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Lei n° 24.001, de 12 de janeiro de 2024.

Art. 1° - Institui o Código de Leis Trabalhistas e Processuais do trabalho.

Art. 2° São objetos das leis trabalhista, toda a relação empregatícia na cidade de Cancún.

Capítulo I -Agentes e características da Relação Trabalhista


Art. 3º - Empregado é todo aquele cidadão que está formalmente ligado através de uma relação
empregatícia à alguma empresa, instituição, organização ou congêneres.

Art. 4º Empregador é todo aquele que, onerosamente, explora a força de trabalho de um


indivíduo ou de um grupo de indivíduos, com animus de obter lucro.

Art. 5º Relação empregatícia é todo o vínculo realizado entre pessoa física e pessoa jurídica, na
qual a primeira sede sua força de trabalho, mediante contraprestação pecuniária (salário) e a
segunda, explora essa força de trabalho, com intuito de angariar lucro.

Capítulo II – Da forma de contratação e do contrato de trabalho


Art. 6º - As relações de trabalho serão formadas a partir da composição de um contrato, entre
empregador e empregado.

Art. 7º O contrato de trabalho deverá conter os dados pessoais do empregador, tais qual o seu
nome da organização, CNPJ, nome dos líderes da organização, seu passaporte, telefone do líder
da organização.

Art. 8º O contrato de trabalho também deverá conter o nome do empregado, seu passaporte, bem
como as funções a serem desempenhadas pelo mesmo, assim como metas a serem batidas, dentre
outras características comuns ao tipo de negócio.

Art.9° Empregador e empregado delimitarão, no instrumento de contrato de trabalho, o salário do


empregador, sua jornada de trabalho mínima e/ou meta mínima a ser batida, planos de
bonificação, bem como, as demais regras para a boa manutenção da relação empregatícia.
Capítulo III – Da Competência
Art. 10º Compete à Justiça do Trabalho da cidade de Cancún, dirimir qualquer disputa que
envolva a relação de trabalho ou casos conexos à seara trabalhista.

Art. 11° Supletivamente, serão aplicados, no que couber, as disposições presentes no o Código
Cível e de Processo Cível da cidade de Cancún, bem como, as regras comuns da cidade de
Cancún.

Capítulo IV – Das Ações e prazos


Art. 12º As ações que podem ser propostas na seara trabalhistas serão denominadas da mesma
forma a que prevê o Código Cível e de Processo Cível, assim como os seus prazos serão os
mesmos.
§1º Eventuais dúvidas sobre o cabimento poderão ser dirimidas pelo juízo, desde que, provocado
pela parte.
§ 2° O juiz pode receber um processo que foi denominado de uma outra forma, desde que
obedecido os prazos legais para a interposição da peça a que se queria apresentar.

Capítulo V – Das verbas trabalhistas


Art. 13° Todo empregador, deverá descontar diariamente do funcionário, o valor de R$
50.000,00 referente à FGTS. O empregador deverá depositar no painel de sua organização.
§ 1° Esse depósito poderá ser diário, semanal ou mensal, devendo ter registro do montante
depositado discriminado no email da organização.

Capítulo VI - Da Rescisão contratual


Art. 14 Entende-se por demissão com justa causa, todo o desligamento de algum empregado que,
no exercício de suas funções, praticou quaisquer atos não condizentes com a atividade a que
desenvolvia, e a que leve a algum prejuízo à empresa ou aos demais empregados.
§ 1° Também incorre em justa causa, o empregado que pratique atos desabonadores, que possam
ferir a moral e ética individual e/ou coletiva, fora do seu ambiente de trabalho, mas que os efeitos
desses atos possam resvalar na atividade em que desempenha o labor.
Art. 15 Entende-se por demissão sem justa causa, todo desligamento que não incorra nas
hipóteses do artigo 14, desta lei.

