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DIREITOS HUMANOS
(CFSd – 2023)
EDITAL DRH/CRS Nº 11/2022
Sumário
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
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X - concessão de asilo político. § 1º Aos portugueses com residência
permanente no País, se houver reciprocidade
Parágrafo único. A República Federativa em favor de brasileiros, serão atribuídos os
do Brasil buscará a integração econômica, direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
política, social e cultural dos povos da América previstos nesta Constituição.
Latina, visando à formação de uma
comunidade latino-americana de nações. § 2º A lei não poderá estabelecer
distinção entre brasileiros natos e
CAPÍTULO III naturalizados, salvo nos casos previstos nesta
DA NACIONALIDADE Constituição.
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permanência em seu território ou para o I - a nacionalidade brasileira;
exercício de direitos civis;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma
oficial da República Federativa do Brasil. III - o alistamento eleitoral;
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ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo § 13. As manifestações favoráveis e
e candidato à reeleição. contrárias às questões submetidas às
consultas populares nos termos do § 12
§ 8º O militar alistável é elegível, ocorrerão durante as campanhas eleitorais,
atendidas as seguintes condições: sem a utilização de propaganda gratuita no
rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda
I - se contar menos de dez anos de Constitucional nº 111, de 2021)
serviço, deverá afastar-se da atividade;
Art. 15. É vedada a cassação de direitos
II - se contar mais de dez anos de políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
serviço, será agregado pela autoridade nos casos de:
superior e, se eleito, passará automaticamente,
no ato da diplomação, para a inatividade. I - cancelamento da naturalização por
sentença transitada em julgado;
§ 9º Lei complementar estabelecerá
outros casos de inelegibilidade e os prazos de II - incapacidade civil absoluta;
sua cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para exercício de III - condenação criminal transitada em
mandato considerada vida pregressa do julgado, enquanto durarem seus efeitos;
candidato, e a normalidade e legitimidade das
eleições contra a influência do poder IV - recusa de cumprir obrigação a todos
econômico ou o abuso do exercício de função, imposta ou prestação alternativa, nos termos
cargo ou emprego na administração direta ou do art. 5º, VIII;
indireta.
V - improbidade administrativa, nos
§ 10. O mandato eletivo poderá ser termos do art. 37, § 4º.
impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias contados da diplomação, instruída Art. 16. A lei que alterar o processo
a ação com provas de abuso do poder eleitoral entrará em vigor na data de sua
econômico, corrupção ou fraude. publicação, não se aplicando à eleição que
ocorra até um ano da data de sua
§ 11. A ação de impugnação de mandato vigência. (Redação dada pela Emenda
tramitará em segredo de justiça, respondendo
o autor, na forma da lei, se temerária ou de
manifesta má-fé. TÍTULO III
Da Organização do Estado
§ 12. Serão realizadas
concomitantemente às eleições municipais as CAPÍTULO VII
consultas populares sobre questões locais DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
aprovadas pelas Câmaras Municipais e Seção I
encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 DISPOSIÇÕES GERAIS
(noventa) dias antes da data das eleições,
observados os limites operacionais relativos ao Art. 37. A administração pública direta e
número de quesitos. (Incluído pela Emenda indireta de qualquer dos Poderes da União,
Constitucional nº 111, de 2021) dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade,
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publicidade e eficiência e, também, ao portadoras de deficiência e definirá os critérios
seguinte: de sua admissão;
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ser superiores aos pagos pelo Poder XIX – somente por lei específica poderá
Executivo; ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de
XIII - é vedada a vinculação ou economia mista e de fundação, cabendo à lei
equiparação de quaisquer espécies complementar, neste último caso, definir as
remuneratórias para o efeito de remuneração áreas de sua atuação;
de pessoal do serviço público;
XX - depende de autorização legislativa,
XIV - os acréscimos pecuniários em cada caso, a criação de subsidiárias das
percebidos por servidor público não serão entidades mencionadas no inciso anterior,
computados nem acumulados para fins de assim como a participação de qualquer delas
concessão de acréscimos ulteriores; em empresa privada;
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punição da autoridade responsável, nos termos da administração direta e indireta que
da lei. possibilite o acesso a informações
privilegiadas.
§ 3º A lei disciplinará as formas de
participação do usuário na administração § 8º A autonomia gerencial, orçamentária
pública direta e indireta, regulando e financeira dos órgãos e entidades da
especialmente: administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato, a ser firmado
I - as reclamações relativas à prestação entre seus administradores e o poder público,
dos serviços públicos em geral, asseguradas a que tenha por objeto a fixação de metas de
manutenção de serviços de atendimento ao desempenho para o órgão ou entidade,
usuário e a avaliação periódica, externa e cabendo à lei dispor sobre:
interna, da qualidade dos serviços;
I - o prazo de duração do contrato;
II - o acesso dos usuários a registros
administrativos e a informações sobre atos de II - os controles e critérios de avaliação de
governo, observado o disposto no art. 5º, X e desempenho, direitos, obrigações e
XXXIII; responsabilidade dos dirigentes;
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Constituições e Lei Orgânica, como limite Art. 38. Ao servidor público da
único, o subsídio mensal dos administração direta, autárquica e fundacional,
Desembargadores do respectivo Tribunal de no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e seguintes disposições:
cinco centésimos por cento do subsídio mensal
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, I - tratando-se de mandato eletivo federal,
não se aplicando o disposto neste parágrafo estadual ou distrital, ficará afastado de seu
aos subsídios dos Deputados Estaduais e cargo, emprego ou função;
Distritais e dos Vereadores.
II - investido no mandato de Prefeito, será
§ 13. O servidor público titular de cargo afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
efetivo poderá ser readaptado para exercício lhe facultado optar pela sua remuneração;
de cargo cujas atribuições e responsabilidades
sejam compatíveis com a limitação que tenha III - investido no mandato de Vereador,
sofrido em sua capacidade física ou mental, havendo compatibilidade de horários,
enquanto permanecer nesta condição, desde perceberá as vantagens de seu cargo,
que possua a habilitação e o nível de emprego ou função, sem prejuízo da
escolaridade exigidos para o cargo de destino, remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
mantida a remuneração do cargo de compatibilidade, será aplicada a norma do
origem. (Incluído pela Emenda inciso anterior;
Constitucional nº 103, de 2019)
IV - em qualquer caso que exija o
§ 14. A aposentadoria concedida com a afastamento para o exercício de mandato
utilização de tempo de contribuição decorrente eletivo, seu tempo de serviço será contado
de cargo, emprego ou função pública, inclusive para todos os efeitos legais, exceto para
do Regime Geral de Previdência Social, promoção por merecimento;
acarretará o rompimento do vínculo que gerou
V - na hipótese de ser segurado de
o referido tempo de
regime próprio de previdência social,
contribuição. (Incluído pela Emenda
permanecerá filiado a esse regime, no ente
Constitucional nº 103, de 2019)
federativo de origem. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 15. É vedada a complementação de
aposentadorias de servidores públicos e de
pensões por morte a seus dependentes que
Seção III
não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO
do art. 40 ou que não seja prevista em lei que
DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
extinga regime próprio de previdência
social. (Incluído pela Emenda Militares e Corpos de Bombeiros
Constitucional nº 103, de 2019) Militares, instituições organizadas com base na
hierarquia e disciplina, são militares dos
§ 16. Os órgãos e entidades da
Estados, do Distrito Federal e dos
administração pública, individual ou
Territórios.
