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Rodrigo Mesquita
Direitos Humanos e cidadania para a PRF Aula 07

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA


PARA A PRF

A Constituição Brasileira e os Tratados Internacionais de


Direitos Humanos.

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Sumário

SUMÁRIO 2

1. A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS 3

1.1. A CONSTITUCIONALIZAÇÃO FORMAL DOS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS


HUMANOS 3
1.1.1. Art.5º, § 3º, da Constituição Federal 3
1.1.2. Natureza jurídica dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos humanos internalizados ao
ordenamento jurídico brasileiro 4
1.1.3. Natureza jurídica dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos humanos internalizados ao
ordenamento jurídico brasileiro por rito diverso da Emenda Constitucional nº 45/04 5
1.1.4. Jurisprudência do STF e o enunciado da súmula vinculante nº 25 5
1.1.5. Esquematização e síntese da posição atual do STF 8
1.1.6. Art.5º, LXVII, da Constituição Federal 8
1.1.7. Atos decorrentes do art. 5º, § 3º da Constituição Federal 8
1.2. INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS E DAS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS AO
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO 11
1.2.1. Etapas da incorporação dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos humanos ao
ordenamento jurídico brasileiro 12

2. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL 16

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 18

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 33

GABARITO 43

RESUMO DIRECIONADO 44

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1. A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E OS TRATADOS


INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

1.1. A CONSTITUCIONALIZAÇÃO FORMAL DOS TRATADOS E


CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

1.1.1. Art.5º, § 3º, da Constituição Federal

Os tratados, as convenções e os atos internacionais de direitos humanos tratam de matéria típica da


Constituição, sendo, portanto, materialmente constitucionais, independente do rito de aprovação e
internalização ao ordenamento jurídico brasileiro.
No entanto, um tratado, uma convenção ou um ato internacional sobre direitos humanos para ser
formalmente constitucional precisa passar pelo rito previsto no art.5º, § 3º, da CF/88 (incluído pela Emenda
Constitucional nº 45/04), que assim dispõe: “os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.
O referido dispositivo constitucional aponta o rito para a constitucionalização formal de tratados e
convenções internacionais sobre direitos humanos. É importante que o candidato entenda que não é qualquer
tratado ou convenção internacional que poderá ser equivalente às emendas constitucionais, mas somente os que
tratem de direitos humanos e sejam aprovados pelo rito previsto no art. 5º, § 3º, da CF/88, rito semelhante ao
previsto no art. 6º, § 2º, da CF/881 (rito de aprovação de uma proposta de emenda constitucional). Em outras
palavras, os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, pela Câmara
dos Deputados e pelo Senado Federal, em dois turnos, em cada um deles, por três quintos dos votos (dos 513
deputados federais) e por três quintos dos votos (dos 81 senadores), serão equivalentes às emendas
constitucionais.

1CF/88: Art. 60, § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

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1.1.2. Natureza jurídica dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos humanos
internalizados ao ordenamento jurídico brasileiro

Os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos, antes do acréscimo do § 3º ao art. 5º,
da CF/88, pela emenda constitucional nº45/04, eram internalizados ao ordenamento jurídico brasileiro com a
natureza jurídica de lei ordinária. Em outras palavras, figuravam como normas abaixo da Constituição Federal de
1988, conforme a representação piramidal 1 abaixo.

REPRESENTACÃO PIRAMIDAL 1

No entanto, o STF ao apreciar o RE 466.343 passou a enxergar os tratados e as convenções internacionais


sobre direitos humanos, que foram internalizados ao ordenamento jurídico antes da emenda constitucional
nº45/04, com o status de supralegalidade. Portanto, atualmente, os tratados e as convenções internacionais,
internalizados antes da emenda constitucional nº45/04, valem menos do que a Constituição e mais do que a Lei
infraconstitucional, conforme a representação piramidal 2 abaixo. Portanto, não estão acima da Constituição,
mas prevalecem sobre a Lei.

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REPRESENTAÇÃO PIRAMIDAL 2

1.1.3. Natureza jurídica dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos humanos
internalizados ao ordenamento jurídico brasileiro por rito diverso da Emenda Constitucional nº 45/04

A posição atual do STF é no sentido de que os tratados e as convenções internacionais sobre os direitos
humanos são incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro com natureza jurídica de norma SUPRALEGAL,
podendo possuir STATUS de normas equivalentes às emendas constitucionais se forem aprovados pelo rito
previsto no art. 5º, § 3º, da CF/88. Em outros termos, se tiverem sido incorporados antes da emenda
constitucional nº45/04 e, ainda, depois da referida emenda, mas por rito diverso ao previsto no art. 5º, § 3º, da
CF/88, terão natureza de norma supralegal.

1.1.4. Jurisprudência do STF e o enunciado da súmula vinculante nº 25

Os julgados do STF (jurisprudência) que apontam a mudança de entendimento da Corte Constitucional


estão sintetizados, em trechos de precedentes, que reproduzimos abaixo:

“(...) diante do inequívoco caráter especial dos tratados internacionais que cuidam da proteção dos direitos
humanos, não é difícil entender que a sua internalização no ordenamento jurídico, por meio do procedimento
de ratificação previsto na CF/1988, tem o condão de paralisar a eficácia jurídica de toda e qualquer disciplina

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normativa infraconstitucional com ela conflitante. Nesse sentido, é possível concluir que, diante da
supremacia da CF/1988 sobre os atos normativos internacionais, a previsão constitucional da prisão civil do
depositário infiel (art. 5º, LXVII) não foi revogada (...), mas deixou de ter aplicabilidade diante do efeito
paralisante desses tratados em relação à legislação infraconstitucional que disciplina a matéria (...). Tendo em
vista o caráter supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legislação infraconstitucional posterior
que com eles seja conflitante também tem sua eficácia paralisada. (...) Enfim, desde a adesão do Brasil, no
ano de 1992, ao PIDCP (art. 11) e à CADH — Pacto de São José da Costa Rica (art. 7º, 7), não há base legal
para aplicação da parte final do art. 5º, LXVII, da CF/1988, ou seja, para a prisão civil do depositário infiel.”
[RE 466.343, voto do rel. min. Cezar Peluso, P, j. 3-12-2008, DJE 104 de 5-6-2009, Tema 60.]

“A matéria em julgamento neste habeas corpus envolve a temática da (in)admissibilidade da prisão civil do
depositário infiel no ordenamento jurídico brasileiro no período posterior ao ingresso do Pacto de São José da
Costa Rica no direito nacional. 2. Há o caráter especial do PIDCP (art. 11) e da CADH — Pacto de São José da
Costa Rica (art. 7º, 7), ratificados, sem reserva, pelo Brasil, no ano de 1992. A esses diplomas internacionais
sobre direitos humanos é reservado o lugar específico no ordenamento jurídico, estando abaixo da CF/1988,
porém acima da legislação interna. O status normativo supralegal dos tratados internacionais de direitos
humanos subscritos pelo Brasil torna inaplicável a legislação infraconstitucional com ele conflitante, seja ela
anterior ou posterior ao ato de ratificação. 3. Na atualidade a única hipótese de prisão civil, no Direito
brasileiro, é a do devedor de alimentos. O art. 5º, § 2º, da Carta Magna expressamente estabeleceu que os
direitos e garantias expressos no caput do mesmo dispositivo não excluem outros decorrentes do regime dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
O Pacto de São José da Costa Rica, entendido como um tratado internacional em matéria de direitos
humanos, expressamente, só admite, no seu bojo, a possibilidade de prisão civil do devedor de alimentos e,
consequentemente, não admite mais a possibilidade de prisão civil do depositário infiel. 4. Habeas
corpus concedido. [HC 95.967, rel. min. Ellen Gracie, 2ª T, j. 11-11-2008, DJE 227 de 28-11-2008.]”

