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TÍTULO I
Do Negócio Jurídico
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
ESCADA PONTEANA
I - agente capaz;
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra
em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for
indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem
INSTRUMENTO PÚBLICO, este é da substância do ato.
Se no contrato esta previsto algo sobre direito publico, isto que é o mais importante. É a
substancia do ato
Art. 110. A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE subsiste ainda que o seu autor haja feito a
RESERVA MENTAL de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento
Reserva Mental: reticência - O agente quer uma coisa e declara, conscientemente, outra
coisa. Ex: empresta dinheiro (sem ele querer) para pessoa que esta em apuros
Se uma pessoa (sem dinheir, más não sabe falar não) empresta dinheiro para o amigo
que esta endividado, tudo depende deste cara endividado. Se ele sabia que o outro não sabia
falar não, é invalidado. Caso contrario, é validado.
Quando uma pessoa fala errado, o que vale é a intenção dela, e não as palavras que ele
utilizou. Se um fazendeiro fala que quer comprar o “trem”, usando a palavra como “coisa”, deve
ser feita esta interpretação.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do
lugar de sua celebração.
A interpretacao do contrato deve ser feita sem más intenções (sem maldade), e como
que se aplica no dia a dia
CAPÍTULO II
DA REPRESENTAÇÃO
Se um chefe quer que seu empregado represente a firma, deve ser autorizado por lei ou
pelo proprio empregado. Assim, o chefe sempre pergunta antes ao empregado se ele pode
representar a firma
Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes,
produz efeitos em relação ao representado.
Tudo o que o representante fizer, será como se fosse a empresa. Más tudo dentro do
limite estabelecido. Não pode ele achar que é a empresa e passar tudo da empresa para o seu
nome.
Chefe vai vender uma casa ao empregado, mas o chefe não pode ir ao cartório. Assim, o
empregado pode representar o chefe ao assinar o contrato.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.
Art. 118. O representante é obrigado a PROVAR às pessoas, com quem tratar em nome
do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo,
responder pelos atos que a estes excederem.
Se um representante for a um evento de negocios e for fazendo negocio com outras
pessoas, ele deve falar que é representante. As outras pessoas não podem achar que ele é o
dono da empresa. Para isso, um crachá como “representante da empresa” pode ser uma boa
idéia para ele.
Se ele não deixar tudo isso bem claro e fizer algo alem de suas atribuicoes, ele pode ser
responsavel por isso.
Se uma pessoa sabe que o representante não gosta do chefe, e ele faz um contrato que
prejudica a relacao do chefe e subordinado, pode rasgar o contrato. Tem prazo de 6 meses a
partir do contrato concluido (100%) ou a partir de quando esta tudo certo, quando nada impede
(100%)
Se uma pessoa devia saber que o contrato vai prejudicar a relacao entre o
chefe/empregado, tambem pode rasgar o contrato. Pode ser que ele tinha ciencia disto, mas
ele fala que não sabia.
CAPÍTULO III
Da Condição, do Termo e do Encargo
Condição Suspensiva: darei o carro se voce passar no concurso (enquanto não passar, não
tem o carro – suspende a compra carro)
No presente, não tem direito . Se a condicao for impossivel, continua não tendo direito. Assim,
não precisa de contrato, já que nunca vai ter. Rasga o contrato, invalida
Condição Resolutiva: pagarei suas contas enquanto voce estudar (vai pagando. Quando não
estudar mais, acaba a mamata)
Tia Selma falou que enquanto a gente fizesse faculdade, ela ajudava. Após isso, cada um se
vira.
No presente, tem direito. Assim, se a condicao for impossivel, vai continuar tendo direito.
Assim, considera como se não tivesse a condição. Considera como se não existisse ela
Encargo: deixo voce morar sozinho no apartamento desde que pague o condominio e IPTU
CONDIÇÃO
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade
das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública
ou aos bons costumes; entre as condições DEFESAS(PROIBIDAS) se incluem as que
privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.
