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Aula 05

Ministério do Trabalho (Auditor-AFT)


Contabilidade Geral 2022 (Pré-Edital)

Autor:
Júlio Cardozo, Luciano Rosa

27 de Janeiro de 2022

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Sumário

1. Demonstrações Contábeis Obrigatórias Pela Lei Das Sociedades Por Ações .......................... 4

1.1 - Pontos de Esclarecimento Sobre as Demonstrações Conforme a Lei 6.404/76 ................... 5

2. Demonstrações Contábeis Obrigatórias Segundo O CPC 26 – Apresentação Das


Demonstrações Contábeis ............................................................................................................... 8

3. Demonstrações Contábeis Segundo o Regime de Competência ........................................... 10

4. Balanço Patrimonial ................................................................................................................. 11

4.1 - Regras Sobre A Elaboração E Publicação Das Demonstrações Contábeis ........................ 11

5. Ativo, Passivo E Patrimônio Líquido: Conceitos ...................................................................... 18

5.1 - Definição de Ativo .............................................................................................................. 18

5.1.1 - Elementos Essenciais na Definição de um Ativo .......................................................... 21

5.2 - Definição de Passivo........................................................................................................... 22

5.3 - Definição de Patrimônio Líquido ........................................................................................ 23

6. Estrutura Do Balanço Patrimonial ............................................................................................ 23

7. Grupos Patrimoniais ................................................................................................................ 24

7.1 - Ativo ................................................................................................................................... 24

7.1.1 - Ativo Circulante............................................................................................................ 25

7.1.1.1 - Disponibilidades ....................................................................................................... 28

7.1.1.2 - Direito Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente ................................. 30

7.1.1.3 - Despesas Antecipadas .............................................................................................. 31

7.1.1.4- Provisão Para Devedores Duvidosos (PDD) ............................................................... 33

7.2 - Ativo Circulante - CPC 26 ................................................................................................... 38

8. Questões Comentadas............................................................................................................ 39

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9. Lista de Questões ................................................................................................................... 72

10. Gabarito .................................................................................................................................. 81

11. Resumo ................................................................................................................................... 82

11.1 - Demonstrações Contábeis ............................................................................................... 82

11.2 - Balanço Patrimonial .......................................................................................................... 83

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APRESENTAÇÃO
Olá, meus amigos. Como estão?!

Agradecemos por estarem aqui, em mais um encontro conosco, no curso Contabilidade.

É um grande prazer estar aqui escrevendo para vocês. Na aula de hoje, falaremos sobre a principal
demonstração contábil: o balanço patrimonial.

Quaisquer dúvidas, estamos à disposição!

Luciano Rosa/ Silvio Sande/Julio Cardozo

Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e


==1c7550==

@profjuliocardozo

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1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS PELA


LEI DAS SOCIEDADES POR AÇÕES
Vamos começar a estudar com detalhes a Lei 6404/76, conhecida como Lei das SAs. Sua
publicação representou um enorme avanço para a contabilidade brasileira e é importante destacar
a forte influência norte-americana em seus conceitos. Vamos os artigos mais cobrados em provas
e também faremos uma comparação com os Pronunciamentos Contábeis.

Para começar, vamos entender quais são as demonstrações contábeis obrigatórias. Tal assunto
está previsto na Lei das SAs, da seguinte forma:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

III - demonstração do resultado do exercício; e

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de


2007)

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº


11.638, de 2007)

§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a


R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

Macete para gravar essa lista é:

BALANÇOU O RESULTADO DO LUCRO OU PREJUÍZO E O CAIXA ADICIONOU ABERTO.

Que doideira, professor! Vejam:

✓ BALANÇOU (BP)
✓ O RESULTADO (DRE)
✓ DO LUCRO OU PREJUÍZO (DLPA)

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✓ E O CAIXA
✓ ADICIONOU ABERTO

Cuidem com carinho desse artigo, pois muitas questões são cobradas em concursos. As
sociedades por ações podem ser do tipo aberta (quando comercializam títulos e valores
mobiliários no mercado de valores mobiliários) e fechadas (quando não o fazem).

As demonstrações contábeis são diferentes conforme estejamos frente a um ou outro tipo


societário.

Esquematizemos:

COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados X X
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X

1.1 - Pontos de Esclarecimento Sobre as Demonstrações


Conforme a Lei 6.404/76

1) Segundo a Lei 6.404/76, nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou


prejuízos acumulados pode estar contida dentro da DMPL.

2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Porém, o CPC
26 (Apresentação das demonstrações contábeis) classifica esta demonstração
dentre aquelas que fazem parte do chamado conjunto das demonstrações
contábeis de uma entidade. Tal menção levou o FIPECAFI, no livro Manual de
Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do Pronunciamento
Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos societários. A questão
deverá explicitar se está exigindo o conhecimento da Lei 6.404/76 ou do CPC 26.

3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser


obrigatória (mas não foi extinta) com as modificações contábeis introduzidas pelas
Leis 11.638 e 11.941.

4) Além disso, o CPC 26 menciona a demonstração dos resultado abrangente –


assunto não previsto na Lei 6.404. A DRA é uma demonstração que evidencia “as
receitas e despesas” que não são reconhecidas no resultado, indo direto para o
patrimônio líquido.

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(Contador/MP/PE/2012) As demonstrações contábeis obrigatórias para as sociedades por ações


de capital aberto, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, com as modificações
introduzidas pelas Leis no 11.638/2007 e no 11.941/2009 são:
a) Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
do Valor Adicionado, Balanço Patrimonial e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
b) Demonstração dos Fluxos de Caixa, Balancete de Verificação, Demonstração do Resultado do
Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, e Demonstração dos Lucros ou
Prejuízos Acumulados.
c) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração do Resultado do Exercício,
Demonstração do Valor Adicionado, Balanço Patrimonial e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
Acumulados.
d) Balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto por estimativa, Demonstração do
Resultado do Exercício, Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração de Origens e
Aplicações de Recursos e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
e) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, Balanço Patrimonial, Demonstração dos
Fluxos de Caixa e Demonstração do Resultado do Exercício.
Comentários:
Vimos que tal assunto está previsto na Lei das SAs, da seguinte forma:
o Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com
clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
Agora, vamos comparar os incisos do art. 176 Lei das SAs com as alternativas
a) Demonstração dos Fluxos de Caixa (Inciso IV), Demonstração do Resultado do Exercício (Inciso
III), Demonstração do Valor Adicionado (Inciso V), Balanço Patrimonial (Inciso I) e Demonstração
dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (Inciso II), Item correto e completo.

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b) Demonstração dos Fluxos de Caixa (Inciso IV), Balancete de Verificação, Demonstração do


Resultado do Exercício (Inciso III), Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, e
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (Inciso II).
c) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração do Resultado do Exercício
(Inciso III), Demonstração do Valor Adicionado (Inciso V), Balanço Patrimonial (Inciso I), e
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (Inciso II).
d) Balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto por estimativa, Demonstração do
Resultado do Exercício (Inciso III), Demonstração do Valor Adicionado (Inciso V), Demonstração de
Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (Inciso II).
e) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (Inciso II), Balanço Patrimonial (Inciso I),
Demonstração dos Fluxos de Caixa (Inciso IV) e Demonstração do Resultado do Exercício (Inciso
III).
O gabarito é, portanto, a letra a.
(Auditor/TCM BA/2018) Conforme alteração na Lei 6404/76 pela Lei 11638/07, determinada
demonstração contábil passou a ser optativa para as companhias abertas. A referida
demonstração contábil é:
A) BP
B) DRE
C) DFC
D) DOAR
E) DVA
Comentários:
Com a alteração da Lei Societária pela Lei nº 11.638/07, a Demonstração dos Fluxos de Caixa
passou a compor o elenco das demonstrações obrigatórias, em substituição à Demonstração de
Origens e Aplicações de Recursos. O gabarito é, portanto, a letra d.
(Analista/EBSERH/2018) Apesar de ser facultativa, segundo a legislação societária, a
demonstração das mutações do patrimônio líquido integra o rol de demonstrações financeiras
classificadas como obrigatória pelo CPC.
Comentários:
Item correto! A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Porém, o CPC 26
(Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta demonstração dentre aquelas que
fazem parte do conjunto das demonstrações contábeis de uma entidade. Tal menção levou o
FIPECAFI, no livro Manual de Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do
Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos societários. O item
está, portanto, certo

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2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS SEGUNDO O


CPC 26 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS

O CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis – diverge da Lei 6.404/76 em alguns


pontos. Vamos ver o que diz o Pronunciamento Contábil?

Conjunto completo de demonstrações contábeis

10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(a) balanço patrimonial ao final do período;

(b1) demonstração do resultado do período;

(b2) demonstração do resultado abrangente do período;

(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;

(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis


significativas e outras informações elucidativas;

(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos


itens 38 e 38A; (Incluída pela Revisão CPC 03)

(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente


apresentado, quando a entidade aplicar uma política contábil retrospectivamente
ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações
contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas demonstrações
contábeis de acordo com os itens 40A a 40D; e (Alterada pela Revisão CPC 03)

(f1) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento


Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo
se apresentada voluntariamente. (Alterada pela Revisão CPC 03)

Esquematizemos:

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Demonstrações Contábeis Obrigatórias pelo CPC 26

Demonstração
Demonstração Demonstração Demonstração Demonstração
Balanço das Mutações Notas
do Resultado do Resultado dos Fluxos de do Valor
Patrimonial do Patrimônio Explicativas
do Exercício Abrangente Caixa Adicionado
Líquido

A Norma supracitada, em seu item 11, dispõe que “a entidade deve apresentar com igualdade de
importância todas as demonstrações contábeis que façam parte do conjunto completo de
demonstrações contábeis”.

É importante destacar que CPC 26 apresenta como obrigatórias a demonstração do resultado


abrangente, a demonstração das mutações do patrimônio líquido.

Além disso, as notas explicativas constam como parte do conjunto completo! Isso não significa
que as notas explicativas são demonstrações contábeis. Apenas que compõem o conjunto das
demonstrações financeiras de uma entidade.

Como vou saber se a questão quer o entendimento da Lei 6.404/76 ou do CPC


26?

Deve ficar claro o comando do enunciado! Se o enunciado começar com “ao fim
de cada exercício social (...)” ele procura saber o contexto da lei. Caso inicie com
“o conjunto completo das demonstrações contábeis (...)”, nesta hipótese, ou “de
acordo com as normas de Contabilidade em vigor, quer os termos do CPC 26 –
Apresentação das Demonstrações Contábeis.

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3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
SEGUNDO O REGIME DE COMPETÊNCIA
É muito importante que você saiba que as demonstrações contábeis devem ser elaboradas de
acordo com o regime de competência!

Então, as demonstrações se referirão à data de encerramento do exercício social, e as receitas e


despesas consideradas ali são as que incorreram no exercício, independente de pagamento ou
recebimento.

A exceção fica por conta da demonstração dos fluxos de caixa. Esta é elaborada de acordo com
o regime de caixa!

Esta é a exata lição do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das demonstrações


contábeis:

27. A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a


demonstração dos fluxos de caixa, utilizando-se do regime de competência.

E será que isso cai em prova? Sim! Vejam.

(Perito/PC MA/2018) O conjunto completo de demonstrações contábeis das entidades comerciais


deve ser elaborado de acordo com o regime de competência.
Comentários:
Item errado, pois já vimos que a DFC é uma exceção à regra geral.

Vamos falar do Balanço Patrimonial?

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4. BALANÇO PATRIMONIAL
Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a evidenciar, seja de forma
qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição patrimonial e financeira da entidade.

No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações da empresa. Esta
informação é estática, pois funciona tal qual uma fotografia da entidade em determinado
momento. A seguir, um esquema:

Balanço
Patrimonial

Posição
Patrimonial

Posição
Financeira

Atenção! A informação do balanço patrimonial é estática!

Observemos um quesito:

(Contador/FUB/2015) O balanço patrimonial é a demonstração contábil estática que apresenta,


em termos qualitativos, a posição financeira e patrimonial da entidade em data determinada.
Comentário:
Item correto, ainda que não tenha mencionado que também pode ser em termos quantitativos, a
assertiva está correta.

4.1 - Regras Sobre A Elaboração E Publicação Das Demonstrações


Contábeis

O intervalo de tempo ao qual as demonstrações contábeis se referem é chamado de exercício


social.

Para a LSA o exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto
(LSA, art. 175). Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício
social poderá ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).

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Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em 31 de março,
o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de março.

Imagine-se que esta sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0. Vejam que a lei não
determinou se o primeiro exercício social deverá durar apenas 3 meses ou se, alternativamente,
poderá durar pelo período de 15 meses.

Não há exigência de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e termine em 31 de


dezembro. Entretanto, por questões fiscais, é muito difícil que na prática as sociedades adotem
data diferente. Mas, repetimos, para concursos, o exercício pode começar e terminar em qualquer
dia do ano.

Cuidado, igualmente, com questões que dizem ser a duração do exercício social de 12 meses.
Juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos distintos. Nós sabemos que, na realidade, 1
ano equivale a 12 meses, mas, no direito, prazos em dias são contados em dias, prazos em meses
são contados em meses e prazos em anos são contados em anos. Contudo, se na prova não tiver
outra opção, aceite normalmente 12 meses.

Esquematizemos:

Duração 1 ano

Data do término
Exercício Social
fixada no estatuto

Constituição e
alteração pode ser
diferente

(Contador/STM/2018) Para fins de levantamento do balanço patrimonial e outras demonstrações


financeiras, o exercício social deve ter a duração de um ano, mas, na constituição da entidade e
quando de alterações estatutárias, a duração do exercício poderá ser diferente.
Comentários:

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Item correto, vimos que o exercício social terá duração de 1 (um) ano (LSA, art. 175) e na
constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter
duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).
(Contador/TJ/ES/2011) O exercício social deve ter duração inferior a um ano somente no ano de
constituição da empresa.
Comentários:
Vimos que na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social
poderá ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único). O item errar ao afirmar que tal
situação é obrigatória e ainda que somente ocorreria na constituição.

É importante destacar que, de acordo com o CPC 26, as demonstrações contábeis são
apresentadas pelo menos anualmente. Na prática, muitas empresas apresentam balanços
trimestrais. Mas a obrigação é, no mínimo, anual.

36. O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo
menos anualmente (inclusive informação comparativa). Quando se altera a data de
encerramento das demonstrações contábeis da entidade e as demonstrações
contábeis são apresentadas para um período mais longo ou mais curto do que um
ano, a entidade deve divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações
contábeis:

(a) a razão para usar um período mais longo ou mais curto; e

(b) o fato de que não são inteiramente comparáveis os montantes comparativos


apresentados nessas demonstrações.

