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EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES
PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO
15 de julho de 2023
PDG REALTY S.A. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES
Companhia aberta
CNPJ n.º 02.950.811/0001-89
NIRE 33.300.285.199 | Código CVM n.º 2047-8
PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO
SUMÁRIO
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12. CONCLUSÃO ................................................................................................. 23
ANEXO I – SOLICITAÇÃO DE CONVOCAÇÃO...................................................... 24
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PDG REALTY S.A. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES
Companhia aberta
CNPJ n.º 02.950.811/001-89
NIRE 33.300.285.199 | Código CVM n.º 2047-8
PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO
PARA A ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
A SER REALIZADA EM 22 DE AGOSTO DE 2023
Senhores acionistas,
1. CONTEXTO DA PROPOSTA
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companhia para participar de aumento de capital efetuado no bojo da recuperação
judicial;
b) discutir e deliberar sobre eventuais medidas que podem ser adotadas em relação
a conduta de prestadores de serviço da sociedade que, aproveitando-se de oportunidade
negocial de que tiveram conhecimento em virtude de suas atividades profissionais, e
obstando que essa oportunidade fosse exercida pela própria companhia, compraram, com
alto desconto, dívidas da PDG para, em seguida, cedê-las a ex-administrador da
Companhia que utilizou o credito para se tornar acionista majoritário da companhia;
c) discutir e deliberar sobre medidas que devem ser adotadas pela companhia em
relação à conduta do atual DRI da PDG, que teria, supostamente, em e-mail de
14/06/2023, prestado informações equivocadas a acionista sobre o tema voto múltiplo,
com o que se inviabilizou a adoção de voto múltiplo na AGE do dia 28/06/2023.”
2. OBJETO
(iii) discutir e deliberar sobre medidas que devem ser adotadas pela companhia
em relação à conduta do atual DRI da PDG, que teria, supostamente, em e-
mail de 14/06/2023, prestado informações equivocadas a acionista sobre o
tema voto múltiplo, com o que se inviabilizou a adoção de voto múltiplo na
AGE do dia 28/06/2023.
Nos termos do art. 124 da Lei das S.A., a Assembleia Geral será convocada por
meio de anúncio publicado, por 3 (três) vezes, no mínimo, no jornal Valor Econômico,
habitualmente utilizado pela Companhia, contendo, o local, a data, a hora e ordem do dia
da Assembleia Geral. Adicionalmente, o edital de convocação foi disponibilizado nas
páginas eletrônicas da Companhia (https://ri.pdg.com.br/), da CVM
(https://www.gov.br/cvm) e da B3 (https://www.b3.com.br/) na rede mundial de
computadores (internet).
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4. DOCUMENTOS À DISPOSIÇÃO DOS ACIONISTAS
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A Solicitação de Acesso deverá (i) conter a identificação do acionista e, se for o
caso, de seu representante legal que comparecerá à Assembleia Geral, incluindo seus
nomes completos e seus CPF ou CNPJ, conforme o caso, e telefone e endereço de e-mail
do solicitante; e (ii) ser acompanhada dos documentos necessários para participação na
Assembleia Geral, conforme abaixo.
Nos termos do artigo 126, da Lei das S.A., para participar da Assembleia Geral,
além do comprovante atualizado da titularidade das ações ordinárias, nominativas e sem
valor nominal, de emissão da Companhia, expedido pelo agente escriturador da
Companhia e/ou pela instituição de custódia com até 3 (três) dias de antecedência da data
de realização da Assembleia Geral, os acionistas deverão apresentar à Companhia os
seguintes documentos:
Vale destacar que (i) as pessoas naturais que forem acionistas da Companhia
somente poderão ser representadas na Assembleia Geral por procurador que seja
acionista, administrador da Companhia, advogado ou instituição financeira, consoante
previsto no artigo 126, § 1º, da Lei das S.A.; e (ii) as pessoas jurídicas que forem
acionistas da Companhia poderão, nos termos da decisão da CVM no âmbito do Processo
CVM RJ2014/3578, julgado em 4 de novembro de 2014, ser representadas por procurador
constituído em conformidade com seu contrato ou estatuto social e segundo as normas do
Código Civil, sem a necessidade de tal pessoa ser administrador da Companhia, acionista
ou advogado.
Caso o Acionista não receba convite individual com as instruções para registro e
acesso à plataforma digital com até 24 horas de antecedência do horário de início da
Assembleia Geral, deverá entrar em contato com o Departamento de Relações com
Investidores, por meio do e-mail ri@pdg.com.br, com até, no máximo, 12 horas de
antecedência do horário de início da Assembleia Geral, para que seja prestado o suporte
necessário.