O pai não pode falar que vai pagar a faculdade se o filho não fizer faculdade, pois não
tem logica. Tambem não pode falar que vai pagar se ele quiser. Não existe contrato disso.
Se falar que vai dar o carro se o filho estudar 24h por dia durante 1 semana, não vai ter
contrato. Para ser valido, o objeto deve ser possivel/determinado/determinável
CONDIÇÃO SUSPENSIVA
Pendente: condicao ainda não realizada. Não gera direito adquirido, apenas expectativa
de direito. Não corre prazo de prescricao (art. 199, I)
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta,
fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela
forem incompatíveis.
Se o pai falar que vai dar o carro se o filho passar no concurso, e aí vendo que o filho
esta estudando muito e indo bem nos simulados, fizer uma nova clausula que, para ele ganhar
o carro, nao pode fazer matricula do concurso, esta clausula é desconsiderada
Se condicao estiver pendente, pode haver novas disposicoes (até mesmo mais rigidas)
desde que compatíveis as já existentes. Ex: pai que fala que vai dar o carro ao filho se passar,
mas que ai depois coloca clausula de que vai dar o carro só se ele passar em primeiro lugar no
concurso
Se um cliente do uber promete dar dinheiro se o motorista chegar ate meio dia, mas a
pessoa aprisiona o motorista, mesmo o uber não chegando, ele deve dar o dinheiro, pois agiu
de má-fé
CONDIÇÃO RESOLUTIVA
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio
jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
Resolver = extinção
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a
que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua
realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados,
desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-
fé.
Se o pai paga consultoria todo mês ao filho até ele ser aprovado, após a aprovacao, o
filho não tera mais direito a renda mensal. Porem, se for comprovado que o pai não pagou
alguns meses, ele tem direito (pois houve pratica do ato)
Com o implemento da condicao resolutiva, extingue todos os direitos mas não atinge os
atos já praticados
Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento
for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário,
não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu
implemento.
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva,
é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
Se o pai deixar o filho usar o carro dele até ele ter o proprio carro, o filho tem direito de
conversar o carro, colocando ele pra lavar, passar cera etc
TERMO
Condição Suspensiva Termo Inicial/Suspensivo
Evento futuro e incerto Evento futuro e certo
Suspende o exercício do direito
Suspende a aquisição do direito NÃO suspende a aquisição do direito – Já
que a ocorrencia é certeza, o titular de direito
pode praticar atos conservatórios –
(condicao tambem? Art. 130)
Classificação 1
Termo Inicial/Suspensivo: Ex: darei um Audi A1 para vc quando chover (é fato que vai chover
um dia)
Termo Final/Resolutivo: Ex:Venderei o Golzinho de voce quando chover (é fato que vai chover
um dia)
Classificação 2
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
O-----I “Oi”
Ex: Num contrato mensal em que o termo inicial é dia 31/janeiro, o prazo final é dia
1/fevereiro, pois não existe 31/fevereiro
Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos,
em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das
circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou beneficio de ambos os
contratantes.
Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo
se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.
Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à
condição suspensiva e resolutiva
ENCARGO OU MODO
Condição suspensiva Condição Encargo
resolutiva
Impede aquisicao do NÃO impede aquisição do direito
direito
NÃO suspende o exercicio do direito
Conduz, por si só, NÃO conduz, por si só, a revogacao do ato
a revogacao do - o instituidor do benefício poderá ou não
ato propor a ação revocatória, cuja sentença
não terá efeito retroativo.
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando
expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o
motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
Condição Suspensiva: darei o carro se voce passar no concurso
Encargo: deixo voce morar sozinho no apartamento desde que pague o condominio e IPTU
CAPÍTULO IV
ERRO OU IGNORÂNCIA
Erro Vicio redibtório
Engano por parte do adquirente Defeito oculto na coisa, que torna imprópria
para o uso. Ocorre defeito no objeto.
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade
emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em
face das circunstâncias do negócio.
Erro sobre a natureza Ex: A, com a intenção de vender um imóvel a B, acaba realizando
uma doação.