“Esse caráter supralegal do tratado devidamente ratificado e internalizado na ordem jurídica brasileira —
porém não submetido ao processo legislativo estipulado pelo art. 5º, § 3º, da CF/1988 — foi reafirmado pela
edição da Súmula Vinculante 25, segundo a qual “é ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a
modalidade do depósito”. Tal verbete sumular consolidou o entendimento deste Tribunal de que o art. 7º, item
7, da CADH teria ingressado no sistema jurídico nacional com status supralegal, inferior à CF/1988, mas
superior à legislação interna, a qual não mais produziria qualquer efeito naquilo que conflitasse com a sua
disposição de vedar a prisão civil do depositário infiel. Tratados e convenções internacionais com conteúdo de
direitos humanos, uma vez ratificados e internalizados, ao mesmo passo em que criam diretamente direitos
para os indivíduos, operam a supressão de efeitos de outros atos estatais infraconstitucionais que se

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contrapõem à sua plena efetivação.” [ADI 5.240, voto do rel. min. Luiz Fux, P, j. 20-8-2015, DJE 18 de 1º-2-
2016.]

Em relação ao tema prisão civil do DEPOSITÁRIO JUDICIAL INFIEL, o candidato deve saber que a Súmula
619 do STF foi revogada conforme informação jurisprudencial abaixo:

“Na linha do entendimento acima sufragado, o Tribunal, por maioria, concedeu habeas corpus, impetrado
em favor de depositário judicial, e averbou expressamente a revogação da Súmula 619 do STF (“A prisão do
depositário judicial pode ser decretada no próprio processo em que se constituiu o encargo,
independentemente da propositura de ação de depósito”). Vencido o Min. Menezes Direito que denegava a
ordem por considerar que o depositário judicial teria outra natureza jurídica, apartada da prisão civil própria
do regime dos contratos de depósitos, e que sua prisão não seria decretada com fundamento no
descumprimento de uma obrigação civil, mas no desrespeito ao múnus público.” HC 92566/SP, rel. Min.
Marco Aurélio, 3.12.2008. (HC-92566)”.

O STF aprovou a súmula vinculante nº 25 para estancar qualquer dúvida sobre a possibilidade ou não de
prisão civil de depositário infiel. Abaixo reproduzimos o seu enunciado:

“É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito”.

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1.1.5. Esquematização e síntese da posição atual do STF

Candidato, é muito importante que você conheça a posição atual do STF quanto à natureza jurídica dos
tratados e das convenções internacionais sobre direitos humanos internalizados ao ordenamento jurídico
brasileiro. Desta forma, segue abaixo esquematização e síntese da posição atual do Supremo Tribunal Federal.

1.1.6. Art.5º, LXVII, da Constituição Federal

O art.5°, LXVII, da CF/88, reproduzido a seguir, é um exemplo de norma constitucional de eficácia


contida. A legislação infraconstitucional que disciplinava o referido dispositivo constitucional está com eficácia
paralisada, não sendo mais possível a prisão civil por dívida de depositário infiel, mesmo existindo previsão
constitucional.

“Art.5º, LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.”

1.1.7. Atos decorrentes do art. 5º, § 3º da Constituição Federal

Como atos decorrentes, previstos no art.5º, § 3º da CF/88, relaciono o DECRETO LEGISLATIVO de


nº.186/08, o DECRETO EXECUTIVO de nº 6.949/09, o DECRETO LEGISLATIVO de nº 261/15 e o DECRETO
EXECUTIVO de nº 9.522/18. Abaixo estão reproduzidas as ementas de cada um desses atos:

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DECRETO LEGISLATIVO Nº 186, de 2008

Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo,
assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.

DECRETO EXECUTIVO Nº 6.949, de 2009

Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo,
assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.

DECRETO LEGISLATIVO Nº 261, de 2015

Aprova o texto do Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas cegas, com
deficiência visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto Impresso, concluído no âmbito da
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), celebrado em Marraqueche, em 28 de junho de 2013.

DECRETO EXECUTIVO Nº 9.522, de 2018

Promulga o Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas cegas, com deficiência
visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto impresso, firmado em Marraqueche, em 27 de junho
de 2013.

Vejamos como o tema “a Constituição Federal e os tratados internacionais de direitos humanos” foi
abordado no concurso da PRF em 2013

(CESPE– PRF – 2013) Considerando o disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue os itens a seguir,
relativos aos direitos humanos.
Equivalem às normas constitucionais originárias os tratados internacionais sobre direitos humanos
aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros.
RESOLUÇÃO: Conforme o art. 5°, § 3º da CF/88, “os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos

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dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”. As normas constitucionais


originárias são aquelas elaboradas pelo Poder Constituinte Originário (PCO). Por outro lado, as emendas
constitucionais são fruto do Poder Constituinte Derivado Reformador (PCDR). Desta forma, não é possível ser
equivalente às normas constitucionais originárias, pois as emendas são fruto do PCDR.

Resposta: ERRADO

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1.2. INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS E DAS CONVENÇÕES


INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS AO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO
De acordo com a Constituição Federal de 19882, é competência privativa do Presidente da República
celebrar (ASSINAR) tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo (APROVAÇÃO) do
Congresso Nacional, que tem competência exclusiva para resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Desta forma, a incorporação dos tratados, convenções ou atos internacionais sobre direitos humanos ao
ordenamento jurídico brasileiro possui etapas. No parágrafo anterior apresentamos duas delas. No entanto, o
tratado, a convenção ou o ato internacional precisa, ainda, passar pela ratificação, pelo depósito e pela
promulgação no ordenamento jurídico interno. A partir desta última etapa o tratado internacional passa a valer
efetivamente.

Segue a representação das etapas referentes à incorporação dos tratados e das convenções internacionais
sobre direitos humanos ao ordenamento jurídico brasileiro:

2Art. 84, VIII e art.49, I.

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1.2.1. Etapas da incorporação dos tratados e das convenções internacionais sobre


direitos humanos ao ordenamento jurídico brasileiro

➔ ASSINATURA DO TRATADO

É de competência privativamente do Presidente da República, como Chefe de Estado, celebrar tratados,


convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Desta forma, os tratados, as
convenções e os atos internacionais sobre direitos humanos não se tornam obrigatórios a partir da assinatura. É
necessária, ainda, a aprovação (referendo) pelo Congresso Nacional, o que demonstra que o Brasil adota o
modelo da duplicidade de vontades3 para se obrigar internacionalmente (vontade do Poder Executivo somada
com a vontade do Poder Legislativo) e, ainda, o cumprimento das etapas restantes para sua incorporação.

Segue abaixo a representação, com o dispositivo constitucional pertinente, referente à assinatura ou


celebração dos tratados, das convenções e dos atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.

3 No modelo de unicidade de vontades basta a vontade do Chefe de Estado para que o País se obrigue internacionalmente.

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➔ APROVAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL

É da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou


atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Com a
aprovação pelo Congresso Nacional, materializada num Decreto Legislativo4, o Brasil é autorizado a se obrigar
internacionalmente. No entanto, é necessário, ainda, que o Chefe de Estado ratifique o tratado internacional
para que ele se aperfeiçoe.

Cumpre alertar ao candidato, que ao analisar o art. 49, I, que não é qualquer tratado, acordo ou ato
internacional que precisa ser submetido à apreciação pelo Congresso Nacional (CN). Desta forma, somente os
tratados, os acordos ou os atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio
nacional precisam ser submetidos ao CN, sendo certo, que os tratados de direitos humanos precisam passar pela
apreciação do CN, tendo em vista gerarem encargos ou compromissos gravosos à República Federativa do
Brasil.

Segue abaixo a representação, com o dispositivo constitucional pertinente, referente à etapa de


aprovação ou referendo, pelo Congresso Nacional, dos Tratados, das Convenções e dos Atos Internacionais
celebrados pelo Presidente da República na condição de Chefe de Estado:

4
Espécie normativa utilizada para materializar as competências do Congresso Nacional elencadas no art.49 e incisos da CF/88.

