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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, empresa pública federal com
sede em Brasília-DF e escritório no Rio de Janeiro-RJ, na Av. República do Chile, 100, inscrito no
CNPJ/MF sob o n° 33.657.248/0001-89, no uso da competência que lhe foi outorgada pelo artigo 17
da Lei nº 9.491, de 9 de setembro de 1997; pelo que estabelece o Decreto Federal nº 9.999, de 3 de
setembro de 2019 e o Acordo de Cooperação Técnica nº 01/2020, firmado em 10 de janeiro de 2020
entre o Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade e
a União, por intermédio da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (o “ACT”);
pelo presente Edital, e de acordo com as suas disposições, torna públicas as condições de
desestatização do Veículo de Desestatização MG Investimentos S.A. – VDMG Investimentos,
mediante a alienação das ações desta empresa, associada à outorga, pelo Estado de Minas Gerais,
do serviço público de gestão, operação, manutenção, e ampliação da Rede Metroferroviária da
Região Metropolitana de Belo Horizonte, nos termos aprovados pela Resolução CPPI nº 160, de 2
de dezembro de 2020, Resolução CPPI nº 206, de 13 de dezembro de 2021, Resolução CPPI nº
217, de 16 de dezembro de 2021, Resolução CPPI nº 222, de 24 de fevereiro de 2022, Resolução
CPPI ME nº 229, de 20 de maio de 2022 (“Resolução CPPI/ME nº 229”) e Resolução CPPI nº 248,
de 21 de setembro de 2022 (“Resolução CPPI nº 248”).
A presente licitação será regida pelas regras previstas neste Edital e seus Anexos, pela Lei nº
9.491/1997, de 09 de setembro de 1997, pelo Decreto nº 2.594, de 15 de maio de 1998, pela Lei nº
13.303/2016, de 30 de junho de 2016, pela Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, em especial o que
consta do artigo 27, pela Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, pelas Resoluções CPPI nº 160, de
2 de dezembro de 2022 (“Resolução CPPI nº 160”), nº 206, de 13 de dezembro de 2022 (“Resolução
CPPI nº 206”), nº 217, de 16 de dezembro de 2021(“Resolução CPPI nº 217”), nº 222, de 24 de
fevereiro de 2022 (“Resolução CPPI nº 222”), Resolução CPPI ME nº 229, de 20 de maio de 2022
(“Resolução CPPI/ME nº 229”) e nº 248, de 21 de setembro de 2022 (“Resolução CPPI nº 248”),
pelo Decreto Estadual nº 48.371, de 23.02.2022, com aplicação subsidiária da Lei nº 8.987, de 13
de fevereiro de 1995, da Lei nº 13.334, de 13 de setembro de 2016 e demais normas vigentes sobre
a matéria.
A licitação foi precedida de Audiência Pública, nos termos legislação vigente, devidamente divulgada
nos sítios eletrônicos do BNDES e do Estado de Minas Gerais, e mediante publicação no Diário
Oficial da União em 10 de fevereiro de 2022, com sessão realizada em 25 de fevereiro de 2022.
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SUMÁRIO
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CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
1.1. Para os fins do presente Edital, bem como seus Anexos, exceto se de outra
forma definido neste Edital e/ou em seus Anexos, e sem prejuízo de outras definições
aqui estabelecidas, os respectivos termos e expressões seguintes empregados neste
Edital e em seus Anexos são assim definidos:
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1.1.7. Anexos: cada um dos documentos anexos ao Edital, seguido da sua
respectiva denominação;
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1.1.13. CBTU: é Companhia Brasileira de Trens Urbanos, empresa pública
sob a forma de sociedade por ações de capital fechado, inscrita no CNPJ/ME
sob o nº 42.357.483/0001-26, com sede na cidade de Brasília, no Distrito
Federal, Setor de Autarquias Sul, Quadra 1, Lotes 1/6, Bloco H, Ed. Telemundi
II – 2º, 11º ao 14º andar, CEP 70.070-010, constituída mediante autorização do
art. 5º da Lei nº 3.115, de 16 de março de 1957, c/c o Decreto 74.242, de 28
de junho de 1974, e o Decreto nº 89.396, de 22 de fevereiro de 1984.