A seguir, duas questões:

(Perito/PC MA/2018) As demonstrações contábeis das entidades devem ser apresentadas ao


menos anualmente e de forma comparativa.
Comentários:
Questão literalidade do CPC 26: “36. O conjunto completo das demonstrações contábeis deve
ser apresentado pelo menos anualmente (inclusive informação comparativa)’’ O item está,
portanto, correto.
(Profissional Júnior/Petrobras/2015) A deliberação CVM n° 676, de 13 de dezembro de 2011,
aprova o Pronunciamento Técnico CPC 26(R1) do Comitê de Pronunciamentos Contábeis que
estabelece que o conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo
menos anualmente.

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Estabelece igualmente que, havendo alteração na data do encerramento das demonstrações


contábeis e sendo as mesmas apresentadas em período maior ou menor que um ano, a entidade
deve divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações contábeis, a
a) razão para usar um período mais longo ou mais curto, e o fato de que não são inteiramente
comparáveis os montantes comparativos apresentados nessas demonstrações.
b) razão para adotar um período mais longo ou mais curto, e o valor do ajuste do período
imediatamente anterior das demonstrações para o mesmo período abrangido pelas
demonstrações contábeis atuais, para efeito de comparação.
c) razão determinante do período mais longo ou mais curto e o ajuste do período das
demonstrações contábeis atuais para o mesmo período das demonstrações contábeis
imediatamente anterior, para efeito de comparação.
d) informação do ajuste provocado no período imediatamente anterior das demonstrações, e o
ajuste para o mesmo período abrangido pelas demonstrações contábeis atuais.
e) exposição circunstanciada das alterações necessárias para ajustar as demonstrações do período
imediatamente anterior ao novo período das demonstrações contábeis e as razões da modificação
do exercício social.
Comentários:
Questão literal do CPC 26 apresentado acima! Gabarito, portanto, letra a.

Segundo o artigo 176, parágrafo primeiro da Lei das SAs:

Art. 176. § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a


indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

Assim, as demonstrações contábeis do exercício social de 20x1 deverão demonstrar também os


valores de 20x0. Tudo isso para atender à finalidade básica da contabilidade, que sabemos ser o
fornecimento de informações aos diversos usuários.

Essa exigência está em consonância com o conceito de comparabilidade, prevista no CPC 00 –


Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, uma característica que melhora a utilidade de
informações contábeis.

Ainda, de acordo com o artigo 176:

Art. 176. § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas;


os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e
não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é
vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-
correntes".

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A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações contábeis,


evitando que o excesso de detalhes prejudique o entendimento.

Imagine você se uma empresa que tem um faturamento de R$ 100 bilhões ano tem de apresentar
detalhadamente cada item que tem em almoxarifado. Seria inviável, não é mesmo?

Deste modo, se temos as contas aplicação em certificado bancário e aplicação em fundo de renda
fixa, podemos agrupar tudo em uma única conta chamada aplicações financeiras.

Vejam que há também a exigência que não se ultrapasse 10% do valor do respectivo grupo.
Portanto, se no exemplo, as aplicações somassem o valor de R$ 10.000,00 e o ativo circulante, um
grupo do ativo, for o total de R$ 50.000,00, não poderíamos agrupar, pois houve quebra do limite
estabelecido pela lei.

Observação: os grupos de contas são ativo circulante, ativo não circulante:


realizável a longo prazo, investimentos, intangível, imobilizado.

Vejamos como foi cobrado:

(MGS/Tec Sup/MG/2015) De acordo com a Lei 6.404/76, nas demonstrações financeiras, as contas
semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que
indicada a sua natureza e não ultrapassem:
a) 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas.
b) 0,5 (cinco décimos) do valor do respectivo grupo de contas.
c) 0,2 (dois décimos) do valor do respectivo grupo de contas.
d) 0,3 (três décimos) do valor do respectivo grupo de contas.
Comentários:
Questão literalidade da Lei 6.404/76: “ § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão
ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e
não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a
utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".
A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações contábeis,
evitando que o excesso de detalhes prejudique o entendimento. O gabarito é, portanto, a letra a.

Ainda com base no artigo 176:

Art. 176. § 3º: As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros


segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua
aprovação pela assembleia-geral.

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O que isso quer dizer?! O lucro ou prejuízo obtido no exercício pela entidade é apurado em uma
demonstração conhecida como demonstração do resultado do exercício (a ser estudada
oportunamente). Ocorre que os lucros obtidos precisam ser destinados (dividendos, que é uma
remuneração do capital dos sócios) e sua destinação é definida pelo órgão máximo deliberativo
dentro da SA: a assembleia-geral.

Entenda! O que são dividendos? Quando você investe em uma sociedade, não
necessariamente você trabalha nessa sociedade. Então, o que faz você investir na
empresa X ou Y e não em um título de renda fixa (poupança, tesouro direto, fundos
de investimento etc.)? Além da possibilidade de valorização, a remuneração dos
sócios é chamada de dividendos.

Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta forma, no término
do exercício social, os administradores procedem à destinação do lucro das formas que
estabelecerem, pressupondo-se que a assembleia-geral (que só ocorre 4 meses após o término
do exercício social) irá aprovar a destinação.

Esquematizemos:

Dem. Fin. (Dividendo proposto adm)


Encerramento do Exercício

Aprovação pela assembléia geral

As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou


demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício (LSA, art. 176, parágrafo quarto).

Isto é, além dos demonstrativos padronizados, como o Balanço Patrimonial, DRE, existem outras
informações que podem ser divulgados também.

Como o objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações a um público que, em


regra, não pode requerer informações diretamente para a sociedade, isso significa dizer que a
entidade deve se preocupar em passar as informações do modo mais claro possível. Por isso, deve
complementar com nota explicativas, quadros analíticos, etc.

As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas


legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Vejam que este inciso estabelece que as
demonstrações financeiras são assinadas por contabilista legalmente habilitado (e não contador).
A expressão contabilista abrange tanto o técnico em contabilidade, como o bacharel em ciências
contábeis.

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Lei 6.404/76 – Literalidade:

§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as


normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente
submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados. (Redação
dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Vejam que as companhias abertas, que são aquelas que negociam seus títulos no Mercado de
Valores Mobiliários (não é somente a Bolsa de Valores, mas sim a Bolsa e o Mercado de Balcão):

- Devem ser auditadas por auditores independentes, isto é, auditores registrados na CVM, sem
vínculo com a empresa, que vão dizer se as demonstrações contábeis estão ou não em
conformidade com a legislação contábil vigente.

- Devem seguir o que diz as normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

Além disso, esse artigo tem a função de resolver eventuais conflitos entre a LSA e os
Pronunciamentos Contábeis, e saibam, pessoal: ELES EXISTEM! Como os Pronunciamentos
Contábeis são convertidos em normas expedidas por órgãos reguladores como o CFC e a CVM,
se houver conflito com a LSA, o que deve prevalecer são os CPCs. Mas em termos de provas,
temos que conhecer as duas normas.

Esquematizemos:

Cias Abertas Normas da CVM


Demonstrações
Contábeis
Auditoria Independente

Contabilistas x Auditores Independentes x Auditores Fiscais

Não podemos confundir os contabilistas, que são os responsáveis por escriturar,


elaborar e publicar as demonstrações contábeis da entidade, com os auditores
independentes. Estes últimos são registrados na CVM e não têm vínculo algum
com a empresa.

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Eles analisarão as demonstrações contábeis elaboradas pelos contabilistas para


dizer se as demonstrações estão de acordo ou não com as normas.

Os auditores independentes também não podem ser confundidos com os


auditores fiscais. Os agentes do fisco se utilizam da escrituração contábil e
fiscal para verificar a correta apuração dos tributos devidos ao Governo.

5. ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO: CONCEITOS


Segundo o CPC 00 – Estrutura conceitual básica da contabilidade, temos as seguintes definições
para os grupos patrimoniais:

• Definição de A, P e PL de acordo com o CPC 00 (R2):

4.1 Os elementos das demonstrações contábeis definidos nesta Estrutura


Conceitual são:

(a) ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da


entidade que reporta; e

(b) receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade


que reporta.

Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado


de eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de
produzir benefícios econômicos.

Passivo é a obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico


como resultado de eventos passados.

Patrimônio Líquido é participação residual nos ativos da entidade após a dedução


de todos os seus passivos.

5.1 - Definição de Ativo

Costumamos definir o ativo como sendo os “bens e direitos” da empresa. Essa definição é
adequada para o primeiro estudo do ativo, agora, temos que aprofundar esse conceito.

Segundo o CPC 00 (R2), ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados. Por seu turno, recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos.

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@profjuliocardozo Direito
Recurso
econômico
presente Potencial de
Benefícios
Controlado pela
Ativo
entidade

Resultado de
eventos
passados

Vamos analisar rapidamente:

1) Recurso Econômico presente controlado: o controle, e não a propriedade jurídica, é


determinante para a definição do ativo. Controle vincula um recurso econômico à entidade. A
entidade controla um recurso econômico se ela tem a capacidade presente de direcionar o uso
do recurso econômico e obter os benefícios econômicos que podem fluir dele. Como
consequência, um bem que é alugado, em certas situações, pode ser classificado no ativo da
entidade.

2) Potencial de benefícios econômicos: Essa é parte é fundamental na definição item como ativo.
Não basta controlar ou construir um bem. Não basta já ter efetuado alguma ação passada, como
a compra de um equipamento. Para caracterizar um ativo, é necessário que o bem resulte em
futuros benefícios econômicos para a empresa, como por exemplo, receber fluxos de caixa, trocar
recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis. Assim sendo, um veículo adquirido
por R$ 100.000, mas que sofre um grave acidente e nem como sucata serve mais, não representa
mais um ativo.

3) Como Resultado De Eventos Passados: O ativo é resultado de algo que já ocorreu. Ou seja, a
intenção de comprar estoques, ou de vender estoques com lucro, não atende à definição de ativo.

Aqui é importantíssimo salientar que o direito de propriedade não é essencial para a definição de
ativo. Há, por exemplo, o caso do arrendamento mercantil, visto adiante, em que a sociedade
detém apenas a posse direta do bem e o registra mesmo assim como um ativo.

Observemos uma questão de prova:

(TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Ativo é o conjunto de bens e direitos que resultam de


eventos passados e sobre os quais a entidade detém direitos de propriedade que lhe permitem
obter benefícios econômicos.
Comentário:

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Segundo o CPC 00, Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir
benefícios econômicos.
O item está errado, já que o controle, e não a propriedade jurídica, é determinante para a definição
do ativo

Além disso, vimos que é requisito para reconhecimento que um ativo gere benefícios econômicos
futuros. Mas, professores, e se ele não gerar? Nesta hipótese, os gastos que tivermos deverão ser
reconhecidos como despesa, na demonstração do resultado do exercício.

Tal assunto está previsto no CPC 00 (R2) da seguinte forma:

Reconhecimento de ativos

4.44. Um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável
que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu
custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade. 4.45. Um ativo não deve
ser reconhecido no balanço patrimonial quando os gastos incorridos não
proporcionarem a expectativa provável de geração de benefícios econômicos para
a entidade além do período contábil corrente. Ao invés disso, tal transação deve
ser reconhecida como despesa na demonstração do resultado. Esse tratamento
não implica dizer que a intenção da administração ao incorrer nos gastos não tenha
sido a de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade ou que a
administração tenha sido mal conduzida. A única implicação é que o grau de
certeza quanto à geração de benefícios econômicos para a entidade, além do
período contábil corrente, é insuficiente para garantir o reconhecimento do ativo.

Ah, professores, mas isso cai em prova? Sim! Vejam.

(Contador/TRF 2ª/2017/Adaptada) De acordo com o CPC 00 (R2), “Ativo é um recurso econômico


presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados. Recurso econômico é
um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.”. O pronunciamento ainda
afirma que: “Um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que
benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor
puder ser mensurado com confiabilidade. Um ativo não deve ser reconhecido no balanço
patrimonial quando os gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de geração
de benefícios econômicos para a entidade além do período contábil corrente”. A empresa Brasil
Ltda. incorreu em gastos que não proporcionaram expectativa provável de geração de benefícios
econômicos futuros para a entidade, apesar da intenção da administração de que tal gasto geraria
os benefícios econômicos para a entidade além do período contábil corrente. No caso da empresa
Brasil Ltda. e de acordo com o CPC 00 (R2, o gasto deve ser reconhecido

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a) como despesa no balanço.


b) no passivo, uma vez que é um gasto.
c) como despesa na demonstração do resultado.
d) no Ativo pela intenção da administração de que tal gasto geraria os benefícios econômicos para
a entidade além do período contábil corrente.
Comentário:
No caso da empresa Brasil Ltda, ela incorreu em gastos que não proporcionaram expectativa
provável de geração de benefícios econômicos futuros para a entidade. Tais gastos devem ser
reconhecidos como despesa, na demonstração do resultado do exercício. Esse tratamento não
implica dizer que a intenção da administração ao incorrer nos gastos não tenha sido a de gerar
benefícios econômicos futuros para a entidade ou que a administração tenha sido mal conduzida.
A única implicação é que o grau de certeza quanto à geração de benefícios econômicos para a
entidade, além do período contábil corrente, é insuficiente para garantir o reconhecimento do
ativo O gabarito é, portanto, letra c.

5.1.1 - Elementos Essenciais na Definição de um Ativo

É muito importante que você saiba, e as bancas cobram isso em prova, que o ativo é um recurso
controlado pela entidade, derivado de eventos passados e dos quais se espera futuros benefícios
econômicos para a entidade.

Essa é a definição de ativo! Portanto, são irrelevantes para a definição de ativo:

- Que a entidade tenha a propriedade legal (veja o caso do arrendamento).

- Que ele tenha forma física (por exemplo, os intangíveis).

- Que a entidade tenha efetuado um gasto (ela pode ganhar um terreno do governo, por exemplo).

Agora, uma questão sobre o assunto:

(Analista Legislativo/2 Córregos/2018) Em uma empresa, uma das características essenciais de um


ativo é
a) gerar benefícios econômicos para a entidade.
b) ser um recurso decorrente de evento futuro.
c) ser de propriedade legal.
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo.
e) ter forma física.
Comentários:

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Como dissemos, o ativo é Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados.
A letra a é o nosso gabarito! As outras assertivas estão incorretas.
b) ser um recurso decorrente de evento futuro.
c) ser de propriedade legal.
d) ter sido utilizado para liquidar um passivo.
e) ter forma física.
O erro da letra d está em dizer que deve ser utilizado para liquidar um passivo. Ele pode ser
utilizado para gerar receitas, por exemplo.

5.2 - Definição de Passivo

Quando a gente começa a estudar Contabilidade, o passivo costuma ser definido como “as
obrigações da empresa para com terceiros”.

O pronunciamento CPC 00 (R2), por seu turno, fornece a seguinte definição: obrigação presente
da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados.