conjuntamente, devem realizar avaliação das
políticas públicas, inclusive com divulgação do § 1º Aplicam-se aos militares dos
objeto a ser avaliado e dos resultados Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
alcançados, na forma da lei. (Incluído pela além do que vier a ser fixado em lei, as
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
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disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e
do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual menos de setenta anos de idade,
específica dispor sobre as matérias do art. 142, sendo: (Redação dada pela Emenda
§ 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais Constitucional nº 122, de 2022)
conferidas pelos respectivos
governadores. I - três dentre advogados de notório saber
jurídico e conduta ilibada, com mais de dez
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos anos de efetiva atividade profissional;
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios
aplica-se o que for fixado em lei específica do II - dois, por escolha paritária, dentre
respectivo ente estatal. juízes auditores e membros do Ministério
Público da Justiça Militar.
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios o disposto Art. 124. à Justiça Militar compete
no art. 37, inciso XVI, com prevalência da processar e julgar os crimes militares definidos
atividade militar. (Incluído pela Emenda em lei.
Constitucional nº 101, de 2019)
Parágrafo único. A lei disporá sobre a
organização, o funcionamento e a competência
TÍTULO IV da Justiça Militar.
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Seção VIII
CAPÍTULO III DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS
DO PODER JUDICIÁRIO ESTADOS
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Estados em que o efetivo militar seja superior a DAS FORÇAS ARMADAS
vinte mil integrantes.
Art. 142. As Forças Armadas,
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
processar e julgar os militares dos Estados, nos Aeronáutica, são instituições nacionais
crimes militares definidos em lei e as ações permanentes e regulares, organizadas com
judiciais contra atos disciplinares militares, base na hierarquia e na disciplina, sob a
ressalvada a competência do júri quando a autoridade suprema do Presidente da
vítima for civil, cabendo ao tribunal competente República, e destinam-se à defesa da Pátria, à
decidir sobre a perda do posto e da patente dos garantia dos poderes constitucionais e, por
oficiais e da graduação das praças. iniciativa de qualquer destes, da lei e da
ordem.
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo
militar processar e julgar, singularmente, os § 1º Lei complementar estabelecerá as
crimes militares cometidos contra civis e as normas gerais a serem adotadas na
ações judiciais contra atos disciplinares organização, no preparo e no emprego das
militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob Forças Armadas.
a presidência de juiz de direito, processar e
julgar os demais crimes militares. § 2º Não caberá habeas corpus em
relação a punições disciplinares militares.
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá
funcionar descentralizadamente, constituindo § 3º Os membros das Forças Armadas
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno são denominados militares, aplicando-se-lhes,
acesso do jurisdicionado à justiça em todas as além das que vierem a ser fixadas em lei, as
fases do processo. seguintes disposições:
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quadro e somente poderá, enquanto Art. 143. O serviço militar é obrigatório
permanecer nessa situação, ser promovido por nos termos da lei.
antiguidade, contando-se-lhe o tempo de
serviço apenas para aquela promoção e § 1º Às Forças Armadas compete, na
transferência para a reserva, sendo depois de forma da lei, atribuir serviço alternativo aos
dois anos de afastamento, contínuos ou não, que, em tempo de paz, após alistados,
transferido para a reserva, nos termos da alegarem imperativo de consciência,
lei; entendendo-se como tal o decorrente de
crença religiosa e de convicção filosófica ou
IV - ao militar são proibidas a política, para se eximirem de atividades de
sindicalização e a greve; caráter essencialmente militar.
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serviços e interesses da União ou de suas penais. (Redação dada pela Emenda
entidades autárquicas e empresas públicas, Constitucional nº 104, de 2019)
assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e § 6º As polícias militares e os corpos
exija repressão uniforme, segundo se dispuser de bombeiros militares, forças auxiliares e
em lei; reserva do Exército subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e as
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de polícias penais estaduais e distrital, aos
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e Governadores dos Estados, do Distrito
o descaminho, sem prejuízo da ação Federal e dos Territórios. (Redação
fazendária e de outros órgãos públicos nas dada pela Emenda Constitucional nº 104, de
respectivas áreas de competência; 2019)
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LINDB
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impedimentos dirimentes e às formalidades da o do tutor ou curador aos incapazes sob sua
celebração. guarda.
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que não lhes seja mais favorável a lei pessoal Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em
do de cujus país estrangeiro rege-se pela lei que nele
vigorar, quanto ao ônus e aos meios de
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou produzir-se, não admitindo os tribunais
legatário regula a capacidade para suceder. brasileiros provas que a lei brasileira
desconheça.
Art. 11. As organizações destinadas a
fins de interesse coletivo, como as sociedades Art. 14. Não conhecendo a lei
e as fundações, obedecem à lei do Estado em estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a
que se constituirem. invoca prova do texto e da vigência.
§ 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil Art. 15. Será executada no Brasil a
filiais, agências ou estabelecimentos antes de sentença proferida no estrangeiro, que reuna
serem os atos constitutivos aprovados pelo os seguintes requisitos:
Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei
brasileira. a) haver sido proferida por juiz
competente;
§ 2o Os Governos estrangeiros, bem
como as organizações de qualquer natureza, b) terem sido os partes citadas ou haver-
que eles tenham constituido, dirijam ou hajam se legalmente verificado à revelia;
investido de funções públicas, não poderão
adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptiveis c) ter passado em julgado e estar
de desapropriação. revestida das formalidades necessárias para a
execução no lugar em que foi proferida;
§ 3o Os Governos estrangeiros podem
adquirir a propriedade dos prédios necessários d) estar traduzida por intérprete
à sede dos representantes diplomáticos ou dos autorizado;
agentes consulares.
e) ter sido homologada pelo Supremo
Art. 12. É competente a autoridade Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i
judiciária brasileira, quando for o réu da Constituição Federal).
domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser
cumprida a obrigação. Parágrafo
único. (Revogado).