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entre o Poder Concedente e a CBTU-MG, na forma do Anexo 9 – Minuta do
Contrato de Concessão;
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CBTU, em razão de planos de incentivo ao desligamento a que tenham aderido
na qualidade de empregado da CBTU-MG; ou (f) ter a última contribuição à
previdência social custeada pela CBTU, em razão de planos de incentivo ao
desligamento a que tenham aderido na qualidade de empregado da CBTU
lotado na STU-MG;
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1.1.34. Liquidação da Oferta aos Empregados e Aposentados:
Pagamento tempestivo e integral pelos Empregados e Aposentados da CBTU-
MG em contrapartida à transferência de titularidade das ações objeto da Oferta
aos Empregados e Aposentados, a ser operacionalizada pela B3;
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1.1.41. Objeto do Leilão: a alienação das ações correspondentes a 100%
(cem por cento) do capital social da VDMG associada à concessão do serviço
público de transporte metroferroviário de passageiros na Região Metropolitana
de Belo Horizonte, incluindo a Linha 1 (linha Novo Eldorado–Vilarinho) e a
Linha 2 (linha Nova Suíça-Barreiro), para ser outorgado à subsidiária CBTU-
MG;
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1.1.49. Rede Metroferroviária ou Rede: significa a rede de transporte público
coletivo de passageiros no modo metroferroviário do Sistema Metropolitano,
composta pelo conjunto de bens e infraestruturas afetos à prestação do Serviço
de Transporte Metroferroviário nos Municípios de Belo Horizonte e Contagem,
incluindo a Linha 1 (linha Novo Eldorado–Vilarinho) e a Linha 2 (linha Nova
Suíça-Barreiro), cuja utilização se dará por meio do pagamento da Tarifa
Pública, sendo parte do Sistema Ferroviário;
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Leilão, se aplicável, a ser realizada no dia indicado no cronograma do
CAPÍTULO VI – DO CRONOGRAMA DE EVENTOS;
https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/transparencia/desestatizacao/
processos-em-andamento/cbtu-companhia-brasileira-de-trens-urbanos
1.2. Exceto quando o contexto não permitir tal interpretação, as definições do Edital
serão igualmente aplicadas em suas formas singular e plural.
1.3. Na contagem dos prazos estabelecidos neste Edital e seus Anexos, observar-
se-á o que se segue: (i) excluir-se-á o dia de início e incluir-se-á o do vencimento; (ii) os
prazos somente serão iniciados e vencidos em dias de expediente no escritório do
BNDES localizado no Rio de Janeiro; e (iii) os horários previstos neste Edital se referem
ao horário oficial de Brasília.
Seção II – Do Objeto
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CBTU-MG, para que a esta possa ser outorgado o serviço público objeto do
Contrato de Concessão, nos termos definidos neste Edital.
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1.5.9.7. Anexo 7: Sumário dos Principais Termos e Condições do
Contrato de Administração de Contas a ser celebrado entre a VDMG,
ou a CBTU-MG, e o Agente de Administração de Recursos Federais.
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1.12. O Edital da presente licitação, seus Anexos, bem como todas as informações
sobre a desestatização poderão ser obtidos no Sítio Eletrônico do BNDES.
1.13. Os interessados deverão obter o Edital pelo meio especificado acima, para
garantia da autenticidade dos textos e de que estão em seu poder todos os documentos
e Anexos que compõem o Edital.
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recebidas após as 18h, hipótese em que serão consideradas recebidas no dia
útil imediatamente posterior.
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que se refere o texto da convenção promulgada pelo Decreto nº 8.660, de
29.01.2016 (“Decreto nº 8.660/2016”), acompanhada de tradução para a língua
portuguesa, realizada por tradutor juramentado matriculado em qualquer das
juntas comerciais do Brasil.
1.29. A CBTU é uma empresa estatal controlada pela União que atua no segmento
de transporte urbano e metropolitano de passageiros e, nos termos do Decreto nº 9.666,
de 2 de janeiro de 2019, encontra-se vinculada ao Ministério do Desenvolvimento
Regional. Constituída mediante autorização do art. 5º da Lei nº 3.115, de 16 de março
de 1957, c/c o Decreto nº 74.242, de 28 de junho de 1974, e o Decreto nº 89.396, de 22
de fevereiro de 1984, a empresa assumiu a operação dos sistemas de trens urbanos
em diversas regiões metropolitanas brasileiras desde meados dos anos 1980. Em 2018,
foi convertida em Empresa Pública, sendo 100% de suas ações pertencentes à União.
