Você está na página 1de 14

Direito Internacional

Prof. Mateus Silveira

1
Revisão Turbo | 35º Exame de Ordem
Direito Internacional

Queridos alunos,

Cada material da Revisão Turbo foi preparado com muito


carinho para que você possa absorver, de forma rápida,
conteúdos de qualidade!
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso!
Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo!

Com carinho,
Equipe 1ª Fase Ceisc ♥

@professormateussilveira

2
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem
Direito Internacional

1. Direito Internacional

* Para todos verem: esquema

Direito internacional Direito internacional


público privado

• Estado x Estado • Normas de sobredireito


• Estados x Organizações • Elemento estrangeiro
Internacionais
• Estados x Privados

2. Direito Internacional Privado

Capacidade, nome, personalidade jurídica e direito de família.


Art. 7º, da LINDB. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as
regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os
direitos de família.

2.1 Bens

* Para todos verem: esquema

Bem Imóvel Local do imóvel

Domicílio do
Bem Móvel proprietário

3
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem
Direito Internacional

2.2 Obrigações

Art. 9º da LINDB. Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do


país em que seconstituírem.

2.3 Sucessões
Art. 10º, da LINDB. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do
país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens.

2.4 Nacionalidade
* Para todos verem: esquema

NATOS NATURALIZADOS

• Solo (Jus solis) • Estrangeiros que cumprirem os critérios


• Filiação (Jus sanguinis) da Lei n° 13.445/17.
• Originários de países que falam língua
portuguesa.
Residência por 01 ano interrupto
Idoneidade moral.
• Estrangeiros de qualquer nacionalidade
• Residência por 15 anos.
• Sem condenação penal.

4
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem
Direito Internacional

3. Distinções entre Brasileiros Natos e Naturalizados

Art. 5º, LI, da Constituição Federal. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo
o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou
de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
na forma da lei.

Artigo 12, § 3º, da Constituição Federal. São privativos de brasileiro nato os


cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.

4. Saída Compulsória de Estrangeiro

* Para todos verem: esquema

Crime Meio de
Processo
Extradição cometido em retirada de
Penal
outro Estado estrangeiro

Meio de
Processo Irregularidade
Deportação retirada de
Administrativo Administrativa
estrangeiro

Crime Meio de
Crime na
Expulsão cometido retirada de
Nação
no BR estrangeiro

Levar para julgamento


Entrega perante o Tribunal Penal
Internacional

5. Do Impedimento de retorno ao Brasil para o Expulso

Atentemos ao Artigo 54 da Lei n º 13.445/17, que nos coloca que:


§ 2º Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do
impedimento de reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da
expulsão,observado o disposto nesta Lei.

5
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem
Direito Internacional

§ 3º O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a


progressão de regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do
processo, a comutação da pena ou a concessão de pena alternativa, de indulto
coletivo ou individual, de anistia ou de quaisquer benefícios concedidos em
igualdade de condições ao nacional brasileiro.
§ 4º O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da
expulsão será proporcional ao prazo total da pena aplicada e nunca será superior
ao dobro de seu tempo.

5.1 Não se procederá à expulsão quando:


Artigo 55 da lei 13.445/17:
• A medida configurar extradição inadmitida pela legislação brasileira; o expulsando;
• Tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva
ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela;
• Tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido
judicial ou legalmente;
• Tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então no País;
• For pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10 (dez) anos,
considerados a gravidade e o fundamento da expulsão.

6. Extradição

É a medida de cooperação penal internacional que pode ser requerida por via diplomática
ou por autoridades centrais designadas para cuidarem da extradição.
Os brasileiros natos não podem ser extraditados pelo Brasil para outros Estados, bem
como os brasileiros naturalizados que só poderão ser extraditados pelo Brasil em duas situações
específicas: ou crime comum antes da naturalização ou tráfico de entorpecentesa qualquer tempo.
Não se concederá a extradição quando: o fato que motivar o pedido não for crime no Brasil
ou no Estado requerente; o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime
imputado ao extraditando; a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois)
anos; o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou absolvido
no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido; a punibilidade estiver extinta pela
prescrição, segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente; o fato constituircrime político ou de
opinião; o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juízo de
exceção; ou o extraditando for beneficiário de refúgio ou de asilo territorial no Brasil.

