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EMBARGOS A EXECUÇÃO
Com citação do Art. 884 da CLT, se tratando de uma imóvel em que o autor reside,
em que foi colocado como penhora, por ação trabalhista.
1. DOS FATOS
O autor da ação informa que há 2 anos e 8 meses, era sócio de uma empresa chamada
Delgado Jornais e Revistas LTDA, onde era pessoa jurídica na época, sendo assim, foi
surpreendido com uma visita de uma Oficial de Justiça em sua atual residência, que a
primeira vez, o citou para realizar um pagamento de uma dívida trabalhista no
montante de R$150.000,00 (cento e cinquenta reais), oriunda da 50° Vara do Trabalho
de Roraima, o processo era 0011250-27.2013.5.11.0050, mas em seguida após 48
horas, o oficial de justiça retornou a sua residência e penhorou o imóvel ao qual reside,
avaliando-o em seu valor de mercado em R$180.000,00 (cento e oitenta mil reais),
porém, o autor alega que tem apenas este imóvel como residência, no qual reside sua
filha também, já que e viúvo, pois o Oficial de Justiça informou que a uma execução
movida por sua ex-empregada Sônia Cristina de Almeida contra a empresa, que por
não terem pagado a dívida, ocasionou uma execução contra os sócios, que foi ao
Fórum e fotocopiou todo processo, alegando assim com as informações contidas nos
documentos que a correção monetária foi calculada considerando o mês da prestação
dos serviços, sendo assim, mesmo a sentença sendo omissa, o Oficial de Justiça ao
retornar para penhorar o imóvel, informou que a divida havia aumentado em 10%
porque o juiz aplicou a multa do Art. 475-J do CPC.
Não qualquer possibilidade da execução como sócio, como consta nos autos, porque
como o embargante já informou acima, se retirou da sociedade Delgado Jornais e
Revistas ltda, a mais de 2 anos, sendo 2 anos e 8 meses, como já disposto no Art.
1.003 e parafrago unico, do Codigo Civil Brasileito, exposto,
Sendo assim, como já informado o embargante não e mais sócio a mais de 2 anos, se
tratando da impossibilidade da execução como ex-sócio, não podendo ser direcionado
para si a execução da divida não paga pela empresa, se tratando da ação trabalhista da
ex-funcionária da época.
Dianta da LEI N° 8.009, em seu primeiro artigo o paragrafo unico, informa que,
Sendo assim, como o imóvel se trata de uma residência domiciliada pelo embargante
e pela sua única filha, se trata de uma residência de entidade familiar, de moradia de
uma família, sendo impenhorável, não podendo ser direcionado a penhora por
qualquer topo de divida civil, comercial ou outras natureza, em se tratando ainda de
penhora de natureza jurídica, ao qual o embargante não responde mais.
4. DA CORREÇÃO MONETÁRIA
Como informado nos expostos acima, nos autos foi verificado que ao realizar o
calculo da correção monetária, foi considerado neste o mês da prestação de serviço,
sendo assim, aumentando ela em 10%, porém em se tratando da súmula n° 381 do
TST, informa que,
O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não
está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o
índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços,
a partir do dia 1º.
Sendo assim, foi feito de forma errônea o calculo da correção monetária, seria correto
se fosse ao mês subsequente as prestações de serviços informadas.
Como exposto acima nos autos, o juiz aplicou uma multa de 10%, sobre a divida
exposta, utilizando do Art. 475-J do CPC, que informa,
Não cabe em processo trabalhista este artigo do CPC, porque em se tratando de ações
trabalhistas são regidas pelo Art. 880 da CLT, que trata neste artigo a execução em
direito do trabalho, no qual se trata esse processo, sendo assim, indevido essa multa
em se tratando de processo trabalhista. Conforme o Art.880 da CLT, exposto,
Termos em que,
Local e Data.......
Advogada....
OAB n°.......