Você está na página 1de 11

CONTRATO DE CONSÓRCIO

ENTRE:
xxxxxxx, com sede no xxxxxxxxx, 5.º andar B, Bairro de Talatona, Município de
xxxxx, Cidade de Luanda, Contribuinte Fiscal n.º xxxxxxxx, matriculada na
Conservatória do Registo Comercial da Comarca de Luanda, sob o n.º xxxxxxxxxx,
capital social de 100.000,00 kz, representada pelo seu Sócio-Gerente, o sr. xxxxx,
adiante designada por “xxxxx”.
E,
xxxxxxxxxxxxx, Lda, com sede na xxxx, na Cidade do Lubango, Província da
Huíla, Contribuinte Fiscal n.ºxxxxxxxxxxxxxxxxx, matriculada na Conservatória do
Registo Comercial da Comarca da xxxxxxxxx, sob o n.º xxxxxxxxxxxx, Capital social
de xxxxxxxxxxxxxxxxx, representada pelo seu Sócio-Gerente, o Senhor
xxxxxxxxxxxxxxx, adiante designada por “xxxxx”,
Conjuntamente adiante designadas por “PARTES” ou “CONSORCIADAS”.
Considerando que,
1. A xxxxxxxxx é uma sociedade Angolana que se dedica à construção civil e
obras públicas, comércio e indústria, exploração de pedreiras, movimentação
de terras, comercialização de inertes em bruto e britado, redes de gás,
electricidade e água entre outras.
2. A xxxxxxxxxxxx é uma sociedade Angolana que se dedica à construção civil e
obras públicas, engenharia e gestão, imobiliária, entre outras.
3. Dada a experiência comprovada de ambas as Partes na sua área de
actividade, pretendem as mesmas associar-se em consórcio externo, em
regime de responsabilidade solidária, para execução de empreitadas.
4. Pretendem as PARTES em conjunto apresentar propostas a concursos com
vista à execução de várias empreitadas no território da República de Angola.
É acordado e reduzido a escrito o presente Acordo de Consórcio, que as PARTES
se obrigam, mútua e reciprocamente, a cumprir, e que se rege pelas Cláusulas
seguintes:
CAPÍTULO I
CONSTITUIÇÃO, DENOMINAÇÃO E SEDE
Cláusula 1.º
(Constituição e Denominação)
1. O presente Acordo estabelece os termos e condições para que as Partes se
constituam em Consórcio Externo, no regime de responsabilidade solidária para a
realização de empreitadas (adiante “Empreitadas”) no caso de vencerem os
concursos aos quais se decidam candidatar em conjunto.
2. Pelo presente Acordo as Partes acordam preparar de forma concertada as
propostas a alguns concursos a avaliar casuisticamente pelas Partes, com objectivo
de vir a executar Empreitadas de forma conjunta.
Cláusula 2.º
(Sede)
As partes estipulam como sede do Consórcio a sede da xxxxxxxxxxxxxxx.
CAPÍTULO II
OBJECTO, NATUREZA E VIGÊNCIA
Cláusula 3.º
(Objecto)
O Consórcio ora criado tem por objecto organizar o trabalho e as contribuições de
cada uma das Partes na execução e cumprimento das obrigações assumidas ao
abrigo do presente Acordo de Consórcio, agindo no âmbito e na qualidade de
membros do Consórcio Externo constituído de acordo com os termos e condições
estabelecidos neste Acordo de Consórcio.
Cláusula 4.º
(Natureza)
1. O presente Acordo constitui um Contrato de Consórcio Externo entre duas
entidades jurídica e economicamente independentes, e nenhuma disposição
constante neste contrato constitui nem será considerada como constitutiva de
qualquer organização empresarial formal ou pessoa colectiva entre as Partes.
2. Cada uma das Partes é um contraente independente e deve agir como tal, e em
circunstância alguma será, ou deverá ser considerado, como agente, sócio,
procurador ou representante legal de nenhuma das outras Partes, salvo indicação
expressa da respectiva Parte.
