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2º BIMESTRE

Unidade IV.
1. Refugiado: é a pessoa que em razão de fundados temores de perseguição devido a raça, região, nacionalidade,
associação a determinado grupo social, ou opinião pública, encontra-se fora de seu país. Não pode ou não quer regressar, devido
a grave e generalizada violação dos Direitos humanos, é obrigado a deixar seu país para buscar refúgio noutros países.
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2. Asilado: corresponde a uma antiga instituição jurídica onde uma pessoa perseguida por suas opiniões políticas,
situação racial ou sexual, convicções religiosas no seu país de origem podem ser protegidas por outra autoridade soberana.
3. Lei de Migração: a lei 13.445/17, dispõe sobre os direitos e deveres do migrante e do visitante, regulando sua entrada
e estada no país, e ainda estabelece princípios e diretrizes para as políticas públicas do emigrante, considerando-se:
 Emigrante: brasileiro que se estabelece temporariamente ou em definido no exterior
 Imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece temporária ou definitiva
no Brasil.
 Residente fronteiriço: pessoa nacional de país limítrofes ou apátrida que conserva sua residência habitual em
município fronteiriço de país vizinho.
 Visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para Estados de curta duração, sem pretensão
de se estabelecer temporária ou definitiva no território nacional.
 Apátrida: pessoa que não é considerada como nacional por nenhum país, segundo a sua legislação, nos termos da
convenção dos apátridas, de 1954, promulgada pelo decreto 4246/02, e reconhecida pelo Brasil.
4. Das medidas de cooperação
4.1. Extradição
É a medida de cooperação internacional entre o estado brasileiro e outro estado estrangeiro, pela qual se concede ou
solicita de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de instrução de processo penal no exterior.
A extradição será requerida por via diplomática ou pelas autoridades centrais designadas para este fim.
A extradição e a sua rotina de comunicação serão realizadas pelo órgão competente do poder executivo com coordenação
com as autoridades judiciárias e policiais competentes.
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4.2. Não concessão da extradição
A extradição não será concedida quando:
>>BRASILEIRO NATO NÃO PODE SER EXTRADITADO, NATURALIZADO PODE<<
 O individuo cuja extradição foi solicitada ao Brasil, é brasileiro nato.
 O fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente.
 O Brasil for competente, segundo suas leis para julgar o crime imputado ao extraditando
 A lei brasileira impuser ao crime, pena de prisão inferior a 2 anos.
 O extraditando estiver respondendo a processo, ou já ter sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em
que se fundar o pedido.
 A impunibilidade estiver prescrita
 O fato constituir crime político ou de opinião
 Se o extraditando tiver de responder em tribunal de exceção
4.3. Condições para concessão da extradição

 Ter sido cometido o crime no território do Estado requerente


 Estar o extraditando a processo investigatório.

4.4. Urgência

 O Estado interessado em caso de urgência poderá previamente com a formalização do pedido requerer a autoridade
do executivo, via diplomática, requer a prisão cautelar.

4.5. Mais de um Estado requerente

 Se mais de um Estado requer a extradição de uma mesma pessoa, pelo mesmo fato, terá preferência o pedido
daquele território onde a infração foi cometida.

4.6. Ocorrência de crimes diversos

Terá preferência:

 O Estado onde tiver sido cometido o crime mais grave


 O Estado que tenha feito primeiro o pedido, se crimes idênticos.
 O Estado de origem, ou na sua falta o domicílio, se pedidos idênticos.

4.7. Prisão domiciliar e entrega voluntária


 Conforme preceito legal, ouvido o MP poderá autorizar a prisão, ou que o extraditando responda o processo em
liberdade.

4.8. Competência

 O pedido de extradição será encaminhado ao órgão competente do poder executivo, diretamente pelo órgão do
judiciário.

4.9. Concessão e retirada do extraditando.

 Só ocorre a extradição com prévio pronunciamento da suprema corte.


 Se julga procedente a extradição, pelo órgão competente do poder executivo, o ato será comunicado
diplomaticamente ao Estado requerente que deverá retirar o extraditando em no máximo 60 dias.

