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DO - III, 18 A 20.4
DO - III, 18 A 20.4
Gestão de negócios
Enriquecimento sem causa
Responsabilidade civil
464º a 472º
Noção: 464º
1) assunção de negócio alheio
atos materiais ou jurídicos, de administração ou de
disposição
2) no interesse e por conta do dominus
intenção de fazer deslocar para a esfera de outem os
resultados da intervenção
3) sem autorização
gestão irregular
não conforme ao interesse e à vontade real ou presumível
do dominus – 468º, nº 2
à Responsabilidade do dominus perante o gestor apenas
segundo as regras do enriquecimento sem causa (473º, ss)
à Responsabilidade do gestor perante o dominus pelos danos
causados – 466º, nº 1 e 2
CUIDADO:
necessária articulação entre enriquecimento sem causa e
responsabilidade civil no que respeita à prescrição – 498º, nº 4
(dualidade prescricional)
482º e 498º, nº 4 (autonomia)
Ponderação do enriquecimento no conjunto de circunstâncias
valoradas no âmbito do 494º (“cláusula redutora”)
473º, nº 1 – Pressupostos:
1) enriquecimento
vantagem de caráter patrimonial (suscetível de avaliação
pecuniária)
Excluídos benefícios de ordem meramente moral ou
espiritual; mas 398º, nº 2 à o que pode ser objeto de
prestação pode ser objeto de restituição; prestação indevida
(sem valor patrimonial), mas que foi realizada
Conceção: patrimonial-global à cálculo aritmético
referido ao património do recetor (sempre?)
Concreta aquisição injusta; vantagem patrimonial concreta?
2) à custa de outrem
não: o empobrecimento de outrem, nem o dano sofrido na
esfera de outrem, nem efetiva deslocação de valores
entre patrimónios
à Função do instituto é reprimir o enriquecimento
injustificado e não compensar os danos sofridos
Requisito: conexão causal, o nexo de imputação:
Imputação do enriquecimento à esfera de outra pessoa,
sendo essa imputação que justifica que alguém tenha de
restituir o enriquecimento que se gerou no seu património
Heterogeneidade de situações...
Distinção:
Enriquecimento (empobrecimento) real
valor corrente, valor objetivo e autónomo (de
mercado); vantagem considerada objetiva e isoladamente
Problemas:
há enriquecimento, mas não há efetivo
empobrecimento (ex. padeiro que continua a fazer e a
vender o pão)
bens consumidos de má fé
enriquecimento por intervenção (ex. anterior, casa de B
desabitada e B não ponderava arrendá-la)
à Mais justa a restituição em função do enriquecimento
real?
à Restituição = valor objetivo do uso, acrescido do eventual
dano causado?