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1.30. As receitas geradas pela CBTU, advindas principalmente da arrecadação
tarifária, têm se mantido estáveis ano após ano, ao contrário das despesas com o
custeio e a manutenção dos sistemas operados pela CBTU, que cresceram
significativamente durante o período de 2009 a 2017, acumulando a necessidade de
subsídio público.
1.31. Apesar dos esforços da CBTU nos últimos anos, e mesmo com realinhamentos
tarifários, o valor arrecadado é inferior ao necessário para custear as operações na
forma atual e impede melhoria significativa na gestão da empresa para que esta possa
enfrentar os grandes desafios de mobilidade urbana que os municípios enfrentam.
1.35. O poder público opta pela alternativa que oferece condições de efetiva
capacidade de prestação do serviço com infraestrutura e nível de qualidade adequados
aos cidadãos que dele dependem, perpassando a expansão da infraestrutura e
consequente oferta desta modalidade de transporte a regiões de Belo Horizonte e sua
região metropolitana que não o acessam, agregando alternativa de transporte público
eficiente e segura aos moradores, instrumentalizada por meios contratuais de aferição
e cobrança de desempenho e resultados do seu prestador, primando-se pela
regularidade, continuidade e qualidade dos serviços. Portanto, tem-se pela alienação
da integralidade do capital social da VDMG, com a transferência do controle.
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1.37. Ressalte-se que as operações da CBTU no Estado de Minas Gerais abarcam
mais de um Município - se estendendo, notadamente, pelos territórios dos Municípios
de Belo Horizonte e Contagem, localizados na RMBH -, de modo que o serviço público
prestado pela CBTU ultrapassa o interesse eminentemente local, sendo de abrangência
metropolitana, razão pela qual cabe ao Estado, em observância às normas exaradas
pelas instâncias metropolitanas competentes, o papel de Poder Concedente.
1.38. A CBTU foi criada em 1984, como subsidiária da Rede Ferroviária Federal
S.A.– RFFSA, com o objetivo de operar e explorar os serviços de transporte ferroviário
urbano e suburbano de passageiros, até então a cargo da RFFSA, nas cidades de São
Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, Salvador/BA, Maceió/AL, Recife/PE,
João Pessoa/PB, Natal/RN e Fortaleza/CE. Por meio da Lei n° 8.693, de 03.08.1993, as
ações da CBTU de propriedade da RFFSA foram transferidas à União, ficando ainda
autorizada a União a proceder à cisão da CBTU, mediante a criação de novas
sociedades constituídas para fins de exploração de serviços de transporte ferroviário
nas localidades supracitadas. Desse modo, a partir de 1994, as unidades de São
Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA e Fortaleza/CE foram paulatinamente
transferidas para os seus respectivos governos locais.
1.39. Até pouco tempo, a CBTU, por meio de suas Superintendências Regionais,
tinha sob a sua operação os sistemas de transporte metroferroviário de passageiros nas
Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte/MG, Recife/PE, Maceió/AL, João Pessoa/PB
e Natal/RN, sendo que, em todas as Regiões Metropolitanas referidas, as linhas
operadas pela CBTU abrangem mais de um Município. Já a sede administrativa da
CBTU está localizada em Brasília/DF.
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1.42. Diante desse contexto, o BNDES, na qualidade de Gestor do FND, contratou
os estudos para a desestatização da CBTU, sendo selecionadas, por licitação, as
empresas CYPRESS ASSOCIATES DO BRASIL CONSULTORIA EMPRESARIAL
(“SERVIÇO A”, relativo à avaliação econômico-financeira), Consórcio
EY/TAUIL&CHEQUER, liderado por ERNST & YOUNG ASSESSORIA EMPRESARIAL
LTDA, composto também por TAUIL E CHEQUER ADVOGADOS (“SERVIÇO B”,
relativo à avaliação econômico-financeira e serviços jurídicos, contábeis, técnico-
operacionais e outros serviços profissionais especializados) e Consórcio GPO-
SYSTRA-CESCON-RHEIN, liderado por GPO SISTRAN ENGENHARIA LTDA,
composto também por SYSTRA ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA, CESCON,
BARRIEU, FLESCH & BARRETO e RHEIN SCHIRATO, MEIRELES E CAIADO
SOCIEDADE DE ADVOGADOS (“SERVIÇO C”, relativo à realização de estudos para a
outorga dos serviços públicos de transporte ferroviário de passageiros na Região
Metropolitana de Porto Alegre/RS, operado pela Empresa de Trens Urbanos de Porto
Alegre S.A. – TRENSURB, e nas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte/MG,
Maceió/AL, Recife/PE, João Pessoa/PB e Natal/RN, operados pela CBTU).