3. O presente Acordo não visa produzir nem produzirá os seguintes efeitos:
 Atribuir a uma das Partes os poderes para agir em representação da outra
Parte e para celebrar qualquer tipo de contratos, acordos ou outros
instrumentos em nome da mesma.
 Subordinar alguma das Partes a quaisquer instruções gerais ou particulares
ou a qualquer controlo de gestão da outra Parte.
Cláusula 5.º
(Vigência)
1. O presente Acordo entra em vigor na data da sua assinatura pelas partes.
CAPÍTULO III
ESTRUTURA DO CONSÓRCIO
Cláusula 6.º
(Conselho de Orientação e Fiscalização)
1. O Conselho de Orientação e Fiscalização é o órgão máximo do Consórcio.
2. O Conselho de Orientação e Fiscalização é composto por dois representantes de
cada uma das Partes, podendo ser designado um representante suplente, que
substituirá um dos representantes efectivo nas suas faltas e impedimentos.
3. As Partes designarão e substituirão livremente os respectivos representantes no
Conselho de Orientação e Fiscalização, através de simples carta dirigida ao Chefe
do Consórcio.
4. Ao Conselho de Orientação e Fiscalização compete:
a) Supervisionar, orientar e fiscalizar as actividades de gestão e executivas do
Chefe do Consórcio;
b) Analisar e Aprovar os Planos de Trabalho previamente à sua execução;
c) Analisar os relatórios de actividades mensais incluindo a revisão e aprovação
das respectivas contas;
d) Deliberar sobre qualquer alteração dos termos e condições do Contrato de
Empreitada e sobre a eventual rescisão do mesmo contrato ou sobre a
suspensão dos trabalhos;
e) Deliberar sobre os encargos e despesas comuns consorciais;
f) Deliberar sobre medidas preventivas ou corretivas de eventuais desvios nos
prazos, falhas ou incumprimento na execução da empreitada, verificados ou
razoavelmente previsíveis por parte das Partes ou do dono da obra;
g) Deliberar os diferendos entre as Partes;
h) Homologar, aprovar e decidir previamente sobre as decisões que devam ser
tomadas pelo Chefe do Consórcio perante o dono da obra e terceiro;
i) Representação, para todos os efeitos, do Consórcio perante o dono da obra e
terceiros;
j) Coordenação das actividades e dos trabalhos das Partes;
k) Controlar a execução da empreitada designadamente nos aspectos
qualitativos, quantitativos, de segurança e de prazos, chamando a atenção
das Partes para qualquer atraso, desvio ou incumprimento, verificado ou
previsível e preconizar eventuais medidas correctivas ou preventivas dos
mesmos;
l) Negociar com o dono da obra, em articulação com as Partes, os termos do
contrato de empreitada e seus eventuais adicionais.
5. O conselho de Orientação e Fiscalização reunir-se-á ordinariamente uma vez em
cada mês e extraordinariamente, sempre que convocado por qualquer um dos seus
membros ou pelo Chefe do Consórcio.
6. As reuniões serão devidamente agendadas, regularmente suportadas por
relatórios, contas ou outros documentos. De todas as reuniões serão preparadas as
respectivas actas.
8. O Conselho de Orientação e Fiscalização terá uma reunião anual para aprovação
de contas e para a preparação de um relatório para os representantes dos membros
do Consórcio, descrevendo sucintamente as actividades que suportarão as contas.
9. No exercício das suas funções de fiscalização, o Conselho de Orientação e
Fiscalização deverá obrigatoriamente ordenar que se realize uma auditoria por uma
empresa de capacidade internacional reputada, para garantia de que as contas são
preparadas em subordinação aos princípios estabelecidos pelas autoridades
internacionais, nomeadamente o IASC (International Accouting Standards
Committee).
10. As deliberações do Conselho de Orientação e Fiscalização serão tomadas
colegialmente por consenso.