Art. 16 O empregado terá direito ao total do FGTS acumulado por ele, durante seu tempo de
trabalho na organização, apenas se for despedido sem justa causa.
§ 1° Terá direito, também, à 500.000,00 que deverá ser pago pelo empregador como multa
rescisória.
§ 2° Gozam de direito à 50% do montante da contribuição individual das verbas trabalhista
(FGTS), aqueles que por livre vontade decidirem romper seu contrato de trabalho, vedado para
aqueles que realizarem antes do 30º dia de trabalho, conforme artigo 18, desta lei trabalhista.

Art. 17 O trabalhador que for demitido, com justa causa, perderá o direito a receber o montante
arrecadado a título da contribuição do FGTS, assim como, a multa rescisória.
§ 1° Deverá, ainda, arcar com multa contratual, no valor de R$ 800.000,00, que deverá ser paga
ao empregador.

Art. 18 Caso o empregado peça demissão antes dos 30 dias trabalhados o mesmo deverá pagar,
ao empregador, o valor de R$ 1.000.000,00.

Capítulo VI – Da regularização do CNPJ: prazos, multas e outras disposições.


Art. 19 Toda organização, empresa ou negócio deverá possuir Cadastro de Pessoa Jurídica ativo
para poder funcionar.
Art. 20 O CNPJ tem prazo de validade de 01 mês e deverá ser renovado junto ao Tribunal da
Cidade de Cancún.
§ 1º Será dado prazo de 07 dias para a regularização da empresa.
§ 2° Esse prazo passa a contar do dia subsequente ao do vencimento do prazo especial a que trata
o inciso anterior, de forma imediata, sem necessidade da notificação dos líderes, sendo contados
em dias corridos.
§3° Passado o prazo a que trata o §2° deste artigo, começaram a incidir multas de R$ 20.000,00,
ao dia, até que o crédito seja quitado e a comprovação seja apresentada ao tribunal.

Art. 21 A regularização custará um valor fixo, determinado em tabela do tribunal de Justiça de


Cancún, disponível no email do Poder Judiciário e no da cidade de Cancún.
Art. 22 As multas aplicadas, na forma da lei, ou aquelas estipuladas pelo magistrado, como
forma coercitiva, deverão ser pagas antes ou no momento da regularização do CNPJ, ao Painel
do Tribunal de Justiça.

Art. 23 As multas poderão seguir esses parâmetros máximos e mínimos:


• As multas estipuladas na forma da lei seguirão seus próprios parâmetros e, se omissos, o
mínimo e máximo estipulados serão, respectivamente, de R$ 1000,00 até R$ 150.000,00,
por semana, até perfazer 2 milhões.
• Multas coercitivas, ou seja, aquelas aplicadas para forçar o pagamento de uma obrigação,
serão delimitadas pelo juiz, entre 1.000,00 até 2 milhões.

Art. 24 Poderá ser apresentado incidente de desconsideração da personalidade jurídica, para


atingir o patrimônio dos sócios, desde que comprovada situação de insolvência da empresa.
§1º Nessa hipótese, a empresa poderá enfrentar processo de recuperação judicial e arcar,
posteriormente, com os créditos trabalhistas a que os sócios precisaram pagar, por sua própria
conta, ou terem sua falência decretada, mesmo que de ofício, pelo juiz.

Art. 25 Em casos de venda da organização, o novo dono assume as dívidas trabalhistas deixadas
pelo antigo proprietário, tendo ou não conhecimento pretérito dessas, até o montante de 02
milhões.

Capítulo VII – Da falência


Art. 26 Na hipótese de falência, a que trata o artigo 24, § 1º, o juiz determinará a imediata
suspensão do CNPJ da organização.
§ 1° Poderá decretar a penhora de todos os ativos da empresa quanto preciso, para sua
comercialização, até que perfaça o valor da dívida da organização.

Art. 27 Na hipótese de recuperação judicial, a que trata o artigo 24, § 1°, o juiz determinará que a
organização pratique uma política de austeridade fiscal, afim de reaver patrimônio ao seu painel.
§1° Será dado 01 mês para que a empresa possa se recuperar.
§ 2° Ficará suspensa a exigibilidade ao pagamento de verbas trabalhistas, a que trata o Capítulo
V, dentro do prazo estipulado no inciso anterior.
§ 3° Para efeito de cálculo indenizatório, esse período trabalhado também será somado ao valor
já arrecadado pelo trabalhador, quando das hipóteses de sua dispensa injustificada ou de
sucumbência recíproca.