@profjuliocardozo Obrigação
Presente

Transferir um
Passivo recurso
econômico

Resultado de
eventos
passados

1) Obrigação presente da entidade: A obrigação é o dever ou responsabilidade que a entidade


não tem a capacidade prática de evitar. Gastos previstos e/ou esperados não constituem passivos.
Por exemplo, se uma empresa de aviação tem a previsão de trocar os motores de uma aeronave
dentro de 2 anos, ao custo de R$200.000,00, isto não constitui um passivo, pois não é obrigação
presente. Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avião e não realizar a troca dos motores.

2) Transferência de recurso econômico: a obrigação deve ter o potencial de exigir que a entidade
transfira um recurso econômico para outra parte (ou partes).

3) Derivada de eventos já ocorridos: eventos futuros não constituem passivo. Ainda que o
pagamento seja feito em data posterior, o evento que origina o passivo já deve ter ocorrido.

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Agora, um quesito:

(Perito Criminal/Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Segundo a teoria contábil, uma condição


indispensável para que um item patrimonial seja definido como um passivo é que
a) o vencimento da obrigação se dê em uma data futura previamente acordada entre as partes.
b) o devedor saiba que possui uma dívida e o credor tenha reconhecido o direito de receber.
c) o valor da obrigação seja líquido e certo.
d) a obrigação exista no momento presente, fruto de eventos passados.
e) o sacrifício futuro de um ativo para satisfazer a obrigação seja uma decisão do devedor.
Comentários:
Segundo o CPC 00, “passivo é obrigação presente da entidade de transferir um recurso
econômico como resultado de eventos passados. Assim sendo, a alternativa correta é a opção
“D”.

5.3 - Definição de Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido normalmente é caracterizado como o “dinheiro dos sócios aplicado na


empresa”. Podemos dizer também que o patrimônio líquido é o capital próprio. Para o
pronunciamento CPC 00, “Patrimônio Líquido é o Participação residual nos ativos da entidade
após a dedução de todos os seus passivos.” Ou seja, é o que sobra após deduzir todos os passivos
dos ativos.

Pois bem, essas definições estão sendo cada vez mais exploradas em provas. Assim, é essencial
tem que conhecer!

6.ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL


Antes de começarmos a falar efetivamente sobre cada um dos grupos patrimoniais, é interessante
que vocês saibam que assim se divide o balanço patrimonial:

ATIVO PASSIVO
Circulante Passivo Circulante
Não Circulante Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

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7.GRUPOS PATRIMONIAIS
No balanço patrimonial, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia (LSA, art. 178).

7.1 - Ativo

No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos
nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e
intangível.

Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de liquidez. A liquidez se
refere à expectativa de conversão em dinheiro de um bem ou direito.

Desta forma, começaremos a expor as contas no ativo pela maior conversibilidade em dinheiro,
ou seja, pela conta caixa, que já representa o próprio numerário. Em seguida, classificaremos a
conta bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos
ou outra que tenha baixíssima liquidez.

Esquematizemos:

• Caixa
• Bancos
Da maior • Estoques

• Terrenos
• Equipamentos
Para menor
• Intangíveis
liquidez

A seguir, um quesito de prova:

(Técnico da Receita Federal) No ativo, as contas serão dispostas em ordem crescente de grau de
liquidez dos elementos nelas registrados, em grupos especificados na lei.

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Comentários:
Item Incorreto, na verdade, é em ordem decrescente de grau de liquidez.

7.1.1 - Ativo Circulante

O ativo se divide em:

1) Ativo circulante; e

2) Ativo não circulante.

Segundo a Lei 6.404:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do


exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte;

Esquematizemos:

Disponibilidades

Direitos realizáveis no
Ativo circulante curso do exercício
social subsequente

Aplicações de recursos
em despesas do
exercício seguinte

Fique Atento! O ativo é dividido em circulante e não circulante. Portanto, em regra, quando você
vir um balanço patrimonial, será essa a classificação que estará lá! Mas os Pronunciamentos
Contábeis melhoram esse entendimento e permitem uma certa flexibilização para essa
apresentação.

Vejam o que diz o CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis:

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60. A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos


circulantes e não circulantes, como grupos de contas separados no balanço
patrimonial, de acordo com os itens 66 a 76, exceto quando uma apresentação
baseada na liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante. Quando
essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por
ordem de liquidez.

Comentários:

Em regra, utilizamos a classificação tradicional, em circulante e não circulante. Porém, quando a


apresentação por liquidez for mais confiável, apresentamos as informações com base na liquidez
e não em circulante e não circulante.

61. Qualquer que seja o método de apresentação adotado, a entidade deve


divulgar o montante esperado a ser recuperado ou liquidado em até doze meses
ou mais do que doze meses, após o período de reporte, para cada item de ativo
e passivo.

Comentários:

Independentemente do método utilizado, a empresa deve divulgar o que for realizável ou exigível
em até 12 meses, ou seja, deve divulgar os ativos que se transformarão em dinheiro em 12 meses
e os passivos que devem ser pagos em 12 meses.

62. Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional


claramente identificável, a classificação separada de ativos e passivos circulantes
e não circulantes no balanço patrimonial proporciona informação útil ao distinguir
os ativos líquidos que estejam continuamente em circulação como capital
circulante dos que são utilizados nas operações de longo prazo da entidade. Essa
classificação também deve destacar os ativos que se espera sejam realizados
dentro do ciclo operacional corrente, bem como os passivos que devam ser
liquidados dentro do mesmo período.

Comentários:

Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente


identificável, a classificação de ativos e passivos circulantes e não circulantes no balanço possibilita
a identificação do capital circulante e dos ativos que são utilizados nas operações de longo prazo
da empresa.

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Já o Capital Circulante Líquido é o Ativo Circulante menos o Passivo Circulante. É o capital usado
dentro do ciclo operacional. O Capital Circulante Líquido é usado para financiar a compra de
material prima, produção e o prazo até o recebimento do cliente.

Muito bem. Quando o ciclo operacional for claramente identificável, como acontece nas empresas
industriais e comerciais, a classificação baseada em circulante e não circulante é mais adequada,
para identificar o capital circulante líquido e os ativos usados nas operações de longo prazo.

O ciclo operacional é o tempo que a empresa leva para comprar ativos, estocar, produzir, vender
e receber. Em outras palavras, é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua
realização em caixa. Quando o ciclo operacional não for claramente identificável, pressupõe-se
que sua duração seja de doze meses.

63. Para algumas entidades, tais como instituições financeiras, a apresentação de


ativos e passivos por ordem crescente ou decrescente de liquidez proporciona
informação que é confiável e mais relevante do que a apresentação em circulante
e não circulante pelo fato de que tais entidades não fornecem bens ou serviços
dentro de um ciclo operacional claramente identificável.

Comentários:

No caso de instituições financeiras, que não apresentam ciclo operacional claramente identificável,
a classificação de ativos e passivos pela liquidez proporciona informação confiável e mais
relevante.

64. Na aplicação do item 60, é permitido à entidade apresentar alguns dos seus
ativos e passivos, utilizando-se da classificação em circulante e não circulante e
outros por ordem de liquidez quando esse procedimento proporcionar informação
confiável e mais relevante. A necessidade de apresentação em base mista pode
surgir quando a entidade tem diversos tipos de operações.

Comentários:

E podemos ainda utilizar a base mista. Parte como circulante e não circulante e parte pela liquidez.
Tudo deve ser feito para apresentar a informação da maneira mais fidedigna possível. A
necessidade de apresentação em base mista pode surgir quando a entidade tem diversos tipos
de operações, como, por exemplo, uma montadora de automóveis que tem uma instituição
financeira para financiar as vendas aos seus clientes.

Atenção! O termo liquidez é aqui utilizado de forma genérica. Liquidez, para o ativo, é aquilo que
maior grau de conversibilidade em dinheiro. Já para o passivo, são aquelas dívidas que vencem
primeiro (também chamado de exigibilidade).

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Em suma:

Mais adequada quando tem ciclo


Regra: Circulante e
operacional identificável
não circulante
(indústria, comércio)

Apresentação dos Possibilidade: Quando não tem ciclo operacional


ativos e passivos Liquidez identificável (banco)

Se for mais
Quando a entidade tem diversos
confiável: Base
tipos de operações
mista

Examinemos uma questão de prova:

(Analista/EBSERH/2018) A segregação usual entre ativos circulantes e não circulantes, realizada


no balanço patrimonial, pode ser substituída pela apresentação de alguns ativos e passivos por
ordem de liquidez, quando tal procedimento fornecer informação mais confiável e relevante sobre
tais itens patrimoniais, mantendo-se para os demais ativos e passivo o critério tradicional.
Comentários:
Pegadinha maldosa! O item ia bem, mas deu um vacilo no final.
Segundo o CPC 26:
60. A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não
circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial, de acordo com os itens 66
a 76, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação confiável e
mais relevante. Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser
apresentados por ordem de liquidez.
Ou seja, o erro da assertiva é afirmar que é possível mantendo-se, para os demais ativos e passivos,
o critério tradicional". Se utilizar a chamada base mista, deve ser aplicada a TODOS
ATIVOS/PASSIVOS! Muitos alunos têm dúvida nessa assertiva.
Cuidado. Se for usar a base mista, tem que ser para todos os ativos e passivos.

7.1.1.1 - Disponibilidades

As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou que nele possam ser convertidos
de forma imediata, como a conta caixa, bancos conta movimento. Quais são as contas que
compõem as disponibilidades? Bem, basicamente a conta caixa e equivalentes de caixa.

Exemplos de disponibilidades:

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- Caixa.

- Contas bancárias

- Numerários em trânsito, como por exemplo, remessas para filiais, depósitos, ordem de
pagamento;

- Aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em
montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Pontos de atenção!

- Contas bancárias da empresa quando o banco está em liquidação: não entram, devem ser
reclassificadas para contas a receber.

Observação: as instituições financeiras não estão sujeitas ao processo de falência.


Então, o seu processo de falência é distinto sendo que uma das fases é chamada
de liquidação.

- Depósitos vinculados a operações de curto prazo: também não entram, já que não estão
prontamente disponíveis para serem sacados pela empresa.

Vamos ver uma questão interessantíssima para explicar este conceito:

(Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016) Em 31/12/2015, uma entidade possuía as seguintes contas em


seu ativo:
Caixa: R$ 100.000,00
Conta Bancária no Banco Alfa: R$ 50.000,00
Conta Bancária no Banco Beta: R$ 30.000,00
Depósito vinculado à liquidação de empréstimos de curto prazo: R$ 80,000,00
Numerário em trânsito decorrente de remessa para filial: R$ 40,000,00
Aplicações de curto prazo no mercado financeiro, prontamente conversíveis em caixa e com risco
considerável de mudança de valor: R$ 60.000,00
Além disso, sabe-se que, na data, o Banco Beta estava em liquidação.
Com base nas contas acima, o saldo das Disponibilidades, em 31/12/2015, foi
(A) R$ 150.000,00.
(B) R$ 180.000,00.
(C) R$ 190.000,00.

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(D) R$ 220.000,00.
(E) R$ 250.000,00.
Comentários:
Caixa e Conta bancária no Banco Alfa entram nas disponibilidades.
A conta bancária no Banco Beta não entra. Como o Banco está em liquidação, o valor da conta
bancária deve ser transferido para Contas a Receber no Ativo Circulante ou no Ativo não
circulante, a depender do prazo de recebimento.
Depósito vinculado à liquidação de empréstimo de curto prazo também não é disponibilidade,
pois não estão imediatamente disponíveis para pagamentos normais da empresa.
Numerário em trânsito decorrente de remessa para filial entra como disponibilidade, enquanto
estiver em trânsito.
Finalmente, aplicações de curto prazo no mercado financeiro, prontamente conversíveis em caixa
e com risco considerável de mudança de valor não entra. Conforme o CPC 3: “Equivalentes de
caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis
em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de
valor.”
Portanto, o disponível fica com as seguintes contas:
Caixa 100.000,00
Conta – Alfa 50.000,00
Numerário em trânsito 40.000,00
O gabarito é, portanto, letra c.

7.1.1.2 - Direito Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente

Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem ser reais ou pessoais. Os
reais representam os bens (estoques de matérias-primas, produtos acabados, em elaboração). Os
pessoais representam os direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar).

Essa realização dita pela lei se dá pelo consumo ou venda destes bens.

Apenas um adendo! A redação infeliz da Lei 6404/76 leva ao entendimento de que, por exemplo,
estando em 18 de fevereiro de X1, teríamos como circulante todos os direitos registráveis até 31
de dezembro de X2. No entanto, o correto é que fiquem no circulante as operações que vencem
nos 12 meses seguintes à data de encerramento do balanço (Ver CPC 26, item 66).

Vamos supor que uma empresa publique o balanço trimestralmente. Se seguirmos ao pé da letra
o que diz a 6.404/76, teríamos o seguinte:

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1. Balanço fechado em março/X1: 21 meses no circulante (4 de X1 a 12 de X2)


2. Balanço fechado em junho/X1: 18 meses no circulante (7 de X1 a 12 de X2)
3. Balanço fechado em setembro/X1: 15 meses no circulante (10 de X1 a 12 de X2)
4. Balanço fechado em dezembro /X1: 12 meses no circulante (01 de X2 a 12 de X2).

Isso não tem nenhum sentido, além de prejudicar fortemente a comparabilidade. O correto é
sempre considerar os 12 meses seguintes ao fechamento do balanço como circulante, isso
supondo que a empresa possui um ciclo operacional menor que 12 meses. Se o ciclo operacional
for maior (uma construção de navio por exemplo), usamos o prazo do ciclo operacional.

Observação: O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a


empresa leva para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma
empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e
recebimento dos clientes.

7.1.1.3 - Despesas Antecipadas

As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas despesas


antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência ou serão pagas no
curto prazo e ainda não foram para o resultado pelo regime de competência.

Pelo regime de competência, se você efetua um pagamento de 12 meses de um contrato de


seguro ou de aluguel, então terá direito a utilizar o seguro ou o imóvel alugado. Contudo, a
despesa somente deve ser incorrida mês a mês.

Mas, professores, se eu desembolsei de uma vez, o que vou fazer? Ficará reconhecido como um
direito, no ativo, que aos poucos serão consumidos, gerando uma despesa. Vejamos!

Por exemplo, se a sociedade alfa paga uma despesa de seguro, em 01.12.2010, que se refere ao
exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00, registrará o fato como despesa antecipada, do
seguinte modo:

D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante)


C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante)

Razonetes:

Seguros a vencer (AC) Caixa (AC)


1.200,00 1.200,00

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Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro, iremos lançar:

D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa)


C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo)

Razonetes:

Seguros a vencer (AC) Despesa de seguros


1.200,00 100,00 100,00
1.100,00

Mas por que, professor, lança como seguro a vencer e não como despesa?! Princípio da
competência, pessoal!

Atenção! Quantos aos seguros, você tem que se habituar aos seguintes termos:

- Prêmio de seguros: despesa na DRE. Valor pago para que você possa utilizar o seguro durante
o ano.

