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ESTABELECIMEN

TO EMPRESARIAL
-NEGÓCIOS
DIREITO EMPRESARIAL
PROFA: NOELMA SARAIVA
1. ESTABELECIMENTO

• -Tratamento unitário do conjunto de bens Do estabelecimento-/pode ser objeto de


negócios jurídicos, desde que sejam compatíveis com a sua natureza.
• Forma: a forma dos negócios sobre o estabelecimento empresarial é livre. Exige-se a
forma escrita para fins de prova e validade perante terceiros. No caso de bens que
exijam forma especial para o negócio , como os imóveis, a forma especial deverá ser
obedecida.
• Publicidade: os negócios que envolvem o estabelecimento ( alienação, usufruto,
arrendamento), podem influir diretamente sobre os interesses de terceiros,
especialmente os credores do empresário.
1. ESTABELECIMENTO

• 1.1 .Publicidade: art. 1.144, CC: estabelece um regime de publicidade e publicação


oficial para os negócios envolvendo o estabelecimento.
• Os negócios envolvendo o estabelecimento devem ser averbados no registro público
de empresas mercantins. ( a averbação deixa um registro aberto ao público em geral)
• Publicação: comunicação geral- imprensa oficial (primeira notificação aos credores)
• Compete a junta comercial a exigência da apresentação do comprovante da publicação
na imprensa oficial (art. 1.152, CC).
• OBS: a publicação e a publicidade não são condições de validade do negócio
jurídico, mas condições de eficácia perante terceiros.
. 2. ALIENAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO
• TRESPASSE: nome designado para a alienação (como todo) do estabelecimento.
• No trespasse há uma alteração do titular do estabelecimento
• OBS: De acordo com o STJ, a simples locação do estabelecimento não configura trespasse.
• OBS: art. 1.145, CC: impõe como condição de eficácia da alienação , o pagamento de todos
os credores ou a concordância expressa ou tácita sobre alienação.
• Mesmo sem o pagamento, o trespasse poderá ser eficaz se os credores concordarem tácita ou
expressamente com a alienação dentro do prazo de 30 dias após a sua notificação,
demonstrando que seus interesses não serão prejudicados com o negócio.
. 2. ALIENAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO
• Não basta a publicidade normal do trespasse, é necessária uma notificação pesssoal aos
credores.
• DÉBITOS: não integram o estabelecimento, embora façam parte do seu patrimônio. São
apenas ônus que gravam o patrimônio do empresário.
• OBS: o alienante continua solidariamente obrigado por 1 (um) ano a contar da
publicação do trespasse no caso de obrigações vencidas, ou a contar do vencimento
no caso de dívidas vincendas.
• OBS: existe uma dupla proteção: o adquirente como titular o estabelecimento passa a ser
o devedor das obgrigações e o alienante continua solidariamente responsável.
3. ALIENAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO
• Débitos tributários: art. 133, CTN : O adquirente do estabelecimento terá
responsabilidade pelas obrigações tributárias do alienante relativas ao
exercício da atividade.
• Caso o alienante prossiga na exploração ou inicie, dentro de seis meses a
contar da data de alienação, nova atividade econômica, a responsabilidade do
adquirente pelas obrigações tributárias será apenas subsidiária.
• Porém se o alienante não prosseguir e não restabeleça em seis meses qualquer
atividade econômica, a responsabilidade do adquirente será integral.
. 3. ALIENAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO
• Débitos trabalhistas: Art. 448, CLT
• “ a mudança na propriedade ou na estruturaa jurídica da empresa não afetará os
contratos dos respectivos empregados.”
• Transferência automática
• Art. 448-A, CLT: em regra, na sucessão trabalhista transfere para o sucessor a
exclusiva responsabilidade pelo adimplemento das verbas trabalhistas contraídas pelo
sucedido.
• Casos excepcionais: Art. 448-A , parágrafo único: “ a empresa sucedida responderá
solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.”
. 3. ALIENAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO
• Créditos: são bens incorpóreos que integram o
estabelecimento e consequentemente são transferidos no
trespasse.
• Contratos: com o trespasse, devem ser dadas as condições
necessárias parra a continuação da atividade.
• Art. 1. 148, CC: “salvo disposição em contrário, o adquirente
se sub-roga nos contratos estipulados para exploração do
estabelecimento, se não foram personalíssimos.”
. 3. ALIENAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO
• CLÁUSULA DE NÃO RESTABELECIMENTO: impõe ao alienante não fazer
concorrência ao adquirente.
• Art. 1.147, CC: proibição de concorrência pelo prazo de 5 (Cinco) anos, salvo disposição
expressa em contrário.
• OBS: não se trata de uma proibição do exercício da mesma atividade anteriormente
desenvolvida, mas sim de uma proibição de concorrência entre alienante e aquirente. O
alienante pode continuar desenvolvendo a mesma atividade empresarial, desde que não faça
concorrência ao adquirente do estabelecimento.
• Proteção do Aviamento
• Evitar concorrência desleal.

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