Em atendimento ao art. 26, §2º, da RCVM 81, foi disponibilizado boletim de voto
a distância nas páginas da Companhia (https://ri.pdg.com.br/), da CVM
(https://www.gov.br/cvm) e da B3 (https://www.b3.com.br/) na rede mundial de
computadores, em versão passível de impressão e preenchimento manual.
Os Acionistas que desejarem manifestar seus votos por meio do boletim de voto
a distância na Assembleia Geral deverão preencher todos os campos do boletim de voto
a distância disponibilizado pela Companhia indicando se desejam aprovar, rejeitar ou
abster-se de votar nas deliberações descritas no boletim, observados os procedimentos a
seguir.
Não serão considerados os votos proferidos por acionistas nos casos em que o
boletim de voto a distância e/ou os documentos de representação dos acionistas elencados
acima sejam enviados (ou reenviados e/ou retificados, conforme o caso) sem observância
dos prazos e formalidades de envio indicadas acima.
Dessa forma, as instruções de voto poderão ser enviadas por intermédio do agente
de custódia dos acionistas detentores de ações de emissão da Companhia que estejam
depositadas em depositário central ou, caso as ações estejam em ambiente escritural, por
intermédio da Itaú Corretora de Valores S.A.
(i) caso haja divergências entre eventual boletim recebido diretamente pela
Companhia e instrução de voto coletada pelo agente escriturador (conforme
constante no mapa de votação proveniente do escriturador), para um mesmo
número de CPF ou CNPJ, a instrução de voto do escriturador prevalecerá,
de acordo com as disposições do §2° do art. 48 da RCVM 81;
Como regra geral, enunciada no artigo 125 da Lei das S.A., as assembleias gerais
instalam-se, em primeira convocação, com a presença de acionistas titulares de, no
mínimo, 1/4 (um quarto) das ações com direito a voto e, em segunda convocação, com
qualquer número de acionistas titulares de ações com direito a voto.
Desse modo, caso estejam presentes acionistas titulares de 1/4 (um quarto) ou
mais das ações com direito de voto da Companhia, será instalada a Assembleia Geral em
primeira convocação.
Caso esse quórum não seja atingido, a discussão e deliberação das matérias da
ordem do dia dependerão de segunda convocação da Assembleia Geral, mediante a
publicação de novo edital de convocação, nos termos da Lei das S.A.
Nos termos do art. 129 da Lei das S.A., as deliberações das assembleias gerais de
acionistas, ressalvadas as exceções previstas em lei, serão tomadas por maioria absoluta
de votos, desconsideradas as abstenções.
Visto que as matérias a serem apreciadas na Assembleia Geral não estão sujeitas
à maioria especial prevista em lei, suas aprovações dependerão do voto da maioria
absoluta das ações presentes à Assembleia Geral, desconsideradas as abstenções.
Os trabalhos das assembleias gerais são documentados por escrito em ata lavrada
no “Livro de Atas das Assembleias Gerais”, assinada pelos membros da mesa e pelos
acionistas presentes ou pelos acionistas titulares de ações suficientes para constituir a
maioria necessária para as deliberações da assembleia geral (art. 130, caput, da Lei das
S.A.), sendo permitido lavrar a ata na forma de sumário dos fatos ocorridos, inclusive
dissidências e protestos, contendo apenas a transcrição das deliberações tomadas,
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observados os requisitos legais, bem como a publicação da ata com omissão das
assinaturas dos acionistas (artigo 130, § 2º, da Lei das S.A.).
Desse modo, a administração propõe que a ata da Assembleia Geral seja lavrada
na forma de sumário dos fatos ocorridos, observados os requisitos legais acima referidos,
e sua publicação seja efetuada com a omissão das assinaturas dos acionistas.
No presente caso, ressalta-se ainda que, como a Assembleia Geral será realizada
de forma exclusivamente digital, nos termos do art. 47, § 2º, da RCVM 81, o registro em
ata dos acionistas que participarem da Assembleia Geral por meio do sistema eletrônico
será feito pelo presidente ou secretário da mesa.
Antes de adentrar na análise das matérias que integram a Ordem do Dia, cumpre
esclarecer os motivos que culminaram na convocação da Assembleia Geral.
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A administração reconhece o direito conferido, pela Lei das S.A., a acionistas de
requererem a convocação de assembleia geral, desde que observados os requisitos formais
mínimos estabelecidos pela lei.
Registre-se, sobre esse ponto, que a Solicitação de Convocação não indica qual
teria sido efetivamente o dano ou prejuízos que os atos questionados teriam causado à
Companhia.
