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VISTA - RORAIMA
EMBARGOS À EXECUÇÃO
O embargante foi surpreendido com a visita de um Oficial de Justiça em sua residência, que
da primeira vez o citou para pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 150.000,00, oriunda
da 30ª Vara do Trabalho de Roraima, no processo nº 0011250-27.2019.5.11.0030 e, em
seguida, 48 horas depois, retornou e penhorou o imóvel em que reside, avaliando-o pelo valor
de mercado, em R$ 180.000,00.
III- MÉRITO
Observa-se que nas contas homologadas, sem que a parte contrária tivesse vista a correção
monetária foi calculada considerando o mês da prestação dos serviços.
A luz da súmula 381do TST, a correção monetária deve ser calculada pelo índice do mês
subseqüente ao da prestação dos serviços.
Diante do exposto, postula-se que os cálculos sejam refeitos no que tange á correção
monetária.
Ocorre que tal multa é indevida no processo do trabalho, uma vez que a aplicação subsidiaria
do Código de Processo Civil ao Direito Processual do Trabalho, nos termos dos arts. 769 e
889 da CLT exigem dois requisitos: a ausência de disposição na CLT e a compatibilidade da
norma supletiva com os princípios do Processo do Trabalho. Não se aplica, portanto, a multa
prevista no art. 523, § 1º do CPC, ao processo Trabalhista, haja vista a existência de disciplina
específica, na CLT, acerca do procedimento de execução de sentença, consoante se observa
nos arts. 880 882 e 883 da CLT, que prevêem o prazo e a garantia da dívida, por depósito, ou
a penhora de bens quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescido das
despesas processuais, custas e juros de mora.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Advogado
OAB n º XXXXXX