Cláusula 7ª
(Chefe do Consórcio)
1. O Chefe do Consórcio será designado pelas Partes para um mandato relativo ao
período de existência do Consórcio.
2. Ao Chefe do Consórcio compete:
a) A direcção técnica, financeira, administrativa e jurídica do Consórcio;
b) A execução das deliberações do Conselho de Orientação e Fiscalização;
c) Coordenar a preparação da Proposta de Empreitada sob a orientação do
Conselho de Orientação e Fiscalização;
d) Coordenar a execução dos trabalhos das Consorciadas sob a orientação
do Conselho de Orientação e Fiscalização;
e) Zelar pelo pontual e completo cumprimento das disposições do presente
Acordo e do contrato de empreitada;
f) Estabelecer em coordenação com as Partes, o plano geral de trabalhos,
zelando pelo seu cumprimento e procedendo, também em colaboração
com as Partes, aos seus eventuais acertos, introduzindo-lhe as
modificações que se mostrem necessárias;
g) Receber e enviar todas as informações ou comunicações do dono da obra
às Partes, bem como as destas, àquele;
h) Apresentar ao dono da obra e com ele negociar a proposta comum;
i) Enviar as facturas ao dono da obra, receber e entregar as quantias
recebidas às Partes, de acordo com os trabalho facturados e
efectivamente pagos;
j) Desempenhar todas as demais funções e praticar todos os demais actos
previstos no presente Acordo ou na lei, e bem assim exercer quaisquer
outros poderes que lhes sejam, conferidos pelo Conselho de Orientação e
Fiscalização;
k) Contratar serviços externos que se julguem necessários para a
preparação da Proposta e ao pleno controle da execução do Contrato de
empreitada;
l) Preparar as contas e relatórios mensais relativos as actividades do
Consórcio, bem como as previsões de actividades e resultados
actualizados;
m) Preparar e coordenar a preparação da documentação de suporte a
discussão dos assuntos agendados e distribui-la com a antecedência de
pelo menos dois dias aos membros do Conselho de Orientação e
Fiscalização;
3. As deliberações do Chefe do Consórcio serão tomadas colegialmente por
consenso.
4. As Consorciadas concederão ao Chefe do Consórcio mediante procuração, os
poderes necessários ao exercício das suas funções.
5. O Chefe do Consórcio é responsável pelas faltas cometidas no exercício do
mandato que lhe é conferido.
Cláusula 8ª
(Relações entre as Partes e o Chefe do Consórcio)
As Partes obrigam-se a prestar ao Chefe do Consórcio:
a) Apoio em todas as acções que tenha de empreender junto do dono da
obra nos domínios da preparação e da negociação da proposta comum;
b) Todas as informações recebidas do dono da obra e as necessárias à
resolução de questões técnicas ou consorciais;
c) Informar periodicamente sobre o andamento dos trabalhos;
d) Informar sobre qualquer alteração ou ocorrência que ponha em causa os
pressupostos com base nos quais o projecto foi aprovado, bem como
sobre trabalhos a mais ou a menos solicitados pelo dono da obra;
e) Todas as informações necessárias ao acompanhamento e controlo,
nomeadamente os dados para a verificação física do projecto.
CAPÍTULO IV
PARTICIPAÇÕES E REPARTIÇÃO DOS TRABALHOS
Cláusula 9ª
(Participações)
1. O valor fixado para a participação de cada uma das Partes será a seguinte:
a) A xxxxxx terá uma participação de 50% no Consórcio, em caso de adjudicação;
b) A xxxxxxx comparticipa com os restantes 50%, no caso de adjudicação;
2. Os custos relativos à preparação da Proposta serão imputados às Partes de
acordo com as percentagens de participação no Consórcio constantes do presente
Acordo.
3. Cada uma das Partes fornecerá, de acordo com a sua percentagem de
participação no Consórcio constante do presente Acordo, as garantias bancárias
exigidas e/ou obrigações de boa execução e/ou apólices de seguro contra quaisquer
riscos e responsabilidades relativamente às Empreitadas que se revelem
necessárias.