Somado a isso, tem-se que, a menos que apresentada prova em contrário, a cessão
de créditos para posterior capitalização em aumento de capital é operação lícita e hígida,
sendo usual em processos de recuperação judicial. Inclusive, nota-se que, no âmbito do
processo de recuperação judicial da própria PDG, diversas operações similares foram
realizadas por outros agentes, que também converteram os créditos de que eram titulares
nos aumentos de capital efetuados pela Companhia.
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Ainda, o nexo causal é o liame que conecta o ato ilícito ao dano. Como não há
nem ato ilícito nem dano neste caso, a Administração entende que também não há nexo
causal.
Por fim, ainda que os fatos alegados tivessem ocorrido durante o prazo de gestão
do Sr. Vladimir, haveria impossibilidade jurídica para a ação de responsabilidade prevista
no art. 159 da Lei das S.A., uma vez que, segundo o § 3.º do art. 134 da Lei das S.A., a
aprovação das contas sem reservas ou ressalvas confere quitação e exonera os
administradores de responsabilidade.
Como assinalado, o Sr. Vladimir foi administrador da PDG até o início de 2020.
A assembleia geral ordinária que aprovou as contas e demonstrações financeiras da PDG
referentes ao exercício social de 2020, por sua vez, ocorreu em 10 de maio de 2021. Ainda
a esse respeito, destaca-se que os acionistas da PDG aprovaram, em assembleia geral
ordinária, as contas e as demonstrações financeiras da Companhias referentes aos
exercícios sociais de 2016 a 2019, período no qual o Sr. Vladimir exercia o cargo de
administrador da Companhia.
Desse modo, o prazo para anular a deliberação que aprovou as contas do Sr.
Vladimir do exercício de 2020 terminou em 10 de maio de 2023. Os prazos decadenciais
para invalidar essas assembleias, que ocorreram antes da assembleia geral ordinária de
2021, transcorreram, por evidente, há ainda mais tempo.
Assim, ainda que tivesse ocorrido erro, dolo, fraude ou simulação aptos a viciar
as deliberações que aprovaram as contas do Sr. Vladimir, tais deliberações já estariam
convalidadas pelo decurso do prazo previsto em lei. Desse modo, a quitação conferida
pelos acionistas ao Sr. Vladimir é válida e o exonera de responsabilidade por atos
praticados durante sua gestão na Companhia.
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Portanto, tendo havido a quitação válida, não há fundamento para o ajuizamento
de qualquer ação de responsabilidade com relação ao Sr. Vladimir pela prática de
qualquer ato enquanto administrador da PDG.
Pelas razões acima expostas, a administração entende, com base nas informações
apresentadas pelos Acionistas Requerentes, que:
(v) não foi comprovado o nexo causal entre a conduta do Sr. Vladimir e o
suposto dano ao patrimônio da Companhia;
(vi) a aprovação das contas do Sr. Vladimir, sem qualquer ressalva ou reserva,
conferiu quitação com relação ao cumprimento dos deveres fiduciários
dele, exonerando-o de responsabilidade por atos praticados como
administrador da PDG;
Isso porque, em caso de insucesso da demanda, além de arcar com todas suas
despesas, o autor da ação – que no caso seria a própria Companhia – corre risco de ser
condenado a ressarcir as despesas da parte contrária e a pagar honorários de sucumbência,
em valor arbitrado pelo juízo competente. A propositura de uma ação judicial sem base
jurídica, portanto, é nociva ao interesse social.
11.2 Discutir e deliberar sobre eventuais medidas que podem ser adotadas em
relação a conduta de prestadores de serviço da sociedade que, aproveitando-se de
oportunidade negocial de que tiveram conhecimento em virtude de suas atividades
profissionais, e obstando que essa oportunidade fosse exercida pela própria
companhia, compraram, com alto desconto, dívidas da PDG para, em seguida, cedê-
las a ex-administrador da Companhia que utilizou o crédito para se tornar acionista
majoritário da companhia.
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entendimento da Companhia, a operação foi realizada com base em informações
publicamente disponíveis.
11.3 Discutir e deliberar sobre medidas que devem ser adotadas pela
companhia em relação à conduta do atual DRI da PDG, que teria, supostamente, em
e-mail de 14/06/2023, prestado informações equivocadas a acionista sobre o tema voto
múltiplo, com o que se inviabilizou a adoção de voto múltiplo na AGE do dia
28/06/2023.
Para que se possa ter plena compreensão deste item da Solicitação de Convocação,
é preciso que se apresente uma breve síntese do contexto que o originou.