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira
compete conhecer das ações relativas a Art. 16. Quando, nos termos dos artigos
imóveis situados no Brasil. precedentes, se houver de aplicar a lei
estrangeira, ter-se-á em vista a disposição
§ 2o A autoridade judiciária brasileira desta, sem considerar-se qualquer remissão
cumprirá, concedido o exequatur e segundo a por ela feita a outra lei.
forma estabelecida pela lei brasileira, as
diligências deprecadas por autoridade Art. 17. As leis, atos e sentenças de
estrangeira competente, observando a lei outro país, bem como quaisquer declarações
desta, quanto ao objeto das diligências. de vontade, não terão eficácia no Brasil,
quando ofenderem a soberania nacional, a
ordem pública e os bons costumes.
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Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são Art. 20. Nas esferas administrativa,
competentes as autoridades consulares controladora e judicial, não se decidirá com
brasileiras para lhes celebrar o casamento e os base em valores jurídicos abstratos sem que
mais atos de Registro Civil e de tabelionato, sejam consideradas as consequências práticas
inclusive o registro de nascimento e de óbito da decisão.
dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no
país da sede do Consulado. Parágrafo único. A motivação
demonstrará a necessidade e a adequação da
§ 1º As autoridades consulares medida imposta ou da invalidação de ato,
brasileiras também poderão celebrar a contrato, ajuste, processo ou norma
separação consensual e o divórcio consensual administrativa, inclusive em face das possíveis
de brasileiros, não havendo filhos menores ou alternativas.
incapazes do casal e observados os requisitos
legais quanto aos prazos, devendo constar da Art. 21. A decisão que, nas esferas
respectiva escritura pública as disposições administrativa, controladora ou judicial,
relativas à descrição e à partilha dos bens decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste,
comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao processo ou norma administrativa deverá
acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu indicar de modo expresso suas consequências
nome de solteiro ou à manutenção do nome jurídicas e administrativas.
adotado quando se deu o
casamento. Parágrafo único. A decisão a que se
refere o caput deste artigo deverá, quando for
§ 2o É indispensável a assistência de o caso, indicar as condições para que a
advogado, devidamente constituído, que se regularização ocorra de modo proporcional e
dará mediante a subscrição de petição, equânime e sem prejuízo aos interesses
juntamente com ambas as partes, ou com gerais, não se podendo impor aos sujeitos
apenas uma delas, caso a outra constitua atingidos ônus ou perdas que, em função das
advogado próprio, não se fazendo necessário peculiaridades do caso, sejam anormais ou
que a assinatura do advogado conste da excessivos.
escritura pública.
Art. 22. Na interpretação de normas
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos sobre gestão pública, serão considerados os
indicados no artigo anterior e celebrados pelos obstáculos e as dificuldades reais do gestor e
cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei as exigências das políticas públicas a seu
nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde cargo, sem prejuízo dos direitos dos
que satisfaçam todos os requisitos administrados.
legais.
§ 1º Em decisão sobre regularidade de
Parágrafo único. No caso em que a conduta ou validade de ato, contrato, ajuste,
celebração dêsses atos tiver sido recusada processo ou norma administrativa, serão
pelas autoridades consulares, com fundamento consideradas as circunstâncias práticas que
no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao houverem imposto, limitado ou condicionado a
interessado é facultado renovar o pedido ação do agente.
dentro em 90 (noventa) dias contados da data
da publicação desta lei.
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§ 2º Na aplicação de sanções, serão Art. 26. Para eliminar irregularidade,
consideradas a natureza e a gravidade da incerteza jurídica ou situação contenciosa na
infração cometida, os danos que dela aplicação do direito público, inclusive no caso
provierem para a administração pública, as de expedição de licença, a autoridade
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os administrativa poderá, após oitiva do órgão
antecedentes do agente. jurídico e, quando for o caso, após realização
de consulta pública, e presentes razões de
§ 3º As sanções aplicadas ao agente relevante interesse geral, celebrar
serão levadas em conta na dosimetria das compromisso com os interessados, observada
demais sanções de mesma natureza e a legislação aplicável, o qual só produzirá
relativas ao mesmo fato. efeitos a partir de sua publicação
oficial.
Art. 23. A decisão administrativa,
controladora ou judicial que estabelecer § 1º O compromisso referido
interpretação ou orientação nova sobre norma no caput deste artigo:
de conteúdo indeterminado, impondo novo
dever ou novo condicionamento de direito, I - buscará solução jurídica proporcional,
deverá prever regime de transição quando equânime, eficiente e compatível com os
indispensável para que o novo dever ou interesses gerais;
condicionamento de direito seja cumprido de
modo proporcional, equânime e eficiente e sem II – (VETADO);
prejuízo aos interesses gerais.
III - não poderá conferir desoneração
Parágrafo único. (VETADO). permanente de dever ou condicionamento de
direito reconhecidos por orientação geral;
Art. 24. A revisão, nas esferas
administrativa, controladora ou judicial, quanto IV - deverá prever com clareza as
à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou obrigações das partes, o prazo para seu
norma administrativa cuja produção já se cumprimento e as sanções aplicáveis em caso
houver completado levará em conta as de descumprimento.
orientações gerais da época, sendo vedado
que, com base em mudança posterior de § 2º (VETADO).
orientação geral, se declarem inválidas
situações plenamente constituídas. Art. 27. A decisão do processo, nas
esferas administrativa, controladora ou judicial,
Parágrafo único. Consideram-se poderá impor compensação por benefícios
orientações gerais as interpretações e indevidos ou prejuízos anormais ou injustos
especificações contidas em atos públicos de resultantes do processo ou da conduta dos
caráter geral ou em jurisprudência judicial ou envolvidos.
administrativa majoritária, e ainda as adotadas
por prática administrativa reiterada e de amplo § 1º A decisão sobre a compensação
conhecimento público. será motivada, ouvidas previamente as partes
sobre seu cabimento, sua forma e, se for o
Art. 25. (VETADO). caso, seu valor.
