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Ação de Responsabilidade contra Administrador de S.A.

❖ Princípio da especialidade, em se tratando de S.A. usar-se-á a lei da S.A. e, somente


subsidiariamente o Código CIvil.

❖ Legitimidade ativa:
➔ Companhia, acionistas e terceiros prejudicados;
➔ Ex de terceiros prejudicados: Mariana, todas as pessoas que tiveram prejuízo
com perda de entes queridos ou desabamento de seus lares, podem entrar com
ação de responsabilidade contra o administrador da companhia.

❖ Legitimidade passiva:
➔ administrador, um ou mais em solidariedade, além de eventualmente terceiro
(art. 158, parágrafo 5).
➔ Terceiro que venha concorrer com ele para realização do ato danoso.
➔ Ex: o administrador se junta ao contador para fraudar a empresa, logo, no polo
passivo figurará o administrador e o contador em litisconsórcio.
➔ Se no contrato está especificado a competência dos administradores, só aquele,
fraudulento, sofrerá a ação. Ao contrário, não havendo especificação todos os
administradores responderão em litsconsórcio.

❖ Fundamentação da ação:
➔ Direito material (art. 158 da Lei n. 6404/75;
● Art. 158. O administrador não é pessoalmente responsável pelas
obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de ato
regular de gestão; ​responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que
causar​, quando proceder:
I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo;
➢ requisito subjetivo.
II - com violação da lei ou do estatuto
➢ requisito objetivo.
● § 1º O administrador não é responsável por atos ilícitos de outros
administradores, ​salvo se com eles for conivente, se negligenciar em
descobri-los ou se, deles tendo conhecimento, deixar de agir para
impedir a sua prática. Exime-se de responsabilidade o administrador
dissidente que faça consignar sua divergência em ata de reunião do
órgão de administração ou, não sendo possível, dela dê ciência
imediata e por escrito ao órgão da administração, no conselho fiscal, se
em funcionamento, ou à assembléia-geral.
● § 2º Os administradores são ​solidariamente responsáveis pelos
prejuízos causados em virtude do não cumprimento dos deveres
impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia,
ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles.
● § 3º Nas companhias abertas, a responsabilidade de que trata o § 2º
ficará restrita, ressalvado o disposto no § 4º, aos administradores que,
por disposição do estatuto, tenham atribuição específica de dar
cumprimento àqueles deveres.
● § 4º O administrador que, tendo conhecimento do não cumprimento
desses deveres por seu predecessor, ou pelo administrador competente
nos termos do § 3º, deixar de comunicar o fato a assembléia-geral,
tornar-se-á por ele solidariamente responsável.
● § 5º Responderá solidariamente com o administrador quem, com o fim
de obter vantagem para si ou para outrem, concorrer para a prática de
ato com violação da lei ou do estatuto.
➢ qualquer um que cause prejuízo a companhia com o
administrador responderá em lirsconsórcio com este pelos
prejuízos causados.

➔ Direito processual (art. 159 da lei de S.A).


● Art. 159. Compete à companhia, mediante prévia deliberação da
assembléia-geral, a ação de responsabilidade civil contra o
administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.
● § 1º A deliberação poderá ser tomada em assembléia-geral ordinária e,
se prevista na ordem do dia, ou for conseqüência direta de assunto nela
incluído, em assembléia-geral extraordinária.
● § 2º O administrador ou administradores contra os quais deva ser
proposta ação ficarão impedidos e deverão ser substituídos na mesma
assembléia.
● § 3º Qualquer acionista poderá promover a ação, se não for proposta no
prazo de 3 (três) meses da deliberação da assembléia-geral.
● § 4º Se a assembléia deliberar não promover a ação, poderá ela ser
proposta por acionistas que representem 5% (cinco por cento), pelo
menos, do capital social.
● § 5° Os resultados da ação promovida por acionista deferem-se à
companhia, mas esta deverá indenizá-lo, até o limite daqueles
resultados, de todas as despesas em que tiver incorrido, inclusive
correção monetária e juros dos dispêndios realizados.
● § 6° O juiz poderá reconhecer a exclusão da responsabilidade do
administrador, se convencido de que este agiu de boa-fé e visando ao
interesse da companhia.
● § 7º A ação prevista neste artigo não exclui a que couber ao acionista
ou terceiro diretamente prejudicado por ato de administrador.
❖ A ação pode ser social ou individual. Social se proposta pela companhia, recebendo a
denominação de ​UT UNIVERSI. ​Ou, ainda, ser proposta por circunstâncias em
proveito e nome da companhia e neste caso, denomina-se ​UT SINGULI​.
➔ Ação social: se proposta pela companhia ou acionistas em favor da companhia
(art. 159, caput, da Lei da S.A)
● Objetivo: ressarcir a companhia pelos prejuízos causados pelo
administrador.
➔ Observação: em virtude da matéria abordada ser de ordem pública são
inválidas quaisquer convenções prévias limitativas de sua propositura.
➔ Ação individual: se proposta por acionista ou terceiro prejudicado (art. 159, p.
7 da Lei da SA).