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➔ RATIFICAÇÃO E DEPÓSITO DO TRATADO

É um ato de competência do Presidente da República. A ratificação se dá com o depósito da assinatura


junto ao órgão responsável pelo tratado internacional, sendo esta a etapa necessária para que o ato se torne um
documento normativo internacional obrigatório. O depósito se assemelha a CERTIDÃO DE NASCIMENTO
JURÍDICA do tratado, da convenção ou do ato internacional. Antes da ratificação, o Brasil ainda não está
obrigado a cumprir o tratado internacional.

Segue abaixo um exemplo da etapa referente à ratificação e o depósito de um tratado internacional:

➔ PROMULGAÇÃO NA ORDEM JURÍDICA BRASILEIRA

É de competência do Presidente da República, que se dá por meio de um Decreto Executivo, que autoriza a
execução, no plano interno, do tratado, da convenção ou do ato internacional.

O STF possui entendimento, de que é necessária a promulgação na ordem interna pelo Presidente da
República, para que o tratado, a convenção ou o ato internacional de direitos humanos possa valer efetivamente
e, a partir deste momento, ser aplicado na República Federativa do Brasil.

Segue abaixo a representação da etapa de promulgação de um tratado, de uma convenção ou de um ato


internacional sobre direitos humanos no ordenamento jurídico brasileiro:

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➔ EXEMPLO DE TRATADO INTERNACIONAL INTERNALIZADO AO ORDENAMENTO JURÍDICO


BRASILEIRO

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2. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

No que se refere ao TPI, nesta aula, apresentarei os principais pontos que já foram cobrados em questões
pela banca CESPE/UNB nos concursos recentes. Vamos ao estudo deles.

De acordo com o art. 5º, § 4º, da CF/88, “o Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a
cuja criação tenha manifestado adesão”. Referido dispositivo foi incluído pelo Poder Constituinte Derivado
Reformador (PCDR) pela Emenda Constitucional nº 45/04. O art.7° do ADCT da CF/88 estabelece que “o Brasil
propugnará pela formação de um tribunal internacional dos direitos humanos”. Desta forma, o PCDR ao
acrescentar o § 4º, do art.5º, da CF/88 trabalhou no sentido de colocar em prática mandamento previsto no
citado dispositivo do ADCT Constitucional.

O Decreto de nº 4.388/02 promulgou o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional. A sede do


Tribunal fica em Haia, países baixos.5 A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que
afetam a comunidade internacional no seu conjunto.

Nos termos do Estatuto em estudo, o Tribunal possui competência para julgar os crimes de genocídio, os
crimes contra a humanidade, os crimes de guerra e os crimes de agressão.6

O Tribunal Penal Internacional é competente para julgar as pessoas físicas,7 não tendo jurisdição sobre
pessoas que, à data da alegada prática do crime, não tenham ainda completado 18 anos de idade 8. Candidato, o
TPI não possui jurisdição para responsabilizar Estados.

É muito importante que o candidato saiba que os crimes da competência do tribunal não prescrevem9. Em
outras palavras, pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, os crimes de genocídio, os crimes contra
a humanidade, os crimes de guerra e os crimes de agressão são imprescritíveis.

Quanto ao acusado, ele deve estar presente durante o julgamento10. No entanto, se o acusado, presente
no tribunal, perturbar persistentemente a audiência, o Juízo de Julgamento em Primeira Instância poderá
ordenar a sua remoção da sala e providenciar para que acompanhe o processo e dê instruções ao seu defensor a

5 Art.3°, 1, do Decreto nº 4.388/02.


6
Art.5°, 1, do Decreto nº 4.388/02.
7 Art.25, 1, do Decreto nº 4.388/02.
8 Art.26, do Decreto nº 4.388/02.
9 Art.29, do Decreto nº 4.388/02.
10
Art.63, 1, do Decreto nº 4.388/02.

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partir do exterior da mesma, utilizando, se necessário, meios técnicos de comunicação. Estas medidas só serão
adotadas em circunstâncias excepcionais e pelo período estritamente necessário, após se terem esgotado outras
possibilidades razoáveis11.

11
Art.63, 2, do Decreto nº 4.388/02.

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Questões comentadas pelo professor

1. (CESPE – DPE-DF – 2013)

Considerando as disposições constitucionais relativas aos direitos humanos e aos tratados que versam sobre
o tema, julgue os itens subsequentes.

Uma das condições para que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos sejam
considerados equivalentes às normas constitucionais é a sua aprovação, em cada casa do Congresso
Nacional, pelo mesmo processo legislativo previsto para a aprovação de proposta de emenda
constitucional.

RESOLUÇÃO: Os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em dois turnos, em cada um deles, por três quintos dos votos dos
513 deputados federais e por três quintos dos votos dos 81 senadores, serão equivalentes às emendas
constitucionais.

Resposta: CERTO

2. (CESPE – STJ – 2015)

Ainda com relação aos direitos humanos, julgue o próximo item à luz da CF. O Brasil não se submete à
jurisdição do Tribunal Penal Internacional.

RESOLUÇÃO: De acordo com o art. 5º, § 4º, “o Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a
cuja criação tenha manifestado adesão”. Referido dispositivo foi incluído pelo Poder Constituinte Derivado
Reformador (PCDR) pela Emenda Constitucional nº 45/04. O art.7°, do ADCT, da CF/88 estabelece que “o Brasil
propugnará pela formação de um tribunal internacional dos direitos humanos”. Desta forma, o PCDR ao
acrescentar o § 4º, ao art.5º, da CF/88 trabalhou no sentido de colocar em prática mandamento previsto no
citado dispositivo do ADCT Constitucional.

Resposta: ERRADO

3. (CESPE – DPU– 2007)

Julgue os itens subsequentes.

A prescrição nos crimes previstos no Estatuto de Roma, de competência do Tribunal Penal Internacional, se
opera nos mesmos prazos da legislação do Estado-parte do qual o réu é súdito.

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RESOLUÇÃO: É muito importante que o candidato saiba que, de acordo com art.29, do Decreto nº 4.388/02, os
crimes de competência do tribunal não prescrevem. Em outras palavras, pelo Estatuto de Roma do Tribunal
Penal Internacional, os crimes de genocídio, os crimes contra a humanidade, os crimes de guerra e os crimes de
agressão são imprescritíveis.

Resposta: ERRADO

4. (SIMULADA)

De acordo com o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, julgue o item a seguir.

A competência do Tribunal Penal Internacional restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a
comunidade internacional no seu conjunto. Nos termos do referido Estatuto, o Tribunal terá competência
para julgar somente os crimes de genocídio; crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

RESOLUÇÃO: A competência do Tribunal Penal Internacional, de acordo com o art.5º, 1, do Decreto nº


4.388/02, restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto. Nos
termos do Estatuto em estudo, o Tribunal terá competência para julgar os crimes de genocídio, os crimes contra
a humanidade, os crimes de guerra e os crimes de agressão. Desta forma, analisando a questão, o candidato
precisa perceber que a expressão SOMENTE excluiu o crime de agressão, o que torna a questão ERRADA.

Resposta: ERRADO

5. (SIMULADA)

De acordo com o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, julgue o item a seguir.

A competência do Tribunal Penal Internacional restringir-se-á aos crimes de natureza mais graves, que
afetam a comunidade internacional no seu conjunto. Nos termos do referido Estatuto, promulgado pelo
Decreto nº 4.388/2002, o Tribunal terá competência para julgar o crime de genocídio; crimes contra a
humanidade; crimes de guerra e o crime de agressão.

