São sujeitos aqueles que tem personalidade jurídica internacional,
logo tendo capacidade de atuar em âmbito internacional. Formas de capacidade: essas podem ser de duas formas. a) Ativa: é quando o sujeito de direito internacional tem poderes para agir. Ex.: assinar um tratado ou peticionar a uma corte internacional. b) Passiva: quando o sujeito internacional sofre consequências das normas internacionais, mas não pode agir em seu nome. Ex.: pode ser julgado por crimes contra a humanidade, mas não pode peticionar. ESPÉCIES DE SUJEITOS
A) Estados: tem capacidade Passiva e Ativa.
B) Organizações internacionais: tem capacidade Passiva e Ativa limitada, pois são criados pelos estados para atuação específica, logo só podem atuar nesse limite. Ex.: OIT não pode fazer parte de tratados de guerra. C) Indivíduos: são as pessoas jurídicas e físicas de direito privado, tem capacidade limitada só a passiva. Ex.: os Estados podem celebrar qualquer tratados, O.I. só podem celebrar tratados ligados a sua finalidade e os indivíduos não podem celebrar tratados. OS INDIVÍDUOS
Neste grupo inclui-se as pessoas naturais de diversas
nacionalidades e apátridas e as pessoas jurídicas de direito privadas. Esses tem capacidade jurídica limitada, pois não podem atuar de forma ativa, todavia esses são sujeitos de direito internacional por terem responsabilidades e direitos internacionais próprios. Atenção: o fato de não ter capacidade jurídica ativa não afasta sua personalidade jurídica, pois tem responsabilidade. DIREITOS INTERNACIONAIS DOS INDIVÍDUOS
1) Direitos Internacionais dos indivíduos: os direitos humanos
são direitos globais independem de pessoa, Estado ou lugar, logo todos os direitos internacionais ligados a direitos humanos são aplicados aos indivíduos. Questão: do que adianta ter tais direitos se o individuo não tem capacidade ativa para efetivá-los?
Apesar do indivíduo não poder peticionar diretamente a cortes
internacionais esse poderá denunciar violações a direitos humanos a comissão de direitos humanos da ONU. DIREITOS INTERNACIONAIS DOS INDIVÍDUOS
A comissão fará juízo de admissibilidade e se aceito
faz petição a corte internacional de direitos humanos.
ATENÇÃO: o individuo não pode peticionar
diretamente a corte internacional (órgão jurisdicional) mas apenas denunciar a comissão (órgão administrativo) por isso não tem capacidade ativa. RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO INDIVIDUO 2) Responsabilidade Internacional do Individuo: os indivíduos poderão sofrer sanções internacionais impostas pelo Tribunal Penal Internacional. O tratado de Roma de 1957 no seu Artigo 1.º determina: “O Tribunal será uma instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis .” O Brasil se submete ao tribunal internacional do individuo, logo o brasileiro esta sob a jurisdição do T.P.I. de acordo com art. 5, § 4º da CF: “§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão” RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO INDIVIDUO
Conceito: é o vínculo jurídico-político, entre o
individuo e o Estado, por nascimento ou por derivação. O vinculo entre indivíduo e Estado nacional que determina direitos e deveres mútuos entre o Estado e o particular. Existem regras gerais de nacionalidade no direito internacional, mas as regras específicas são desenvolvidas pelos Estados. NACIONALIDADE DA PESSOA FÍSICA
• Nacionalidade da pessoa física: a nacionalidade do individuo
pode ser de duas espécies originária e derivada: A) Originária: é a nacionalidade adquirida pelo nascimento. Métodos: Existem dois métodos, usado pelos Estados para definir a nacionalidade: I - Jus solis: a nacionalidade é adquirida de acordo com o local de nascimento. II - Jus sanguinis: é a nacionalidade ligada a filiação, ou seja tem a mesma nacionalidade dos pais independente de onde nasceu. NACIONALIDADE DA PESSOA FÍSICA
No Brasil usamos o sistema misto: somos jus solis e jus
sanguinis ao mesmo tempo.
Regra geral: aplica-se o sistema jus solis, mas em situações
específicas da lei aplica-se o jus sanguinis.
Ex.: a pessoas nascida no exterior, filho de pai ou mãe brasileira
que estão a serviço do Brasil é brasileiro (independentemente de onde registrou) isso é regra de jus sanguinis. NACIONALIDADE DA PESSOA FÍSICA
CFRB - Art. 12. São brasileiros:
I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; NACIONALIDADE DA PESSOA FÍSICA
B) Nacionalidade derivada: é o vínculo formado em decorrência de
vontades (naturalização). CFRB - Art. 12. São brasileiros: [...] II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. NACIONALIDADE DA PESSOA FÍSICA
LEI Nº 13.445, DE 24 DE MAIO DE 2017 – LEI DE MIGRAÇÃO
Art. 65. Será concedida a naturalização ordinária àquele que preencher as seguintes condições: I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira; II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos; III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei. NACIONALIDADE DE PESSOA JURÍDICA
• A nacionalidade de uma pessoa jurídica depende do
local de constituição ou da sede social da mesma. • A existência de uma pessoa jurídica vem do registro, diferente da pessoa natural que se dá com nascimento. • Esse é vínculo apenas jurídico e não político, pois o vínculo político esta ligado ao poder exercer direitos políticos de voto e ser votado. CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DA NACIONALIDADE DA PESSOA JURÍDICA
1- O Estado de constituição da pessoa jurídica, ou seja onde foi
registrado o ato de criação; 2- Local da sede social: uma pessoa jurídica pode ser registrada em um determinado país e mudar sua sede administrativa para outro lugar; 3- Controle majoritário de sócios: dependerá da nacionalidade da maior parte dos sócios. No Brasil utilizamos os critérios de constituição e manutenção da sede social, ou seja uma empresa é nacional e tem os benefícios (financiamentos do BNDES) quando foi constituída e mantém a sede no Brasil. ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
• Conceito: são criados por Estados (1), por meio de Tratados
constitutivos multilaterais (2) possuindo quadro institucional permanente(3) e com personalidade jurídica própria (4) tendo por função o incentivo a cooperação em matérias de interesse comum (5). • Observações ao conceito:
São criados por Estados, logo recebem capacidade derivada