❖ Prazo:
➔ 3 anos contados do momento em que as demonstrações financeiras são
apresentadas aos sócios, em observância ao que propõe o art. 206, p. 3, VII,
alínea b, do CC/02. Este último adotado em substituição do art. 287, da Lei da
SA.
CONTRATO DE LOCAÇÃO

❖ Locador X locatário:
➔ Cessão a terceiro​.
● Quem é o cessionário? terceiro que se sub rogou no contrato de
locação por cessão feita pelo locatário.
➔ Sublocação​.

❖ Diferente de arrendamento mercantil ou leasing:


➔ Diferença: ​ao final do contrato o arrendatário tem a prerrogativa de adquirir
esse bem. Faculdade do arrendatário adquirir ou não o bem.

❖ Ações:
➔ Despejo - art. 59 à art. 66 da Lei 8.245/91.
● Objeto: reaver o imóvel.
➢ reintegração do direito de propriedade.
➢ Geralmente ocorre quando o contrato terminou e o locatário
uma vez notificado não saiu, ou, quando o locatário não está
pagando o aluguel.
● Legitimidade:
➢ Ativa: locador, art. 5 da lei 8.245/91.
❏ Se o locador faleceu qualificar-se-á o espólio
representado pelo inventariante.
➢ Passiva: locatário e terceiros, art. 59, parágrafo 2, da lei
8.245/91.
● Pressupostos: incisos do parágrafo 1, do art 59, da lei 8.245/91.
➢ Se fundada em obras, demolições, ou qualquer outra ___
determinada pelo Poder Público há necessidade de prova da
necessidade ou do compromisso registrado, art. 60.
● Possibilidade de pedido liminar​ - art 59, parágrafo 1.
● Possibilidade de cumulação com cobrança ​- art. 62, I.
➢ Valor da causa: 12X o valor do aluguel mais o valor devido dos
aluguéis em atraso mais a multa se tiver no contrato.
● Valor da causa na ação de despejo: 12X o valor do aluguel.
● Se outra pessoa que não o locatário estiver no imóvel é necessário
colocar o locatário e outros no pedido e, posteriormente, pedir a
citação do locatário e de quem estiver usufruindo do imóvel.

➔ Consignação em pagamento de aluguel e acessórios - art. 67 da lei 8.245/91.


● Objeto: quitar o aluguel e encargos.
➢ Ex: o locador morreu, o locatário quer pagar mas não sabe pra
quem, para não pagar errado entra com ação de consignação em
pagamento e paga em juízo.
● Legitimidade:
➢ Ativa: locatário/ cessionário.
➢ Passiva: locador.
● Requisitos: art. 67, I à III, da lei 8.245/91.

➔ Ação revisional de aluguel - art. 68 à 70, da lei 8.245/91.


● Objeto: majorar ou reduzir o aluguel.
➢ comprovar que aquele valor do aluguel ou estar muito aquém
ou além do valor de mercado.
➢ Qual a base principal da ação: evitar o desequilíbrio entre as
partes e o enriquecimento sem causa.
● Legitimidade: variável, a depender do objeto.
➢ Se o objetivo da ação revisional for majorar o valor do aluguel
o locador terá legitimidade ativa, ao passo que o locatário terá
legitimidade passiva.
➢ Outrossim, se o objetivo da ação for diminuir o valor do
aluguel, o autor será o locatário e o réu o locador.

➔ Ação renovatória - art. 71, da lei 8.245/91.


● Objeto: proteger o ponto, mediante a renovação compulsória do
contrato de locação.
➢ Busca a renovação compulsória ​do contrato de locação​.
➢ Poder-se-á utilizar a somatório do tempo para fazer uso da ação
renovatória.
➢ Só pode fazer se houver contrato por escrito.
● Requisitos:
1. Contrato por escrito e em vigor;
2. Estar no imóvel a pelo menos 5 anos;
3. Dentro do lapso temporal os três últimos anos tem que ser na
mesma atividade;
● Equipara as sociedades empresárias as sociedades simples, LOGO
CABE TAMBÉM PARA NÃO EMPRESÁRIO.
● Cabe ação renovatória entre os último um ano meio até os últimos seis
meses.
● Direito de preferência só se dá através da averbação, porque caso
contrário o terceiro é adquirente de boa-fé.
● Pressupostos:
➢ Direito material - art. 51
➢ Direito Processual - art. 71.
❏ é de suma importância informar na exordial a garantia,
ex: se o fiador vai continuar e etc.
● Legitimidade:
➢ ativo: locatário e sublocatário;
➢ passivo: locador.
● Valor da causa e competências: art. 58 da lei 8.245/91.