RESOLUÇÃO: A competência do Tribunal Penal Internacional, de acordo com o art.5º, 1, do Decreto nº


4.388/02, restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto. Nos
termos do Estatuto em estudo, o Tribunal terá competência para julgar os crimes de genocídio, os crimes contra
a humanidade, os crimes de guerra e os crimes de agressão.

Resposta: CERTO

6. (CESPE– INSTITUTO RIO BRANCO – 2017)

No que se refere à solução pacífica das controvérsias, incluindo-se os tribunais internacionais, julgue (C ou E)
o item que se segue.

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O Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, exige que o acusado esteja presente durante
o seu julgamento.

RESOLUÇÃO: De acordo com o art. 63, 1, do Decreto nº 4.388/02, o acusado deve estar presente durante o
julgamento. No entanto, o art. 63, 2, do Decreto nº 4.388/02, estabelece que se o acusado, presente no tribunal,
perturbar persistentemente a audiência, o Juízo de Julgamento em Primeira Instância poderá ordenar a sua
remoção da sala e providenciar para que acompanhe o processo e dê instruções ao seu defensor a partir do
exterior da mesma, utilizando, se necessário, meios técnicos de comunicação. Estas medidas só serão adotadas
em circunstâncias excepcionais e pelo período estritamente necessário, após se terem esgotado outras
possibilidades razoáveis.

Resposta: CERTO

7. (CESPE– DPE-DF – 2013)

No que se refere à solução pacífica das controvérsias, incluindo-se os tribunais internacionais, julgue (C ou E)
o item que se segue.

Considerando as disposições constitucionais relativas aos direitos humanos e aos tratados que versam sobre
o tema, julgue os itens subsequentes. O procurador-geral da República poderá, ouvido o Conselho Nacional
do Ministério Público, suscitar, perante o STF, incidente de deslocamento de competência para a justiça
federal quando julgar que o processo envolve grave violação de direitos humanos e exige o cumprimento de
obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte.

RESOLUÇÃO: O Procurador-Geral da República NÃO precisa ouvir o Conselho Nacional do Ministério Público. O
outro erro da questão é que o órgão para apreciar o IDC não é o STF, mas sim o STJ. Em outras palavras, a CF/88
prevê, em seu art. 109, § 5º, que “nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em
qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.”

Resposta: ERRADO

8. (CESPE– DPU – 2007)

Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de
assegurar cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para a justiça federal.

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RESOLUÇÃO: O examinador quis saber se o candidato possui o conhecimento do art. 109, § 5º, da CF/88. Desta
forma, “nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade
de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito
ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.”

Resposta: CERTO

9. (SIMULADA)

Considerando o disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir, relativo aos direitos
humanos.

Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Ministro de Estado da Justiça, com a finalidade de
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do
inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

RESOLUÇÃO: Não é o Ministro de Estado da Justiça que possui competência para suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justiça, o incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. A competência é do
PGR, conforme o art. 109, § 5º. Desta forma, “nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o
Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de
tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para
a Justiça Federal.”

Resposta: ERRADO

10. (SIMULADA)

O Supremo Tribunal Federal, por meio da súmula vinculante nº 25, aplicou ao direito brasileiro as
disposições da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de
novembro de 1969, entendendo que essa Convenção considera ilícita a prisão civil de depositário infiel,
qualquer que seja a modalidade de depósito. Desta forma, declarou inconstitucional o art. 5º, inciso LXVII
da Constituição Federal de 1988 (CF), na parte referente ao depositário infiel.

RESOLUÇÃO: O STF não declarou inconstitucional o art. 5º, inciso LXVII da Constituição Federal de 1988 (CF),
na parte referente ao depositário infiel. Pelo decidido, no RE 466.343, o STF entendeu que diante da supremacia
da CF/1988 sobre os atos normativos internacionais, a previsão constitucional da prisão civil do depositário infiel
(art. 5º, LXVII) não foi revogada, mas deixou de ter aplicabilidade diante do efeito paralisante desses tratados em

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relação à legislação infraconstitucional que disciplina a matéria. Tendo em vista o caráter supralegal desses
diplomas normativos internacionais, a legislação infraconstitucional posterior que com eles seja conflitante
também tem sua eficácia paralisada. Enfim, desde a adesão do Brasil, no ano de 1992, ao PIDCP (artigo 11) e à
CADH — Pacto de São José da Costa Rica (artigo 7º, 7), não há base legal para aplicação da parte final do
art. 5º, LXVII, da CF/1988, ou seja, para a prisão civil do depositário infiel.

Resposta: ERRADO

11. (SIMULADA)

Considerando o disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir, relativo aos direitos
humanos.

Equivalem às normas supralegais os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos


aprovados, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros.

RESOLUÇÃO: De acordo com o art. 5º, § 3º, da CF/88, “os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Resposta: ERRADO

12. (SIMULADA)

Considerando a jurisprudência do STF, julgue o item a seguir, relativo aos direitos humanos.

Desde a EC n° 45/04, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais. No entanto, há tratados e convenções internacionais nesse
âmbito que foram incorporados ao ordenamento brasileiro antes de 2004 e que, portanto, não seguiram
esse procedimento. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os tratados e convenções sobre
direitos humanos aprovados antes de 2004 têm hierarquia supralegal, estando abaixo da constituição.

RESOLUÇÃO: Os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos, antes do acréscimo do § 3º ao


art. 5º, da CF/88, pela emenda constitucional nº45/04, eram internalizados ao ordenamento jurídico com a
natureza de lei ordinária. Em outras palavras, figuravam como normas abaixo da Constituição Federal de 1988.
No entanto, o STF mudou seu entendimento e passou a enxergar os tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos, que foram internalizados ao ordenamento jurídico antes da emenda constitucional nº45/04,

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com o status de supralegalidade. Em outras palavras, os tratados e as convenções internacionais internalizados


antes da emenda constitucional nº45/04 valem menos do que a Constituição e mais do que a Lei
infraconstitucional. Desta forma, não estão acima da Constituição, mas prevalecem sobre a Lei.

Resposta: CERTO

13. (SIMULADA)

Considerando a jurisprudência do STF, julgue o item a seguir, relativo aos direitos humanos.

A posição hierárquica do Pacto de São José da Costa Rica, no ordenamento jurídico brasileiro, é de norma
constitucional.

RESOLUÇÃO: O PSJCR foi internalizado no ordenamento jurídico brasileiro em 1992. A posição atual do STF é
de que os tratados de direitos humanos (o PSJCR se enquadra) que tiverem sido incorporados antes da emenda
constitucional nº45/04 terão natureza jurídica de norma supralegal e não de NORMA CONSTITUCIONAL.

Resposta: ERRADO

14. (CESPE-INSTITUTO RIO BRANCO – 2016)

Com relação aos tribunais internacionais, julgue (C ou E) o item subsequente.


O quórum para deliberação da Corte Interamericana de Direitos Humanos é de cinco juízes.

RESOLUÇÃO: De acordo com o art. 56 do PSJCR, o quórum para as deliberações da Corte é constituído por
cinco juízes.

Resposta: CERTO

15. (CESPE-AGU – 2015)

Com relação ao sistema interamericano de proteção dos direitos humanos, julgue o seguinte item.
As sentenças prolatadas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos podem, após homologação pelo
STJ, ser regularmente executadas em território brasileiro.

RESOLUÇÃO: As SENTENÇAS proferidas pela Corte são INTERNACIONAIS e não ESTRANGEIRAS. Isto significa
que não necessitam passar pelo procedimento homologatório das sentenças estrangeiras previsto pela
legislação nacional (art.105, I, i, CF/88) para que tenham exequibilidade doméstica. Em outras palavras, as
SENTENÇAS proferidas pela CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS, dispensam, no Brasil, a
homologação pelo STJ.

