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Art.

4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações


internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos; Inédito- humanização do direito internacional
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de nações.

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Tratamento prioritário das temáticas de direitos humanos (art.
5º )
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes


do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem


aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha


manifestado adesão. (Crimes imprescritíveis e sem reserva)

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CESPE - 2020 - MPE-CE - Promotor de Justiça
No Brasil, após a promulgação da Emenda Constitucional n.º 45/2004,
os tratados relativos aos direitos humanos aprovados na forma prevista
são equivalentes às
A) leis complementares.
B) emendas constitucionais.
C) leis ordinárias.
D) garantias individuais e coletivas.
E) normas de direito fundamental.

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Topografia da CF/88
• TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais
• TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
• CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
• CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS
• CAPÍTULO III - DA NACIONALIDADE
• CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS
• CAPÍTULO V - DOS PARTIDOS POLÍTICOS

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Questão – FUMARC/PC-MG – Investigador de Polícia - 2014
A Constituição Federal de 1988 pode ser considerada, na história do Brasil, o
documento mais abrangente e pormenorizado sobre os direitos humanos até
então adotado. Sobre a Constituição Federal de 1988, NÃO é correto o que
se afirma em:
a) Alargou o campo dos direitos e das garantias fundamentais.
b) É a primeira vez que uma Constituição assinala, especificamente,
objetivos do Estado brasileiro.
c) Inclui os direitos sociais, a nacionalidade e os direitos políticos no rol dos
direitos e garantias fundamentais.
d) Não se coloca entre as Constituições mais avançadas do mundo no que
diz respeito à matéria.

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Direitos e Garantias Individuais como Cláusulas Pétreas
• Art. 60 § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.

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Internalização diferenciada de tratados e convenções internacionais
sobre Direitos Humanos
• Art. 5º § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.
• Conforme posicionamento do STF:
• tratados em Direitos Humanos aprovados com quórum de emenda constitucional:
possuem status de emenda constitucional, no mesmo patamar hierárquico da
Constituição Federal;
• tratados em Direitos Humanos aprovados com quórum de norma infraconstitucional:
possuem status de norma supralegal, em ponto intermediário, acima das leis, abaixo
da Constituição Federal.
• demais tratados em geral: possuem status de norma infraconstitucional.

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Prisão civil por dívidas
- Súmula vinculante n. 25 (STF): “É ilícita a prisão civil de depositário infiel,
qualquer que seja a modalidade de depósito.”
- “Desde a adesão do Brasil, sem qualquer reserva, ao Pacto Internacional
dos Direitos Civis e Políticos (art. 11) e à Convenção Americana sobre
Direitos Humanos - Pacto de San José da Costa Rica (art. 7º, 7), ambos no
ano de 1992, não há mais base legal para prisão civil do depositário infiel,
pois o caráter especial desses diplomas internacionais sobre direitos
humanos lhes reserva lugar específico no ordenamento jurídico, estando
abaixo da Constituição, porém acima da legislação interna. O status
normativo supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos
subscritos pelo Brasil torna inaplicável a legislação infraconstitucional com
ele conflitante, seja ela anterior ou posterior ao ato de adesão.” (RE
466.343, Rel. Min. Cezar Peluso, voto do Min. Gilmar Mendes, julgamento
em 3-12-08, DJE de 5-6-09)

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