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§ 2º Para prevenir ou regular a Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942,
compensação, poderá ser celebrado 121o da Independência e 54o da República.
compromisso processual entre os
envolvidos. GETULIO VARGAS
Alexandre Marcondes Filho
Art. 28. O agente público responderá Oswaldo Aranha.
pessoalmente por suas decisões ou opiniões
técnicas em caso de dolo ou erro Este texto não substitui o publicado no DOU de
grosseiro. 9.9.1942, retificado em 8.10.1942 e retificado
em 17.6.1943
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
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Declaração Universal dos Direitos Humanos
Considerando que, na Carta, os povos das Artigo 2° Todos os seres humanos podem
Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé invocar os direitos e as liberdades proclamados
nos direitos fundamentais do Homem, na na presente Declaração, sem distinção alguma,
dignidade e no valor da pessoa humana, na nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de
igualdade de direitos dos homens e das língua, de religião, de opinião política ou outra,
mulheres e se declaram resolvidos a favorecer de origem nacional ou social, de fortuna, de
o progresso social e a instaurar melhores nascimento ou de qualquer outra situação.
condições de vida dentro de uma liberdade Além disso, não será feita nenhuma distinção
mais ampla; fundada no estatuto político, jurídico ou
internacional do país ou do território da
Considerando que os Estados membros se naturalidade da pessoa, seja esse país ou
comprometeram a promover, em cooperação território independente, sob tutela, autônomo
com a Organização das Nações Unidas, o ou sujeito a alguma limitação de soberania.
respeito universal e efetivo dos direitos do
Homem e das liberdades fundamentais; Artigo 3° Todo indivíduo tem direito à vida, à
liberdade e à segurança pessoal.
Considerando que uma concepção comum
destes direitos e liberdades é da mais alta Artigo 4° Ninguém será mantido em
escravatura ou em servidão; a escravatura e o
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trato dos escravos, sob todas as formas, são interno ou internacional. Do mesmo modo, não
proibidos. será infligida pena mais grave do que a que era
aplicável no momento em que o acto delituoso
Artigo 5° Ninguém será submetido a tortura foi cometido.
nem a penas ou tratamentos cruéis,
desumanos ou degradantes. Artigo 12° Ninguém sofrerá intromissões
arbitrárias na sua vida privada, na sua família,
Artigo 6° Todos os indivíduos têm direito ao no seu domicílio ou na sua correspondência,
reconhecimento, em todos os lugares, da sua nem ataques à sua honra e reputação. Contra
personalidade jurídica. tais intromissões ou ataques toda a pessoa
tem direito a proteção da lei.
Artigo 7° Todos são iguais perante a lei e, sem
distinção, têm direito a igual proteção da lei. Artigo 13°
Todos têm direito a proteção igual contra
qualquer discriminação que viole a presente 1. Toda a pessoa tem o direito de livremente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal circular e escolher a sua residência no interior
discriminação. de um Estado.
Artigo 8° Toda a pessoa direito a recurso 2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o
efetivo para as jurisdições nacionais país em que se encontra, incluindo o seu, e o
competentes contra os atos que violem os direito de regressar ao seu país.
direitos fundamentais reconhecidos pela
Constituição ou pela lei. Artigo 14°
Artigo 9° Ninguém pode ser arbitrariamente 1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o
preso, detido ou exilado. direito de procurar e de beneficiar de asilo em
outros países.
Artigo 10° Toda a pessoa tem direito, em
plena igualdade, a que a sua causa seja 2. Este direito não pode, porém, ser invocado
eqüitativa e publicamente julgada por um no caso de processo realmente existente por
tribunal independente e imparcial que decida crime de direito comum ou por atividades
dos seus direitos e obrigações ou das razões contrárias aos fins e aos princípios das Nações
de qualquer acusação em matéria penal que Unidas.
contra ela seja deduzida.
Artigo 15°
Artigo 11°
1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma
1. Toda a pessoa acusada de um ato delituoso nacionalidade.
presume-se inocente até que a sua
culpabilidade fique legalmente provada no 2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado
decurso de um processo público em que todas da sua nacionalidade nem do direito de mudar
as garantias necessárias de defesa lhe sejam de nacionalidade.
asseguradas.
Artigo 16°
2. Ninguém será condenado por ações ou
omissões que, no momento da sua prática, não 1. A partir da idade núbil, o homem e a mulher
constituíam ato delituoso à face do direito têm o direito de casar e de constituir família,
sem restrição alguma de raça, nacionalidade
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ou religião. Durante o casamento e na altura da quer diretamente, quer por intermédio de
sua dissolução, ambos têm direitos iguais. representantes livremente escolhidos.
2. O casamento não pode ser celebrado sem o 2. Toda a pessoa tem direito de acesso, em
livre e pleno consentimento dos futuros condições de igualdade, às funções públicas
esposos. do seu país.
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limitação razoável da duração do trabalho e as 1. Toda a pessoa tem o direito de tomar parte
férias periódicas pagas. livremente na vida cultural da comunidade, de
fruir as artes e de participar no progresso
Artigo 25° científico e nos benefícios que deste resultam.
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida 2. Todos têm direito à proteção dos interesses
suficiente para lhe assegurar e à sua família a morais e materiais ligados a qualquer produção
saúde e o bem-estar, principalmente quanto à científica, literária ou artística da sua autoria.
alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à
assistência médica e ainda quanto aos Artigo 28° Toda a pessoa tem direito a que
serviços sociais necessários, e tem direito à reine, no plano social e no plano internacional,
segurança no desemprego, na doença, na uma ordem capaz de tornar plenamente
invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros efetivos os direitos e as liberdades enunciadas
casos de perda de meios de subsistência por na presente Declaração.
circunstâncias independentes da sua vontade.
Artigo 29°
2. A maternidade e a infância têm direito a
ajuda e a assistência especiais. Todas as 1. O indivíduo tem deveres para com a
crianças, nascidas dentro ou fora do comunidade, fora da qual não é possível o livre
matrimônio, gozam da mesma proteção social. e pleno desenvolvimento da sua
personalidade. No exercício deste direito e no
Artigo 26° gozo destas liberdades ninguém está sujeito
senão às limitações estabelecidas pela lei com
1. Toda a pessoa tem direito à educação. A vista exclusivamente a promover o
educação deve ser gratuita, pelo menos a reconhecimento e o respeito dos direitos e
correspondente ao ensino elementar
fundamental. O ensino elementar é obrigatório. 2. liberdades dos outros e a fim de satisfazer
O ensino técnico e profissional dever ser as justas exigências da moral, da ordem
generalizado; o acesso aos estudos superiores pública e do bem-estar numa sociedade
deve estar aberto a todos em plena igualdade, democrática.
em função do seu mérito.
3. Em caso algum estes direitos e liberdades
2. A educação deve visar à plena expansão da poderão ser exercidos contrariamente e aos
personalidade humana e ao reforço dos fins e aos princípios das Nações Unidas.
direitos do Homem e das liberdades
fundamentais e deve favorecer a Artigo 30° Nenhuma disposição da presente
compreensão, a tolerância e a amizade entre Declaração pode ser interpretada de maneira a
todas as nações e todos os grupos raciais ou envolver para qualquer Estado, agrupamento
religiosos, bem como o desenvolvimento das ou indivíduo o direito de se entregar a alguma
atividades das Nações Unidas para a atividade ou de praticar algum ato destinado a
manutenção da paz. destruir os direitos e liberdades aqui
enunciados.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de
escolher o gênero de educação a dar aos
filhos.