6
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem
Direito Internacional

Entre as condições para o Brasil realizar a extradição para outro país, estão o fato do
crime ter sido cometido no território do Estado requerente ou serem aplicáveis aoextraditando as
leis penais desse Estado e estar o extraditando respondendo a processo investigatório ou a
processo penal ou ter sido condenado pelas autoridades judiciárias do Estado requerente a pena
privativa de liberdade.

Ainda, olhemos o Art. 14 da lei 13.445/17:

Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha ao Brasil com o
intuito de estabelecer residência por tempo determinado e que se enquadre em pelo
menos uma das seguintes hipóteses:
I - o visto temporário tenha como finalidade:
§ 3º O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao
nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de
conflito armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave
violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário, ou em outras
hipóteses, na forma de regulamento.

7. Homologação da Sentença Estrangeira

Pode ser sentença definitiva ou interlocutória ou decisão arbitral.


* Para todos verem: esquema

Juízes Federais:
- Sentença estrangeira, após a
STJ:
homologação, as causas
- Homologação de sentenças
referentes à naciondalidade,
estangeiras
inclusive a respectiva opção, e à
naturalização

Sentença Estrangeira: Sentença Internacional


- Advinda de um trabalho que não - Advinda de tribunal internacional,
é nacional em que o Brasil aceita jurisdição.
Ex: Corte Internacionalde Justiça,
Ex: Tribunal chileno Tribunal Penal Internacional, Corte
Internamericana de Direitos
Humanos

7.1 Competência
Art. 105, da Constituição Federal. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - Processar e julgar, originariamente:


i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas
rogatórias.

7
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem
Direito Internacional

• Exequator: força executiva à decisão.

7.2 Processamento

Art. 960, do Código de Processo Civil. A homologação de decisão estrangeira será


requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em
sentido contrárioprevista em tratado.

Art. 963 Código de Processo Civil. Constituem requisitos indispensáveis à


homologação da decisão:
I - ser proferida por autoridade competente;
II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia;
III - ser eficaz no país em que foi proferida;
IV - não ofender a coisa julgada brasileira;
V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em
tratado;
V - não conter manifesta ofensa à ordem pública.

Parágrafo único. Para a concessão do exequatur às cartas rogatórias, observar-se-ão os


pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, § 2º.

7.3 Cumprimento
Art. 109, da Constituição Federal. Aos juízes federais compete processar e julgar:

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta


rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização.

8. Missão Diplomática

• Embaixada brasileira é território do Estado onde se encontra situada, porém é inviolável.


• Locais de missão diplomática são invioláveis.
• Bens de embaixada não podem ser penhorados.
• Agente diplomático possui inviolabilidade, imunidade de jurisdição civil, administrativa e
isenção fiscal.

* Para todos verem: esquema

Embaixador Função política

Consul Servidor público

8
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem
Direito Internacional

Missões Diplomáticas

9
Caderno de Questões – Direitos Internacional
Mateus Silveira

1
Caderno de Questões – Direitos Internacional
Mateus Silveira

XXXII Exame
1) FGV – 2019 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q20
Pedro, cidadão de nacionalidade argentina e nesse país residente, ajuizou ação em face de sociedade empresária
de origem canadense, a qual, ao final do processo, foi condenada ao pagamento de determinada indenização.
Pedro, então, ingressou com pedido de homologação dessa sentença estrangeira no Brasil. Sobre a hipótese
apresentada, assinale a afirmativa correta.

A) Para que a sentença estrangeira seja homologada no Brasil, é necessário que ela tenha transitado em julgado
no exterior.

B) A sentença condenatória argentina não poderá ser homologada no Brasil por falta de tratado bilateral específico
para esse tema entre os dois países.