Resposta: ERRADO

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16. (CESPE-STJ– 2015)

No tocante à Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item a seguir. A família é o núcleo natural
e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

RESOLUÇÃO: Trata-se de uma questão de fácil resolução. É necessário que o candidato tenha o conhecimento
do art.16, 3 da DUDH. Portanto, ao analisar o referido dispositivo fica estabelecido que “a família é o núcleo
natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado”.

Resposta: CERTO

17. (CESPE-STJ– 2015)

No tocante à Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item a seguir.

É garantido o asilo em outros países àquele que for vítima de perseguição, ainda que motivada por crimes
de direito comum.

RESOLUÇÃO: Trata-se de uma questão de fácil resolução. É necessário que o candidato tenha o conhecimento
do art.14, 1 e 2 da DUDH. Portanto, ao analisar o referido dispositivo fica estabelecido que todo ser humano,
vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. No entanto, esse direito não
pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos
contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Resposta: ERRADO

18. (CESPE –PRF– 2019)

A respeito do tratamento constitucional dos tratados internacionais de direitos humanos, julgue o item que
se segue.

A hierarquia constitucional dos tratados internacionais de direitos humanos depende de sua aprovação por
três quintos dos membros de cada casa do Congresso Nacional.

RESOLUÇÃO: Na questão o examinador CESPE aborda o conteúdo de um dispositivo constitucional de forma


incompleta, mas que não torna a questão incorreta. O dispositivo abordado é o art. 5º, § 3º, da CF/88,

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reproduzido a seguir: “os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais”. Faltou afirmar da necessidade de aprovação em dois turnos de
votação, mas não tornou a assertiva ERRADA. Portanto, o candidato (a) deve marcar como CERTO a assertiva.

Resposta: CERTO

19. (CESPE –PRF– 2019)

A respeito do tratamento constitucional dos tratados internacionais de direitos humanos, julgue o item que
se segue.

Conforme a maneira como são internalizados, os tratados internacionais sobre direitos humanos podem
receber status normativo-hierárquico constitucional ou legal.

RESOLUÇÃO: A posição atual do STF é no sentido de que os tratados e as convenções internacionais sobre os
direitos humanos são incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro com natureza jurídica de norma
SUPRALEGAL, podendo possuir STATUS de normas equivalentes às emendas constitucionais se forem
aprovados pelo rito previsto no art. 5º, § 3º, da CF/88. Se tiverem sido incorporados antes da emenda
constitucional nº45/04 e, ainda, depois da referida emenda, mas por rito diverso ao previsto no art. 5º, § 3º, da
CF/88, terão natureza de norma supralegal e não de norma legal.

Resposta: ERRADO

20. (VUNESP –PC-SP– 2018)

No que se refere à prisão civil por dívida, a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José
da Costa Rica) estabelece que

A) é permitida apenas para o caso de inadimplemento de obrigação alimentar.

B) deve ser decidida pela Constituição de cada Estado-Parte.

C) deve ser abolida em todos os Estados-Partes.

D) é permitida apenas para hipótese de depositário infiel.

E) é autorizada para os casos de depositário infiel e de devedor de obrigação alimentar.

RESOLUÇÃO: O examinador quis saber se candidato conhece o artigo 7º, item 7, da Convenção Americana dos
Direitos Humanos (PSJCR), reproduzido a seguir: “ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita
os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação
alimentar”.

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Resposta: LETRA A

21. (VUNESP –PC-SP– 2018)

Assinale a alternativa que contempla um tratado de direitos humanos, incorporado pelo Direito Brasileiro
com o status de norma constitucional, que faz parte do que a doutrina chama de Bloco de
Constitucionalidade.

A) Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos.

B) Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados.

C) Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas e degradantes.

D) Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

E) Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.

RESOLUÇÃO: O candidato (a) deve compreender que os Tratados e Convenções Internacionais sobre Direitos
Humanos que forem aprovados pelo rito do art. 5º, § 3º, da CF/88, passam a fazer parte do denominado BLOCO
DE CONSTITUCIONALIDADE (pelo conceito de bloco de constitucionalidade inserem-se normas que não estão
necessariamente expressas no texto constitucional, mas que funcionam como parâmetro para a realização do
controle de constitucionalidade). Desta forma, analisando as alternativas, a única que se enquadra no que foi
explicado é a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.

Resposta: LETRA E

22. (UECE-CEV–SEAS– 2017)

Quanto à posição hierárquica do Pacto de São José da Costa Rica, no ordenamento jurídico brasileiro,
segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal — STF —, é correto afirmar que

A) tem hierarquia equivalente às Emendas Constitucionais.

B) tem caráter infralegal.

C) tem caráter supralegal.

D) tem hierarquia equivalente às Leis Ordinárias.

RESOLUÇÃO: O PSJCR (Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969) foi internalizado no ordenamento
jurídico brasileiro como Lei Ordinária no ano de 1992. No entanto, a posição atual do STF é de que os Tratados
Internacionais de Direitos humanos (o PSJCR se enquadra) que tiverem sido incorporados antes da emenda
constitucional nº45/04 terão natureza jurídica de NORMA SUPRALEGAL.

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Resposta: LETRA C

23. (FUNCAB-PC-PA- 2016)

De acordo com o art. 5⁰, LXVII, da CRFB/1988, “Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentar e a do depositário infiel”. A
Convenção Americana sobre Direitos Humanos -Pacto de San José da Costa Rica, que proíbe a prisão por
dívida decorrente do descumprimento de obrigações contratuais, à qual o Brasil aderiu, foi internalizada
com o status de:

A) norma supralegal e infraconstitucional.

B) lei complementar.

C) norma supraconstitucional.

D) norma constitucional.

E) lei ordinária.

RESOLUÇÃO: A Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969 foi internalizada no ordenamento jurídico
brasileiro como Lei Ordinária no ano de 1992. No entanto, a posição atual do STF é de que os Tratados
Internacionais de Direitos humanos (a CADH se enquadra) que tiverem sido incorporados antes da Emenda
Constitucional nº45/04 terão natureza jurídica de NORMA SUPRALEGAL. Desta, podemos dizer que o
examinador levou em conta para definir o gabarito a posição atual do STF, mas, inicialmente, foi internalizada
como Lei Ordinária.

Resposta: LETRA A

24. (IF-MG-IF-MG- 2013)

A respeito dos direitos e garantias fundamentais, é possível afirmar que os tratados e convenções sobre
direitos humanos que forem aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às (aos):

A) emendas constitucionais.

B) leis ordinárias.

C) leis complementares.

D) decretos legislativos.

E) leis delegadas.

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RESOLUÇÃO: De acordo com o art. 5º, § 3º, da CF/88, reproduzido a seguir: “os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Resposta: LETRA A

25. (FCC-SEGEP-MA-2016)

A respeito da incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos, é INCORRETO afirmar:

A) A aprovação pelo Congresso Nacional de um tratado de direitos humanos de acordo com o rito
estabelecido no § 3º do art. 5º da Constituição Federal não dispensa a ratificação do tratado.

B) Os tratados aprovados pelo Congresso Nacional na forma do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal
possuem hierarquia e força normativa equivalente às emendas constitucionais.

C) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.

D) Os tratados internacionais que não versam sobre direitos humanos possuem, como regra geral,
hierarquia de lei ordinária.

E) Os tratados internacionais de direitos humanos dependem de ratificação pelo Brasil, mediante processo
de incorporação de atribuição e participação exclusiva do Congresso Nacional.

RESOLUÇÃO: De acordo com a Constituição Federal de 1988, é competência privativa do Presidente da


República celebrar tratados internacionais (assinar), sujeitos a referendo do Congresso Nacional (aprovação).
Desta forma, a incorporação dos tratados internacionais sobre direitos humanos ao ordenamento jurídico
brasileiro possui etapas. Duas delas foram apresentadas acima. No entanto, o tratado internacional precisa,
ainda, passar pela ratificação e depósito e pela promulgação no ordenamento jurídico interno. Portanto, o
processo de incorporação de tratados internacionais de direitos humanos, não é de atribuição e participação
exclusiva do Congresso Nacional.

