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DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS NO

ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

Inatos aos seres humanos: vida,


Direitos do Homem liberdade (não precisam estar
codificados para serem
respeitados).
Direitos Estão positivados em uma
Fundamentais Constituição
Direitos do homem e/ou
Direitos Humanos fundamentais positivados em
tratados de direitos humanos.

16/09/2020 Prof. Dr. Juvêncio Borges Silva - UNAERP


DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS NO
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Dignidade da pessoa humana. Art. 1º, III da C.F. Este inciso


determina que a dignidade da pessoa humana é um
fundamento do Estado Democrático de Direito brasileiro.
Neste sentido, a dignidade da pessoa humana se constitui
como valor-fonte e critério e parâmetro de valoração da
interpretação e compreensão do sistema constitucional
brasileiro.

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LIBERDADE, JUSTIÇA, SOLIDARIEDADE E BEM COMUM:


OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DO ESTADO BRASILEIRO

O artigo 3º da Constituição Federal elenca entre os objetivos


fundamentais do Estado brasileiro:
Construir uma sociedade livre, justa e solidária (inciso I);
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais (inciso III);
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (inciso IV);

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DESENVOLVIMENTO NACIONAL: OBJETIVO FUNDAMENTAL DO ESTADO


BRASILEIRO

O inciso II do art. 3º da C.F. dispõe dentre os objetivos fundamentais


da República Federativa do Brasil “garantir o desenvolvimento nacional”.
É importante que se frise que este desenvolvimento deve estar em
harmonia com a justiça e solidariedade, bem como deve ser realizado
ao mesmo tempo em que se busca erradicar a pobreza e a
marginalidade, bem diminuir as desigualdades sociais e regionais.
Este desenvolvimento deve também respeitar o meio-ambiente
equilibrado que é também um direito humano (art. 225 C.F.).
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PRINCÍPIOS DE DIREITOS HUMANOS QUE REGEM O ESTADO


BRASILEIRO NAS SUAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Prevalência dos direitos humanos (art. 4º, II);


Autodeterminação dos povos (art. 4º, III);
Não intervenção (art. 4º, IV);
Igualdade entre os Estados (art. 4º, V);
Defesa da paz (art. 4º, VI);
Solução pacífica dos conflitos (art. 4º, VII);
Repúdio ao terrorismo e ao racismo (art. 4º, VIII);
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade (art. 4º, IX).
Concessão de asilo político (art. 4º, X).

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DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS NO
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DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS NO ART. 5º DA C.F.

Tratamento igualitário perante a lei, garantindo-se aos brasileiros e


aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (art. 5º caput).

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DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS NO ART. 5º DA C.F.

“Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento


desumano ou degradante” (art. 5º, III e art. V da Declaração
Universal dos Direitos Humanos e art. 7º do Pacto
Internacional de Direitos Civis e Políticos e art. 5º, § 2º da
Convenção Americana de Direitos Humanos.

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DIREITO À NACIONALIDADE

Os arts. 12 e 13 d C.F. abordam o tema nacionalidade sob o enfoque


constitucional, estabelecendo os parâmetros da nacionalidade no Brasil.
A Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 determina em
seu art. XV: “1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2.
Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do
direito de mudar de nacionalidade”.
A Convenção Americana de Direitos Humanos consigna em seu art. 20
o direito à nacionalidade.

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DIREITO À NACIONALIDADE

Há dois tipos de nacionalidade: primária ou originária e secundária. A


primária diz respeito à nacionalidade decorrente ou do jus solis
(territorialidade/local de nascimento) ou do jus sanguinis
(consaguinidade).

É a partir destes dois tipos de nacionalidade que se distinguem a


condição de brasileiro nato (nacionalidade primária) e brasileiro
naturalizado (naturalidade secundária ou adquirida, que se dá através
de processo artificial de naturalização).

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DIREITO À NACIONALIDADE E EXTRADIÇÃO

O Supremo Tribunal Federal firmou a seguinte decisão sobre o brasileiro


nato:

“O brasileiro nato, quaisquer que sejam as circunstâncias e a natureza


do delito, não pode ser extraditado pelo Brasil, a pedido de Governo
estrangeiro, pois a Constituição da República, em cláusula que não
comporta exceção, impede, em caráter absoluto, a efetivação da
entrega extrajudicial daquele que é titular, seja pelo critério do jus soli,
seja pelo critério do jus sanguinis, de nacionalidade brasileira primária
ou originária”. HC 83.113, QO rel. Min. Celso de Mello, j. 26.06.2003, DJ
29.08.2003.
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DIREITO À NACIONALIDADE E EXTRADIÇÃO – C.F.


“Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei” (art. 5º, LI, da CF/88).
“Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou
de opinião” (art. 5º, LII, da CF/88).
A extradição corresponde à saída compulsória de uma pessoa de um
país.
No Brasil, compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar
originariamente a extradição solicitada por Estado estrangeiro (art. 102,
I, g, da CF/88).
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ASILO POLÍTICO
Consiste no recebimento de estrangeiro no território nacional, sem os
requisitos de ingresso, a seu pedido, para evitar punição ou perseguição
no seu país de origem, por delito de natureza política ou ideológica.
O asilo político está previsto no art. 4º, X da C.F., sendo que o asilado
político somente poderá sair do país com prévia autorização do governo
brasileiro. Caso haja de forma diversa ficará implícita sua renúncia ao
asilo e ficará impedido de reingressar no país nessa condição.

O direito de asilo está previsto na Declaração Universal de Direitos


Humanos em seu art. XIV e na Convenção Americana de Direitos
Humanos (art. 22, n.7).
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DIREITOS POLÍTICOS DE CIDADANIA


(ARTS. 14 a 17 da C.F. 88).
Estes direitos constitucionais estão consignados na Declaração Universal dos Direitos
Humanos de 1948.
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou
por intermédio de representantes livremente escolhidos. Art. 21 DHDU
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. Art. 21
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será
expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto
secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Estes direitos humanos estão também consignados no art. 25 do Pacto Internacional


de Direitos Civis e Políticos de 1966 e no art. 23 da Convenção Americana de
Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica – 1969).
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LIMITAÇÕES AOS DIREITOS POLÍTICOS DE CIDADANIA

Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado


(art. 15, I, CF);
Incapacidade civil absoluta (art. 15,II) CF);
Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos (art. 15,III, CF);
Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII (art. 15, IV, CF);
Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º (art. 15, V
C.F.).

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LIMITAÇÕES AOS DIREITOS POLÍTICOS DE CIDADANIA

A Lei Complementar 135, de 4 de junho de 2010, que ficou conhecida


como Lei da Ficha Limpa, que alterou a Lei Complementar n. 64 de 18
de maio de 1990, estabeleceu novas regras para inelegibilidade,
estabelecendo, dentre outras disposições, a constante do art. 1º, d:
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente
pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por
órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder
econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham
sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes;

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TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS
FUNDAMENTAIS

REFERÊNCIAS

GONZAGA, Alvaro de Azevedo, ROQUE, Nathaly Campitelli. Vade


Mecum Humanístico. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional


Internacional. São Paulo: Saraiva, 2018.

SANTOS, Alberto Silva. A Internacionalização dos Direitos Humanos e o


Sistema Interamericano de Proteção. Belo Horizonte: Arraes, 2012.

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