1.43. Com a Resolução CPPI nº 160, de 02.12.2020, foi autorizada a criação de cinco
subsidiárias integrais da CBTU, para fins de viabilizar o processo de reorganização
societária com vistas à desestatização, com contribuição de parcelas de seu patrimônio
pertinentes às atividades das 5 (cinco) Superintendências Regionais da CBTU para
formação do capital social das subsidiárias. A partir de então, as subsidiárias
assumiriam as operações até então conduzidas pelas Superintendências Regionais.
1.46. A Resolução nº 206, de 13.12.2021, por sua vez, aprovou a realização de nova
cisão parcial da CBTU com versão de parcela cindida composta pelas ações de emissão
da CBTU-MG para a VDMG, de modo que a VDMG passe a ser a nova Controladora
da CBTU-MG.
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Estado de Minas Gerais, podendo tal transferência ser efetivada após a assinatura do
contrato de compra e venda das ações, nos termos da Resolução CPPI nº 206, de 13
de dezembro de 2021.
1.53. Por essa razão, foi atribuída à MRS, no âmbito do 4º Termo Aditivo ao Contrato
de Concessão da Malha Sudeste, celebrado em 29 de julho de 2022, entre a MRS, de
um lado, e a União, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”),
de outro; e será atribuída à Concessionária da Rede Metroferroviária da RMBH,
conforme disposto pela Minuta de Contrato de Concessão dos Serviços, na forma do
Anexo 9 ao Edital, a obrigação contratual de ambas as concessionárias atuarem em
conjunto para desenvolver a solução de engenharia e operacional que viabilize a
implantação da referida estação de passageiros, com o menor impacto possível sobre
os investimentos orçados para este fim, bem como a operação em conjunto da
infraestrutura necessária.
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por igual período, a contar da data de assinatura do Contrato de Concessão ou da data
de assinatura do 4º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da Malha Sudeste, a que
se verificar por último, devendo instaurar, caso expirado o prazo previsto acima sem a
definição da solução aplicável, Comitê de Prevenção e Resolução de Divergências
(“Dispute Board”) para definir a solução de engenharia e operacional aplicável.
1.56. Com base nisso, o BNDES, no exercício das funções de Gestor do FND,
aprovou a presente minuta do Edital de Leilão, para publicação nos meios legais. A sua
competência decorre do art. 18 da Lei nº 9.491/1997, regulamentada também pela
Resolução CPPI nº 189, de 28.06.2021, a qual dispõe em seu art. 1º e §2º que a
desestatização de serviço público federal, estadual ou municipal explorado por empresa
controlada pela União, e devidamente incluída no Programa Nacional de
Desestatização, está compreendida nas competências do Gestor do FND.
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30.06.2022, a Companhia apresentava um passivo circulante de R$ 50.130 mil e um
passivo não circulante de R$ 45.633 mil.
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Investimentos Obrigatórios estabelecidos no Contrato de Concessão e seus anexos.
Posteriormente, os ajustes recomendados pelos órgãos de controle levaram à alteração
da modelagem, com adequação do aporte para R$ 2.813.797.341,26 (dois bilhões,
oitocentos e treze milhões, setecentos e noventa e sete mil, trezentos e quarenta e um
e vinte e seis centavos), valor na data-base de 31/07/2022, atualizado pelo IPCA até
28/02/2023.
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e três reais e quarenta e quatro centavos). Considerando a média simples entre os
valores apurados nas avaliações econômico-financeiras obtém-se R$ 19.324.304,67
(dezenove milhões, trezentos e vinte e quatro mil, trezentos e quatro reais e sessenta e
sete reais)
1.66. Com base nisso, será promovida a alienação das ações da VDMG pelo preço
mínimo de R$ 19.324.304,67 (dezenove milhões, trezentos e vinte e quatro mil,
trezentos e quatro reais e sessenta e sete centavos), conforme o estabelecido pelo
CPPI.
2.3. Além das prerrogativas que decorrem implicitamente da sua função legal, a
Comissão de Licitação poderá:
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acordo com os termos deste Edital, poderá ensejar a desclassificação da Proponente e a
execução da respectiva Garantia de Proposta, na forma prevista neste Edital.