Resposta: LETRA E

26. (FGV–CÂMARA DE SALVADOR-BA- 2018)

A República Federativa do Brasil, pelo órgão competente, assinou determinada Convenção Internacional de
Proteção aos Direitos Humanos. Ato contínuo, a Convenção foi aprovada em cada Casa do Congresso
Nacional em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. Por fim, após o depósito do
instrumento de ratificação, foi promulgada na ordem interna pelo Presidente da República.

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À luz da sistemática constitucional, a referida Convenção, na ordem jurídica interna, tem natureza jurídica
equivalente:

A) à emenda constitucional;

B) à lei ordinária;

C) à lei complementar;

D) à lei delegada;

E) ao decreto autônomo.

RESOLUÇÃO: De acordo com o art. 5º, § 3º, da CF/88, reproduzido a seguir: “os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Resposta: LETRA A

27. (FGV–TJ-AL-2018)

O Presidente da República celebrou tratado internacional no qual os Estados celebrantes se comprometiam


a oferecer condições adequadas, no ambiente prisional, às mulheres grávidas que se encontrassem presas.
Esse tratado foi aprovado pelas Casas do Congresso Nacional e regularmente promulgado na ordem jurídica
interna.

À luz da sistemática constitucional, o tratado internacional assim aprovado é equivalente:

A) ao ato infralegal, pois a sua promulgação na ordem interna se dá por meio de decreto;

B) à lei ordinária, pois todo tratado internacional possui essa natureza jurídica;

C) ao ato nulo, pois somente o Senado Federal possui competência para aprovar tratado internacional;

D) à emenda constitucional, desde que aprovado em dois turnos, por três quintos dos votos dos membros
das Casas;

E) à lei complementar, desde que aprovado pela maioria absoluta dos membros das Casas.

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RESOLUÇÃO: De acordo com o art. 5º, § 3º, da CF/88, reproduzido a seguir: “os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Resposta: LETRA D

28. (FCC–CREMESP-2016)

Considere a seguinte hipótese: O Congresso Nacional aprovou, em cada Casa, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, por meio do Decreto Legislativo “X” determinada Convenção
sobre Direitos Humanos. A hierarquia normativa da referida Convenção Internacional, de acordo com a
Constituição Federal, é de

A) emenda constitucional, pois se trata de Convenção Internacional sobre Direitos Humanos e foi aprovada
pelo Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros.

B) emenda constitucional, pois se trata de Convenção Internacional sobre Direitos Humanos,


independentemente da aprovação pelo Congresso Nacional para adquirir referido status.

C) emenda constitucional, independentemente de dispor ou não sobre Direitos Humanos.

D) lei ordinária, pois se trata de Convenção Internacional sobre Direitos Humanos e foi aprovada pelo
Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

E) lei complementar, pois se trata de Convenção Internacional sobre Direitos Humanos e foi aprovada pelo
Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

RESOLUÇÃO: De acordo com o art. 5º, § 3º, da CF/88, reproduzido a seguir: “os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Resposta: LETRA A

29. (FCC–DPE-PR-2017)

Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os tratados de direitos humanos serão incorporados
pela ordem jurídica brasileira a partir da

A) ratificação e depósito do tratado pelo Presidente da República

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B) publicação de decreto legislativo, de forma conjunta, pelo Presidente da República e pelo Presidente do
Congresso Nacional.

C) promulgação, por um decreto executivo do Presidente da República.

D) assinatura do tratado pelo Presidente da República.

E) aprovação do Congresso Nacional, mediante decreto legislativo.

RESOLUÇÃO: De acordo com a Constituição Federal de 1988, é competência privativa do Presidente da


República celebrar tratados internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Desta forma, a
incorporação dos tratados internacionais sobre direitos humanos ao ordenamento jurídico brasileiro possui
etapas. Duas delas foram apresentadas acima. No entanto, o tratado internacional precisa, ainda, passar pela
ratificação e depósito e pela promulgação no ordenamento jurídico interno.

O STF entende (medida cautelar na ADI n.º 1480) que só a partir da promulgação, por um decreto executivo do
Presidente da República, que os tratados de direitos humanos são incorporados à ordem jurídica brasileira.

Resposta: LETRA C

30. (VUNESP–PC-SP– 2018)

No tocante ao Tribunal Penal Internacional, considerando o disposto, expressamente, no Estatuto de


Roma, o Tribunal terá competência para julgar

A) a tortura, o racismo, o terrorismo e os crimes contra a humanidade.

B) a tortura coletiva, o extermínio em massa, o tráfico de pessoas e os crimes de guerra.

C) os crimes de guerra, os crimes contra a humanidade, o terrorismo e os crimes hediondos.

D) o genocídio, os crimes contra a humanidade, a tortura e o tráfico internacional de entorpecentes.

E) o genocídio, os crimes contra a humanidade, os crimes de guerra e os crimes de agressão.

RESOLUÇÃO: O examinador quis saber se candidato conhece o artigo 5º, do Decreto nº 4.388/2002 (que
promulga o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional), reproduzido a seguir: “a competência do
Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto. Nos
termos do presente Estatuto, o Tribunal terá competência para julgar os seguintes crimes: o crime de genocídio;
crimes contra a humanidade; crimes de guerra e o crime de agressão”.

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Resposta: LETRA E

31. (VUNESP–PC-SP– 2018)

A Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo, praticada com intenção de
destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal, é considerada
pelo Estatuto de Roma como

A) genocídio.

B) crime de guerra.

C) crime de agressão.

D) crime contra a humanidade.

E) apartheid.

RESOLUÇÃO: O examinador quis saber se candidato conhece o artigo 6º, do Decreto nº 4.388/2002 (que
promulga o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional), reproduzido a seguir: “para os efeitos do
presente Estatuto, entende-se por "genocídio", qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, praticado com
intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal:
homicídio de membros do grupo; ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo; sujeição
intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total ou parcial; imposição
de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo e a transferência, à força, de crianças do grupo
para outro grupo”.

Resposta: LETRA A

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Lista de questões comentadas

1. (CESPE – DPE-DF – 2013)

Considerando as disposições constitucionais relativas aos direitos humanos e aos tratados que versam sobre
o tema, julgue os itens subsequentes.

Uma das condições para que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos sejam
considerados equivalentes às normas constitucionais é a sua aprovação, em cada casa do Congresso
Nacional, pelo mesmo processo legislativo previsto para a aprovação de proposta de emenda
constitucional.

2. (CESPE – STJ – 2015)

Ainda com relação aos direitos humanos, julgue o próximo item à luz da CF. O Brasil não se submete à
jurisdição do Tribunal Penal Internacional.

3. (CESPE – DPU– 2007)

Julgue os itens subsequentes.

A prescrição nos crimes previstos no Estatuto de Roma, de competência do Tribunal Penal Internacional, se
opera nos mesmos prazos da legislação do Estado-parte do qual o réu é súdito.

4. (SIMULADA)

De acordo com o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, julgue o item a seguir.

A competência do Tribunal Penal Internacional restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a
comunidade internacional no seu conjunto. Nos termos do referido Estatuto, o Tribunal terá competência
para julgar somente os crimes de genocídio; crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

5. (SIMULADA)

De acordo com o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, julgue o item a seguir.

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A competência do Tribunal Penal Internacional restringir-se-á aos crimes de natureza mais graves, que
afetam a comunidade internacional no seu conjunto. Nos termos do referido Estatuto, promulgado pelo
Decreto nº 4.388/2002, o Tribunal terá competência para julgar o crime de genocídio; crimes contra a
humanidade; crimes de guerra e o crime de agressão.