- Prêmio de seguros a apropriar ou seguros a vencer: fica no ativo circulante ou no ativo não
circulante realizável a longo prazo, dependendo do prazo. É o valor que será transferido para o
resultado, gradativamente, conforma vamos utilizando o serviço

Pessoal, não vacilem!

- A despesa já incorrida e ainda não paga aparece como passivo (despesa a pagar).
- A despesa já paga e ainda não incorrida aparece como ativo (despesa paga antecipadamente).
- E a despesa já incorrida e já paga aparece apenas na demonstração do resultado, como despesa.

Vejamos como foi cobrado:

(Contador/TJ MT/2016) Para o setor privado, “o pagamento antecipado de aluguéis” se relaciona


a uma Despesa
a) Paga e Não Incorrida.
b) Incorrida e Não Paga.
c) Paga e Incorrida.
d) Incorrida.
Comentário:
Se você pagou o aluguel, mas ainda não usufruiu, está diante de uma hipótese de despesa paga
e não incorrida. O gabarito é, portanto, letra a.

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Anote-se, ainda, que ficam classificados no ativo circulante os investimentos em outras sociedades
com fins meramente especulativos, cuja intenção de alienação se dê em breve período de tempo.
Então, quando você compra um investimento para liquidação no curto prazo, ele irá permanecer
no ativo circulante.

7.1.1.4- Provisão Para Devedores Duvidosos (PDD)

Sabemos que as empresas, para sobreviver, precisam realizar vendas a prazo. Todavia, nem
sempre ela acaba por receber todo o valor vendido. Se uma entidade do varejo vende, por
exemplo, R$ 1.000.000,00, é quase certo que ela levará algum calote.

Por isso surge a provisão para devedores duvidosos. Esse nome, contudo, vem sendo substituído
gradativamente em provas de concursos.

Embora continue sendo chamada de Provisão, o nome tecnicamente mais correto seria perdas
estimadas com devedores duvidosos, ou, se formos mais rigorosos, perdas estimadas com
créditos de liquidação duvidosa.

A conta perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa é retificadora da conta


clientes/duplicatas a receber.

Expliquemos!

Uma empresa vendeu R$ 100.000,00 a prazo, e constitui provisão para devedores duvidosos de
3%.

Na venda dos R$ 100.000,00:

D – Clientes (ativo) 100.000,00


C – Receita de vendas (resultado) 100.000,00

Razonetes:

Clientes (Ativo) Receita Vendas


100.000,00 100.000,00

Na constituição da provisão para devedores duvidosos:

D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 3.000,00


C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00

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Razonetes:

Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)


3.000,00 3.000,00

Primeira hipótese: perdeu exatamente os R$ 3.000,00 e recebeu R$ 97.000,00.

D – Bancos (ativo) 97.000,00


D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00

Razonetes:

Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo)


100.000,00 100.000,00 3.000,00 3.000,00

Bancos (Ativo)
97.000,00

Nesta hipótese, demos baixa em toda a conta clientes. Entrou R$ 97.000,00 no banco e liquidamos
a PDD, como era esperado. O calote foi totalmente absorvido pela provisão.

Segunda hipótese: perdemos somente R$ 2.000,00, recebendo R$ 98.000,00.

D – Bancos (ativo) 98.000,00


D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 2.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00

Razonetes:

Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo)


100.000,00 100.000,00 2.000,00 3.000,00
1.000,00

Bancos (Ativo)
98.000,00

Vejam que sobrou na conta provisão para devedores duvidosos o valor de R$ 1.000,00.

Assim, restam duas possibilidades para a empresa:

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1 – Método da complementação:

Complementar o valor que faltar no próximo exercício. Assim, se ela vender R$ 50.000,00 no
exercício seguinte, terá de constituir PDD de R$ 1.500,00 (3% de 50.000,00). Como já temos R$
1.000,00 na conta PDD, constituiremos somente R$ 500,00.

Lançamento:

D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 500,00


C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 500,00

Razonetes:

Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)


500,00 1.000,00 Saldo Inicial
500,00

2 – Método da reversão:

Reverter o valor que sobrou. Nesta hipótese, havendo sobra no período, revertemos todo o
montante, constituindo nova provisão no exercício subsequente.

Lançamento:

D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 1.000,00


C – Reversão da PDD (receita) 1.000,00

Razonetes:

PDD (Ret. Ativo) Reversão da PDD


2.000,00 3.000,00 1.000,00
1.000,00 1.000,00

E no exercício subsequente

D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 1.500,00


C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 1.500,00

Razonetes:

Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)


1.500,00 1.500,00

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Terceira hipótese: perdeu R$ 5.000,00, recebendo somente R$ 95.000,00.

Neste caso, a conta provisão para devedores duvidosos revela-se insuficiente para absorver o
calote. Teremos de lançar uma perda, no resultado do exercício, no valor de R$ 2.000,00.

D – Bancos (ativo) 95.000,00


D – Perdas com clientes (despesa) 2.000,00
D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00

Razonetes:

Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo)


100.000,00 100.000,00 3.000,00 3.000,00

Bancos (Ativo) Perda com clientes


95.000,00 2.000,00

Tudo bem?

Estas são as hipóteses existentes para o caso da provisão para devedores duvidosos – PDD. Mais
uma coisa...

Quando a provisão é constituída, nós lançamos:

D – Despesa com PCLD


C – PCLD (redutora ativo)

Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente é considerado


incobrável, nós fazemos o seguinte:

D – PCLD
C – Duplicatas a receber

Vejam que, neste lançamento, a conta foi considerada como incobrável. Ocorre que,
posteriormente, o cliente que havia sido considerado incobrável, efetuou o pagamento. Mas já
havíamos dado baixa na conta. O que fazer?

Nesta hipótese, lançamos o valor na conta caixa, o montante recebido, e a contrapartida será uma
conta de receita (outras receitas operacionais).

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D – Disponível
C – Outras receitas operacionais

No balanço patrimonial, a conta PDD aparece no Ativo, embora tenha saldo credor (é retificadora
do Ativo):

Ativo
Caixa
Bancos
Duplicatas a Receber 100.000
Provisão para Devedores Duvidosos (4.000)

Vamos ver uma questão interessantíssima para explicar este conceito:

(Analista/TRF 3/2014) Em 31/12/2012, a empresa Credora S.A. possuía R$ 150.000,00 em


duplicatas a receber de clientes e uma estimativa de perdas com créditos de liquidação duvidosa
(EPCLD) no valor de R$ 7.500,00. Em fevereiro de 2013, o cliente Caloteiro, que devia R$ 4.000,00,
se tornou incobrável. Ao registrar este evento na contabilidade, a empresa Credora S.A.:
a) reduziu o total do Ativo.
b) reconheceu um Passivo.
c) reduziu o Patrimônio Líquido.
d) reduziu o saldo da estimativa (EPCLD).
e) reconheceu uma Perda com Clientes, no resultado.
Comentários:
O balanço estava do seguinte modo:
Clientes 150.000,00
(-) PCLD (7.500,00)
Saldo líquido 142.500,00
Quando a provisão é constituída, nós lançamos:
D – Despesa com PCLD 7.500
C – PCLD (redutora ativo) 7.500
Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente é considerado
incobrável, nós fazemos o seguinte:
D – PCLD 4.000
C – Duplicatas a receber 4.000

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Com esse lançamento, o ativo ficará:


Clientes 146.000,00
(-) PCLD (3.500,00)
Saldo líquido 142.500,00
Portanto, houve redução do saldo da estimativa da PCLD.
O gabarito é letra d.

7.2 - Ativo Circulante - CPC 26

O CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, apresentam critérios para o


reconhecimento de ativos circulantes. Não podemos entender como contradição à Lei 6404/76,
mas um aperfeiçoamento dos critérios, vejam:

O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos
seguintes critérios:

a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido


no decurso normal do ciclo operacional da entidade;

(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;

(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou

(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico


CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para
liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a
data do balanço.

Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.

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8. QUESTÕES COMENTADAS
A respeito dos procedimentos estabelecidos pela legislação societária e pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) em relação às demonstrações contábeis, julgue os itens a
seguir.
1. (Cebraspe/TCE-RJ/Auditor/2021) No balanço patrimonial, os ativos e passivos devem ser
apresentados por ordem de liquidez, sempre que tal forma de apresentação proporcionar
informação confiável e mais relevante para o usuário do que a apresentação de ativos
circulantes e não circulantes e de passivos circulantes e não circulantes como grupos de contas
separados do balanço patrimonial.

Comentários:

Fique Atento! O ativo é dividido em circulante e não circulante pela Lei 6404/76. Portanto, em
regra, quando você vir um balanço patrimonial, será essa a classificação que estará lá! Mas os
Pronunciamentos Contábeis melhoram esse entendimento e permitem uma certa flexibilização
para essa apresentação. Vejam o que diz o CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis:

60. A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos


circulantes e não circulantes, como grupos de contas separados no balanço
patrimonial, de acordo com os itens 66 a 76, exceto quando uma apresentação
baseada na liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante. Quando
essa exceção for aplicável, todos os ativos e passivos devem ser apresentados por
ordem de liquidez.

O gabarito é certo.

Com relação ao conceito e aos critérios de avaliação de despesas antecipadas, julgue os itens que
se seguem.
2. (Cebraspe/TCE-RJ/Auditor/2021) Despesas antecipadas representam despesas já incorridas
que são ativadas no balanço patrimonial para apropriação ao resultado em exercícios futuros.

Comentários:

Item errado, pessoal. As despesas antecipadas são, na verdade, despesas que ainda NÃO FORAM
INCORRIDAS, ou seja, ainda não ocorreram os respectivos fatos geradores, por esse motivo, não
podem ser reconhecidas no resultado, de acordo com o Regime de Competência. Mas é correto
afirmar que elas são ativadas no balanço patrimonial e apropriação ao resultado futuro.

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3. (Cebraspe/TCE-RJ/Auditor/2021) As despesas antecipadas representam direitos que serão


realizados em dinheiro no futuro e que estão sujeitos a provisão para perdas no seu valor
recuperável.

Comentários:

As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas despesas


antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência ou serão pagas no
curto prazo e ainda não foram para o resultado pelo regime de competência.

Pelo regime de competência, se você efetua um pagamento de 12 meses de um contrato de


seguro ou de aluguel, então terá direito a utilizar o seguro ou o imóvel alugado. Contudo, a
despesa somente deve ser incorrida mês a mês.

Mas, professores, se eu desembolsei de uma vez, o que vou fazer? Ficará reconhecido como um
direito, no ativo, que aos poucos serão consumidos, gerando uma despesa.

Agora vamos analisar nossa questão:

"As despesas antecipadas representam direitos que serão realizados em dinheiro no futuro"

Esse trecho está errado, pessoal, pois, na verdade, as despesas antecipadas representam direitos
que a empresa possui, como por exemplo, seguros, alugueis, mas eles NÃO serão realizados em
dinheiro necessariamente. A realização, como regra, será pelo uso do benefício adquirido, como
por exemplo, o seguro, que será apropriado ao resultado do período correspondente. Portanto,
o item está correto.

Agora, esses valores estão sujeitos a provisão para perdas no seu valor recuperável? A meu ver
sim, pois nenhum ativo pode estar contabilizado por valores que excedam aos benefícios
econômicos esperados dele.

Essa é a ideia geral de recuperabilidade, assim sendo, apesar de não ser comum, poderíamos fazer
a análise de um seguro pago antecipadamente.

O FIPECAFI afirma que o conceito geral de impairment se aplica a TODOS OS ATIVOS SEM
EXCEÇÃO.

Exemplo: será que a seguradora tem condições de pagar o prêmio? Será que ela tem condições
de prestar o serviço? Tudo isso está relacionado com a análise da recuperabilidade de um ativo.

Apenas destaco que o item está errado, em virtude da primeira avaliação.

O gabarito é errado.

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Com relação aos conceitos de ativos, passivos e patrimônio líquido, julgue o item a seguir.

4. (CEBRASPE/SEFAZ DF/Auditor/2020) Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo,


passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para sua essência subjacente e sua realidade
econômica, e não apenas para sua forma legal.

Comentários:

Questão literal do CPC 00 (R2):

4.51 (b) as informações fornecidas sobre o ativo ou passivo e sobre quaisquer


receitas e despesas relacionadas devem representar fidedignamente a essência da
transação ou outro evento do qual resultaram [...]

Ainda, conforme a Estrutura Conceitual:

Representação fidedigna

2.12 Relatórios financeiros representam fenômenos econômicos em palavras e


números. Para serem úteis, informações financeiras não devem apenas representar
fenômenos relevantes, mas também representar de forma fidedigna a essência
dos fenômenos que pretendem representar. Em muitas circunstâncias, a essência
de fenômeno econômico e sua forma legal são as mesmas. Se não forem as
mesmas, fornecer informações apenas sobre a forma legal não representaria
fidedignamente o fenômeno econômico (ver itens de 4.59 a 4.62).

Portanto, item correto.

Com base no Pronunciamento Conceitual Básico (R2) — Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro — do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),
julgue os itens seguintes.

5. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019. Adaptada) A forma legal é o


elemento determinante para se concluir que uma obrigação se enquadra ou não na definição
de passivo.

Comentários:

Questão literal do CPC 00 (R2):

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4.51 (b) as informações fornecidas sobre o ativo ou passivo e sobre quaisquer


receitas e despesas relacionadas devem representar fidedignamente a essência da
transação ou outro evento do qual resultaram [...]

Comparando o item com o pronunciamento, temos que: “A forma legal é o elemento


determinante para se concluir que uma obrigação se enquadra ou não na definição de passivo.”

Corrigindo o item, obtemos: “A forma legal NÃO é o elemento determinante para se concluir que
uma obrigação se enquadra ou não na definição de passivo”. Portanto, item errado.

6. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Uma entidade que controla


determinado recurso, mas que não detém a sua propriedade, não deve reconhecê-lo como
ativo na contabilidade, pois, independentemente de qualquer condição, tal recurso não se
enquadra na definição de ativo

Comentários:

É muito importante que você saiba, e as bancas cobram isso em prova, que o ativo é um recurso
controlado pela entidade, derivado de eventos passados e dos quais se espera futuros benefícios
econômicos para a entidade.

Essa é a definição de ativo! Portanto, são irrelevantes para a definição de ativo:

- Que a entidade tenha a propriedade legal (veja o caso do arrendamento).

- Que ele tenha forma física (por exemplo, os intangíveis).

- Que a entidade tenha efetuado um gasto (ela pode ganhar um terreno do governo, por exemplo).

Confrontando o item com o exposto acima, temos que: “Uma entidade que controla determinado
recurso, mas que não detém a sua propriedade, não deve reconhecê-lo como ativo na
contabilidade, pois, independentemente de qualquer condição, tal recurso não se enquadra na
definição de ativo”

Reparando o item, obtemos: “Uma entidade que controla determinado recurso, mas que não
detém a sua propriedade, deve reconhecê-lo como ativo na contabilidade, pois, atendendo as
demais condições (eventos passados e futuros benéficos econômicos), tal recurso se enquadra na
definição de ativo”. O gabarito é, portanto, errado.