Artigo 27°
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DECRETO No 678, DE 6 DE NOVEMBRO DE 1992
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Considerando que esses princípios foram sujeita à sua jurisdição, sem discriminação
consagrados na Carta da Organização dos alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma,
Estados Americanos, na Declaração religião, opiniões políticas ou de qualquer outra
Americana dos Direitos e Deveres do Homem natureza, origem nacional ou social, posição
e na Declaração Universal dos Direitos do econômica, nascimento ou qualquer outra
Homem e que foram reafirmados e condição social.
desenvolvidos em outros instrumentos
internacionais, tanto de âmbito mundial como 2. Para os efeitos desta Convenção,
regional; pessoa é todo ser humano.
26
2. Nos países que não houverem abolido 3. A pena não pode passar da pessoa do
a pena de morte, esta só poderá ser imposta delinqüente.
pelos delitos mais graves, em cumprimento de
sentença final de tribunal competente e em 4. Os processados devem ficar separados
conformidade com lei que estabeleça tal pena, dos condenados, salvo em circunstâncias
promulgada antes de haver o delito sido excepcionais, e ser submetidos a tratamento
cometido. Tampouco se estenderá sua adequado à sua condição de pessoas não
aplicação a delitos aos quais não se aplique condenadas.
atualmente.
5. Os menores, quando puderem ser
3. Não se pode restabelecer a pena de processados, devem ser separados dos
morte nos Estados que a hajam abolido. adultos e conduzidos a tribunal especializado,
com a maior rapidez possível, para seu
4. Em nenhum caso pode a pena de tratamento.
morte ser aplicada por delitos políticos, nem
por delitos comuns conexos com delitos 6. As penas privativas da liberdade
políticos. devem ter por finalidade essencial a reforma e
a readaptação social dos condenados.
5. Não se deve impor a pena de morte a
pessoa que, no momento da perpetração do ARTIGO 6
delito, for menor de dezoito anos, ou maior de
setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de Proibição da Escravidão e da Servidão
gravidez.
1. Ninguém pode ser submetido a
6. Toda pessoa condenada à morte tem escravidão ou a servidão, e tanto estas como o
direito a solicitar anistia, indulto ou comutação tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são
da pena, os quais podem ser concedidos em proibidos em todas as formas.
todos os casos. Não se pode executar a pena
de morte enquanto o pedido estiver pendente 2. Ninguém deve ser constrangido a
de decisão ante a autoridade competente. executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos
países em que se prescreve, para certos
ARTIGO 5 delitos, pena privativa da liberdade
acompanhada de trabalhos forçados, esta
Direito à Integridade Pessoal disposição não pode ser interpretada no
sentido de que proíbe o cumprimento da dita
1. Toda pessoa tem o direito de que se pena, imposta por juiz ou tribunal competente.
respeite sua integridade física, psíquica e O trabalho forçado não deve afetar a dignidade
moral. nem a capacidade física e intelectual do
recluso.
2. Ninguém deve ser submetido a
torturas, nem a penas ou tratos cruéis, 3. Não constituem trabalhos forçados ou
desumanos ou degradantes. Toda pessoa obrigatórios para os efeitos deste artigo:
privada da liberdade deve ser tratada com o
respeito devido à dignidade inerente ao ser a) os trabalhos ou serviços normalmente
humano. exigidos de pessoa reclusa em cumprimento
de sentença ou resolução formal expedida pela
autoridade judiciária competente. Tais
27
trabalhos ou serviços devem ser executados condicionada a garantias que assegurem o seu
sob a vigilância e controle das autoridades comparecimento em juízo.
públicas, e os indivíduos que os executarem
não devem ser postos à disposição de 6. Toda pessoa privada da liberdade tem
particulares, companhias ou pessoas jurídicas direito a recorrer a um juiz ou tribunal
de caráter privado: competente, a fim de que este decida, sem
demora, sobre a legalidade de sua prisão ou
b) o serviço militar e, nos países onde se detenção e ordene sua soltura se a prisão ou a
admite a isenção por motivos de consciência, o detenção forem ilegais. Nos Estados-Partes
serviço nacional que a lei estabelecer em lugar cujas leis prevêem que toda pessoa que se vir
daquele; ameaçada de ser privada de sua liberdade tem
direito a recorrer a um juiz ou tribunal
c) o serviço imposto em casos de perigo competente a fim de que este decida sobre a
ou calamidade que ameace a existência ou o legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode
bem-estar da comunidade; e ser restringido nem abolido. O recurso pode
ser interposto pela própria pessoa ou por outra
d) o trabalho ou serviço que faça parte pessoa.
das obrigações cívicas normais.
7. Ninguém deve ser detido por dívida.
ARTIGO 7 Este princípio não limita os mandados de
autoridade judiciária competente expedidos em
Direito à Liberdade Pessoal virtude de inadimplemento de obrigação
alimentar.
1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à
segurança pessoais. ARTIGO 8
28
compreender ou não falar o idioma do juízo ou Ninguém pode ser condenado por ações
tribunal; ou omissões que, no momento em que forem
cometidas, não sejam delituosas, de acordo
b) comunicação prévia e pormenorizada com o direito aplicável. Tampouco se pode
ao acusado da acusação formulada; impor pena mais grave que a aplicável no
momento da perpetração do delito. Se depois
c) concessão ao acusado do tempo e dos da perpetração do delito a lei dispuser a
meios adequados para a preparação de sua imposição de pena mais leve, o delinqüente
defesa; será por isso beneficiado.
29
2. Ninguém pode ser objeto de medidas particulares de papel de imprensa, de
restritivas que possam limitar sua liberdade de freqüências radioelétricas ou de equipamentos
conservar sua religião ou suas crenças, ou de e aparelhos usados na difusão de informação,
mudar de religião ou de crenças. nem por quaisquer outros meios destinados a
obstar a comunicação e a circulação de idéias
3. A liberdade de manifestar a própria e opiniões.
religião e as próprias crenças está sujeita
unicamente às limitações prescritas pela lei e 4. A lei pode submeter os espetáculos
que sejam necessárias para proteger a públicos a censura prévia, com o objetivo
segurança, a ordem, a saúde ou a moral exclusivo de regular o acesso a eles, para
públicas ou os direitos ou liberdades das proteção moral da infância e da adolescência,
demais pessoas. sem prejuízo do disposto no inciso 2.