Erro sobre objeto principal Ex se um contratante supõe estar adquirindo um lote de terreno
de excelente localização, quando na verdade está comprando um situado em péssimo local.
Erro sobre qualidade essencial do objeto Ex: se a pessoa pensa adquirir um relógio de
prata que, na realidade, é de aço.
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou
principal do negócio jurídico.
Erro de direito Ex: A adquire de B o lote X do Recanto Azul, ignorando que lei municipal
proibia loteamento naquela localidade.
LINDB: Art. 3: Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a
conhece”
Ex: importo mercadoria proibida no Brasil. Eu não posso alegar ignorancia da
lei para justificar a validade do contrato, mas posso para anular o contrato
Art. 849. A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto
à pessoa ou coisa controversa.
Parágrafo único. A transação não se anula por erro de direito a respeito das
questões que foram objeto de controvérsia entre as partes.
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão
determinante.
Ex: da um relogio para a pessoa que achou salvar a vida dele, mas na verdade era outra
pessoal. Somente viciaria se o motivo estivesse em escrito, expresso
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos
mesmos casos em que o é a declaração direta.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a
manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade
real do manifestante.
Ex: errou o numero da casa, más o vendedor ofecere a casa desejada (corrigiu o erro)
DOLO
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental
quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
Dolo Acidental: se soubesse, teria feito o negocio, porem em condicoes mais onerosas
– Ato Valido, que pode ensejar perdas e Danos
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a
respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa,
provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a
quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que
subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem
ludibriou.
Beneficiado pelo dolo não sabia e nem tinha como saber :negócio válido (subsiste),
porém o terceiro responde pelas perdas e danos da parte que foi ludibriada.
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a
responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do
representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e
danos.
Não escolha mal seu representante (mandatário)
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular
o negócio, ou reclamar indenização.
COAÇÃO
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao
paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos
seus bens.
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde,
o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade
dela.
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o
simples temor reverencial.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou
devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com
aquele por perdas e danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte
a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá
por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
Beneficiado pelo dolo não sabia e nem tinha como saber :negócio válido (subsiste),
porém o terceiro responde pelas perdas e danos da parte que foi ludibriada.
ESTADO DE PERIGO
“Dolo de aproveitamento”
Premido: medo
Ex: médico salva a vida de sua filha, porém vc paga 1 milhao de reais
Hospital não pode pedir cheque calção para tratamento hospitalar emergencial
LESÃO
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente DESPROPORCIONAL ao valor da
prestação oposta.
Cláusula leonina/draconiana
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação
deles.
Titulo Oneroso
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e
este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação
de todos os interessados.
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor
insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros
adquirentes que hajam procedido de má-fé.
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de
dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos
preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na
anulação da preferência ajustada.
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
SIMULAÇÃO
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma.
Codigo Civil não trata como Defeito de negocio Juridico, e sim de causa de Invalidade
Simulacao subjetiva
Simulacao objetiva
Simulacao Relativa: 2 negocios juridicos: negocio simulado (ficticio) e o negocio dissimulado (real)
ANULÁVEL
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer
interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
Nulidade absoluta
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do
negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las,
ainda que a requerimento das partes.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Art. 172. O negócio ANULÁVEL pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de
terceiro.
Confirmacao expressa
Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte
pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.
Confirmação tácita
Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será
validado se este a der posteriormente.
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia
de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem,
salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade.
Efeito ex nunc
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser
invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-
interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do
direito ou da obrigação comum.
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se
realizou o negócio jurídico;
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo
para PLEITEAR-SE A ANULAÇÃO, será este de DOIS ANOS, a contar da data da conclusão
do ato.
Regra decadencia: 2 anos (e não 5 anos!)
PRESCRICAO = 10 ANOS
DECADENCIA = 2 ANOS
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma
obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou
se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser
invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-
interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do
direito ou da obrigação comum.
