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Julgados:
1
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. 12.ed.
Salvador: JusPodivm, 2018, v.2, p. 597.
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TJ-DF 20140111297478 0031384-21.2014.8.07.0001, Relator: FLAVIO RENATO JAQUET
ROSTIROLA, Data de Julgamento: 01/06/2016, 3ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado
no DJE : 10/06/2016 . Pág.: 272/287.
3
Art. 422: em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código
Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento,
independentemente de culpa.
DF, Data de Julgamento: 25/05/2018, Publicado no DJE:
06/06/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.). Não há discussão
sobre a celebração do contrato, mas quanto a alteração das
bases inicialmente ajustadas com a ré, de modo que se mostra
desnecessária a perícia grafotécnica para o deslinde da causa.
Preliminar que se rejeita. 3 - Resolução de contrato. Mútuo
feneratício. Alteração unilateral das bases do contrato.
Violação positiva do contrato. O princípio da boa-fé objetiva
deve nortear as relações jurídicas, exigindo um comportamento
ético, leal e probo entre os contraentes (art. 422, Código
Civil). Dessa regra de comportamento extraem-se os deveres
anexos, que se expressam no dever de colaboração, informação e
cooperação entre as partes, como proteção das relações
negociais. A inobservância desses deveres importa na violação
positiva do contrato, espécie de inadimplemento que pode atrair
o rompimento da avença com a responsabilização por perdas e
danos (art. 475, Código Civil; Enunciado 24, I Jornada de
Direito Civil). No caso, restou demonstrado que o réu alterou
unilateralmente as bases negociais. Os contatos havidos entre
as partes (ID 9476442 a 9476447, 9476454, 9476456, 9476457,
9476460, 9476466, 9476468 PAG 1 a 35) evidenciam que o número
de prestações foi ampliado de 30 para 96 sem a expressa
anuência do autor, afrontando o princípio da boa-fé, orientador
das relações jurídicas. Ademais, o empréstimo não se deu de
acordo com os procedimentos relativos à portabilidade, como
pretendia o autor, pois o crédito foi depositado diretamente em
sua conta corrente, contrariando o artigo 7º, da Resolução do
Banco Central nº 4.292/2013, que regula a portabilidade das
operações de crédito. Por conseguinte, é cabível a resolução do
contrato, com o retorno das partes ao estado anterior, devendo
o autor restituir ao réu o valor do empréstimo, depositado em
sua contracorrente, com o abatimento das prestações que já
foram lançadas no seu contracheque, bem como a declaração de
inexigibilidade do débito decorrente. 4 - Responsabilidade
civil. Danos morais. Cadastro de Proteção ao Crédito. Inscrição
indevida. É devida indenização por danos morais em razão de
inscrição indevida em cadastro de proteção ao crédito,
independentemente de demonstração de dano. Precedentes no STJ
(REsp n. 1.059.663/MS, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI). No
caso, o réu promoveu o registro perante os serviços de proteção
ao crédito (ID 9476518) mesmo diante da discussão acerca da
alteração unilateral do contrato. Tal conduta importa em abuso
de direito, configurando ato ilícito. A restrição imotivada
importa em violação dos direitos de personalidade, dando ensejo
ao dever de reparação por dano moral. 5 - Danos morais. Valor
da condenação. Para melhor adequar-se às circunstâncias do caso
concreto, em que não restou evidenciado que a restrição de
crédito gerou maiores repercussões na esfera íntima do autor,
senão as usuais, o valor da condenação deve ser reduzido de R$
7.000,00 para R$ 3.500,00, mostrando-se suficiente para servir
à finalidade compensatória para o autor e de desestímulo para o
réu. Recurso a que se dá provimento, em parte, para reduzir o
valor da condenação por danos morais, para R$ 3.500,00,
mantendo-se os demais provimentos da sentença. 6 - Recurso
conhecido e provido em parte. Sem custas e sem honorários
advocatícios. E (TJ-DF 07099328720198070016 DF 0709932-
87.2019.8.07.0016, Relator: AISTON HENRIQUE DE SOUSA, Data de
Julgamento: 25/07/2019, Primeira Turma Recursal, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 07/08/2019 . Pág.: Sem Página
Cadastrada.)
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jurisprudencia-em-temas/jurisprudencia-em-detalhes/contratos/
violacao-positiva-do-contrato-2013-responsabilidade-admissivel
https://www.migalhas.com.br/depeso/306808/a-instituicao-da-
teoria-da-violacao-positiva-do-contrato-no-brasil
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?
cod=2f58929950c0c51f#:~:text=A%20viola%C3%A7%C3%A3o%20positiva
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