3.1. Poderão participar do Leilão, nos termos deste Edital, pessoas jurídicas
brasileiras ou estrangeiras, incluindo instituições financeiras, bem como Fundos de
Investimento em Participações (“FIP”) e entidades de previdência complementar, seja
atuando isoladamente ou em Consórcio.
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(iii) composição do Consórcio, com as respectivas participações das
suas integrantes, correspondentes à quantidade de ações a
serem adquiridas por cada consorciada;
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3.4. As Proponentes serão representadas no Leilão, necessariamente, por
Representantes Credenciados e Participantes Credenciadas.
3.6. A prática de atos pelas Proponentes em cada etapa do Leilão está sujeita à
preclusão, sendo vedado o exercício de faculdades referentes a etapas já consumadas
do Leilão, salvo se admitido no Edital.
CAPÍTULO IV – DA DOCUMENTAÇÃO
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4.1. Todos os documentos dos Volumes deverão ser apresentados fisicamente em
2 (duas) vias idênticas e encadernadas separadamente, em sua forma original ou cópia
autenticada, observado o subitem 4.1.4, todas as páginas com conteúdo devem ser
numeradas sequencialmente, inclusive o termo de encerramento, e rubricadas pelos
respectivos Representantes Credenciados.
4.1.4. Para fins de entrega dos documentos dos Volumes 1 e 3, será exigida
a apresentação dos documentos em sua forma original ou cópia autenticada
em apenas uma das vias do Volume, com a apresentação dos documentos em
cópia simples na outra via.
4.2. Uma via dos documentos apresentados pelas Proponentes ficará sob a guarda
da B3 e outra sob a guarda da Comissão de Licitação até o decurso do prazo de 15
(quinze) dias a contar da data de assinatura do Contrato de Concessão.
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4.4.1. Anexo 3 – Modelo de Declaração de Inexistência de Documento
Estrangeiro Equivalente, a ser entregue ser for aplicável;
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documentos, legalizado pela representação consular brasileira,
observado o disposto no Subitem 1.22.1, que comprove poderes para:
4.7. Não será admitido aos Representantes Credenciados intervir nem praticar atos
durante a Sessão Pública do Leilão, tendo em vista que tal representação será exercida
exclusivamente pelas Participantes Credenciadas.
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4.8. Cada Representante Credenciado somente poderá exercer a representação de
uma única Proponente participando isoladamente ou de um único Consórcio.
4.13. A Proposta Econômica deverá conter o valor da oferta para a aquisição das
ações correspondentes à integralidade do capital social da VDMG, em moeda corrente
nacional, com duas casas decimais, grafados numericamente e por extenso, mediante
o preenchimento do Anexo 4 – Modelo de Proposta Econômica.
4.14. O preço mínimo para a oferta para a aquisição das ações correspondentes à
integralidade do capital social da VDMG será de R$ 19.324.304,67 (dezenove milhões,
trezentos e vinte e quatro mil, trezentos e quatro reais e sessenta e sete centavos). Em
caso de discrepância entre as formas numérica e por extenso do valor proposto,
prevalecerá a forma por extenso.
4.15. A Proposta Econômica deverá ter validade de 180 (cento e oitenta) dias,
contados da data designada para entrega dos volumes lacrados.
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4.17. As Propostas Econômicas, assim como os lances efetuados na etapa viva- voz
do Leilão, deverão ser incondicionais, irretratáveis e irrevogáveis.
4.20. A Garantia de Proposta deverá ter prazo mínimo de 180 (cento e oitenta) dias
a contar da data para apresentação dos Volumes lacrados pelas Proponentes,
estipulada no CAPÍTULO V – DAS ETAPAS DO LEILÃO, Seção I – Da Entrega dos
Documentos, deste Edital.
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4.24. Caso o prazo de validade da Garantia de Proposta expire antes da assinatura
do Contrato de Compra e Venda de Ações, as Proponentes deverão, até o 30°
(trigésimo) dia anterior ao vencimento, renovar a Garantia de Proposta por igual período,
sob pena de desclassificação.
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4.29. No caso de Garantia de Proposta aportada sob a modalidade de fiança:
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4.31.2. sob a modalidade seguro-garantia e fiança bancária, os instrumentos
de garantia deverão ter:
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4.34.8. atraso na submissão de documentos e informações para aprovação
do resultado do Leilão, bem como no caso de atraso na comprovação da efetiva
constituição do Consórcio;
Seção V – Da Habilitação
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4.39. As Proponentes deverão apresentar os documentos a seguir listados em via
física:
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se encontram sob liquidação ou intervenção, além dos demais documentos
aplicáveis previstos neste Edital.