4.10. Condições para entrega do extraditado

O estado requerido ao efetivar a entrega, o estado requerente deve assumir o compromisso de:
 Não submeter o extraditando a prisão ou processo por fato anterior ao pedido
 Computar a pena corporal, perpétua ou de morte em pena privativa de liberdade respeitando o limite máximo de 30
anos.
 Não entregar o extraditando, sem consentimento do Brasil, a outro estado que o recebe.
 Não submeter o extraditando à tortura.
5. As medidas de retirada compulsória
Há no DIPr algumas figuras que todas tem a função de manter temporariamente ou de modo definitivo determinando
estrangeiro fora das fronteiras daquele Estado.
Na CF há a indicação de que tais figuras não se explicam a brasileiros natos.
5.1. Consiste na medida administrativa de devolução de pessoas em situação de impedimento ao país de procedência ou de
nacionalidade.

5.2. Da reportação

Corresponde à medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se
encontre em situação irregular no território nacional.
Ele deve ser notificado, onde se conste as irregularedades verificadas.
A saída voluntária de pessoa notificada equivale ao cumprimento da reportação.

5.3. Da expulsão

Consiste em medida administrativa de retirada de migrante ou visitante do território nacional.


Poderá dar causa de expulsão:
 Crime de genocídio
 Crime doloso passível de pena privativa de liberdade.
Caberá a autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento de reingresso.

5.3.1. Impossibilidade de expulsão.

Não se procederá à expulsão quando:


 A medida se configurar extradição pela lei brasileira.
 Tiver filho brasileiro.
 Tiver companheiro (a) ou cônjuge brasileiro.
 Tiver ingressado no Brasil antes 12 anos.
 For pessoa maior de 20 anos, residindo no país há mai de 10 anos.

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Unidade V

Fontes do DIPr

1. Generalidades:
Enquanto no DIP preondera as regras produzidas por fontes supracionais, no direito internacional privado preponderam as
leis internacionais: lei, doutrina e jurisprudência.
2. A lei
Destaca-se historicamente o código de napoleão (1804), que trata de pessoas, bens e aquisição de propriedade, que
estabeleceu as regras sobre a aplicação das leis no espaço.
Há dois sistemas da lei:
A. Francês que apresenta dispositivos esparsos.
B. Alemão e italiano onde a lei vem antes do código civil.
O Brasil adota o sistema alemão, a LICC é de 1916, tendo sido substituída em 1942, que foi posteriormente alterada pelas
leis: 3.238/57, 6.515/77, 9.047/05 e a LINDB em 2010.
A LINDB trata de normas de direito intertemporal e de DIPr.
3. Doutrina
Admite-se que a doutrina possui um papel importante no DIPr, diferente das demais áreas, influenciado as decisões
judiciais.
4. Jurisprudência
Diferente do que ocorre na Europa, por exemplo, no Brasil não há tantos casos de relações contratuais, civis e comerciais
com estrangeiros, o que resulta numa escassez da produção jurisprudencial. No Brasil a experiência em termos jurisprudenciais,
são recentes em matérias como:
 A homologação de sentenças estrangeiras
 A execução de cartas rogatórias
 Relativo a matérias de direito processual internas
 E o processo de expansão, extradição, deportação e concessão de asilo e refúgio.
5. Excepcionalidades
Há ainda a utilização de outras fontes, como os tratados que visam a harmonização de algumas regras:
 Nacionalidade de (conflitos: dupla nacionalidade)
 Questões de competência (direito processual)
 Prestação de alimentos no estrangeiro
 Extradição
 No campo dos conflitos de leis civis e comerciais
6. Conflito de leis
A base das soluções depende do debate entre monistas (direito internacional e direito interno – é um só), e os dualistas
(direito internacional interno – direitos distintos), e não se confundem.
Para os dualistas, os sistemas não interagem, motivo pelo qual não pode existir conflitos. Para Kelsen, não é admissível a
existência de dois sistemas jurídicos válidos.
Para os monistas.
A. Prevalece o direito internacional
B. Prevalece o direito interno (nacionalista)
C. Moderno
 Lei versus tratado
o No Brasil a doutrina incluindo-se pelo monismo
 Constituição versus tratado
o Na doutrina brasileira prevalece a supremacia da norma constitucional. Entretanto, um estado não poderia invocar
sua própria constituição para se isentar de sua responsabilidade internacional.
 Jurisprudência brasileira
o No caso de 1971, onde o TJ-PR reformou decisão do prazo prescricional do cheque (5 anos) foi alterado pela
convenção de genebra (6 meses), posteriormente, o STF manteve o entendimento de 1ª instância.