A empresa ABC S.A. figura como arrendatária em um contrato de arrendamento mercantil de um


conjunto de máquinas pelo valor futuro de R$ 1 milhão, com opção de compra ao final do contrato.

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Os pagamentos do contrato serão feitos mensalmente durante o prazo de 10 anos. As máquinas


são de controle da ABC S.A. e foram confeccionadas conforme as solicitações dessa empresa,
para que as atividades comerciais da arrendatária pudessem ser realizadas.
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir, de acordo com a legislação vigente.
7. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Para o reconhecimento das
máquinas como ativo da ABC S.A., é necessário que a empresa detenha a efetiva propriedade
jurídica delas.

Comentários:

Errado, não é necessária a propriedade jurídica.

Acerca de despesas antecipadas, julgue os próximos itens.

8. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Despesas antecipadas


representam o direito de receber bens ou serviços contratados de terceiros e pagos pelo
adquirente previamente à execução do contrato pelo fornecedor do bem ou pelo executante
do serviço.

Comentários:

Concordam que se efetuamos o pagamento antecipado por uma mercadoria ou serviços, como
seguros, assinaturas de jornais, ficamos com um DIREITO a receber?

Portanto, o item está mesmo correto, visto que Despesas antecipadas representam mesmo o
direito de receber bens ou serviços contratados de terceiros e pagos pelo adquirente. Item
correto

Situação hipotética: O pagamento à vista do prêmio de um seguro com vigência de três anos
gerou um lançamento na conta de despesa antecipada.

9. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Assertiva: O valor dessa despesa


deve ser registrado no ativo realizável a longo prazo do balanço patrimonial.

Comentários:

É correto afirmarmos que o pagamento à vista do prêmio de seguros deve ser lançado como
despesa antecipada. Porém, o seguro adquirido é tem a vigência de 3 anos, ou seja, uma parcela
é de curto prazo (1 ano) e a outra é de longo prazo (2 anos).

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Assim sendo, temos que a fazer a separação em despesas antecipadas no Ativo Circulante (1 ano)
e no chamado Ativo Não Circulante (2 anos). Item errado

10. (CEBRASPE/COGE CE/Auditor de Controle Interno/2019) À luz da Lei n.º 6.404/1976, assinale
a opção correta.
a) A elaboração da demonstração financeira do resultado abrangente é obrigatória para as
sociedades por ações de capital aberto.
b) A elaboração da demonstração financeira dos lucros ou prejuízos acumulados é facultativa para
as sociedades por ações de capital fechado.
c) A elaboração da demonstração financeira dos fluxos de caixa é facultativa para as sociedades
por ações de capital fechado ou aberto.
d) A elaboração da demonstração financeira do valor adicionado é obrigatória para as sociedades
por ações de capital aberto.
e) A elaboração das demonstrações financeiras consolidadas é obrigatória para as sociedades por
ações de capital aberto ou fechado.

Comentários:

Questão de literalidade da Lei das SAs! Vejamos:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

III - demonstração do resultado do exercício; e

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de


2007)

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº


11.638, de 2007)

§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a


R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

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Esquematizemos:

COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados X X
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X

Agora, confortemos a lei com as alternativas:

a) A elaboração da demonstração financeira do resultado abrangente é obrigatória para as


sociedades por ações de capital aberto.

Errado, aqui temos uma pegadinha da banca. Fique Atento! O CPC 26 menciona a demonstração
do resultado abrangente – assunto não previsto na Lei 6.404. A DRA é uma demonstração que
evidencia “as receitas e despesas” que não são reconhecidas no resultado, indo direto para o
patrimônio líquido.

b) A elaboração da demonstração financeira dos lucros ou prejuízos acumulados é facultativa para


as sociedades por ações de capital fechado.

Errado, de acordo com a lei 6.404/76 a DLPA é obrigatória tanto paras as sociedades por ações
de capital fechado quanto as de capital aberto. Ressalta-se que de acordo com o CPC 26, caso a
entidade elabore a DMPL, ficará dispensada de elaborar a DLPA.

c) A elaboração da demonstração financeira dos fluxos de caixa é facultativa para as sociedades


por ações de capital fechado ou aberto.

Errado, conforme a lei 6.404/76 a DFC é obrigatória tanto paras as sociedades por ações de capital
aberto quanto as de capital fechado com patrimônio líquido, na data do balanço, maior ou igual
a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

Então, o correto seria: “A elaboração da demonstração financeira dos fluxos de caixa é facultativa
para as sociedades por ações de capital fechado ou aberto com patrimônio líquido, na data do
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).”

d) A elaboração da demonstração financeira do valor adicionado é obrigatória para as sociedades


por ações de capital aberto.

Correto, segundo a lei 6.404/76 a DVA é obrigatória para as sociedades por ações de capital
aberto.

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e) A elaboração das demonstrações financeiras consolidadas é obrigatória para as sociedades por


ações de capital aberto ou fechado.

Nessa alternativa teremos que ir um pouco mais fundo na lei das SAs. Vamos lá!

Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do
seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades
controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações
financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do artigo 250.

A alternativa E está errada, pois a constituição na forma de sociedade aberta ou fechada não é o
critério utilizado.

Por fim, podemos marcar a letra d como gabarito.

Com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e nas


disposições da Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações acerca de demonstrações contábeis, julgue o
item.
11. (CEBRASPE/ SLU DF/ Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) A
classificação de ativos e passivos como circulantes ou não circulantes deve obedecer ao ciclo
operacional da empresa

Comentários:

Em regra, com base nos pronunciamentos contábeis, utilizamos a classificação tradicional, em


circulante e não circulante. Entretanto, quando a apresentação por liquidez for mais confiável,
apresentamos as informações com base na liquidez e não em circulante e não circulante.

E podemos ainda utilizar a base mista. Parte como circulante e não circulante e parte pela liquidez.
Tudo deve ser feito para apresentar a informação da maneira mais fidedigna possível. A
necessidade de apresentação em base mista pode surgir quando a entidade tem diversos tipos
de operações, como, por exemplo, uma montadora de automóveis que tem uma instituição
financeira para financiar as vendas aos seus clientes.

Atenção! O termo liquidez é aqui utilizado de forma genérica. Liquidez, para o


ativo, é aquilo que maior grau de conversibilidade em dinheiro. Já para o passivo,
são aquelas dívidas que vencem primeiro (também chamado de exigibilidade).

Em suma:

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Regra: Mais adequada quando tem


Circulante e não ciclo operacional identificável
circulante (indústria, comércio)

Apresentação Quando não tem ciclo


Possibilidade:
dos ativos e operacional identificável
Liquidez
passivos (banco)

Se for mais
Quando a entidade tem
confiável: Base
diversos tipos de operações
mista

Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs:

Art.179. § Único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver


duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo
terá por base o prazo desse ciclo.

Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o ativo como para o
passivo.

O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-
prima, produzir, vender e receber.

Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e
recebimento dos clientes.

Assim, com base na lei 6.404/76, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo
desse ciclo apenas quando tal ciclo seja superior ao exercício social da entidade.

Confrontando o item com o exposto acima, temos que: “A classificação de ativos e passivos como
circulantes ou não circulantes PODE deve obedecer ao ciclo operacional da empresa”

Portanto, item errado.

Com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e nas


disposições da Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações acerca de demonstrações contábeis, julgue o
item.

12. (CEBRASPE/ SLU DF/ Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) No
balanço patrimonial de uma companhia aberta, os saldos credores e devedores devem ser
apresentados em contas separadas, mesmo aqueles que a legislação autoriza a companhia a
compensar.

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Comentários:

De acordo com o art. 178, § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito
de compensar serão classificados separadamente. Agora, se a entidade tiver direito a compensar
esses saldos, como por exemplo, tributos não cumulativos, não há necessidade de apresentação
separada. Item errado.

13. (CEBRASPE/TCE-RO/Auditor de Controle Externo - Administração/2019) Assinale a opção


que apresenta apenas contas integrantes do ativo do balanço patrimonial de uma empresa.
a) estoques; contas a receber
b) caixa; empréstimos
c) empréstimos; debêntures
d) capital social; fornecedores
e) obrigações tributárias; caixa

Comentários:

Segundo o CPC 00 (R2), ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados. Por seu turno, recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos. São exemplos: caixa, estoques e contas a receber.

Diante do exposto, já podemos marcar a letra A. Vejamos as outras contas:

- Empréstimos, debêntures, fornecedores, obrigações tributárias: representam obrigações da


entidade perante terceiros, ou seja, são contas integrantes do PASSIVO do balanço patrimonial
de uma empresa.
- Capital social: representa o dinheiro dos sócios aplicado na empresa, ou seja, é uma conta
integrante do Patrimônio Líquido do balanço patrimonial de uma empresa.

Previstas na Lei n.º 6.404/1976, as demonstrações contábeis obrigatórias para sociedades


anônimas incluem o balanço patrimonial (BP) e a demonstração do resultado do exercício (DRE).
Acerca desses demonstrativos, julgue o item seguinte.
14. (CEBRASPE/PF/Escrivão/2018) O BP permite ao usuário da informação a análise da situação
financeira da companhia em dado momento.

Comentários:

Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a evidenciar, seja de forma


qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição patrimonial e financeira da entidade.

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No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações da empresa. Esta
informação é estática, pois funciona tal qual uma fotografia da entidade em determinado
momento. O gabarito é, portanto, certo.

15. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2018) A lei das sociedades por ações aplica-se a todas as
companhias ou sociedades anônimas, independentemente de suas ações serem, ou não,
comercializadas em bolsa de valores.

Comentários:

Item correto. A Lei 6404/76, conhecida como Lei das SAs. Sua publicação representou um enorme
avanço para a contabilidade brasileira e é importante destacar a forte influência norte-americana
em seus conceitos.

Ela é aplicável a todas as sociedades anônimas, sejam elas abertas ou fechadas.

Uma companhia aberta é aquela que negocia seus valores e títulos mobiliários no mercado de
valores mobiliários, como, por exemplo, bolsa de valores.

De maneira contrária, uma companhia é fechada quando não negocia seus títulos e valores
mobiliários no mercado de valores mobiliários. Portanto, item correto.

A tabela a seguir representa, em reais, o balancete de verificação de uma sociedade anônima em


31/12/20x0.
saldo
contas
devedor credor
caixa 25.300
aplicação financeira 5.700
estoques 4.000
móveis e utensílios 10.000
despesa de aluguel 3.000
duplicadas a pagar 8.200
aluguel a pagar 3.000
capital social 30.000
receita de serviços 6.800

16. (CESPE/Escrivão de Polícia Federal/2018) Nessa situação hipotética, o saldo devedor de caixa
representa disponibilidade financeira imediata que a entidade possui na data do balancete.

Comentários:

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Item correto, pois, no balanço apresentado a empresa possui saldo devedor no caixa de 25.300,
o que significa que ela possui disponibilidade imediata nessa quantia.

Previstas na Lei n.º 6.404/1976, as demonstrações contábeis obrigatórias para sociedades


anônimas incluem o balanço patrimonial (BP) e a demonstração do resultado do exercício (DRE).
Acerca desses demonstrativos, julgue o item seguinte.

17. (CESPE/Escrivão de Polícia Federal/2018) O BP apresenta as contas de resultado da entidade,


correspondentes a um exercício financeiro coincidente com o ano civil.

Comentários:

Item errado, pois o balanço patrimonial apresenta apenas contas patrimoniais, a saber, ativo,
passivo e patrimônio líquido.

A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) que apresentam contas de resultados.

Além disso, como regra, o exercício social tem duração de um ano, mas não vai coincidir,
necessariamente, com o ano civil.

De acordo com dispositivos da Lei n.º 6.404/1976 e de legislação complementar, julgue o item a
seguir.

18. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) As normas expedidas pela Comissão de


Valores Mobiliários (CVM) deverão ser observadas pelas companhias abertas na elaboração
das demonstrações financeiras e esses relatórios serão submetidos à auditoria independente,
assinados pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.

Comentários:

Item correto e que exige conhecimento da literalidade de lei 6404/76, vejam:

Art. 177. § 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,


ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão
obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela
registrados.

19. (CESPE/CAGE-RS/Auditor de Estado/2018) Assinale a opção correspondente a preceito legal


aplicável às demonstrações contábeis elaboradas por sociedade anônima.

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a) As contas de natureza semelhante que apresentem pequenos saldos devem ser agrupadas em
contas de designações genéricas.
b) A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados indicará o montante do lucro por ação do
capital social.
c) A duração do exercício social não pode ser inferior a um ano.
d) Eventos subsequentes à data de encerramento do exercício social serão evidenciados em notas
explicativas sempre que tragam, ou venham a trazer, impactos relevantes na situação financeira e
no resultado futuro da empresa.
e) É vedado às companhias fechadas utilizar-se das normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) para fins de elaboração de suas demonstrações contábeis.

Comentários:

a) As contas de natureza semelhante que apresentem pequenos saldos devem ser agrupadas em
contas de designações genéricas.

Errado, o art. 177, 2º da LSA afirma que nas demonstrações contábeis, as contas semelhantes
poderão ser agrupadas. Não representa uma obrigatoriedade.

Ademais, a própria lei veda a utilização de contas genéricas:

Art. 176. § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas;


os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e
não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é
vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-
correntes".

b) A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados indicará o montante do lucro por ação do


capital social.

Errado, é a DRE, Demonstração do Resultado do Exercício, que evidencia o lucro por ação,
conforme previsão da lei 6404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital
social.

Por sua vez, a DLPA irá evidenciar o chamado dividendo por ação:

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Art. 186. § 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o


montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na
demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela
companhia.

Esquematizemos:

DRE DLPA
Lucro ou
Dividendo
Prejuízo por
por ação
ação

c) A duração do exercício social não pode ser inferior a um ano.

Errado, o exercício social, como regra, terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada
no estatuto. Porém, na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício
social poderá ter duração diversa.

d) Eventos subsequentes à data de encerramento do exercício social serão evidenciados em notas


explicativas sempre que tragam, ou venham a trazer, impactos relevantes na situação financeira e
no resultado futuro da empresa.

Atenção! Esse assunto é tratado de maneira mais explicada em aulas avançadas.

Correto, esse é o nosso gabarito! O art. 176, § 5º, da LSA, afirma que as notas explicativas devem
indicar os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir
a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.

Expliquemos! Evento subsequente ao período a que se referem as demonstrações contábeis é


aquele evento, favorável ou desfavorável, que ocorre entre a data final do período a que se
referem as demonstrações contábeis e a data na qual é autorizada a emissão dessas
demonstrações.