(ii) para sociedades simples: Certidão expedida pelo Distribuidor Judicial das
Varas Cíveis em geral (Execução Patrimonial) da Comarca onde a
empresa está sediada, datada de, no máximo, 30 (trinta) dias anteriores à
data da Sessão Pública do Leilão, bem como certidão listando todos os
cartórios distribuidores cíveis do domicílio da Proponente;
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4.42.3. cópia simples do cartão de inscrição no cadastro de contribuinte
municipal relativo ao domicílio ou sede da Proponente, ou certidão de não
contribuinte, conforme o caso;
4.43.2. O prazo de 12 (doze) meses, previsto no item 4.42, não se refere ao prazo para
desembolso das despesas de capital voltadas à implantação do ativo de infraestrutura,
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mas sim, exclusivamente, ao período em que a Proponente tenha atuado como
administradora do referido ativo durante a sua fase de operação.
4.43.3. Para atendimento da qualificação técnica exigida no item 4.43, não se exigirá
que a Proponente tenha participado da administração do ativo na fase de sua
implantação.
4.43.4. Para fins do disposto nos itens 4.43 e 4.43.1, não é necessário que o valor
mínimo de investimento em ativo de infraestrutura, considerando o respectivo
cronograma de realização, tenha sido integralmente concluído na data marcada para a
apresentação das PROPOSTAS, bastando a comprovação de que o empreendimento
possui previsão de investimento mínimo em tal montante.
4.43.5. Para os fins indicados nos itens 4.43 e 4.43.1, na contabilização do valor dos
investimentos que tenham sido realizados no ativo de infraestrutura, não deverão ser
considerados os efeitos da amortização/depreciação ao longo do tempo, e os valores
despendidos deverão ser atualizados, aplicando-se a variação do IPC/FIPE ocorrida
entre o mês anterior ao início da realização do investimento e o mês anterior à data base
da Data de Entrega das Propostas.
4.43.6. Será considerado responsável, para os fins do item 4.43: (i) o responsável
direto, individualmente, pela gestão/administração do ativo de infraestrutura, inclusive,
no caso de ativo detido por fundo de investimentos, sua empresa gestora; (ii) o
consorciado, com participação mínima de 20% (vinte por cento) no consórcio
responsável pela gestão/administração do ativo de infraestrutura; e (iii) o acionista da
empresa responsável, com participação acionária mínima de 20% (vinte por cento); ou
(iv) por qualquer outra forma de participante da gestão/administração do ativo de
infraestrutura, com posição que lhe confira poderes decisórios na gestão/administração
do ativo de infraestrutura.
4.43.7. Será considerado ativo de infraestrutura, para os fins do item 4.43, o ativo
integrante, por exemplo, dos sistemas de: (i) comunicações; (ii) logística, inclusive
rodovias e transportes, tanto de carga quanto de passageiros; (iii) energia; (iv) produção,
distribuição ou refino de combustíveis; (v) saneamento básico; (vi) habitação; (vii)
prestação de serviços públicos.
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Seção I – Da Entrega dos Documentos
1º VOLUME:
PARTICIPANTE CREDENCIADA
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2º VOLUME:
PARTICIPANTE CREDENCIADA
3º VOLUME:
PARTICIPANTE CREDENCIADA
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5.2. Um dos Representantes Credenciados deverá rubricar sobre o lacre de cada
um dos envelopes indicados no Item 5.1;
5.3. Cada uma das vias dos Volumes indicados no Item 5.1 deverá conter termo de
encerramento especificando a quantidade total de páginas da via, incluindo a capa.
5.6. A Sessão Pública do Leilão terá início com a abertura das Propostas
Econômicas.
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(ii) contenha rasura, borrão, entrelinha ou linguagem que impossibilite a exata
compreensão do enunciado;
(iii) apresente valor inferior ao mínimo estabelecido pelo Edital para a Proposta
Econômica;
5.10. Não haverá etapa de lances em viva voz nas seguintes circunstâncias:
5.11. Caso configuradas as hipóteses previstas no Item 5.9, terá início o Leilão por
lances sucessivos efetuados em viva-voz.