Unidade VI
Preceitos básicos do DIPr
1. Ordem pública
A ordem pública funciona como limitador da vontade das partes. No DIPr, a ordem pública impede a aplicação de leis
estrangeiras, o reconhecimento de atos realizados no exterior e a execução de sentenças estrangeiras proferidos por restes
tribunais.
2. Fraude à lei
Ocorre quando o agente artificiosamente altera o elemento de conexão que indicaria a lei aplicável para se eximir de uma
obrigação imposta pela lei.
3. Reenvio
Cada país tem sua própria norma de DIPr, no caso do conflito de leis há que se definir qual lei será aplicável.
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4. Questão prévia – acontece anteriormente à decisão do juiz.
É o instrumento que diante da questão principal, o juiz deve tratar de forma antecipada, uma questão anterior.
Lex fori é aquela do país ou lugar da jurisdição perante a qual se intenta ou deve ser intentada a ação judiciária.
5. Adaptação ou aproximação
Em princípio, tem-se que a lei indicada pela norma de DIPr da lex fori para resolver a questão sub judice é certa e
determinada. Há casos, porém, em que tal indicação leva a potencial aplicação de diversas leis ou até mesmo a nenhuma delas,
por exemplo, Art. 9º LINDB, diz que “para qualificar e reger as obrigações serão aplicadas a lei do país em que se constituírem”.
6. Alteração do estatuto ou conflito móvel
Alguns estados usam a territorialidade, onde a lei própria é referência para o julgamento, negando de certa forma o DIPr.
Entretanto, a maioria dos estados avaliam o critério da nacionalidade ou do domicílio.
7. Direitos adquiridos
Tal teoria não pode servir de fundamento geral do DIPr, cada país regula as circunstâncias nas quais os direitos adquiridos
no exterior sejam considerados como direitos adquiridos e reconhecidos pela ordem jurídica interna.
Unidade VII
Processo Civil Internacional
1. Mudanças no CPC na área internacional
Houve um avanço na organização da legislação processual internacional como um todo, pois em muitos pontos dependia-se
da entendimentos de tribunais e resoluções e decretos avulsos, o que causava uma certa insegurança jurídica.
Novas regras processuais afetaram institutos como a competência internacional da justiça brasileira, como por exemplo: a
cooperação internacional e o reconhecimento de sentenças alienígenas no Brasil, principalmente no CPC. Trazendo mudança para
o sistema de competência internacional.
Nos contratos uma empresa nacional pode afastar a eleição de foro estrangeiro exclusivo.
Outra mudança importante é a imposição da competência da justiça brasileira para questões que envolvem pensão
alimentícia.
As ações estrangeiras de divórcio que sejam contestadas, tem a necessidade de que tenham sua homologação pelo STJ.
Se no caso de divórcio, através de acordo, ou seja, consensual não há necessidade da homologação da sentença pelo STJ. Basta
ser traduzida, por tradutor juramentado, apostilado e requerida a sua respectiva averbação no registro de pessoas naturais.
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2. Depositário infiel

O art. 5º, LXVII, da CF informa a inexistência de prisão por dívida, exceto a do responsável pelo inadimplemento voluntário
de pensão alimentícia e do depositário infiel. Entretanto, há dois tratados ratificados pelo Brasil, no que se refere à prisão civil: o
pacto de san josé da costa rica, e no pacto internacional sobre direitos civis e políticos. Ambos dispõem sobre a impossibilidade de
prisão por não cumprimento de obrigação contratual.