Ainda no dia 14 de junho de 2023, o Sr. Silvio Cleber respondeu que retificaria e
reenviaria seu boletim de voto a distância para a AGE – Eleição Conselho.
Na manhã seguinte, o Sr. Silvio Cleber, então, reenviou seu boletim de voto a
distância, considerando a versão com ajustes reapresentada pela Companhia, bem como
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abstendo-se em relação à solicitação do procedimento de voto múltiplo, sem apresentar
qualquer questionamento quanto à informação enviada pelo Departamento de Relações
com Investidores.
Nota-se, com isso, que a prestação de informação equivocada ao Sr. Silvio Cleber
não teve qualquer intuito de impedir os acionistas minoritários de exercerem o direito de
solicitação de adoção de voto múltiplo, tendo decorrido, única e exclusivamente, de uma
orientação jurídica equivocada prestada ao Departamento de Relações com Investidores
da Companhia.
Em que pese o equívoco na orientação dada ao Sr. Silvio Cleber acerca do voto
múltiplo no e-mail de 14 de junho de 2023, não se pode deixar de notar, as Propostas da
Administração divulgadas por ocasião tanto da primeira quanto da segunda convocação
da AGE – Eleição Conselho continham as orientações corretas e detalhadas sobre o
exercício do direito de solicitação de voto múltiplo. Nota-se, nesse sentido, que
orientações enviadas informalmente não podem substituir ou se sobrepor a divulgações e
documentos oficiais divulgados pela Companhia.
Vale notar, ainda, que a AGE – Eleição Conselho somente foi realizada em
segunda convocação, no dia 28 de junho de 2023, de modo que, caso quisesse, o Sr. Silvio
Cleber, poderia ter questionado a orientação acerca do procedimento de voto múltiplo ou
até mesmo enviado novo boletim de voto a distância até 25 de junho de 2023, conforme
prazo informado na proposta da administração disponibilizada pela Companhia no
Sistema Empresas.NET e em sua página de relações com investidores no dia 19 de junho
de 2023. Mas não o fez.
12. CONCLUSÃO
__________________________________
Natalia Maria Fernandes Pires
Presidente do Conselho de Administração
23
PDG REALTY S.A. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES
Companhia aberta
CNPJ n.º 02.950.811/001-89
NIRE 33.300.285.199 | Código CVM n.º 2047-8
PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO
PARA A ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
A SER REALIZADA EM 22 DE AGOSTO DE 2023
24
São Paulo, 07 de julho de 2023.
1 Neste ato, os acionistas Silvio e Marly estão representantes pelo acionista Cláudio Cardoso,
conforme procurações que acompanham a presente.
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A participação combinada dos requerentes é superior ao percentual de 2% necessário para
requerer convocação de assembleia, nos termos do art. 123 da LSA c/c art. 2º da Res. CVM
70/2022.
b) discutir e deliberar sobre eventuais medidas que podem ser adotadas
em relação a conduta de prestadores de serviço da sociedade que,
aproveitando-se de oportunidade negocial de que tiveram conhecimento
em virtude de suas atividades profissionais, e obstando que essa
oportunidade fosse exercida pela própria companhia, compraram, com
alto desconto, dívidas da PDG para, em seguida, cedê-las a ex-
administrador da Companhia que utilizou o credito para se tornar
acionista majoritário da companhia;
o crédito contra a Companhia. O histórico das operações indica que possivelmente o FIDC VKR
foi criado, em setembro/2020, com o fim exclusivo de adquirir o crédito então detido por Fema.
Tanto é assim que o capital social do FIDC VKR era de R$ 800.000,00, o que corresponde em
média ao custo anual de manutenção de um fundo de investimento no Brasil acrescido da quantia
que foi paga pela aquisição do crédito da Fema.
9Como o investimento do Sr. Vladimir foi de R$ 600.000,00, ocorreu uma espantosa valorização
de mais de 400 vezes. Em outras palavras, o valor investido corresponde a 0,2265% do
patrimônio líquido do fundo no final de junho/2021.
8- Por fim, cumpre observar que, em comportamento totalmente
inadequado, o atual DRI da PDG contactou acionista da companhia solicitando que ele
retirasse o pedido de voto múltiplo do BVD (voto à distância), sob o equivocado
argumento de que só poderiam fazer tal opção aqueles acionistas que detivessem mais
de 10% do capital social. Essa conduta irregular, que foi determinante para obstar a
adoção do voto múltiplo na AGE do dia 28/06/2023, deve ser discutida na assembleia a
ser convocada, para definir as medidas a serem adotadas pela companhia contra a
referido DRI.