Esquematizemos:

Data Final DCs Autorização DCs

Evento Subsequente

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Dois tipos de eventos podem ser identificados:

(a) os que evidenciam condições que já existiam na data final do período a que se
referem as demonstrações contábeis (evento subsequente ao período contábil a
que se referem as demonstrações que originam ajustes);

(b) os que são indicadores de condições que surgiram subsequentemente ao


período contábil a que se referem as demonstrações contábeis (evento
subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações que não
originam ajustes).

Esquematizemos:

Surgiram depois Não deve ser


do balanço ajustado
Evento
Subsequentes
Existiam antes do Devem ser
balanço ajustados

e) É vedado às companhias fechadas utilizar-se das normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) para fins de elaboração de suas demonstrações contábeis.

Errado, as companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações
financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas, segundo
o art. 177, § 6º da lei 6404/76.

O gabarito é letra d.

Tendo como referência a legislação societária e os pronunciamentos do Comitê de


Pronunciamentos Contábeis, julgue o item a seguir, relativo à elaboração de demonstrações
contábeis.

20. (CESPE/STM/Analista Judiciário – Contabilidade/2018) Para fins de levantamento do balanço


patrimonial e outras demonstrações financeiras, o exercício social deve ter a duração de um
ano, mas, na constituição da entidade e quando de alterações estatutárias, a duração do
exercício poderá ser diferente.

Comentários:

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Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será
fixada no estatuto.

Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração


estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.

Esquematizemos:

Exercício Constituição Duração


1 ano
Social ou Alteração Diversa

Portanto, item correto.

21. (CESPE/Técnico/EBSERH/2018) As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte


são classificadas no ativo circulante.

Comentários:

As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas despesas


antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência e ainda não foram
para o resultado pelo regime de competência.

Pelo regime de competência, se você efetua um pagamento de 12 meses de um contrato de


seguro ou de aluguel, então terá direito a utilizar o seguro ou o imóvel alugado. Porém, a despesa
somente deve ser incorrida mês a mês.

Mas, professores, se eu desembolsei de uma vez, o que vou fazer?

Ficará reconhecido como um direito, no ativo, até que o prazo vá se esvaindo.

Classificam-se, assim, no ativo circulante. Portanto, item correto.

Julgue o próximo item, a respeito das demonstrações financeiras.

22. (CESPE/Técnico/EBSERH/2018) Se, em determinada empresa, o prazo entre a aquisição de


ativos para a produção e sua transformação em caixa ou equivalente for superior ao exercício
social, a classificação no ativo circulante terá por base o ano civil.

Comentários:

Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs:

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Art.179. § Único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver


duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo
terá por base o prazo desse ciclo.

Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o ativo como para o
passivo.

O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-
prima, produzir, vender e receber.

Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e
recebimento dos clientes.

Confrontando o item com o exposto acima, temos que: “Se, em determinada empresa, o prazo
entre a aquisição de ativos para a produção e sua transformação em caixa ou equivalente for
superior ao exercício social, a classificação no ativo circulante terá por base o ano civil O PRAZO
DESSE CICLO.”

Portanto, item errado.

23. (CESPE/PC-MA/Perito Criminal/2018) Julgue os itens a seguir, relativos à elaboração e


apresentação de relatórios contábeis diversos.
I O conjunto completo de demonstrações contábeis das entidades comerciais deve ser elaborado
de acordo com o regime de competência.
II As demonstrações contábeis das entidades devem ser apresentadas ao menos anualmente e de
forma comparativa.
III Realizáveis a longo prazo, investimentos e intangível compõem o ativo não circulante.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Comentários:

I O conjunto completo de demonstrações contábeis das entidades comerciais deve ser elaborado
de acordo com o regime de competência.

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Errado, esse item é maldoso, hahaha, todo cuidado é pouco. O CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis apresenta o chamado conjunto completo de Demonstrações
Contábeis.

Conjunto completo de demonstrações contábeis

10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(a) balanço patrimonial ao final do período;

(b1) demonstração do resultado do período;

(b2) demonstração do resultado abrangente do período;

(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;

(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis


significativas e outras informações elucidativas;

(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos


itens 38 e 38A; (Incluída pela Revisão CPC 03)

(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente


apresentado, quando a entidade aplicar uma política contábil retrospectivamente
ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações
contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas demonstrações
contábeis de acordo com os itens 40A a 40D; e (Alterada pela Revisão CPC 03)

(f1) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento


Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo
se apresentada voluntariamente. (Alterada pela Revisão CPC 03)

Por sua vez, o mesmo CPC afirma que:

26. A entidade deve elaborar as suas demonstrações contábeis, exceto para a


demonstração dos fluxos de caixa, utilizando-se do regime de competência.

Ou seja, o item está errado, pois não é o conjunto completo de demonstrações contábeis que
deve ser elaborado utilizado o regime de competência, pois temos a exceção da DFC.

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II As demonstrações contábeis das entidades devem ser apresentadas ao menos anualmente e de


forma comparativa.

Correto, o CPC 26 afirma:

36. O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo
menos anualmente (inclusive informação comparativa).

III Realizáveis a longo prazo, investimentos e intangível compõem o ativo não circulante.

Atenção! Esse assunto é tratado de maneira mais explicada em aulas avançadas.

Correto, o ativo não circulante é composto por:

1 – ativo não circulante realizável a longo prazo;


2 – investimentos;
3 – imobilizado;
4 – intangível.

Esquematizemos:

Ativo não
circulante

RLP Investimentos Imobilizado Intangível

O gabarito é letra d.

Com relação a procedimentos contábeis diversos, julgue o item seguinte.

24. (CESPE/TCE-MG/ Analista de Controle Externo - Ciências Contábeis/2018. Adaptada) A


demonstração de mutações do patrimônio líquido não é obrigatória, de acordo com a Lei n.o
6.404/1976, apesar da relevância dessa demonstração para o entendimento de fatos que
possam modificar o patrimônio social de uma empresa em dado período.

Comentários:

Correto, a DMPL não é obrigatória pela Lei 6404/76, mas faz parte do conjunto completo de
Demonstrações do CPC 26.

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25. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) As demonstrações contábeis das


sociedades anônimas de capital fechado têm de ser elaboradas de acordo com as mesmas
normas aplicáveis às sociedades anônimas de capital aberto expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários.

Comentários:

As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas, segundo o art. 177,
§ 6º da lei 6404/76. Portanto, a questão erra, ao afirmar que demonstrações contábeis das
sociedades anônimas de capital fechado têm de ser elaboradas de acordo com as mesmas normas
aplicáveis às sociedades anônimas de capital aberto expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários. O gabarito é errado.

26. (CESPE/TRE-BA/Técnico Judiciário – Contabilidade/2017) A demonstração financeira


combinada que é exigida somente para a sociedade que tem ações negociadas em bolsa de
valores é a demonstração
a) das mutações do patrimônio líquido.
b) dos fluxos de caixa.
c) das origens e aplicações de recursos.
d) do valor adicionado.
e) do resultado abrangente.

Comentários:

As Demonstrações Contábeis obrigatórias estão previstas na Lei das SAs, da seguinte forma:

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

III - demonstração do resultado do exercício; e

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

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V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº


11.638, de 2007)

§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a


R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

As sociedades por ações podem ser do tipo aberta (quando comercializam títulos
e valores mobiliários no mercado de valores mobiliários) e fechadas (quando não
o fazem). As demonstrações contábeis são diferentes conforme estejamos frente
a um ou outro tipo societário.

Esquematizemos:

COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados X X
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X

Das Demonstrações Contábeis apresentadas, só é obrigatória para companhias abertas a


Demonstração do Valor Adicionado. O gabarito é letra d.

27. (CESPE/PC-PE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/2016) Com referência às perdas estimadas


em crédito de liquidação duvidosa, assinale a opção correta.
a) Notícia veiculada a respeito da recuperação judicial do cliente em atraso caracteriza uma perda
incorrida.
b) A baixa do título considerado incobrável é feita mediante lançamento contábil a crédito
diretamente na conta de despesa não operacional.
c) O fato de o cliente estar inadimplente junto a outras entidades não é motivo suficiente para que
a dívida dele seja incluída na estimativa de perdas.
d) As garantias reais não reduzem as perspectivas de perdas com contas a receber.
e) A apuração da estimativa da perda dispensa a análise individual dos títulos em atraso por cliente

Comentários:

Questão difícil e que cobrou alguns aspectos bem específicos sobre a adoção de Perdas estimadas
com clientes no Brasil.

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a) Notícia veiculada a respeito da recuperação judicial do cliente, em atraso caracteriza uma perda
incorrida.

Item correto. Segundo o FIPECAFI, um dos critérios para registro das estimativas de perdas em
créditos de liquidação duvidosa é o denominado como Perdas Incorridas. Sob essa alternativa são
só reconhecidos como despesas os valores de perdas já de conhecimento da investidora detentora
dos créditos. Assim, somente inadimplências já existentes, atrasos fora do normal já ocorridos,
notícias já veiculadas de falências, RECUPERAÇÃO JUDICIAL, inadimplência junto a outras
entidades etc. são fatos originadores do reconhecimento de despesas.

b) A baixa do título considerado incobrável é feita mediante lançamento contábil a crédito


diretamente na conta de despesa não operacional.

A baixa de um título considerado incobrável é feita pelo seguinte lançamento:

D - Perda estimada com clientes


C - Clientes

Assim sendo, não temos contas de despesas envolvidas. Trata-se de um fato permutativo.

c) O fato de o cliente estar inadimplente junto a outras entidades não é motivo suficiente para que
a dívida dele seja incluída na estimativa de perdas.

Item incorreto, pois como vimos na primeira explicação, somente inadimplências já existentes,
atrasos fora do normal já ocorridos, notícias já veiculadas de falências, INADIMPLÊNCIA JUNTO
A OUTRAS ENTIDADES etc. são fatos que dão origem ao reconhecimento de despesas.

d) As garantias reais não reduzem as perspectivas de perdas com contas a receber.

Quando o devedor usa as ditas garantias reais, hipoteca penhor, por exemplo, ele coloca seu
próprio patrimônio como garantia de pagamento.

Segundo a orientação do FIPECAFI, a existência de garantias reais ANULA OU REDUZ as


perspectivas de perdas. Assim sendo, as perspectivas de perdas são reduzidas e, alguns casos, até
eliminadas.

e) A apuração da estimativa da perda dispensa a análise individual dos títulos em atraso por cliente.

Pelo contrário pessoal! A análise individual do risco do cliente é uma das análises mais importantes
para o cálculo das Perdas Estimadas com Clientes. Item incorreto.

O gabarito é letra a.

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28. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Ativo é o conjunto de bens e direitos que


resultam de eventos passados e sobre os quais a entidade detém direitos de propriedade que
lhe permitem obter benefícios econômicos.

Comentários:

Costumamos definir o ativo como sendo os “bens e direitos” da empresa. Essa definição é
bastante útil para fins de classificação contábil.

Segundo o CPC 00 (R2), ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados. Por seu turno, recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos.

Vamos analisar rapidamente:

1) Recurso Econômico presente controlado: o controle, e não a propriedade jurídica, é


determinante para a definição do ativo. Controle vincula um recurso econômico à entidade. A
entidade controla um recurso econômico se ela tem a capacidade presente de direcionar o uso
do recurso econômico e obter os benefícios econômicos que podem fluir dele. Como
consequência, um bem que é alugado, em certas situações, pode ser classificado no ativo da
entidade.

2) Potencial de benefícios econômicos: Essa é parte é fundamental na definição item como ativo.
Não basta controlar ou construir um bem. Não basta já ter efetuado alguma ação passada, como
a compra de um equipamento. Para caracterizar um ativo, é necessário que o bem resulte em
futuros benefícios econômicos para a empresa, como por exemplo, receber fluxos de caixa, trocar
recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis. Assim sendo, um veículo adquirido
por R$ 100.000, mas que sofre um grave acidente e nem como sucata serve mais, não representa
mais um ativo.

3) Como Resultado De Eventos Passados: O ativo é resultado de algo que já ocorreu. Ou seja, a
intenção de comprar estoques, ou de vender estoques com lucro, não atende à definição de ativo.

Aqui é importantíssimo salientar que o direito de propriedade não é essencial para a definição de
ativo. Há, por exemplo, o caso do arrendamento mercantil, visto adiante, em que a sociedade
detém apenas a posse direta do bem e o registra mesmo assim como um ativo.

Diante do exposto, a questão erra ao afirmar que Ativo é o conjunto de bens e direitos que
resultam de eventos passados e sobre os quais a entidade detém direitos de propriedade que lhe
permitem obter benefícios econômicos.

O gabarito é errado.

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29. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Acerca dos componentes patrimoniais, julgue


os itens a seguir. As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte são
consideradas ativos circulantes e devem ser baixadas quando tais despesas forem
consideradas incorridas.

Comentários:

Segundo a Lei 6.404:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do


exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte;

Esquematizemos:

Disponibilidades

Direitos realizáveis no
Ativo circulante curso do exercício
social subsequente

Aplicações de
recursos em despesas
do exercício seguinte

As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas despesas


antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência e ainda não foram
para o resultado pelo regime de competência.

Por exemplo, se a sociedade alfa paga uma despesa de seguro, em 01.12.2010, que se refere ao
exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00, registrará o fato como despesa antecipada, do
seguinte modo:

D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante)


C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante)

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Razonetes:

Seguros a vencer (AC) Caixa (AC)


1.200,00 1.200,00

Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro, iremos lançar:

D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa)


C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo)

Razonetes:

Seguros a vencer (AC) Despesa de seguros


1.200,00 100,00 100,00
1.100,00

Mas por que, professor, lança como seguro a vencer e não como despesa?!

Tudo em homenagem ao já estudado princípio da competência. Portanto, item correto.

contas saldo (em R$)


caixa 1.000
clientes 3.000
duplicadas descontadas 3.000
ajuste de avaliação patrimonial 100 (devedor)
ações em tesouraria 190
juros passivos a transcorrer 100
prêmios de seguros a vencer no curto prazo 100
empréstimos a pessoas ligadas 500
perda estimada para redução ao valor realizável líquido (estoques) 200
imóveis para investimentos 5.000
fornecedores 3.000
salários e encargos a pagar 2.000
imobilizações de uso 10.000
empréstimos a vencer no curto prazo 1.000
provisão para créditos de liquidação duvidosa 90
estoques para revenda 4.000
depreciação acumulada 1.000
financiamentos a vencer no longo prazo 5.000
refinanciamento de tributos 300

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contas saldo (em R$)


capital social 10.000
reservas de capital 300
reservas de lucros 300
A tabela anterior apresenta os saldos relativos às contas patrimoniais destinadas ao levantamento
de balancete de encerramento de uma empresa hipotética, faltando registrar o resultado apurado
no encerramento desse exercício social.
A partir dessas informações, julgue o item a seguir.

30. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE/SC/2016) O valor líquido de créditos a receber de


clientes é inferior a R$2.000.

Comentários:

O valor líquido de créditos a receber de clientes será obtido através de:

Conta clientes=3000
(-) PDLC=90
=R$ 2.910

Portanto, item errado.

31. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais /2016) As disponibilidades totais sofrerão redução de


valor sempre que a entidade utilizar recursos de seu caixa para aplicar em investimentos de
liquidez imediata.

Comentários:

As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou nele possam ser convertidos de
forma imediata, como a conta caixa, bancos conta movimento.

Quais são as contas que compõem as disponibilidades? Bem, basicamente a conta caixa e
equivalentes de caixa.

Exemplos de disponibilidades:

- Caixa.

- Contas bancárias

- Numerários em trânsito, enquanto estiverem em trânsito.

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- Aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em
montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Fique Atento!

- Contas bancárias da empresa quando o banco está em liquidação: não entram, devem ser
reclassificadas para contas a receber.

- Depósitos vinculados a operações de curto prazo: também não entram, já que não estão
prontamente disponíveis para serem sacados pela empresa.

Portanto, se a empresa utiliza recursos do caixa para aplicar em investimentos de liquidez imediata,
NÃO haverá alteração nas disponibilidades totais. Veja o exemplo:

D – Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 1.500,00 (+Disponibilidades)


C – Caixa 1.500,00 (- Disponibilidades)

Razonetes:

Aplicações Financeiras Caixa


1.500,00 1.500,00

Percebam que o total das disponibilidades não será alterado. Portanto, item errado.

32. (CESPE/MPU/Analista/Atuarial/2015) Julgue os itens seguintes, acerca dos componentes


patrimoniais, suas características e contabilização. O benefício econômico futuro de um
componente patrimonial é o pressuposto primordial para que esse componente seja
contabilizado como ativo.

Comentários:

Segundo o CPC 00 (R2), ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados. Por seu turno, recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos.

Potencial de benefícios econômicos: Essa é parte é fundamental na definição item como ativo.
Não basta controlar ou construir um bem. Não basta já ter efetuado alguma ação passada, como
a compra de um equipamento. Para caracterizar um ativo, é necessário que o bem resulte em
futuros benefícios econômicos para a empresa, como por exemplo, receber fluxos de caixa, trocar
recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis. Assim sendo, um veículo adquirido
por R$ 100.000, mas que sofre um grave acidente e nem como sucata serve mais, não representa
mais um ativo.

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O gabarito é certo.

De acordo com as normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue os itens a
seguir, relativos às demonstrações contábeis.

33. (CESPE/MPU/Analista/Finanças e Controle/2015) Para avaliar a conformidade da apresentação


das contas de forma separada no balanço patrimonial, a entidade deve utilizar os seguintes
critérios: a natureza e a liquidez dos ativos; a função dos seus ativos; e os montantes, a natureza
e o prazo dos passivos.

Comentários:

Assertiva correta! A Lei das SAs determina que no ativo, as contas serão dispostas em ordem
decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e
intangível.

Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de liquidez. A liquidez se
refere à expectativa de conversão em dinheiro de um bem ou direito.

Desta forma, começaremos a expor as contas no ativo pela maior conversibilidade em dinheiro,
ou seja, pela conta caixa, que já representa o próprio numerário. Em seguida, classificaremos a
conta bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos
ou outra que tenha baixíssima liquidez.

Esquematizemos:

• Caixa
• Bancos
Da maior • Estoques

• Terrenos
• Equipamentos
Para menor
• Intangíveis
liquidez

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Por sua vez, as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do
ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.

34. CESPE/DPF/Contabilidade/2014) As demonstrações financeiras de companhias abertas — as


quais devem ser auditadas por auditores independentes registrados na Comissão de Valores
Mobiliários — deverão seguir as normas contábeis elaboradas em conformidade com os
padrões internacionais adotados nos principais mercados de valores mobiliários.

Comentários:

A questão cobra a literalidade da na Lei n.º 6.404/1976:

Art. 177. § 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,


ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão
obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela
registrados.

§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o


§ 3o deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões
internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores
mobiliários.

O gabarito é certo.

35. (CESPE/DPF/Contabilidade/2014) Para ser enquadrado na definição de ativo, um recurso


precisa ser controlado pela entidade em decorrência de eventos passados e ser capaz de gerar
benefícios econômicos futuros.

Comentários:

Item perfeito e define com precisão as características do grupo patrimonial Ativo, segundo a
Estrutura Conceitual Básica:

Segundo o CPC 00 (R2), ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados. Por seu turno, recurso econômico é um direito que tem o potencial
de produzir benefícios econômicos.

O gabarito é certo.

Com relação a receitas e despesas e a seus reconhecimentos, julgue o item a seguir.

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36. (CESPE/Contador/CADE/2014) As despesas pagas antecipadamente, como aplicação de


recursos em despesas do exercício seguinte, representam obrigações quitadas antes do
vencimento, cujos fatos geradores já ocorreram.

Comentários:

O item está incorreto, posto que as despesas antecipadas representam aplicação de recursos em
despesas do exercício seguinte, como obrigações quitadas antes do vencimento, cujos fator
geradores ainda não ocorreram. Deverão ser lançadas no ativo.

Com base na legislação societária, nos princípios fundamentais de contabilidade e nos


pronunciamentos contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item
subsequente, referente à elaboração de demonstrações contábeis.

37. (CEBRASPE/PO AL/Perito Criminal 2013) As aplicações de recursos em despesas do exercício


seguinte devem ser registradas em ativos não circulantes.

Comentários:

Item errado, pessoal. As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também


chamadas despesas antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência
(ou serão pagas no curto prazo) e ainda não foram para o resultado pelo regime de competência.
Serão classificadas no ativo circulante.

Em relação ao patrimônio, julgue o item subsequente.

38. (CEBRASPE/AFT/MTE/2013) Créditos incobráveis e estoques de medicamentos vencidos não


representam ativos.

Comentários:

Item correto, pessoal. Segundo o CPC 00 (R2), ativo é um recurso econômico presente controlado
pela entidade como resultado de eventos passados. Por seu turno, recurso econômico é um direito
que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.

Potencial de benefícios econômicos: Essa é parte é fundamental na definição item como ativo.
Não basta controlar ou construir um bem. Não basta já ter efetuado alguma ação passada, como
a compra de um equipamento. Para caracterizar um ativo, é necessário que o bem resulte em
futuros benefícios econômicos para a empresa, como por exemplo, receber fluxos de caixa, trocar
recursos econômicos com outra parte em condições favoráveis.

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Assim sendo, Créditos incobráveis e estoques de medicamentos vencidos não representam ativos,
pois não irão gerar benefícios econômicos para a entidade. O gabarito é certo.

39. (CESPE/Telebrás/2013) Empresas de grande porte são sociedades ou conjunto de sociedades


com patrimônio líquido superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$
300.000.000,00.

Comentários:

Segundo a Lei 11.638/2007:

Art. 3o Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas


sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras
e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na
Comissão de Valores Mobiliários.

Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou
conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total
superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual
superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). O gabarito é errado.

40. (CESPE/Telebrás/2013) As demonstrações financeiras das companhias abertas estão sujeitas


às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e, quando necessário, serão
submetidas a auditoria, realizada por auditores internos registrados nesta comissão.

Comentários:

Conforme o art. 176, § 3º da Lei 6404/76:

Art. 176, § 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,


ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão
obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela
registrados.

A frase: “...quando necessário, serão submetidas a auditoria, realizada por auditores internos
registrados nesta comissão.” está errada. O correto seria:”... serão obrigatoriamente submetidas
a auditoria por auditores independentes nela registrados.” O gabarito é errado.

41. (CESPE/Telebrás/2013) A companhia que for fechada com patrimônio líquido, computado na
data do balanço, superior a R$ 2.000.000,00 não é obrigada a elaborar e publicar a
demonstração dos fluxos de caixa.

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Comentários:

Mais uma questão de literalidade da Lei 6404/76:

Art. 176 § 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,


inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração
e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

Trocaram “inferior” por “superior”, temos que ficar atentos para não perder esse tipo de questão.

O gabarito é errado.

Com relação ao balanço patrimonial, julgue o item seguinte conforme normatização feita pela Lei
n.º 6.404/1976.

42. (CEBRASPE/MPU/Perícia/Contabilidade/2013) O balanço patrimonial deverá ser assinado


pelos integrantes do conselho de administração em conjunto com o contador legalmente
habilitado.

Comentários:

Item errado. As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por


contabilistas legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Vejam que este inciso estabelece que as
demonstrações financeiras são assinadas por contabilista legalmente habilitado (e não contador).
A expressão contabilista abrange tanto o técnico em contabilidade, como o bacharel em ciências
contábeis. Além disso, elas serão assinadas pelos administradores e não pelo conselho de
administração.

43. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Entre os exemplos de contas que devem ser classificadas no


ativo, encontram-se: as contas de bancos conta movimento, adiantamentos a fornecedores e
credores por duplicatas.

Comentários:

A incorreção da questão está no fato de que a conta credores por duplicatas é uma conta do
passivo. Representa, em verdade, a conta duplicatas a pagar ou fornecedores.

Atenção! Os credores da empresa são os que tem algo a receber da empresa. Assim, credores
por duplicatas são aqueles que emitiram uma duplicata contra a empresa. São, por exemplo, os
fornecedores, classificados no Passivo.

O gabarito é errado.

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44. (CESPE/Contador/FUB/2011) O balanço patrimonial, que é uma demonstração estática,


apresenta a posição econômica, financeira e patrimonial da entidade em determinada data.

Comentários:

O balanço patrimonial é como uma foto da entidade em determinado momento. Representa a


posição patrimonial e financeira da entidade. A posição econômica, que pode ser entendia
resumidamente como a evolução do patrimônio, é evidenciada na demonstração do resultado do
exercício. O gabarito é errado.

45. (CESPE/Analista Judiciário/TRE/ES/2011) Uma empresa que ocupou imóvel de terceiros para
realizar suas atividades operacionais, na última renovação do contrato de aluguel, negociou as
seguintes condições com o locador: prazo de aluguel: 24 meses; aluguel mensal de R$
2.000,00; e desconto, no caso de pagamento adiantado dos aluguéis, de 15%. Em 30 de
setembro de 2010, a empresa locatária pagou R$ 40.800,00, beneficiando-se do desconto
acertado. Nesse caso, ao final do exercício de 2010, a empresa deveria registrar o valor de R$
5.100,00 como despesa e de R$ 35.700,00 como ativo circulante.

Comentários

Quando do adiantamento, lançamos:

D – Adiantamento de aluguéis (ativo circulante e não circulante) 40.800,00


C – Caixa (ativo) 40.800,00

Conforme os meses vão transcorrendo, devemos lançar:

D – Despesa de aluguel (resultado) 1.700,00


C – Adiantamento de aluguéis (ativo) 1.700,00

Deste modo, ao término de 2010, já teremos apropriado o montante de R$ 5.100,00 como


despesa de aluguel.

Neste momento, teremos registrado como ativo, portanto, decorrente do adiantamento realizado,
o montante de R$ 35.700,00. Este valor está dividido em curto (próximos 12 meses) e longo prazo
(depois dos 12 meses).

Assim, o registro do ativo nos 12 meses contará com o valor de 12 meses x R$ 1.700,00 = R$
20.400,00.

O longo prazo, por seu turno, terá montante registrado no valor de 9 meses x R$ 1.700,00, que
totaliza R$ 15.300,00. Item, portanto, incorreto.

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9.LISTA DE QUESTÕES

A respeito dos procedimentos estabelecidos pela legislação societária e pelo Comitê de


Pronunciamentos Contábeis (CPC) em relação às demonstrações contábeis, julgue os itens a
seguir.
1. (Cebraspe/TCE-RJ/Auditor/2021) No balanço patrimonial, os ativos e passivos devem ser
apresentados por ordem de liquidez, sempre que tal forma de apresentação proporcionar
informação confiável e mais relevante para o usuário do que a apresentação de ativos
circulantes e não circulantes e de passivos circulantes e não circulantes como grupos de contas
separados do balanço patrimonial.

Com relação ao conceito e aos critérios de avaliação de despesas antecipadas, julgue os itens que
se seguem.
2. (Cebraspe/TCE-RJ/Auditor/2021) Despesas antecipadas representam despesas já incorridas
que são ativadas no balanço patrimonial para apropriação ao resultado em exercícios futuros.

3. (Cebraspe/TCE-RJ/Auditor/2021) As despesas antecipadas representam direitos que serão


realizados em dinheiro no futuro e que estão sujeitos a provisão para perdas no seu valor
recuperável.

Com relação aos conceitos de ativos, passivos e patrimônio líquido, julgue o item a seguir.
4. (CEBRASPE/SEFAZ DF/Auditor/2020) Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo,
passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para sua essência subjacente e sua realidade
econômica, e não apenas para sua forma legal.

Com base no Pronunciamento Conceitual Básico (R2) — Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro — do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),
julgue os itens seguintes.

5. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019. Adaptada) A forma legal é o


elemento determinante para se concluir que uma obrigação se enquadra ou não na definição
de passivo.

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6. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Uma entidade que controla


determinado recurso, mas que não detém a sua propriedade, não deve reconhecê-lo como
ativo na contabilidade, pois, independentemente de qualquer condição, tal recurso não se
enquadra na definição de ativo

A empresa ABC S.A. figura como arrendatária em um contrato de arrendamento mercantil de um


conjunto de máquinas pelo valor futuro de R$ 1 milhão, com opção de compra ao final do contrato.
Os pagamentos do contrato serão feitos mensalmente durante o prazo de 10 anos. As máquinas
são de controle da ABC S.A. e foram confeccionadas conforme as solicitações dessa empresa,
para que as atividades comerciais da arrendatária pudessem ser realizadas.
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir, de acordo com a legislação vigente.

7. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Para o reconhecimento das


máquinas como ativo da ABC S.A., é necessário que a empresa detenha a efetiva propriedade
jurídica delas.

Acerca de despesas antecipadas, julgue os próximos itens.


8. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Despesas antecipadas
representam o direito de receber bens ou serviços contratados de terceiros e pagos pelo
adquirente previamente à execução do contrato pelo fornecedor do bem ou pelo executante
do serviço.

Situação hipotética: O pagamento à vista do prêmio de um seguro com vigência de três anos
gerou um lançamento na conta de despesa antecipada.

9. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Assertiva: O valor dessa despesa


deve ser registrado no ativo realizável a longo prazo do balanço patrimonial.

10. (CEBRASPE/COGE CE/Auditor de Controle Interno/2019) À luz da Lei n.º 6.404/1976, assinale
a opção correta.
a) A elaboração da demonstração financeira do resultado abrangente é obrigatória para as
sociedades por ações de capital aberto.
b) A elaboração da demonstração financeira dos lucros ou prejuízos acumulados é facultativa para
as sociedades por ações de capital fechado.
c) A elaboração da demonstração financeira dos fluxos de caixa é facultativa para as sociedades
por ações de capital fechado ou aberto.
d) A elaboração da demonstração financeira do valor adicionado é obrigatória para as sociedades
por ações de capital aberto.