4. Sem prejuízo do disposto supra, caso seja necessário para efeitos de execução
das Empreitadas, as Partes deverão cooperar na obtenção das garantias exigidas
e/ou obrigações de boa execução e/ou apólices de seguro contra quaisquer riscos e
responsabilidades relativamente às Empreitadas que se revelem necessárias;
Cláusula 10ª
(Repartição de trabalhos)
1. Os trabalhos da preparação da proposta ao concurso bem como eventualmente
da execução da Empreitada serão executados de forma íntegra e solidária entre as
Partes.
2. Os pressupostos relativos à participação na Empreitada e a consequente fixação
dos seus direitos e obrigações será determinada em função da intervenção que lhes
viera a ser fixada para execução da Empreitada. Esta participação será concretizada
por acordo entre as Partes, nomeadamente no que refere à disponibilização de
recursos, tais como equipamentos, meios humanos e fornecimento de serviços, até
adjudicação ou o mais tardar até à consignação dos trabalhos.
3. A divisão dos trabalhos integrados nas Empreitadas será efectuada de modo a
que cada uma das Partes realize trabalhos no valor correspondente à sua
participação. No caso de não ser possível estabelecer correspondência exacta entre
o valor dos trabalhos a realizar e a participação das Partes serão calculados os
acertos a efectuar. Estes acertos de contas darão lugar a alterações das
participações das Partes desde que o desvio entre a participação prevista e o
trabalho realizado não exceda 10%.
4. Caso a variação entre a participação das Partes no Consórcio e o valor dos
trabalhos realizados exceda 10% haverá lugar à alteração das condições constantes
do contrato do Consórcio, para que este passe a reflectir as condições de
participação de cada uma das Partes na realização dos trabalhos daquela
Empreitada concreta.
CAPÍTULO V
FACTURAÇÃO E CUSTOS COMUNS
Cláusula 11ª
(Facturação)
1. O Conselho de Orientação ou o Chefe do Consórcio sob a pronunciação daquele
apresentará ao dono da obra a facturação conjunta dos trabalhos das Partes, de
acordo com as condições de pagamento do preço da Empreitada previstas no
respectivo contrato e com a repartição de trabalhos face a posição de cada empresa
no Consórcio.
2. O Chefe de Consórcio receberá do dono da obra os correspondentes montantes e
procederá à sua distribuição pelas Consorciadas no prazo máximo de cinco dias
úteis após os respetivos pagamentos do dono de obra estarem efectivamente
disponíveis, incluindo os acertos de contas aprovados pelo Conselho de Orientação
e Fiscalização.
3. O disposto na presente cláusula é aplicável à facturação e ao pagamento das
revisões de preços, bem como, de eventuais trabalhos adicionais à Empreitada.
Cláusula 12ª
(Custos Comuns)
1. Os custos suportados pelas Partes e classificados comuns pelo Conselho de
Orientação e Fiscalização serão suportados por estas na proporção das respectivas
participações.
2. São desde já considerados comuns os custos relacionados com a preparação da
Proposta, despesas notariais, taxas, emolumentos, ou quaisquer outras despesas
inerentes à celebração do Contrato de Empreitada e das suas eventuais
modificações, excepto se essas modificações disserem respeito a trabalhos a mais
atribuídos apenas a uma das Partes, caso em que esta suportará integralmente.
3. Caso durante a execução da obra se verifiquem situações de insuficiência dos
meios financeiros, o Chefe do Consórcio apresentará ao Conselho de Orientação e
Fiscalização pedidos de fundos para aprovação. As Partes obrigam-se a
disponibilizar esses fundos no prazo máximo de cinco dias úteis após a aprovação
da requisição.
4. Os resultados da obra serão distribuídos com a participação de cada uma das
Partes. Caso as condições de desenvolvimento da Empreitada o permitam, poderão
ser efectuados pagamentos antecipados de lucros, após aprovação do Conselho de
Orientação e Fiscalização.
