiros
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais


realmente se conferem, ou transmitem;

Simulacao subjetiva

II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;

Simulacao objetiva

III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.

§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio


jurídico simulado.

Simulacao Relativa: 2 negocios juridicos: negocio simulado (ficticio) e o negocio dissimulado (real)

Reserva Mental Simulaçao


Sem acordo para enganar terceiros Acordo entre simuladores para enganar
terceiro

ANULÁVEL

Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer
interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.

Nulidade absoluta

Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do
negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las,
ainda que a requerimento das partes.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

I - por incapacidade relativa do agente;

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

Art. 172. O negócio ANULÁVEL pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de
terceiro.

Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a


vontade expressa de mantê-lo.

Confirmacao expressa

Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte
pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.

Confirmação tácita

Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos


termos dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra
ele dispusesse o devedor.

Conversão: renúncia à faculdade de anulação

Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será
validado se este a der posteriormente.

Convalidação posterior de negócio anulável: Se a nulidade relativa do ato negocial


ocorrer por falta de autorização de terceiro, passará a ter validade se, posteriormente, tal
anuência se der.

Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia
de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem,
salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.

Efeito ex nunc

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser
invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-
interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do
direito ou da obrigação comum.

Art. 178. É de QUATRO ANOS o prazo de DECADÊNCIA para PLEITEAR-SE A


ANULAÇÃO do negócio jurídico, contado:

I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;

II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se
realizou o negócio jurídico;

III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.

Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo
para PLEITEAR-SE A ANULAÇÃO, será este de DOIS ANOS, a contar da data da conclusão
do ato.
Regra decadencia: 2 anos (e não 5 anos!)
PRESCRICAO = 10 ANOS
DECADENCIA = 2 ANOS

Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma
obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou
se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser
invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-
interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do
direito ou da obrigação comum.
Se um adulto celebra um contrato de compra e venda com uma criança
de 17 anos (relativamente incapaz), o adulto não pode alegar isso para
anular o contrato. Apenas a criança pode alegar isso.
Se uma criança de 17 anos, junto com um adulto, celebram um contrato
de compra de 2 gados com outro adulto, o adulto co-interessado não
pode alegar essa incapacidade relativa para desconsiderar esse negocio
juridico, pois o bem é divisivel. Porém, se os dois comprar 1 gado
apenas (bem indivisivel), ele pode alegar a incapacidade para desfazer
do contrato

Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um
incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.

Ex: uma pessoa celebrou um contrato com um incapaz. Este negócio foi anulado. O
incapaz não será obrigado a restituir eventual quantia paga, exceto se a outra pessoa
provar que a quantia reverteu em proveito dele mesmo (o menor)

Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes
dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.

Ex: anulada a compra e venda de um relógio, tanto a importância em dinheiro


eventualmente entregue, como o objeto do negócio (o relógio), devem ser devolvidos às
partes. Se for um bem imóvel o registro imobiliário deve ser cancelado. Isso não sendo
possível (a coisa não mais existe ou é inviável a reconstituição da situação anterior), o
lesado será indenizado com o valor equivalente à coisa.

Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este
puder provar-se por outro meio.

Mesmo que viciado um contrato, este pode ser provado de outras maneiras.

Ex.: anulação do contrato de locação não anula a própria locação; esta pode ser provada
por meio de recibos e testemunhas

Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico
não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal
implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.

Teoria da Conservação do Negócio Jurídico

Ex: contrato imenso contiver uma nulidade em uma de suas cláusulas, o Juiz reconhece
a nulidade apenas desta cláusula, mantendo íntegro o restante do contrato.
NULO

Art. 169. O negócio jurídico NULO não é suscetível de confirmação, nem convalesce
pelo decurso do tempo.

Não pode ser confirmado/ratificado

Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico NULO contiver os requisitos de outro, subsistirá
este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem
previsto a nulidade.

Apenas admite conversao/transformacao de NJ nulo, e não anulavel

Teoria da conservacao do negocio

Conversão dos negócios jurídicos: converte um negócio jurídico nulo em outro válido
(é o próprio negócio que se converte em outro válido) , aproveitam-se os elementos do
próprio negócio errado
Conversão não é modalidade de corrigir ou sanar irregularidades (para este caso,
deve-se praticar outro ato)
Exemplo: contrato de compra e venda de imovel atraves de instrumento particular
(deveria ser publico, entao o negocio é nulo). Conversao: considera como promessa de
compra e venda (que não exige forma publica)
Exemplo: nota promissoria que desrespeita requisitos de validade ser convertida em
confissao de divida
Exemplo: doacao de bem inalienavel ser considerada como usufruto
Elementos:
 prática de negócio nulo
 intenção das partes, ou seja, a convicção de que as partes teriam querido este
novo contrato (em lugar do anterior) se houvessem previsto sua nulidade
(elemento subjetivo)
 o negócio contém os requisitos necessários de outro negócio
 aproveitamento do material ou fático do negócio inválido
NULIDADE ABSOLUTA OU RELATIVA
#ABSOLUTA:
É de ORDEM PÚBLICA-> é imprescritível, salvo casos previstos em lei
Ato NULO 
Efeito Ex-Tunc
1) Decretar de ofício/requerimento da parte-------> SIM
2) SUPRIR a requerimento da parte-----------------> NÃO
NULIDADE PARCIAL (cabe?)--------------------------> SIM, se puder ser separada da parte
válida.
Ato p/ declarar nulidade--------------------------> ação declaratória
- Qqr interessado pode fazer o requerimento, como o Ministério público, quando de
Ex-offício (sem ser provocado).
- Ato nulo NÃO 
a) Convalida
b) Convalesce c/ tempo
c) Confirmado 
OBS.: pode ser convertido negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro,
subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam
querido, se houvessem previsto a nulidade.

#RELATIVA:
INTERESSE PARTICULAR
ANULÁVEL
Ex-Nunc 
1) Decretar de ofício--> NÃO (tem que ser provocado)
Ato p/ declarar---------> ação anulatória.
CONVALIDAÇÃO-------> SIM, podendo ser de 3 formas:
a) Confirmação ou ratificação:
=> Renúncia ao direito de alegar a anulabilidade do negócio (Exceção: direitos de 3ºs)
=> Expressa ou tácita 
b) Convalidação: 
- Sanar os vícios apresentados pelo negócio
c) Prescrição ou decadência: decurso do tempo

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