30
É reconhecido o direito de reunião o princípio da não discriminação estabelecido
pacífica e sem armas. O exercício de tal direito nesta Convenção.
só pode estar sujeito às restrições previstas
pela lei e que sejam necessárias, numa 3. O casamento não pode ser celebrado
sociedade democrática, no interesse da sem o livre e pleno consentimento dos
segurança nacional, da segurança ou da contraentes.
ordem públicas, ou para proteger a saúde ou a
moral públicas ou os direitos e liberdades das 4. Os Estados-Partes devem tomar
demais pessoas. medidas apropriadas no sentido de assegurar
a igualdade de direitos e a adequada
ARTIGO 16 equivalência de responsabilidades dos
cônjuges quanto ao casamento, durante o
Liberdade de Associação casamento e em caso de dissolução do
mesmo. Em caso de dissolução, serão
1. Todas as pessoas têm o direito de adotadas disposições que assegurem a
associar-se livremente com fins ideológicos, proteção necessária aos filhos, com base
religiosos, políticos, econômicos, trabalhistas, unicamente no interesse e conveniência dos
sociais, culturais, desportivos, ou de qualquer mesmos.
outra natureza.
5. A lei deve reconhecer iguais direitos
2. O exercício de tal direito só pode estar tanto aos filhos nascidos fora do casamento
sujeito às restrições previstas pela lei que como aos nascidos dentro do casamento.
sejam necessárias, numa sociedade
democrática, no interesse da segurança ARTIGO 18
nacional, da segurança ou da ordem públicas,
ou para proteger a saúde ou a moral públicas Direito ao Nome
ou os direitos e liberdades das demais
pessoas. Toda pessoa tem direito a um prenome e
aos nomes de seus pais ou ao de um destes. A
3. O disposto neste artigo não impede a lei deve regular a forma de assegurar a todos
imposição de restrições legais, e mesmo a esses direito, mediante nomes fictícios, se for
privação do exercício do direito de associação, necessário.
aos membros das forças armadas e da polícia.
ARTIGO 19
ARTIGO 17
Direitos da Criança
Proteção da Família
Toda criança tem direito às medidas de
1. A família é o elemento natural e proteção que a sua condição de menor requer
fundamental da sociedade e deve ser protegida por parte da sua família, da sociedade e do
pela sociedade e pelo Estado. Estado.
31
2. Toda pessoa tem direito à 4. O exercício dos direitos reconhecidos
nacionalidade do Estado em cujo território no inciso 1 pode também ser restringido pela
houver nascido, se não tiver direito a outra. lei, em zonas determinadas, por motivo de
interesse público.
3. A ninguém se deve privar
arbitrariamente de sua nacionalidade nem do 5. Ninguém pode ser expulso do território
direito de mudá-la. do Estado do qual for nacional, nem ser
privado do direito de nele entrar.
ARTIGO 21
6. O estrangeiro que se ache legalmente
Direito à Propriedade Privada no território de um Estado-Parte nesta
Convenção só poderá dele ser expulso em
1. Toda pessoa tem direito ao uso e gozo cumprimento de decisão adotada de acordo
dos seus bens. A lei pode subordinar esse uso com a lei.
e gozo ao interesse social.
7. Toda pessoa tem o direito de buscar e
2. Nenhuma pessoa pode ser privada de receber asilo em território estrangeiro, em caso
seus bens, salvo mediante o pagamento de de perseguição por delitos políticos ou comuns
indenização justa, por motivo de utilidade conexos com delitos políticos e de acordo com
pública ou de interesse social e nos casos e na a legislação de cada Estado e com os
forma estabelecidos pela lei. convênios internacionais.
32
c) de ter acesso, em condições gerais de CAPÍTULO III
igualdade, às funções públicas de seu país.
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
2. A lei pode regular o exercício dos
direitos e oportunidades e a que se refere o ARTIGO 26
inciso anterior, exclusivamente por motivos de
idade, nacionalidade, residência, idioma, Desenvolvimento Progressivo
instrução, capacidade civil ou mental, ou
condenação, por juiz competente, em processo Os Estados-Partes comprometem-se a
penal. adotar providências, tanto no âmbito interno
como mediante cooperação internacional,
ARTIGO 24 especialmente econômica e técnica, a fim de
conseguir progressivamente a plena
Igualdade Perante a Lei efetividade dos direitos que decorrem das
normas econômicas, sociais e sobre educação,
Todas as pessoas são iguais perante a ciência e cultura, constantes da Carta da
lei. Por conseguinte, têm direito, sem Organização dos Estados Americanos,
discriminação, a igual proteção da lei. reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na
medida dos recursos disponíveis, por via
ARTIGO 25 legislativa ou por outros meios apropriados.
33
Reconhecimento da Personalidade Jurídica), 4 contenha as disposições necessárias para que
(Direito à vida), 5 (Direito à Integridade continuem sendo efetivas no novo Estado
Pessoal), 6 (Proibição da Escravidão e assim organizado as normas da presente
Servidão), 9 (Princípio da Legalidade e da Convenção.
Retroatividade), 12 (Liberdade de Consciência
e de Religião), 17 (Proteção da Família), 18 ARTIGO 29
(Direito ao Nome), 19 (Direitos da Criança), 20
(Direito à Nacionalidade) e 23 (Direitos Normas de Interpretação
Políticos), nem das garantias indispensáveis
para a proteção de tais direitos. Nenhuma disposição desta Convenção
pode ser interpretada no sentido de:
3. Todo Estado-Parte que fizer uso do
direito de suspensão deverá informar a) permitir a qualquer dos Estados-
imediatamente os outros Estados-Partes na Partes, grupo ou pessoa, suprimir o gozo e
presente Convenção, por intermédio do exercício dos direitos e liberdades
Secretário-Geral da Organização dos Estados reconhecidos na Convenção ou limitá-los em
Americanos, das disposições cuja aplicação maior medida do que a nela prevista;
haja suspendido, dos motivos determinantes
b) limitar o gozo e exercício de qualquer
da suspensão e da data em que haja dado por
direito ou liberdade que possam ser
terminada tal suspensão.
reconhecidos de acordo com as leis de
ARTIGO 28 qualquer dos Estados-Partes ou de acordo
com outra convenção em que seja parte um
Cláusula Federal dos referidos Estados;
34
Reconhecimento de Outros Direitos Comissão Interamericana de Direitos Humanos
ARTIGO 32 ARTIGO 35
35
ARTIGO 38 d) solicitar aos governos dos Estados-
Membros que lhe proporcionem informações
As vagas que ocorrerem na Comissão, sobre as medidas que adotarem em matéria de
que não se devam à expiração normal do direitos humanos;
mandado, serão preenchidas pelo Conselho
Permanente da Organização, de acordo com o e) atender às consultas que, por meio da
que dispuser o Estatuto da Comissão. Secretaria-Geral da Organização dos Estados
Americanos, lhe formularem os Estados-
ARTIGO 39 Membros sobre questões relacionadas com os
direitos humanos e, dentro de suas
A Comissão elaborará seu estatuto e possibilidades, prestar-lhes o assessoramento
submetê-lo-á à aprovação da Assembléia- que eles lhe solicitarem;
Geral e expedirá seu próprio regulamento.