5.12. O Diretor da Sessão poderá fixar um tempo máximo entre lances em viva-voz.
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5.13. Após o término da etapa de lances em viva-voz do Leilão, as Proponentes
deverão ratificar os seus respectivos lances mediante assinatura de carta conforme
modelo constante no Anexo 7 – Modelo de Ratificação de Lance.
5.14. A ratificação poderá ocorrer mediante (i) o envio do termo de ratificação emitido
pelo próprio Proponente, assinado eletronicamente, ao e-mail
leilao.vdmg@bndes.gov.br c/c leiloes@b3.com.br, no dia útil subsequente à realização
da Sessão Pública do Leilão; ou (ii) a assinatura, ao final da Sessão Pública do Leilão,
do termo de ratificação emitido pela Comissão de Licitação.
5.15. Caso a Proponente opte pelo envio do termo de ratificação na forma prevista
no item anterior, os operadores das Participantes Credenciadas das Proponentes que
apregoaram à viva voz deverão assinar a ata a ser emitida pela Comissão de Licitação
consignando os lances ofertados.
5.17. Após a etapa de lances em viva-voz, ou, na ausência desta, após a abertura
das Propostas Econômicas, a Comissão de Licitação abrirá o volume contendo os
Documentos de Habilitação apenas da Proponente que tiver apresentado a melhor
proposta ou lance na Sessão Pública do Leilão.
5.18. Eventuais defeitos formais nos documentos poderão ser sanados, a critério da
Comissão de Licitação.
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5.21. A Comissão de Licitação concluirá o exame dos Documentos de Habilitação
em até 7 (sete) dias úteis após a Sessão Pública do Leilão, divulgando o resultado
preliminar do Leilão.
5.25. Eventual recurso que venha a ser interposto por Proponente em face do
resultado preliminar da Sessão Pública do Leilão poderá versar sobre os atos praticados
no procedimento do Leilão, incluindo, mas não se limitando, a documentação contida
nos Volumes 1, 2 e 3.
5.26. Os recursos a que se referem esta seção deverão ser interpostos no prazo de
5 (cinco) dias úteis contados da publicação da respectiva decisão no Diário Oficial da
União.
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5.30. Caso haja interposição de recursos tratando da habilitação das Proponentes
ou do resultado preliminar da Sessão Pública do Leilão, poderá ser divulgado novo
Cronograma pela Comissão de Licitação, respeitando-se todos os prazos legais na
definição para nova data.
5.33. Até 2 (dois) dias úteis após a divulgação do resultado definitivo do Leilão, a
Proponente vencedora do Leilão deverá submeter ao CADE, nos termos da Lei nº
12.529/2011 e do Regimento Interno do CADE (aprovado pela Resolução CADE nº 22,
de 19 de junho de 2019 e atualizado pela Emenda Regimental 01/2020, de 02 de abril
de 2020), todas as informações e os documentos indispensáveis à instauração de
Processo Administrativo para Análise de Ato de Concentração Econômica, conforme
definido pela Resolução CADE nº 2/2012, juntamente com o comprovante de
recolhimento da taxa processual prevista no artigo 23 da Lei nº 12.529/2011, nos termos
da Lei nº 12.529/2011 e do Regimento Interno do CADE, todas as informações e os
documentos indispensáveis à instauração de processo administrativo para análise de
ato de concentração econômica.
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5.39. Caso o mesmo ocorra com o segundo colocado no Leilão, o terceiro colocado
será notificado pela Comissão de Licitação para fazê-lo, se assim desejar, e assim
sucessivamente, nos 5 (cinco) dias úteis seguintes ao recebimento da notificação, e
subsequentemente.
5.40. As Proponentes convocadas nos termos dos itens anteriores terão o Objeto do
Leilão adjudicado nas condições técnicas e econômicas por ela ofertadas.
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5.51. Na hipótese de não realização do pagamento devido, seja no todo ou em parte,
ainda que por inadimplência de um único membro do Consórcio, a Liquidação do Leilão
não será realizada e o Consórcio será desclassificado e será executada a Garantia de
Proposta, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
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(sessenta e cinco mil, quinhentos e noventa e dois reais e vinte e
quatro centavos), atualizados nos termos normativos da B3;
5.54.3. As regras previstas nas alíneas deste Subitem vigerão até o momento
em que ocorrer a aprovação da operação pelo CADE.