C) A sentença poderá ser regularmente homologada no Brasil, ainda que não tenha imposto qualquer obrigação a
ser cumprida em território nacional, não envolva partes brasileiras ou domiciliadas no país e não se refira a fatos
ocorridos no Brasil.

D) De acordo com o princípio da efetividade, todo pedido de homologação de sentença alienígena, por apresentar
elementos transfronteiriços, exige que haja algum ponto de conexão entre o exercício da jurisdição pelo Estado
brasileiro e o caso concreto a ele submetido.

XXX Exame
2) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q21
Victor, após divorciar-se no Brasil, transferiu seu domicílio para os Estados Unidos. Os dois filhos brasileiros de sua
primeira união continuaram vivendo no Brasil. Victor contraiu novo matrimônio nos Estados Unidos com uma cidadã
norte-americana e, alguns anos depois, vem a falecer nos Estados Unidos, deixando um imóvel e aplicações
financeiras nesse país. A regra de conexão do direito brasileiro estabelece que a sucessão de Victor será regida

A) pela lei brasileira, em razão da nacionalidade brasileira do de cujus.

B) pela lei brasileira, porque o de cujus tem dois filhos brasileiros.

C) pela lei norte-americana, em razão do último domicílio do de cujus.

D) pela lei norte-americana, em razão do local da situação dos bens a serem partilhados.

XXVII Exame
3) FGV – 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q21
A Lei de Migração, Lei nº 13.445/17, dispõe sobre os direitos do estrangeiro em território nacional de uma forma
mais ampla e abrangente do que a legislação anterior, revogada. A normativa em vigor dispõe que o estrangeiro no
Brasil terá acesso ao sistema público de saúde e direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da

2
Caderno de Questões – Direitos Internacional
Mateus Silveira

nacionalidade e da sua condição migratória. Isso significa que o acesso à educação pública no Brasil é assegurado

A) somente aos estrangeiros portadores de visto de estudante ou permanente.

B) a todos os migrantes, exceto os refugiados, que são regidos por legislação especial.

C) apenas aos estrangeiros cujos países assegurem reciprocidade aos brasileiros.

D) a todos os migrantes, inclusive os apátridas e os refugiados.

XXVI Exame
4) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q21
Um ex-funcionário de uma agência de inteligência israelense está de passagem pelo Brasil e toma conhecimento
de que chegou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de extradição solicitado pelo governo de Israel, país com o
qual o Brasil não possui tratado de extradição. Receoso de ser preso, por estar respondendo em Israel por crime de
extorsão, ele pula o muro do consulado da Venezuela no Rio de Janeiro e solicita proteção diplomática a esse país.
Nesse caso,

A) pode pedir asilo diplomático e terá direito a salvo-conduto para o país que o acolheu.

B) é cabível o asilo territorial, porque o consulado é território do Estado estrangeiro.

C) não se pode pedir asilo, e o STF não autorizará a extradição, por ausência de tratado.

D) o asilo diplomático não pode ser concedido, pois não é cabível em consulado.

XXV Exame
5) FGV – 2018 - OAB - XXV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q21
Paulo, brasileiro, celebra no Brasil um contrato de prestação de serviços de consultoria no Brasil a uma empresa
pertencente a François, francês residente em Paris, para a realização de investimentos no mercado imobiliário
brasileiro. O contrato possui uma cláusula indicando a aplicação da lei francesa. Em ação proposta por Paulo no
Brasil, surge uma questão envolvendo a capacidade de François para assumir e cumprir as obrigações previstas no
contrato. Com relação a essa questão, a Justiça brasileira deverá aplicar

A) a lei brasileira, porque o contrato foi celebrado no Brasil.

B) a lei francesa, porque François é residente da França.

C) a lei brasileira, país onde os serviços serão prestados.

D) a lei francesa, escolhida pelas partes mediante cláusula contratual expressa.

3
Caderno de Questões – Direitos Internacional
Mateus Silveira

Gabaritos das questões:

1-D 2-C 3-D 4-D 5-B

4
Caderno de Questões – Direitos Internacional
Mateus Silveira

Você também pode gostar