f) atuar com respeito às petições e outras
ARTIGO 40 comunicações, no exercício de sua autoridade,
de conformidade com o disposto nos artigos 44
Os serviços de secretaria da Comissão a 51 desta Convenção; e
devem ser desempenhados pela unidade
funcional especializada que faz parte da g) apresentar um relatório anual à
Secretaria-Geral da Organização e deve dispor Assembléia-Geral da Organização dos Estados
dos recursos necessários para cumprir as Americanos.
tarefas que lhe forem confiadas pela
Comissão. ARTIGO 42
36
ARTIGO 44 45 seja admitida pela Comissão, será
necessário:
Qualquer pessoa ou grupo de pessoas,
ou entidade não governamental legalmente a) que hajam sido interpostos e
reconhecida em um ou mais Estados-Membros esgotados os recursos da jurisdição interna, de
da Organização, pode apresentar à Comissão acordo com os princípios de direito
petições que contenham denúncias ou queixas internacional geralmente reconhecidos;
de violação desta Convenção por um Estado-
Parte. b) que seja apresentada dentro do prazo
de seis meses, a partir da data em que o
ARTIGO 45 presumido prejudicado em seus direitos tenha
sido notificado da decisão definitiva;
1. Todo Estado-Parte pode, no momento
do depósito do seu instrumento de ratificação c) que a matéria da petição ou
desta Convenção ou de adesão a ela, ou em comunicação não esteja pendente de outro
qualquer momento posterior, declarar que processo de solução internacional; e
reconhece a competência da Comissão para
receber e examinar as comunicações em que d) que, no caso do artigo 44, a petição
um Estado-Parte alegue haver outro Estado- contenha o nome, a nacionalidade, a profissão,
Parte incorrido em violações dos direitos o domicílio e a assinatura da pessoa ou
humanos estabelecidos nesta Convenção. pessoas ou do representante legal da entidade
que submeter a petição.
2. As comunicações feitas em virtude
deste artigo só podem ser admitidas e 2. As disposições das alíneas a e b do
examinadas se forem apresentadas por um inciso 1 deste artigo não se aplicarão quando:
Estado-Parte que haja feito uma declaração
pela qual reconheça a referida competência da a) não existir, na legislação interna do
Comissão. A Comissão não admitirá nenhuma Estado de que se tratar, o devido processo
comunicação contra um Estado-Parte que não legal para a proteção do direito ou direitos que
haja feito tal declaração. se alegue tenham sido violados;
37
b) não expuser fatos que caracterizem d) se o expediente não houver sido
violação dos direitos garantidos por esta arquivado, e com o fim de comprovar os fatos,
Convenção; a Comissão procederá, com conhecimento das
partes, a um exame do assunto exposto na
c) pela exposição do próprio peticionário petição ou comunicação. Se for necessário e
ou do Estado, for manifestamente infundada a conveniente, a Comissão procederá a uma
petição ou comunicação ou for evidente sua investigação para cuja eficaz realização
total improcedência; ou solicitará, e os Estados interessados lhe
proporcionarão, todas as facilidades
d) for substancialmente reprodução de necessárias;
petição ou comunicação anterior, já examinada
pela Comissão ou por outro organismo e) poderá pedir aos Estados interessados
internacional. qualquer informação pertinente e receberá, se
isso lhe for solicitado, as exposições verbais ou
Seção 4 - Processo escritas que apresentarem os interessados; e
ARTIGO 50
38
1. Se não se chegar a uma solução, e Corte Interamericana de Direitos Humanos
dentro do prazo que for fixado pelo Estatuto da
Comissão, esta redigirá um relatório no qual Seção 1 - Organização
exporá os fatos e suas conclusões. Se o
relatório não representar, no todo ou em parte, ARTIGO 52
o acordo unânime dos membros da Comissão,
qualquer deles poderá agregar ao referido 1. A Corte compor-se-á de sete juízes,
relatório seu voto em separado. Também se nacionais dos Estados-Membros da
agregarão ao relatório as exposições verbais Organização, eleitos a título pessoal dentre
ou escritas que houverem sido feitas pelos juristas da mais alta autoridade moral, de
interessados em virtudes do inciso 1, e, do reconhecida competência em matéria de
artigo 48. direitos humanos, que reúnam as condições
requeridas para o exercício das mais elevadas
2. O relatório será encaminhado aos funções judiciais, de acordo com a lei do
Estados interessados, aos quais não será Estado do qual sejam nacionais, ou do Estado
facultado publicá-lo. que os propuser como candidatos.
39
na Assembléia-Geral, os nomes desses três A Comissão comparecerá em todos os
juízes. casos perante a Corte.
ARTIGO 57
40
1. Somente os Estados-Partes e a conseqüências da medida ou situação que haja
Comissão têm direito de submeter caso à configurado a violação desses direitos, bem
decisão da Corte. como o pagamento de indenização justa à
parte lesada.
2. Para que a Corte possa conhecer de
qualquer caso, é necessário que sejam 2. Em casos de extrema gravidade e
esgotados os processos previstos nos artigos urgência, e quando se fizer necessário evitar
48 a 50. danos irreparáveis às pessoas, a Corte, nos
assuntos de que estiver conhecendo, poderá
ARTIGO 62 tomar as medidas provisórias que considerar
pertinentes. Se se tratar de assuntos que ainda
1. Todo Estado-Parte pode, no momento não estiverem submetidos ao seu
do depósito do seu instrumento de ratificação conhecimento, poderá atuar a pedido da
desta Convenção ou de adesão a ela, ou em Comissão.
qualquer momento posterior, declarar que
reconhece como obrigatória, de pleno direito e ARTIGO 64
sem convenção especial, a competência da
Corte em todos os casos relativos à 1. Os Estados-Membros da Organização
interpretação ou aplicação desta Convenção. poderão consultar a Corte sobre a
interpretação desta Convenção ou de outros
2. A declaração pode ser feita tratados concernentes à proteção dos direitos
incondicionalmente, ou sob condição de humanos nos Estados americanos. Também
reciprocidade, por prazo determinado ou para poderão consultá-la, no que lhes compete, os
casos específicos. Deverá ser apresentada ao órgãos enumerados no capítulo X da Carta da
Secretário-Geral da Organização, que Organização dos Estados Americanos,
encaminhará cópias da mesma aos outros reformada pelo Protocolo de Buenos Aires.