No ordenamento jurídico nacional no art. 652 do C.C., informa que o depositário voluntário, deixar de restituir algo, sofrerá
prisão. Diante de tantas incertezas, o STF aprovou a súmula vinculante 25/2009, que dispõe ser ilícita a prisão civil por tornar-se
depositário infiel.

3. Homologação de sentença estrangeira


A CF/88, estabelece em seu art. 105, I, “i” que a homologação de sentença alienígena é de competência do SRJ, a
homologação é um processo necessário para que a sentença proferida no exterior, possa produzir efeitos no Brasil.
O art. 961 CPC, indica que a sentença estrangeira só terá validade depois de homologada pelo STJ.
Se no caso a sentença estrangeria derivada de divórcio consensual, não há necessidade de homologação pelo STJ.
Entretanto, se houver pensão, partilha de bens e guarda, há necessidade do crivo do STJ.
3.1. Procedimento

Encontra-se disciplinado nos artigos 216 a 216-x do regimento interno do STJ. A ação requer o pagamento de custas,
ajuizada mediante petição eletrônica, assinada por inscrito na OAB, e endereçada ao presidente do STJ.

3.2. Requisitos

- Proferida por autoridade competente - Ser eficaz no país em que foi proferida

- Precedida de citação regular, mesmo que se verifique - Não ofender a coisa julgada brasileira
a revelia.
- Ser traduzida por tradutor juramentado - Ser apostilado

A execução no Brasil, concessiva de medida de urgência será feita por carta rogatória.

3.3. Carta rogatória


É um instrumento jurídico internacional pelo qual um país requer o cumprimento de um ato judicial ao órgão jurisdicional de
outro país para que este coopere na prática de determinado ato processual.
A carta rogatória pode ser acessada nos autos eletrônicos. A carta rogatória deve ser traduzida pelo autor e juntar os
documentos pertinentes também traduzidos e apostilados.
São requisitos da carta rogatória:
- Indicação dos juízes de origem e do cumprimento do ato.
- Inteiro teor da petição, do despacho judicial e do mandato.
- Menção do ato processual desejado.
- Encerramento com assinatura do juiz.

Arrazoe sobre como se adquire a nacionalidade brasileira e seus lapsos temporais. Explique como e onde são propostas as
ações de naturalização e a opção de nacionalidade?
Formas de aquisição de nacionalidade brasileira = qualquer pessoa nascida com vida no território brasileiro, estrangeiros
que residem a mais 15 anos no brasil podem solicitar a naturalização, assim como estrangeiros (oriundos de países que falam
língua portuguesa) que residem a 1 ano no brasil que também podem solicitar a naturalização, além disso, qualquer português,
residente no brasil, também pode solicitar a naturalização automática, assim como filhos de brasileiros nascidos em outro pais

O que corresponde à autonomia de vontade e a lex fori?


A autonomia da vontade vem sendo empregada desde o século XVI, onde ela permite que as partes escolham
a lei e o foro mais conveniente para seus negócios. Vale ressaltar que a autonomia da vontade é via de regra,
limitada pela ordem jurídica estatal, podendo desta forma não ser admitida pela Lex fori ou pelos tratados.

Explane sobre as formas de se expelir estrangeiro para fora do país e as formas de recebimento de estrangeiros no país
R: através da deportação, expulsão, extradição (extradição normal e parcial) e entrega, quanto ao recebimento = os
estrangeiros tem várias formas de entrada no pais, variando conforme a finalidade de sua visita (a trabalho, a turismo, etc) sendo
legalizados através do procedimento de visto ao adentrar o brasil, dessa forma, o estrangeiro passa a ser aquém do nacional,
tendo os mesmos direito, somente tendo vedados os direito específicos, como o exercício de alguns cargos públicos e a
propriedade de empresas ligadas a comunicação

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