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• AULA 28/03/2023

• DECRETO No 678, DE 6 DE NOVEMBRO DE 1992


• Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos
(Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969.

• Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos


Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), adotada no âmbito
da Organização dos Estados Americanos, em São José da Costa
Rica, em 22 de novembro de 1969, entrou em vigor internacional
em 18 de julho de 1978, na forma do segundo parágrafo de seu
art. 74;
• Considerando que o Governo brasileiro depositou a Carta de adesão a essa
convenção em 25 de setembro de 1992;

• Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São


José da Costa Rica) entrou em vigor, para o Brasil, em 25 de setembro de 1992 , de
conformidade com o disposto no segundo parágrafo de seu art. 74;
• DECRETA:

• Art. 1° A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da


Costa Rica), celebrada em São José da Costa Rica, em 22 de novembro de 1969,
apensa por cópia ao presente Decreto, deverá
ser cumprida tão
inteiramente como nela se contém.
Art. 2° Ao depositar a Carta de Adesão a esse ato internacional, em 25 de setembro
de 1992, o Governo brasileiro fez a seguinte declaração interpretativa: "O Governo
do Brasil entende que os arts. 43 e 48, alínea "d" , não incluem o direito automático
de visitas e inspeções in loco da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, as
quais dependerão da anuência expressa do Estado".

Art. 3° O presente decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 6 de novembro de 1992; 171° da Independência e 104° da República.

ITAMAR FRANCO

Ver a declaração em pdf. Art. 22 - Direito de Circulação e Residência.


O diálogo das fontes entre as normas
internacionais
• Busca da harmonia entre as normas com o Direito Internacional.
• Coordenação das fontes coexistindo com as soluções tradicionais.
• Aplicação do diálogo das fontes de modo coerente e coordenado em
conformidade com a legislação convergente.
• Princípios fundamentais da interpretação dos tratados : razoabilidade – boa
fé presunção da compatibilidade do Direito Internacional.
• Ex. direito de passagem – medidas fitosanitárias
• DECRETO Nº 19.841, DE 22 DE OUTUBRO DE
1945.

• Promulga a Carta das Nações Unidas, da qual faz


parte integrante o anexo Estatuto da Corte
Internacional de Justiça, assinada em São Francisco, a
26 de junho de 1945, por ocasião da Conferência de
Organização Internacional das Nações Unidas.
PROPÓSITOS E PRINCÍPIOS

Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são:

1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar
ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de
conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou
situações que possam levar a uma perturbação da paz;

2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de
autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal;

3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social,
cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais
para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião; e

4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses objetivos comuns.
• Estatuto da Corte Internacional de Justiça –
• sede em Haia na Holanda
• Criada após a I guerra ...
• É órgão da ONU e seu Estatuto é parte anexa da Carta da Organização
• Juízes são independentes – privilégios e imunidades diplomáticas – funções exercidas com
absoluta imparcialidade e equidistância das partes litigantes.
• 15 juízes eleitos para cada 9 anos pela Assembleia Geral da ONU – aprovados pelo
Conselho de Segurança.
• Renovação de 1/3 a cada 3 anos.
• Presidente e vice assumem mandato de 3 anos admitida a reeleição
• Não podem ser dois nacionais do mesmo Estado membro.
A Corte Internacional de Justiça já teve os
brasileiros em sua composição:
• José Philadelpho de Barros e Azevedo 1946-1951
• Levi Fernandes Carneiro 1951-1955
• José Sette Camara 1979-1988
• Francisco Rezek 1996-2006
• Antonio Augusto Cançado Trindade – empossado em
2009
• Leonardo Brant fica até fevereiro de 2027, eleito em
04/11/22. Substituiu Antônio Augusto Trindade, que
faleceu em 05/2022.
Tribunal Penal Internacional
• Criado pelo Estatuto de Roma em 1998 entrada em vigor em 2002 com a ratificação de 60 Estados
• Julgamentos de crimes de maior gravidade e repercussão internacional
• Caráter permanente e autônomo
• Apurar crimes de genocídio: Ruanda – Sudão – antiga Ioguslávia
• Brasil é membro.
• Competência quanto aos crimes: Estatuto Tribunal Penal Internacional
• - genocídio art. 6º
• - contra a humanidade art.7º
• - de guerra art. 8º
• - de agressão art. 121-123º
• África: 34 países; América Latina e Caribe: 27 países (todos os da América do Sul fazem parte); Países
Ocidentais e outros: 25 países; Europa do Leste: 18 nações; Ásia e Pacífico: 18 países
• NACIONALIDADE é o vínculo
existente entre o individuo e um
Estado soberano.
• Não corresponde à nação.
• Ser nacional é ser parte do povo de
um Estado.