Estados-Membros da Organização e ao
Secretário da Corte. 2. A Corte, a pedido de um Estado-
Membro da Organização, poderá emitir
3. A Corte tem competência para pareceres sobre a compatibilidade entre
conhecer de qualquer caso relativo à qualquer de suas leis internas e os
interpretação e aplicação das disposições mencionados instrumentos internacionais.
desta Convenção que lhe seja submetido,
desde que os Estados-Partes no caso tenham ARTIGO 65
reconhecido ou reconheçam a referida
competência, seja por declaração especial, A Corte submeterá à consideração da
como prevêem os incisos anteriores, seja por Assembléia-Geral da Organização, em cada
convenção especial. período ordinário de sessões, um relatório
sobre suas atividades no ano anterior. De
ARTIGO 63 maneira especial, e com as recomendações
pertinentes, indicará os casos em que um
1. Quando decidir que houve violação de Estado não tenha dado cumprimento a suas
um direito ou liberdade protegido nesta sentenças.
Convenção, a Corte determinará que se
assegure ao prejudicado o gozo do seu direito Seção 3 - Processo
ou liberdade violados. Determinará também, se
isso for procedente, que sejam reparadas as ARTIGO 66
41
1. A sentença da Corte deve ser disso, dos privilégios diplomáticos necessários
fundamentada. para o desempenho de suas funções.
ARTIGO 67 ARTIGO 71
42
terços dos votos dos Estados-Partes na Secretário-Geral, podem submeter à
Convenção, se se tratar dos juízes da Corte. Assembléia-Geral, para o que julgarem
conveniente, proposta de emenda a esta
Convenção.
PARTE III
2. As emendas entrarão em vigor para os
Disposições Gerais e Transitórias
Estados que ratificarem as mesmas na data
em que houver sido depositado o respectivo
CAPÍTULO X
instrumento de ratificação que corresponda ao
Assinatura, Ratificação, Reserva, Emenda, número de dois terços dos Estados-Partes
Protocolo e Denúncia nesta Convenção. Quanto aos outros Estados-
Partes, entrarão em vigor na data em que
ARTIGO 74 depositarem eles os seus respectivos
instrumentos de ratificação.
1. Esta Convenção fica aberta à
assinatura e à ratificação ou adesão de todos ARTIGO 77
os Estados-Membros da Organização dos
Estados Americanos. 1. De acordo com a faculdade
estabelecida no artigo 31, qualquer Estado-
2. A ratificação desta Convenção ou a Parte e a Comissão podem submeter à
adesão a ela efetuar-se-á mediante depósito consideração dos Estados-Partes reunidos por
de um instrumento de ratificação ou de adesão ocasião da Assembléia-Geral, projetos de
na Secretaria-Geral da Organização dos protocolos adicionais a esta Convenção, com a
Estados Americanos. Esta Convenção entrará finalidade de incluir progressivamente no
em vigor logo que onze Estados houverem regime de proteção da mesma outros direitos e
depositado os seus respectivos instrumentos liberdades.
de ratificação ou de adesão. Com referência a
qualquer outro Estado que a ratificar ou que a 2. Cada protocolo deve estabelecer as
ela aderir ulteriormente, a Convenção entrará modalidades de sua entrada em vigor e será
em vigor na data do depósito do seu aplicado semente entre os Estados-Partes no
instrumento de ratificação ou de adesão. mesmo.
43
sido cometido por ele anteriormente à data na Estado-Parte que apresente, dentro de um
qual a denúncia produzir efeito. prazo de noventa dias, seus candidatos a juiz
da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
CAPÍTULO XI O Secretário-Geral preparará uma lista por
ordem alfabética dos candidatos apresentados
Disposições Transitórias e a encaminhará aos Estados-Partes pelo
menos trinta dias antes da Assembléia-Geral
Seção 1 - Comissão Interamericana de seguinte.
Direitos Humanos
ARTIGO 82
ARTIGO 79
A eleição dos juízes da Corte far-se-á
Ao entrar em vigor esta Convenção, o dentre os candidatos que figurem na lista a que
Secretário-Geral pedirá por escrito a cada se refere o artigo 81, por votação secreta dos
Estado-Membro da Organização que Estados-Partes, na Assembléia-Geral, e serão
apresente, dentro de um prazo de noventa declarados eleitos os candidatos que obtiverem
dias, seus candidatos a membro da Comissão maior número de votos e a maioria absoluta
Interamericana de Direitos Humanos. O dos votos dos representantes dos Estados-
Secretário-Geral preparará uma lista por ordem Partes. Se, para eleger todos os juízes da
alfabética dos candidatos apresentados e a Corte, for necessário realizar várias votações,
encaminhará aos Estados-Membros da serão eliminados sucessivamente, na forma
Organização pelo menos trinta dias antes da que for determinada pelos Estados-Partes, os
Assembléia-Geral seguinte. candidatos que receberem menor número de
votos.
ARTIGO 80
DECLARAÇÕES E RESERVAS
A eleição dos membros da Comissão far-
se-á dentre os candidatos que figurem na lista Declaração do Chile
a que se refere o artigo 79, por votação secreta
da Assembléia-Geral, e serão declarados A Delegação do Chile apõe sua
eleitos os candidatos que obtiverem maior assinatura a esta Convenção, sujeita à sua
número de votos e a maioria absoluta dos posterior aprovação parlamentar e ratificação,
votos dos representantes dos Estados- em conformidade com as normas
Membros. Se, para eleger todos os membros constitucionais vigentes.
da Comissão, for necessário realizar várias
votações, serão eliminados sucessivamente, Declaração do Equador
na forma que for determinada pela Assembléia-
Geral, os candidatos que receberem menor A Delegação do Equador tem a honra de
número de votos. assinar a Convenção Americana sobre Direitos
Humanos. Não crê necessário especificar
Seção 2 - Corte Interamericana de Direitos reserva alguma, deixando a salvo tão-somente
humanos a faculdade geral constante da mesma
Convenção, que deixa aos governos a
ARTIGO 81 liberdade de ratificá-la.
44
O artigo 80, parágrafo 2, da Constituição
da República Oriental do Uruguai, estabelece
que se suspende a cidadania "pela condição
de legalmente processado em causa criminal
de que possa resultar pena de penitenciária".
Essa limitação ao exercício dos direitos
reconhecidos no artigo 23 da Convenção não
está prevista entre as circunstâncias que a tal
respeito prevê o parágrafo 2 do referido artigo
23, motivo por que a Delegação do Uruguai
formula a reserva pertinente.
Em fé do que, os plenipotenciários
abaixo-assinados, cujos plenos poderes foram
encontrados em boa e devida forma, assinam
esta Convenção, que se denominará "Pacto de
São José da Costa Rica", na cidade de São
Jose, Costa Rica, em vinte e dois de novembro
de mil novecentos e sessenta e nove.
***
DECLARAÇÃO INTERPRETATIVA DO
BRASIL
45