CAPÍTULO VI
RELAÇÕES DAS PARTES
Cláusula 13ª
(Obrigações dos Membros do Consórcio)
1. Os Membros do Consórcio obrigam-se à:
a) Executar os projectos nos termos e prazos fixados;
b) Cumprir as obrigações legais, designadamente as fiscais e para com a
segurança social;
c) Comunicar ao Chefe do Consórcio, todas as alterações ou ocorrências
relevantes que ponham em causa os pressupostos relativos à aprovação
do projecto, bem como outros elementos que lhe sejam solicitados para
efeitos de validação pelas entidades competentes para a análise,
acompanhamento, avaliação de resultados e impactes, controlo e
auditoria;
d) Manter as condições legais necessárias ao exercício da respectiva
actividade, nomeadamente possuir situação regularizada em matéria de
licenciamento ou demonstração de instrução adequada do processo junto
das entidades competentes, até ao encerramento do projecto;
e) Manter nas instalações de cada um dos Membros do Consórcio
devidamente organizado em dossier, todos os documentos susceptíveis
de comprovar a informações prestadas no âmbito do projecto.
2 – O presente contrato é celebrado «intuitu personae», sendo por isso
intransmissíveis, os direitos e obrigações que dele decorram para as Consorciadas
(salvo o direito de cada uma sub-contratar parte ou partes definidas de fornecimento
ou trabalhos que lhe competirem e, neste caso, sem prejuízo da responsabilidade
respectiva).
3 – As Partes comprometem-se a prestar-se mutuamente assistência técnica e
procurarão sempre conciliar equitativamente os seus interesses particulares num
espírito de amigável e mútua compreensão no que diga respeito à prossecução do
objecto do presente Acordo.
Cláusula 14ª
(Sigilo)
As Partes obrigam-se a manter em sigilo quer as negociações entre si, quer as
negociações que tiverem com o dono da obra, com vista à prossecução do objecto
do presente Acordo.
CAPÍTULO VII
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
EXECUÇÃO DA EMPREITADA E RESPONSABILIDADE
Cláusula 15ª
(Apresentação da proposta)
1 - Da proposta comum a apresentar ao dono da obra constarão as condições dos
trabalhos e, fornecimentos que cada Parte se obriga executar, bem como o preço
total da Empreitada.
2 – Durante a negociação da proposta comum com o dono da obra, nenhuma parte
poderá assumir, sem o acordo expresso da outra, obrigações suplementares que
excedam as condições da proposta comum e que possam prejudicar a outra Parte.
3 – Também, durante a execução dos trabalhos, nenhuma das Partes poderá, sem o
acordo escrito da outra, assumir obrigações que excedam as previstas no Contrato
de Empreitada e que sejam susceptíveis de afectar os compromissos contratuais
das Partes ou ter consequências prejudiciais para a outra Parte.
4 – Cada uma das Partes suportará as despesas que tiver de fazer com a
elaboração da proposta e com as negociações do contrato, sem a qualquer título,
poder exigir nada da outra.
Cláusula 16ª
(Execução da Empreitada)
1 – As Partes obrigam-se a cumprir as leis angolanas.
2 – Cada Parte compromete-se a cumprir pontualmente o estabelecido na cláusula
10ª com as modificações introduzidas pelo dono da obra e aceites pelo Consórcio.
3 – Cada Parte obriga-se, por si e nos prazos contratuais, a eliminar os defeitos que
cometer na execução da obra e cuja rectificação seja exigida pelo respectivo dono.
4 – Cada Parte obriga-se a celebrar os contratos de seguro exigidos pela lei e pelo
dono da obra e a obter as cauções e garantias exigidas pelo Caderno de Encargos.
Cláusula 17ª
(Responsabilidade)
1. As Partes são solidariamente responsáveis perante o dono da obra, nos termos
do Contrato de Empreitada, sem prejuízo do posterior direito de regresso que poderá
ter lugar nos termos da lei aplicável.