• Segundo Hans Kelsen: é um vínculo


jurídico-político de direito publico
interno que faz da pessoas um dos
elementos da dimensão pessoal do
Estado. (Kelsen, Hans. Teoria pura
do Direito, p.386 1997).
Atenção
• Povo: conjunto de nacionais sendo atribuído ao conceito de
nacionalidade. Povo é um dos elementos do Estado.

• População: conjunto de habitantes estáveis de um território. É um conceito


mais abrangente, compreendendo os alienígenas que ali habitam.

• Nação: grupo de pessoas interagindo por afinidades culturais, de costume,


de idioma ou de raça.
• Cidadania: status que qualifica o nacional e lhe atribui direitos e
obrigações como os direitos políticos.
A Constituição trata a nacionalidade como Direito
Fundamental
Internacionalmente, é tratada como Direitos Humanos.
• A Declaração Universal dos Direitos Humanos, art. 15:
• Toda a pessoa tem direito à nacionalidade. Ninguém poderá ser
arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direitos de mudar de
nacionalidade.
• O Pacto de San Jose da Costa Rica, art. 20:
Aquisição de nacionalidade e critérios
• ORIGINÁRIA: nata, primária ou involuntária.
Quando adquirida pelos critérios do ius soli ou ius
sanguinis. Local do nascimento.

• ADQUIRIDA: derivada, secundária ou


adquirida. Se dá pela manifestação da vontade
do indivíduo. O Estado assegura o direito à
naturalização com a manifestação pessoal de
modo livre e com a vontade em ser nacional
daquele Estado.
Pode implicar em ruptura do vínculo anterior e
há requisitos.
• Ius soli: são excluídos da
nacionalidade brasileira os filhos de
pais estrangeiros (que estiverem a
serviço de outro país). Diplomatas,
cônsules membros de missões
especiais.
• Para a aplicação da exclusão da
nacionalidade brasileira, ambos os
pais devem ser estrangeiros e pelo
menos um deles deve estar a serviço
de outro país.
• Preserva-se o jus sanguinis e a
respectiva função pública.
No Brasil, a Constituição adota ambos os
critérios.
• Art. 12. São brasileiros:
• I - natos:
• a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
• b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
• c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira;
• REGISTRO NA REPARTIÇÃO COMPETENTE:
• Quem nasce no exterior sendo filho de pai o mãe brasileiros, poderá ser
registrado como NATO em repartição brasileira (CONSULADO OU
EMBAIXADA). Até os 12anos *** transcrição definitiva.

• OPÇÃO À NACIONALIDADE BRASILEIRA (potestativa).


• Caso o filho não seja registrado na devida repartição competente, poderá ser
requerido a qualquer tempo após atingida a maioridade. DIREITO
IMPRESCRITÍVEL – maioridade civil.
• Caráter personalíssimo. Requisitos: residência no Brasil
• maioridade
Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:
• a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas
aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um
ano ininterrupto e idoneidade moral;
• b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
• § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
• § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
• § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
• I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional;
• II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
• a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
• b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis;

• Ex. jogadores de futebol – modelos – executivos de multinacionais –


duplas ou triplas, ou multinacionalidades
• Nato ou naturalizado em caso de aquisição de outra nacionalidade por
naturalização voluntária. Ex. uma brasileira que se casa com um francês.
ADQUIRIDA: derivada, secundária ou adquirida. Se dá pela manifestação da
vontade do indivíduo. O Estado assegura o direito à naturalização com a
manifestação pessoal de modo livre e com a vontade em ser nacional daquele
Estado.
Implica em ruptura do vínculo anterior e há requisitos.
• REQUISITOS: tempo de residência no país + de 15 anos sem quebra de continuidade.
• sem condenação penal, domínio do idioma
• países originários do idioma português -> um ano ininterrupto e idoneidade
moral.
• outros seja cumulativo ou alternativos. ( REQUISITO CRONOLÓGICO
PODE SER ATENUADO) – 4 anos de residência, idoneidade, domínio do idioma, boa
saúde.
• - casamento com brasileiro ou prestação de bons serviços aos país.
Quando um Estado concede naturalização carente em fatos
sociais, não se discute a necessidade de vínculo dentro de seu
território.
• A naturalização tem caráter impositivo para o Estado quando requerida pela
pessoa interessada.
• Pode ser facultativa quando o Estado recusá-la desde que presentes os
motivos em lei.
• Brasileiro naturalizado possui todos os direitos do brasileiro nato, SALVO
funções públicas limitadas pela Constituição. § 3º São privativos de
brasileiro nato os cargos: (...)

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