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e) A elaboração das demonstrações financeiras consolidadas é obrigatória para as sociedades por


ações de capital aberto ou fechado.

Com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e nas


disposições da Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações acerca de demonstrações contábeis, julgue o
item.
11. (CEBRASPE/ SLU DF/ Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) A
classificação de ativos e passivos como circulantes ou não circulantes deve obedecer ao ciclo
operacional da empresa

Com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e nas


disposições da Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações acerca de demonstrações contábeis, julgue o
item.

12. (CEBRASPE/ SLU DF/ Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) No
balanço patrimonial de uma companhia aberta, os saldos credores e devedores devem ser
apresentados em contas separadas, mesmo aqueles que a legislação autoriza a companhia a
compensar.

13. (CEBRASPE/TCE-RO/Auditor de Controle Externo - Administração/2019) Assinale a opção que


apresenta apenas contas integrantes do ativo do balanço patrimonial de uma empresa.
a) estoques; contas a receber
b) caixa; empréstimos
c) empréstimos; debêntures
d) capital social; fornecedores
e) obrigações tributárias; caixa

Previstas na Lei n.º 6.404/1976, as demonstrações contábeis obrigatórias para sociedades


anônimas incluem o balanço patrimonial (BP) e a demonstração do resultado do exercício (DRE).
Acerca desses demonstrativos, julgue o item seguinte.
14. (CEBRASPE/PF/Escrivão/2018) O BP permite ao usuário da informação a análise da situação
financeira da companhia em dado momento.

15. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2018) A lei das sociedades por ações aplica-se a todas as
companhias ou sociedades anônimas, independentemente de suas ações serem, ou não,
comercializadas em bolsa de valores.

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A tabela a seguir representa, em reais, o balancete de verificação de uma sociedade anônima em


31/12/20x0.
saldo
contas
devedor credor
caixa 25.300
aplicação financeira 5.700
estoques 4.000
móveis e utensílios 10.000
despesa de aluguel 3.000
duplicadas a pagar 8.200
aluguel a pagar 3.000
capital social 30.000
receita de serviços 6.800

16. (CESPE/Escrivão de Polícia Federal/2018) Nessa situação hipotética, o saldo devedor de caixa
representa disponibilidade financeira imediata que a entidade possui na data do balancete.

Previstas na Lei n.º 6.404/1976, as demonstrações contábeis obrigatórias para sociedades


anônimas incluem o balanço patrimonial (BP) e a demonstração do resultado do exercício (DRE).
Acerca desses demonstrativos, julgue o item seguinte.

17. (CESPE/Escrivão de Polícia Federal/2018) O BP apresenta as contas de resultado da entidade,


correspondentes a um exercício financeiro coincidente com o ano civil.

De acordo com dispositivos da Lei n.º 6.404/1976 e de legislação complementar, julgue o item a
seguir.

18. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) As normas expedidas pela Comissão de


Valores Mobiliários (CVM) deverão ser observadas pelas companhias abertas na elaboração
das demonstrações financeiras e esses relatórios serão submetidos à auditoria independente,
assinados pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.

19. (CESPE/CAGE-RS/Auditor de Estado/2018) Assinale a opção correspondente a preceito legal


aplicável às demonstrações contábeis elaboradas por sociedade anônima.
a) As contas de natureza semelhante que apresentem pequenos saldos devem ser agrupadas em
contas de designações genéricas.
b) A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados indicará o montante do lucro por ação do
capital social.
c) A duração do exercício social não pode ser inferior a um ano.

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d) Eventos subsequentes à data de encerramento do exercício social serão evidenciados em notas


explicativas sempre que tragam, ou venham a trazer, impactos relevantes na situação financeira e
no resultado futuro da empresa.
e) É vedado às companhias fechadas utilizar-se das normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) para fins de elaboração de suas demonstrações contábeis.

Tendo como referência a legislação societária e os pronunciamentos do Comitê de


Pronunciamentos Contábeis, julgue o item a seguir, relativo à elaboração de demonstrações
contábeis.
20. (CESPE/STM/Analista Judiciário – Contabilidade/2018) Para fins de levantamento do balanço
patrimonial e outras demonstrações financeiras, o exercício social deve ter a duração de um
ano, mas, na constituição da entidade e quando de alterações estatutárias, a duração do
exercício poderá ser diferente.
21. (CESPE/Técnico/EBSERH/2018) As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte
são classificadas no ativo circulante.

Julgue o próximo item, a respeito das demonstrações financeiras.


22. (CESPE/Técnico/EBSERH/2018) Se, em determinada empresa, o prazo entre a aquisição de
ativos para a produção e sua transformação em caixa ou equivalente for superior ao exercício
social, a classificação no ativo circulante terá por base o ano civil.

23. (CESPE/PC-MA/Perito Criminal/2018) Julgue os itens a seguir, relativos à elaboração e


apresentação de relatórios contábeis diversos.
I O conjunto completo de demonstrações contábeis das entidades comerciais deve ser elaborado
de acordo com o regime de competência.
II As demonstrações contábeis das entidades devem ser apresentadas ao menos anualmente e de
forma comparativa.
III Realizáveis a longo prazo, investimentos e intangível compõem o ativo não circulante.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

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Com relação a procedimentos contábeis diversos, julgue o item seguinte.

24. (CESPE/TCE-MG/ Analista de Controle Externo - Ciências Contábeis/2018. Adaptada) A


demonstração de mutações do patrimônio líquido não é obrigatória, de acordo com a Lei n.o
6.404/1976, apesar da relevância dessa demonstração para o entendimento de fatos que
possam modificar o patrimônio social de uma empresa em dado período.

25. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) As demonstrações contábeis das


sociedades anônimas de capital fechado têm de ser elaboradas de acordo com as mesmas
normas aplicáveis às sociedades anônimas de capital aberto expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários.

26. (CESPE/TRE-BA/Técnico Judiciário – Contabilidade/2017) A demonstração financeira


combinada que é exigida somente para a sociedade que tem ações negociadas em bolsa de
valores é a demonstração
a) das mutações do patrimônio líquido.
b) dos fluxos de caixa.
c) das origens e aplicações de recursos.
d) do valor adicionado.
e) do resultado abrangente.

27. (CESPE/PC-PE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/2016) Com referência às perdas estimadas


em crédito de liquidação duvidosa, assinale a opção correta.
a) Notícia veiculada a respeito da recuperação judicial do cliente em atraso caracteriza uma perda
incorrida.
b) A baixa do título considerado incobrável é feita mediante lançamento contábil a crédito
diretamente na conta de despesa não operacional.
c) O fato de o cliente estar inadimplente junto a outras entidades não é motivo suficiente para que
a dívida dele seja incluída na estimativa de perdas.
d) As garantias reais não reduzem as perspectivas de perdas com contas a receber.
e) A apuração da estimativa da perda dispensa a análise individual dos títulos em atraso por cliente

28. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Ativo é o conjunto de bens e direitos que


resultam de eventos passados e sobre os quais a entidade detém direitos de propriedade que
lhe permitem obter benefícios econômicos.

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29. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) Acerca dos componentes patrimoniais, julgue


os itens a seguir. As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte são
consideradas ativos circulantes e devem ser baixadas quando tais despesas forem
consideradas incorridas.

contas saldo (em R$)


caixa 1.000
clientes 3.000
duplicadas descontadas 3.000
ajuste de avaliação patrimonial 100 (devedor)
ações em tesouraria 190
juros passivos a transcorrer 100
prêmios de seguros a vencer no curto prazo 100
empréstimos a pessoas ligadas 500
perda estimada para redução ao valor realizável líquido (estoques) 200
imóveis para investimentos 5.000
fornecedores 3.000
salários e encargos a pagar 2.000
imobilizações de uso 10.000
empréstimos a vencer no curto prazo 1.000
provisão para créditos de liquidação duvidosa 90
estoques para revenda 4.000
depreciação acumulada 1.000
financiamentos a vencer no longo prazo 5.000
refinanciamento de tributos 300
capital social 10.000
reservas de capital 300
reservas de lucros 300
A tabela anterior apresenta os saldos relativos às contas patrimoniais destinadas ao levantamento
de balancete de encerramento de uma empresa hipotética, faltando registrar o resultado apurado
no encerramento desse exercício social.
A partir dessas informações, julgue o item a seguir.
30. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE/SC/2016) O valor líquido de créditos a receber de
clientes é inferior a R$2.000.

31. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais /2016) As disponibilidades totais sofrerão redução de


valor sempre que a entidade utilizar recursos de seu caixa para aplicar em investimentos de
liquidez imediata.

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32. (CESPE/MPU/Analista/Atuarial/2015) Julgue os itens seguintes, acerca dos componentes


patrimoniais, suas características e contabilização. O benefício econômico futuro de um
componente patrimonial é o pressuposto primordial para que esse componente seja
contabilizado como ativo.

De acordo com as normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue os itens a
seguir, relativos às demonstrações contábeis.

33. (CESPE/MPU/Analista/Finanças e Controle/2015) Para avaliar a conformidade da apresentação


das contas de forma separada no balanço patrimonial, a entidade deve utilizar os seguintes
critérios: a natureza e a liquidez dos ativos; a função dos seus ativos; e os montantes, a natureza
e o prazo dos passivos.

34. CESPE/DPF/Contabilidade/2014) As demonstrações financeiras de companhias abertas — as


quais devem ser auditadas por auditores independentes registrados na Comissão de Valores
Mobiliários — deverão seguir as normas contábeis elaboradas em conformidade com os
padrões internacionais adotados nos principais mercados de valores mobiliários.

35. (CESPE/DPF/Contabilidade/2014) Para ser enquadrado na definição de ativo, um recurso


precisa ser controlado pela entidade em decorrência de eventos passados e ser capaz de gerar
benefícios econômicos futuros.

Com relação a receitas e despesas e a seus reconhecimentos, julgue o item a seguir.

36. (CESPE/Contador/CADE/2014) As despesas pagas antecipadamente, como aplicação de


recursos em despesas do exercício seguinte, representam obrigações quitadas antes do
vencimento, cujos fatos geradores já ocorreram.

Com base na legislação societária, nos princípios fundamentais de contabilidade e nos


pronunciamentos contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item
subsequente, referente à elaboração de demonstrações contábeis.
37. (CEBRASPE/PO AL/Perito Criminal 2013) As aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte devem ser registradas em ativos não circulantes.

Em relação ao patrimônio, julgue o item subsequente.


38. (CEBRASPE/AFT/MTE/2013) Créditos incobráveis e estoques de medicamentos vencidos não
representam ativos.

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39. (CESPE/Telebrás/2013) Empresas de grande porte são sociedades ou conjunto de sociedades


com patrimônio líquido superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$
300.000.000,00.

40. (CESPE/Telebrás/2013) As demonstrações financeiras das companhias abertas estão sujeitas


às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e, quando necessário, serão
submetidas a auditoria, realizada por auditores internos registrados nesta comissão.

41. (CESPE/Telebrás/2013) A companhia que for fechada com patrimônio líquido, computado na
data do balanço, superior a R$ 2.000.000,00 não é obrigada a elaborar e publicar a
demonstração dos fluxos de caixa.

Com relação ao balanço patrimonial, julgue o item seguinte conforme normatização feita pela Lei
n.º 6.404/1976.

42. (CEBRASPE/MPU/Perícia/Contabilidade/2013) O balanço patrimonial deverá ser assinado


pelos integrantes do conselho de administração em conjunto com o contador legalmente
habilitado.

43. (CESPE/Contador/TRE/RJ/2012) Entre os exemplos de contas que devem ser classificadas no


ativo, encontram-se: as contas de bancos conta movimento, adiantamentos a fornecedores e
credores por duplicatas.

44. (CESPE/Contador/FUB/2011) O balanço patrimonial, que é uma demonstração estática,


apresenta a posição econômica, financeira e patrimonial da entidade em determinada data.

45. (CESPE/Analista Judiciário/TRE/ES/2011) Uma empresa que ocupou imóvel de terceiros para
realizar suas atividades operacionais, na última renovação do contrato de aluguel, negociou as
seguintes condições com o locador: prazo de aluguel: 24 meses; aluguel mensal de R$
2.000,00; e desconto, no caso de pagamento adiantado dos aluguéis, de 15%. Em 30 de
setembro de 2010, a empresa locatária pagou R$ 40.800,00, beneficiando-se do desconto
acertado. Nesse caso, ao final do exercício de 2010, a empresa deveria registrar o valor de R$
5.100,00 como despesa e de R$ 35.700,00 como ativo circulante.

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10. GABARITO

1 CERTO 16 CERTO 31 ERRADO


2 ERRADO 17 ERRADO 32 CERTO
3 ERRADO 18 CERTO 33 CERTO
4 CERTO 19 D 34 CERTO
5 ERRADO 20 CERTO 35 CERTO
6 ERRADO 21 CERTO 36 ERRADO
7 ERRADO 22 ERRADO 37 ERRADO
8 CERTO 23 D 38 CERTO
9 ERRADO 24 CERTO 39 ERRADO
10 D 25 ERRADO 40 ERRADO
11 ERRADO 26 D 41 ERRADO
12 ERRADO 27 A 42 ERRADO
13 A 28 ERRADO 43 ERRADO
14 CERTO 29 CERTO 44 ERRADO
15 CERTO 30 ERRADO 45 ERRADO

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11. RESUMO

11.1 - Demonstrações Contábeis

COMPANHIA
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA
Balanço Patrimonial X X
Demonstração do Resultado do Exercício X X
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados X X
Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI
Demonstração do Valor Adicionado X

1) Segundo a Lei 6.404/76, nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou prejuízos


acumulados pode estar contida dentro da DMPL.

2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o CPC 26
(Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta demonstração dentre aquelas que
fazem parte do conjunto das demonstrações contábeis de uma entidade. Tal menção levou
o FIPECAFI, no livro Manual de Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição
do Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos societários. A
questão deverá explicitar se está exigindo o conhecimento da Lei 6.404/76 ou do CPC 26.

3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser obrigatória


com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e 11.941.

4) Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a evidenciar, seja de


forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição patrimonial e financeira da entidade.

5) O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto
(LSA, art. 175). Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício
social poderá ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).

6) As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores


correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

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11.2 - Balanço Patrimonial

7) Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de


eventos passados;

8) Passivo é obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como


resultado de eventos passados.

9) Patrimônio Líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de


todos os seus passivos.

10) Estrutura do Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO
Circulante Passivo Circulante

Não Circulante Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

11) No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível.

12) O ativo circulante é composto por:

Disponibilidades

Direitos realizáveis
no curso do
Ativo circulante
exercício social
subsequente
Aplicações de
recursos em
despesas do
exercício seguinte

Ministério do Trabalho (Auditor-AFT) Contabilidade Geral 2022 (Pré-Edital)


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- Felipe Alegransi

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