Se um adulto celebra um contrato de compra e venda com uma criança
de 17 anos (relativamente incapaz), o adulto não pode alegar isso para
anular o contrato. Apenas a criança pode alegar isso.
Se uma criança de 17 anos, junto com um adulto, celebram um contrato
de compra de 2 gados com outro adulto, o adulto co-interessado não
pode alegar essa incapacidade relativa para desconsiderar esse negocio
juridico, pois o bem é divisivel. Porém, se os dois comprar 1 gado
apenas (bem indivisivel), ele pode alegar a incapacidade para desfazer
do contrato
Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um
incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.
Ex: uma pessoa celebrou um contrato com um incapaz. Este negócio foi anulado. O
incapaz não será obrigado a restituir eventual quantia paga, exceto se a outra pessoa
provar que a quantia reverteu em proveito dele mesmo (o menor)
Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes
dele se achavam, e, não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.
Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este
puder provar-se por outro meio.
Mesmo que viciado um contrato, este pode ser provado de outras maneiras.
Ex.: anulação do contrato de locação não anula a própria locação; esta pode ser provada
por meio de recibos e testemunhas
Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico
não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal
implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.
Ex: contrato imenso contiver uma nulidade em uma de suas cláusulas, o Juiz reconhece
a nulidade apenas desta cláusula, mantendo íntegro o restante do contrato.
NULO
Art. 169. O negócio jurídico NULO não é suscetível de confirmação, nem convalesce
pelo decurso do tempo.
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico NULO contiver os requisitos de outro, subsistirá
este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem
previsto a nulidade.
Conversão dos negócios jurídicos: converte um negócio jurídico nulo em outro válido
(é o próprio negócio que se converte em outro válido) , aproveitam-se os elementos do
próprio negócio errado
Conversão não é modalidade de corrigir ou sanar irregularidades (para este caso,
deve-se praticar outro ato)
Exemplo: contrato de compra e venda de imovel atraves de instrumento particular
(deveria ser publico, entao o negocio é nulo). Conversao: considera como promessa de
compra e venda (que não exige forma publica)
Exemplo: nota promissoria que desrespeita requisitos de validade ser convertida em
confissao de divida
Exemplo: doacao de bem inalienavel ser considerada como usufruto
Elementos:
prática de negócio nulo
intenção das partes, ou seja, a convicção de que as partes teriam querido este
novo contrato (em lugar do anterior) se houvessem previsto sua nulidade
(elemento subjetivo)
o negócio contém os requisitos necessários de outro negócio
aproveitamento do material ou fático do negócio inválido
NULIDADE ABSOLUTA OU RELATIVA
#ABSOLUTA:
É de ORDEM PÚBLICA-> é imprescritível, salvo casos previstos em lei
Ato NULO
Efeito Ex-Tunc
1) Decretar de ofício/requerimento da parte-------> SIM
2) SUPRIR a requerimento da parte-----------------> NÃO
NULIDADE PARCIAL (cabe?)--------------------------> SIM, se puder ser separada da parte
válida.
Ato p/ declarar nulidade--------------------------> ação declaratória
- Qqr interessado pode fazer o requerimento, como o Ministério público, quando de
Ex-offício (sem ser provocado).
- Ato nulo NÃO
a) Convalida
b) Convalesce c/ tempo
c) Confirmado
OBS.: pode ser convertido negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro,
subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam
querido, se houvessem previsto a nulidade.
#RELATIVA:
INTERESSE PARTICULAR
ANULÁVEL
Ex-Nunc
1) Decretar de ofício--> NÃO (tem que ser provocado)
Ato p/ declarar---------> ação anulatória.
CONVALIDAÇÃO-------> SIM, podendo ser de 3 formas:
a) Confirmação ou ratificação:
=> Renúncia ao direito de alegar a anulabilidade do negócio (Exceção: direitos de 3ºs)
=> Expressa ou tácita
b) Convalidação:
- Sanar os vícios apresentados pelo negócio
c) Prescrição ou decadência: decurso do tempo