6. (CESPE– INSTITUTO RIO BRANCO – 2017)

No que se refere à solução pacífica das controvérsias, incluindo-se os tribunais internacionais, julgue (C ou E)
o item que se segue.

O Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, exige que o acusado esteja presente durante
o seu julgamento.

7. (CESPE– DPE-DF – 2013)

No que se refere à solução pacífica das controvérsias, incluindo-se os tribunais internacionais, julgue (C ou E)
o item que se segue.

Considerando as disposições constitucionais relativas aos direitos humanos e aos tratados que versam sobre
o tema, julgue os itens subsequentes. O procurador-geral da República poderá, ouvido o Conselho Nacional
do Ministério Público, suscitar, perante o STF, incidente de deslocamento de competência para a justiça
federal quando julgar que o processo envolve grave violação de direitos humanos e exige o cumprimento de
obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte.

8. (CESPE– DPU – 2007)

Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de
assegurar cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para a justiça federal.

9. (SIMULADA)

Considerando o disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir, relativo aos direitos
humanos.

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Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Ministro de Estado da Justiça, com a finalidade de
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do
inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

10. (SIMULADA)

O Supremo Tribunal Federal, por meio da súmula vinculante nº 25, aplicou ao direito brasileiro as
disposições da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de
novembro de 1969, entendendo que essa Convenção considera ilícita a prisão civil de depositário infiel,
qualquer que seja a modalidade de depósito. Desta forma, declarou inconstitucional o art. 5º, inciso LXVII
da Constituição Federal de 1988 (CF), na parte referente ao depositário infiel.

11. (SIMULADA)

Considerando o disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir, relativo aos direitos
humanos.

Equivalem às normas supralegais os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos


aprovados, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros.

12. (SIMULADA)

Considerando a jurisprudência do STF, julgue o item a seguir, relativo aos direitos humanos.

Desde a EC n° 45/04, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais. No entanto, há tratados e convenções internacionais nesse
âmbito que foram incorporados ao ordenamento brasileiro antes de 2004 e que, portanto, não seguiram
esse procedimento. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os tratados e convenções sobre
direitos humanos aprovados antes de 2004 têm hierarquia supralegal, estando abaixo da constituição.

13. (SIMULADA)

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Considerando a jurisprudência do STF, julgue o item a seguir, relativo aos direitos humanos.

A posição hierárquica do Pacto de São José da Costa Rica, no ordenamento jurídico brasileiro, é de norma
constitucional.

14. (CESPE-INSTITUTO RIO BRANCO – 2016)

Com relação aos tribunais internacionais, julgue (C ou E) o item subsequente.


O quórum para deliberação da Corte Interamericana de Direitos Humanos é de cinco juízes.

15. (CESPE-AGU – 2015)

Com relação ao sistema interamericano de proteção dos direitos humanos, julgue o seguinte item.
As sentenças prolatadas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos podem, após homologação pelo
STJ, ser regularmente executadas em território brasileiro.

16. (CESPE-STJ– 2015)

No tocante à Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item a seguir. A família é o núcleo natural
e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

17. (CESPE-STJ– 2015)

No tocante à Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item a seguir.

É garantido o asilo em outros países àquele que for vítima de perseguição, ainda que motivada por crimes
de direito comum.

18. (CESPE –PRF– 2019)

A respeito do tratamento constitucional dos tratados internacionais de direitos humanos, julgue o item que
se segue.

A hierarquia constitucional dos tratados internacionais de direitos humanos depende de sua aprovação por
três quintos dos membros de cada casa do Congresso Nacional.

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19. (CESPE –PRF– 2019)

A respeito do tratamento constitucional dos tratados internacionais de direitos humanos, julgue o item que
se segue.

Conforme a maneira como são internalizados, os tratados internacionais sobre direitos humanos podem
receber status normativo-hierárquico constitucional ou legal.

20. (VUNESP –PC-SP– 2018)

No que se refere à prisão civil por dívida, a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José
da Costa Rica) estabelece que

A) é permitida apenas para o caso de inadimplemento de obrigação alimentar.

B) deve ser decidida pela Constituição de cada Estado-Parte.

C) deve ser abolida em todos os Estados-Partes.

D) é permitida apenas para hipótese de depositário infiel.

E) é autorizada para os casos de depositário infiel e de devedor de obrigação alimentar.

21. (VUNESP –PC-SP– 2018)

Assinale a alternativa que contempla um tratado de direitos humanos, incorporado pelo Direito Brasileiro
com o status de norma constitucional, que faz parte do que a doutrina chama de Bloco de
Constitucionalidade.

A) Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos.

B) Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados.

C) Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas e degradantes.

D) Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

E) Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.

22. (UECE-CEV–SEAS– 2017)

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Quanto à posição hierárquica do Pacto de São José da Costa Rica, no ordenamento jurídico brasileiro,
segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal — STF —, é correto afirmar que

A) tem hierarquia equivalente às Emendas Constitucionais.

B) tem caráter infralegal.

C) tem caráter supralegal.

D) tem hierarquia equivalente às Leis Ordinárias.

23. (FUNCAB-PC-PA- 2016)

De acordo com o art. 5⁰, LXVII, da CRFB/1988, “Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentar e a do depositário infiel”. A
Convenção Americana sobre Direitos Humanos -Pacto de San José da Costa Rica, que proíbe a prisão por
dívida decorrente do descumprimento de obrigações contratuais, à qual o Brasil aderiu, foi internalizada
com o status de:

A) norma supralegal e infraconstitucional.

B) lei complementar.

C) norma supraconstitucional.

D) norma constitucional.

E) lei ordinária.

24. (IF-MG-IF-MG- 2013)

A respeito dos direitos e garantias fundamentais, é possível afirmar que os tratados e convenções sobre
direitos humanos que forem aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às (aos):

A) emendas constitucionais.

B) leis ordinárias.

C) leis complementares.

D) decretos legislativos.

E) leis delegadas.

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25. (FCC-SEGEP-MA-2016)

A respeito da incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos, é INCORRETO afirmar:

A) A aprovação pelo Congresso Nacional de um tratado de direitos humanos de acordo com o rito
estabelecido no § 3º do art. 5º da Constituição Federal não dispensa a ratificação do tratado.

B) Os tratados aprovados pelo Congresso Nacional na forma do art. 5º , § 3º , da Constituição Federal


possuem hierarquia e força normativa equivalente às emendas constitucionais.

C) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.

D) Os tratados internacionais que não versam sobre direitos humanos possuem, como regra geral,
hierarquia de lei ordinária.

E)Os tratados internacionais de direitos humanos dependem de ratificação pelo Brasil, mediante processo
de incorporação de atribuição e participação exclusiva do Congresso Nacional.

26. (FGV–CÂMARA DE SALVADOR-BA- 2018)

A República Federativa do Brasil, pelo órgão competente, assinou determinada Convenção Internacional de
Proteção aos Direitos Humanos. Ato contínuo, a Convenção foi aprovada em cada Casa do Congresso
Nacional em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. Por fim, após o depósito do
instrumento de ratificação, foi promulgada na ordem interna pelo Presidente da República.

À luz da sistemática constitucional, a referida Convenção, na ordem jurídica interna, tem natureza jurídica
equivalente:

A) à emenda constitucional;

B) à lei ordinária;

C) à lei complementar;

D) à lei delegada;

E) ao decreto autônomo.

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27. (FGV–TJ-AL-2018)

O Presidente da República celebrou tratado internacional no qual os Estados celebrantes se comprometiam


a oferecer condições adequadas, no ambiente prisional, às mulheres grávidas que se encontrassem presas.
Esse tratado foi aprovado pelas Casas do Congresso Nacional e regularmente promulgado na ordem jurídica
interna.