2. Perante outros terceiros a responsabilidade será sempre solidária, sem prejuízo
do posterior direito de regresso que poderá ter lugar nos termos da lei aplicável.
3. Cada Parte é responsável pelos atrasos ou imperfeições que cometer durante a
execução da obra e obriga-se a recuperá-los ou a repará-los por si ou a expensas
suas.
4. Nenhuma Parte durante a execução da obra poderá assumir obrigações perante o
dono da obra, sem o acordo da outra.
5. Durante a execução da obra, cada Parte é responsável perante a outra por todos
os prejuízos que causar, por si ou pelos seus representantes, trabalhadores ou
fornecedores, à outra Parte, seus representantes e trabalhadores.
CAPÍTULO VIII
INCUMPRIMENTO
Cláusula 18ª
(Incumprimento)
1. No caso de uma das Partes ser declarada em falência, ou em recuperação de
empresas, ou ser dissolvida por qualquer causa, ou não cumprir as suas obrigações,
a outra terá o direito de não só excluí-la ou a quem lhe suceder – do Consórcio, mas
também a tomar todas as providências necessárias para anular, na medida do
possível, as consequências do incumprimento, sem prejuízo do direito a ser
indemnizada pela faltosa de todos os prejuízos, passados, presentes e futuros, que
no âmbito do Consórcio tal facto lhe cause.
2. A Parte não faltosa poderá terminar a obra, por si ou por terceiros, mas sempre a
expensas da faltosa.
3. O não cumprimento é objecto de decisão do Chefe do Consórcio e produz efeitos
a partir da data em que a faltosa dela tome conhecimento.
4. A Parte faltosa, dissolvida, declarada em falência, ou em recuperação de
empresas, perderá todos os benefícios em favor da Parte não faltosa.
5. A Parte faltosa obriga-se a prestar à Parte não faltosa tudo o que detiver ou lhe for
possível, no sentido de permitir a esta ou a terceiros a execução da prestação
incumprida, nas melhores condições.
6. O pagamento da indemnização pela Parte faltosa à não faltosa será
prioritariamente feito à custa dos bens daquela existentes na obra ou ao seu serviço,
ou a receber.
7. Qualquer eventual alteração na composição de Consórcio deverá ser previamente
proposta ao dono da obra que decidirá, face aos motivos e documentação
apresentados, da sua autorização ou rejeição.
CAPÍTULO IX
RECEITAS E DESPESAS DAS CONSORCIADAS
Cláusula 19ª
(Receitas e Despesas)
1. São receitas do Consórcio fundamentalmente os pagamentos efectuados pelo
dono da obra.
2. As receitas do Consórcio serão depositadas em nome das consorciadas, em
conta bancária a abrir, escolhidos pelas Partes e aceite pelo dono da obra.
3. A totalidade das receitas do Consórcio é distribuída pelas Partes, de acordo com
os trabalhos efectivamente pagos.
4. São despesas do Consórcio as causadas pelo seu funcionamento e
administração.
5. As despesas do Consórcio serão financiadas e pagas pelas Partes na proporção
das suas participações fixadas na cláusula 9ª.
6. As despesas administrativas gerais ligadas à celebração do contrato com o dono
da obra que não possam ser juntamente imputáveis a nenhuma das Partes serão
suportadas pelas Partes, de acordo com as suas participações, definidas na cláusula
9ª.
CAPÍTULO X
FORO COMPETENTE
Cláusula 20ª
(Foro Competente)
As Partes elegem o Tribunal Provincial de Luanda, com renúncia expressa a
qualquer outro que tenham ou venham a ter, para dirimir todas e quaisquer dúvidas
e ou omissões, porventura existentes no presente Contrato, que não sejam
resolvidas pelo Conselho de Orientação e Fiscalização.
O presente Acordo é feito em duplicado, com o mesmo teor e validade, ficando um
exemplar em poder de cada uma das Partes.

Luanda xxxxxxxxxxxxx.

xxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxx

____________________ _________________________________

Você também pode gostar