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE MARCA

❖ Introdução - Propriedade Intelectual:


1. Direito autoral: vai regular a proteção das obras literárias, das obras de arte, da
composição musical e etc.
2. Lei de programas de computadores: não deixa de ser um direito de um autor
mas é mais específica. Os doutrinadores entendem como uma lei de proteção
ao direito autoral;
3. Propriedade industrial: voltado a todas as criações e invenções voltadas para
indústria e comércio.
A. Patentes: direito de exclusividade que o legislador concede para que o
criador tenha a exclusividade de explorar a sua invenção durante um
dado período de tempo, vinte anos.
➔ Direito de explorar exclusivamente aquela invenção.
➔ Patentes verdes: criações ligadas a sustentabilidade ambiental.
B. Modelo de utilidades: aperfeiçoamento de uma patente. Não cria algo
novo, pega uma coisa já existente e aperfeiçoa.
C. Desenho industrial: vinculado ao design como também as estampas.
Proteção daquele design específico. Tanto a forma como a estampa.
➔ Discussão acerca dos veículos automotores. Registravam como
desenho industrial do veículo como um todo mas também as
partes do veículo, prejudicando os fabricantes de peças de
segunda linha, que ficaram impedidos de fábricas. Sem as
peças genéricas os fabricantes acabaram por aumentar o preço.
Levaram o caso ao CADE que ainda não fez nada.
D. Indicações geográficas: serão signos distintivos que vão atrelar o
produto ou serviço ao espaço geográfico onde eles são produzidos. Ex:
vinhos, azeites, queijos e etc.
I. Indicação de procedência: quando naquela localidade há um
produto ou serviço altamente reconhecido ou valorizado.
➔ Ex: Friburgo poderia ser uma indicação de procedência
de peças íntimas femininas.
➔ Menor rigor de análise pelo INPI.
➔ Pode depois pleitear a denominação de origem? sim.
II. Denominação de origem: exige algo mais, exige que as
características daquela região contribuam para a qualidade do
produto ou do serviço.
➔ Ex: champagne só pode usar o vinho espumoso
denominado champagne se produzido na região de
champagne. Por ser uma região pedregosa contribuiu
para a produção de qualidade do vinho, denominado
champagne.
➔ Ex do Brasil: Arroz produzido no Rio Grande do Sul,
região litorânea, onde a terra fazia com que o arroz
tivesse um acréscimo de complexo B, reconhecendo
então como denominação de origem.
E. Marcas​: signo distintivo que vai ligar o produto ou serviço a um dado
empresário. Distinguir o produto ou serviço de um empresário de
outros da mesma espécie que não são produzidos por este.
I. De produto ou serviço;
II. Marca coletiva;
III. Marca de certificação.
➔ Três formas de representação:
A. Nominativa: nome lembra a marca;
B. Figurativa: o desenho te lembra a marca;
C. Mista: tanto nominativa quanto figurativa.
D. Tridimensional: formato, a forma do produto te remete
ao empresário que produz aquele produto, ex: caneta
bic.
➔ Em regra, a marca só protege aquele produto ou serviço dentro
do mesmo seguimento, exceção:
A. Marca de alto renome: atribuída pelo INPI por um
procedimento administrativo, desta forma ninguém
poderá explorar esse mesmo nome ou outro desenho em
nenhum outro segmento além do dele.
B. Marca notoriamente conhecida: aquela que todo mundo
conhece, mesmo que não esteja registrada no Brasil ela
é exceção ao princípio da territorialidade porque ela é
protegida mundialmente. Ex: coca cola, mcdonald's e
etc.
➔ A marca não exige novidade mas exige exclusividade no
mesmo seguimento.
4. Suis generis:
➔ Cultivars - alteração genérica de animais e de plantas.
● Lei específica.
❖ A ação:
➔ Primeira coisa a se fazer é solicitar ao cliente o registro do nome, da figura ou
de ambos.
➔ Pagar a guia para o sistema abrir para o pedido junto ao INPI;
➔ Após vinte e quatro horas, você já pode juntar a sua petição junto com a
procuração para requerer a marca.
➔ Vai para o INPI que vai verificar se a marca não sofre nenhuma das vedações
para o uso.
● Ex de vedações: bandeiras internacionais, pontos turísticos e palavras
de baixo escalão.
➔ Vai ser publicado, então, no diário do INPI, onde os terceiros poderão
impugnar a marca.
➔ Decisão para concessão da marca.
● Prazo de 180 dias para entrar pela via administrativa para anular a
marca;
➢ O próprio INPI pode entrar pedindo a anulação, voltando atrás
na concessão.
● Prazo de 5 anos pela via judicial .

❖ Legitimidade ativa: terceiro ferido pela concessão da marca ou o próprio INPI.


➔ Se o terceiro entrar com a ação o INPI terá que entrar como parte interveniente
no polo passivo, por tanto quem vai julgar é o juízo federal.

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