À luz da sistemática constitucional, o tratado internacional assim aprovado é equivalente:

A) ao ato infralegal, pois a sua promulgação na ordem interna se dá por meio de decreto;

B) à lei ordinária, pois todo tratado internacional possui essa natureza jurídica;

C) ao ato nulo, pois somente o Senado Federal possui competência para aprovar tratado internacional;

D) à emenda constitucional, desde que aprovado em dois turnos, por três quintos dos votos dos membros
das Casas;

E) à lei complementar, desde que aprovado pela maioria absoluta dos membros das Casas.

28. (FCC–CREMESP-2016)

Considere a seguinte hipótese: O Congresso Nacional aprovou, em cada Casa, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, por meio do Decreto Legislativo “X” determinada Convenção
sobre Direitos Humanos. A hierarquia normativa da referida Convenção Internacional, de acordo com a
Constituição Federal, é de

A) emenda constitucional, pois se trata de Convenção Internacional sobre Direitos Humanos e foi aprovada
pelo Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros.

B) emenda constitucional, pois se trata de Convenção Internacional sobre Direitos Humanos,


independentemente da aprovação pelo Congresso Nacional para adquirir referido status.

C) emenda constitucional, independentemente de dispor ou não sobre Direitos Humanos.

D) lei ordinária, pois se trata de Convenção Internacional sobre Direitos Humanos e foi aprovada pelo
Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

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E) lei complementar, pois se trata de Convenção Internacional sobre Direitos Humanos e foi aprovada pelo
Congresso Nacional, em cada Casa, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

29. (FCC–DPE-PR-2017)

Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os tratados de direitos humanos serão incorporados
pela ordem jurídica brasileira a partir da

A) ratificação e depósito do tratado pelo Presidente da República

B) publicação de decreto legislativo, de forma conjunta, pelo Presidente da República e pelo Presidente do
Congresso Nacional.

C) promulgação, por um decreto executivo do Presidente da República.

D) assinatura do tratado pelo Presidente da República.

E) aprovação do Congresso Nacional, mediante decreto legislativo.

30. (VUNESP–PC-SP– 2018)

No tocante ao Tribunal Penal Internacional, considerando o disposto, expressamente, no Estatuto de


Roma, o Tribunal terá competência para julgar

A) a tortura, o racismo, o terrorismo e os crimes contra a humanidade.

B) a tortura coletiva, o extermínio em massa, o tráfico de pessoas e os crimes de guerra.

C) os crimes de guerra, os crimes contra a humanidade, o terrorismo e os crimes hediondos.

D) o genocídio, os crimes contra a humanidade, a tortura e o tráfico internacional de entorpecentes.

E) o genocídio, os crimes contra a humanidade, os crimes de guerra e os crimes de agressão.

31. (VUNESP–PC-SP– 2018)

A Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo, praticada com intenção de
destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal, é considerada
pelo Estatuto de Roma como

A) genocídio.

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B) crime de guerra.

C) crime de agressão.

D) crime contra a humanidade.

E) apartheid.

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Gabarito
1. CERTO 12. CERTO 23. LETRA A
2. ERRADO 13. ERRADO 24. LETRA A
3. ERRADO 14. CERTO 25. LETRA E
4. ERRADO 15. ERRADO 26. LETRA A
5. CERTO 16. CERTO 27. LETRA D
6. CERTO 17. ERRADO 28. LETRA A
7. ERRADO 18. CERTO 29. LETRA C
8. CERTO 19. ERRADO 30. LETRA E
9. ERRADO 20. LETRA A 31. LETRA A
10. ERRADO 21. LETRA E
11. ERRADO 22. LETRA C

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Resumo direcionado

Olá pessoal, nossa preparação é DIRECIONADA para a sua aprovação no concurso de POLICIAL
RODOVIÁRIO FEDERAL (PRF)

Portanto, por meio do RESUMO DIRECIONADO, vamos relembrar os principais temas apresentados em
nossa aula 05.

Nós começamos aula com o tema CONSTITUCIONALIZAÇÃO FORMAL DOS TRATADOS E


CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS.

O candidato precisa saber que a posição atual do STF é no sentido de que os tratados de direitos humanos
são incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro com natureza jurídica de norma SUPRALEGAL e possuem
STATUS de normas equivalentes às emendas constitucionais se forem aprovados pelo rito previsto no art. 5º, §
3º, da CF/88.
Em outros termos, se tiverem sido incorporados antes da emenda constitucional nº45/04 e, ainda, depois
da referida emenda, mas por rito diverso ao previsto no art. 5º, § 3º, da CF/88, terão natureza de norma
supralegal.
Candidato, reitero, é muito importante que você conheça a posição atual do STF quanto à natureza jurídica
dos tratados e das convenções internacionais internalizados ao ordenamento jurídico brasileiro.
Os Tratados e Convenções Internacionais sobre Direitos Humanos que forem aprovados pelo rito do art. 5º,
§ 3º, da CF/88, passam a fazer parte do denominado BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE (pelo conceito de
bloco de constitucionalidade inserem-se normas que não estão necessariamente expressas no texto
constitucional, mas que funcionam como parâmetro para a realização do controle de constitucionalidade).
Abordamos, em seguida, na nossa aula, a incorporação dos tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos ao ordenamento jurídico brasileiro.
As etapas referentes à incorporação dos tratados e das convenções internacionais sobre direitos humanos
ao ordenamento jurídico brasileiro são as seguintes: assinatura do tratado, aprovação pelo congresso nacional,
ratificação e depósito do tratado e, por fim, a promulgação do tratado.

A promulgação na ordem jurídica brasileira é competência do Presidente da República, que se dá por meio
de um Decreto Executivo, que autoriza a execução, no plano interno, do tratado, da convenção ou do ato
internacional.

Em outras palavras, de acordo com a Constituição Federal de 1988, é competência privativa do Presidente
da República celebrar tratados internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Desta forma, a

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incorporação dos tratados internacionais sobre direitos humanos ao ordenamento jurídico brasileiro possui
etapas. Duas delas foram apresentadas acima. No entanto, o tratado internacional precisa, ainda, passar pela
ratificação e depósito e pela promulgação no ordenamento jurídico interno.

O STF possui entendimento (medida cautelar na ADI n.º 1480), no sentido da necessidade de
promulgação na ordem interna, para que o tratado, a convenção ou o ato internacional possa valer efetivamente
e, a partir deste momento, ser aplicado na República Federativa do Brasil.

O próximo tema abordado em nossa aula foi Tribunal Penal Internacional que possui base constitucional
dada pelo art. 5º, § 4º, da CF/88, incluído pela Emenda Constitucional nº 45/04.

Desta forma, ao analisar o referido dispositivo, o Brasil se submete à jurisdição do Tribunal Penal
Internacional, cuja criação tenha manifestado adesão.

O art.7° do ADCT da CF/88 estabelece, ainda, que o Brasil propugnará pela formação de um tribunal
internacional dos direitos humanos. Portanto, o PCDR ao acrescentar o § 4º, do art.5º, da CF/88 trabalhou no
sentido de colocar em prática mandamento previsto no citado dispositivo do ADCT Constitucional.

O Decreto de nº 4.388/02 promulgou o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional.

A competência do TPI restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no
seu conjunto e sua sede é em Haia, países baixos.

Nos termos do Estatuto do TPI, o Tribunal possui competência para julgar pessoas físicas pelos crimes de
genocídio, pelos crimes contra a humanidade, pelos crimes de guerra e pelos crimes de agressão.

O TPI não possui jurisdição sobre pessoas que, à data da alegada prática do crime, não tenham ainda
completado 18 anos de idade.

É muito importante que o candidato saiba que os crimes da competência do tribunal não prescrevem. Em
outras palavras, pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, os crimes de genocídio, os crimes contra
a humanidade, os crimes de guerra e os crimes de agressão são imprescritíveis.

Por fim, você pode enviar um direct para meu Instagram (@profrodrigomesquita) ou uma mensagem
para o canal do aluno, se surgir alguma dúvida. Um abraço.

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