Capítulo VIII – Da audiência


Art. 28 A audiência deverá ser feita com a presença do empregador e do empregado ou de seus
representantes, formalmente munidos de procuração, com poderes para transgredir, ou seja,
firmar acordo.

Art. 29 Aberta a audiência, será dada a oportunidade para a conciliação entre as partes.
§ 1° Caso frutífera, os termos do acordo serão reduzidos a termo, na Ata da Audiência, em que o
juiz homologar de plano, desde que observado o princípio da indisponibilidade das verbas
trabalhistas.
§ 2° Nesse caso, as partes presentes, ao final da audiência, já se encontrarão intimadas, não sendo
possível alegar nulidade de intimação.
§ 3° Caso a tentativa de acordo não seja frutífera, a instrução continuará, para que, se possível,
seja prolata a Sentença.

Capítulo IV – Do julgamento
Art. 30 O juiz poderá julgar a causa quando:
a) Se o juiz, de ofício, indeferir a petição inicial ou a Apelação, o processo será julgado extinto,
sem resolução de mérito.
b) As partes oferecerem acordo, na qual o juiz, observados os pontos e poderá homologar os
termos desse, dando por extinta a causa, sem resolução de mérito.
c) For necessária a instrução, via audiência, em que o juiz julgará e prolatará a Sentença ou o
órgão colegiado, o Acordão, passando a extinguir o processo, com resolução de mérito.
d) Quando, dos autos, já existirem todas as provas necessárias ao deslinde, passando o juiz a
julgar, com resolução do mérito.

Capítulo X – Dos Recursos


Art. 31 Nos recursos serão realizadas análises pelo relator quanto:
• A competência for trabalhista.
• Ao pagamento do preparo, no valor de R$ 50.000,00, ao Poder Judiciário.
• A obediência a critérios formais estabelecidos nesta lei, no Código Civil da Cidade de
Cancún e nas Regras da Cidade.

Art. 32 O Desembargador em exercício que irá assumir a relatoria dos casos que forem
submetidos ao duplo grau de jurisdição será o juiz que houver proferido a Sentença ou Decisão
daquele processo, em primeiro grau de jurisdição.
§1° Essa regra poderá ser alterada, a depender da composição do Supremo Tribunal ou por
decisão da maioria dos membros do órgão colegiado.
§2° Havendo disputa ou conexões com o caso, a relatoria será atribuída mediante sorteio.

Art. 33 Escolhida a relatoria e aprovado quanto aos critérios do artigo 31 desta lei, o relator
marcará dia para julgamento colegiado.
§1° Prazo mínimo de 2 dias para colocar em pauta para julgamento.
§2° Os demais desembargadores podem pedir vista dos autos, por 2 dias, prorrogáveis por mais 2
dias, desde que pretendam divergir do relator.

Art. 34 Não havendo divergências, com pedido de vista, será proferido o Acordão pelo Tribunal,
contendo os votos dos desembargadores.

Art. 35 O acordão é recorrível, apenas na forma de embargos de declaração, que não impede o
efeito modificativo do decisium.
§1° Esse recurso deverá ser protocolado em até 2 dias.
§ 2° Ele será analisado, primeiramente, pelo relator, diante dos critérios do artigo 31 e depois
pelo pleno, que decidirá se mantém ou não a decisão proferida, na Sentença recorrida.

Art. 36 Demais disposições sobre a questão seguirão os preceitos dispostos no Código Civil e de
Processo Civil da Cancún.

Art. 37 Demais disposições, ou fatos omissos nesta lei serão regidos pelo Código Civil e de
Processo Civil da Cancún, pelas Regras da Cidade e por princípios que regem o Direito do
Trabalho.
Art. 38 Essa lei entra em vigor na data de sua publicação.

Cancún, 12 de janeiro de 2024;

Criadora:
Melane Ross

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