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5.55. Após a Liquidação do Leilão pela Adjudicatária, será realizada a transferência,
pela B3, das ações Objeto do Leilão à conta de custódia da Adjudicatária e a assinatura
do Contrato de Compra e Venda de Ações.
5.56. A Adjudicatária obriga-se a diretamente inserir ou instruir e fazer com que seja
inserido pela VDMG, pelo agente escriturador das ações de emissão da VDMG, ou por
qualquer terceiro, à margem do registro das ações alienadas, no Livro de Registro de
Ações Nominativas das Empresas e nos respectivos certificados de ações, caso
emitidos, a anotação de que as ações alienadas estão sujeitas ao disposto no Contrato
de Compra e Venda de Ações, pelo prazo de 10 (dez) anos, prazo esse contado a partir
da data da assinatura do Contrato de Compra e Venda de Ações.
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atualizado pela variação do IPCA desde 31/07/2022 até a data de assinatura
do Contrato de Compra e Venda das Ações da VDMG Investimentos);
Data Evento
23/09/2022 Publicação do Edital e Anexos
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Abertura do prazo para impugnação do Edital
Abertura de prazo para solicitação de esclarecimentos ao
Edital
Até 10 dias uteis após a
publicação do Edital e Disponibilização do Manual B3 de Procedimentos do Leilão
Anexos
Fim do prazo para apresentação de solicitação de
12/12/2022
esclarecimentos ao Edital
12/12/2022 Fim do prazo para impugnação ao Edital
14/12/2022 Divulgação das respostas aos esclarecimentos ao Edital
14/12/2022 Divulgação do julgamento das impugnações
Fim do prazo para envio de dúvidas e perguntas na Sala
16/12/2022 de Informações, nos termos do Manual de Procedimento
de Diligências
Entrega dos seguintes volumes pelas Proponentes na B3,
perante a Comissão: 1) Declarações, Documentos de
19/12/2022
Representação e Garantia de Proposta; 2) Proposta
Econômica; e 3) Documentos de Habilitação
Encerramento da Sala de Informações, nos termos do
21/12/2022
Manual de Procedimento de Diligências
Divulgação do resultado da análise do Volume 1 –
21/12/2022 Declarações Preliminares, Documentos de Representação
e Garantias da Proposta não aceitas e sua motivação.
Sessão Pública do Leilão com a abertura das Propostas
Econômicas, realização de lances viva-voz e posterior
22/12/2022
abertura do envelope de habilitação da Proponente
classificada em primeiro lugar
Divulgação do resultado da análise dos Volumes 2 e 3, com
28/12/2022 anúncio do resultado preliminar do Leilão e início do prazo
de eventuais recursos contra o resultado preliminar.
Estimativa do período recursal (interposição de recursos e
13/01/2023
contrarrazões)
17/01/2023 Publicação do resultado definitivo do Leilão
19/01/2023 Prazo final para submissão de documentos ao CADE
Homologação do resultado do Leilão e adjudicação de seu
26/01/2023
objeto
Prazo para entrega à Comissão de Licitação pela
07/02/2023 Proponente vencedora do instrumento de constituição do
Consórcio se aplicável
Liquidação do Leilão, assinatura do Contrato de Compra e
02/03/2023
Venda de Ações (CCVA)
Até 1 dia útil após a
Assinatura do e Contrato de Concessão
assinatura do CCVA
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CAPÍTULO VII – DAS PENALIDADES
7.1.1. advertência;
7.2. Sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas no item 7.1 e da eventual
execução de Garantia de Proposta, a Proponente ou Adjudicatária poderá ser declarada
inidônea para contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação da pessoa
sancionada perante a autoridade.
8.1. O Leilão poderá ser revogado pelo BNDES, por razões de interesse público
decorrentes de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente
para justificar tal revogação.
8.2. As alterações dos eventos descritos no Edital, bem como dos termos do Edital
e/ou de seus anexos, desde que não afetem de forma relevante a formulação das
propostas, não ensejarão a republicação do presente Edital e/ou a invalidação do
resultado do leilão, devendo tais alterações, quando cabível, ser submetidas às
instâncias decisórias do BNDES antes da homologação do resultado final ou, em não
sendo possível, no primeiro momento que o seguir.
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8.3. O BNDES, de ofício ou por provocação de terceiros, deverá anular o Leilão se
verificada qualquer ilegalidade que não possa ser sanada.
8.9. O foro competente para resolução de quaisquer litígios relativos a esta licitação
será o da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.
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