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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Prof. Ms. Guilherme M. Cardoso PRINCÍPIOS E NORMAS CONSTITUCIO-


NAIS RELATIVOS AOS DIREITOS POLÍTI-
Advogado, Consultor Jurídico e Professor Universitário.
Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Univer-
COS, NACIONALIDADE E AOS PARTIDOS
sitário Eurípides de Marília e graduado pela mesma instituição. POLÍTICOS, DE QUE TRATAM OS CAPÍTU-
LOS III, IV E V DO TÍTULO II DA CONSTI-
Ementa da disciplina TUIÇÃO DE 1988 EM SEUS ART. 12 A 17.

Princípios e normas constitucionais relativos aos direitos


políticos, nacionalidade e aos partidos políticos, de que tratam
os Capítulos III, IV e V do Título II da Constituição de 1988
em seus art. 12 a 17. Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 1965, e
respectivas atualizações, inclusive Lei n.º 9.504, de 1997): Dos CONSTITUIÇÃO FEDERAL
órgãos da Justiça Eleitoral. Do Tribunal Superior Eleitoral. CAPÍTULO III
Dos Tribunais Regionais Eleitorais. Dos juízes eleitorais. Das DA NACIONALIDADE
juntas eleitorais: composição e atribuições. Resolução TSE n.º
21.538, de 14 de outubro de 2003. Resolução nº 803, de 03 de Art. 12. São brasileiros:
dezembro de 2009, e alterações posteriores: Regulamento dos I - natos:
Juízos e Cartórios Eleitorais da Circunscrição de Minas Ge- a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
rais. de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu
país;
Prezado (a) Candidato (a): b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasi-
leira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Fe-
Obrigado por adquirir a apostila da Editora Nova. Para derativa do Brasil;
nós é uma imensa satisfação tê-lo como nosso leitor. Graças c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra-
a sua coniança nosso trabalho vem se expandindo por todo sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira com-
o país. Esperamos atender suas expectativas e auxilia-lo em petente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
seu estudo; oferecemos suporte para dúvidas que porventura optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
venham surgir. nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
Nosso objetivo foi o de destacar os principais tópicos que a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasilei-
merecem atenção especial, uma vez que em outros concursos a ra, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
cobrança de tais tópicos é corriqueira. É importante ressaltar residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
que esta material não esgota o estudo do tema, razão pela qual b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
indicamos a leitura de outras obras doutrinárias sobre o tema. República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterrup-
Porém, este material serve tanto para responder questões de tos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
múltipla escolha como de questões discursivas. Ao inal apre- brasileira.
sentamos um exemplo de questão discursiva. § 1º Aos portugueses com residência permanente no País,
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos
Toda legislação foi retirada do site oicial do governo fe- os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
deral. Caso queira maiores detalhes acesse: www.planalto.gov. Constituição.
br. As súmulas também foram extraídas do site do Tribunal § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros
Superior Eleitoral, www.tse.jus.br. natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
Portanto, não deixe de fazer a leitura minuciosa de toda I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
a legislação pelo fato de que muitos artigos são autoexplicati- II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
vos; tentar explica-los ou comenta-los poderia não ser didático. III - de Presidente do Senado Federal;
Acredite em sua aprovação! Acreditar em um sonho é o pri- IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
meiro passo para conseguir conquista-lo! V - da carreira diplomática;
VI - de oicial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei es-
trangeira;

Didatismo e Conhecimento 1
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para da atividade;
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oicial da República da diplomação, para a inatividade.
Federativa do Brasil. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibi-
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a ban- lidade e os prazos de sua cessação, a im de proteger a probidade
deira, o hino, as armas e o selo nacionais. administrativa, a moralidade para exercício de mandato conside-
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão rada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade
ter símbolos próprios. das eleições contra a inluência do poder econômico ou o abuso
do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta
CAPÍTULO IV ou indireta.
DOS DIREITOS POLÍTICOS § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instru-
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio uni- ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção
versal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, ou fraude.
nos termos da lei, mediante: § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
I - plebiscito; de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou
II - referendo; de manifesta má-fé.
III - iniciativa popular.
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; ou suspensão só se dará nos casos de:
II - facultativos para: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
a) os analfabetos; julgado;
b) os maiores de setenta anos; II - incapacidade civil absoluta;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto du-
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, rarem seus efeitos;
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
I - a nacionalidade brasileira; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral; Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra
V - a iliação partidária; Regulamento até um ano da data de sua vigência.
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Re- CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
pública e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
e do Distrito Federal;
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime de-
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual mocrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; humana e observados os seguintes preceitos:
d) dezoito anos para Vereador. I - caráter nacional;
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. II - proibição de recebimento de recursos inanceiros de enti-
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado dade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
único período subsequente. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para dei-
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Re- nir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para ado-
pública, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Pre- tar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais,
feitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbi-
antes do pleito. to nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatu-
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o tos estabelecer normas de disciplina e idelidade partidária.
cônjuge e os parentes consanguíneos ou ains, até o segundo grau § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade ju-
ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Es- rídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal
tado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os Superior Eleitoral.
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se § 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes con- § 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organi-
dições: zação paramilitar.

Didatismo e Conhecimento 2
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
Princípio da Anualidade Eleitoral

Previsto no artigo 16, informa que as regras do processo eleitoral quando mudadas, só passam a produzir efeitos imediatos se publica-
das 01 ano antes das eleições. Esse princípio também é conhecido como princípio que proíbe mudar as “regras do jogo” próximo ao pleito
eleitoral

Princípio da Vedação da Restrição de Direitos Políticos

Se a lei não propor espécie de restrição política, aquele que interpretar a lei não poderá impô-la. Esse princípio também pode ser cha-
mado de in dubio pro candidato ou in dubio pro eleitor, ou seja, havendo dúvida, deve sempre o juiz ou Tribunal priorizar a não restrição
de direitos políticos.

As restrições de direitos políticos estão previstas no artigo 15 da Constituição Federal que já inicia airmando que não serão cassados
os direitos políticos, salvo nas hipóteses ali previstas.

Os direitos políticos aparecem previstos no artigo 14, apresentando principalmente aqueles que podem eleger e ser eleitos, bem como
ocupar determinados cargos políticos.

Princípio do Devido Processo Legal

Princípio fundamental previsto na Constituição Federal, ninguém pode ser privado de seus bens ou de sua liberdade sem o devido
processo legal. Portanto, ainda que seja passível de se restringir determinado direito político, para que isto venha ocorrer será necessário a
observância do devido processo legal, ou seja, instrução processual, defesas , produção de provas e julgamento (respeitado o duplo grau de
jurisdição).

Abaixo, apresentaremos quadro esquematizado elaborado pelo Prof. Thales Thácio Cerqueira em sua obra, Direito Eleitoral Esquema-
tizado, demonstrando outros princípios relacionados a matéria de direito eleitoral (Saraiva, 2012, p. 44):

Didatismo e Conhecimento 3
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

QUESTÕES

01) (UFPR - 2012 - TJ-PR – Juiz). No que consiste o princípio da anualidade eleitoral?
a) As leis eleitorais têm validade de apenas 01 (hum) ano a partir de sua publicação, razão pela qual existem as Resoluções do TSE a
cada eleição.
b) As leis eleitorais valem apenas para o ano da eleição para a qual foram editadas e publicadas e são complementadas pelas Resoluções
do TSE.
c) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral somente entram em vigor 01 (hum) ano depois da eleição para a qual foi publicada.
d) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral entram em vigor na data de sua publicação e não se aplicam à eleição que ocorra
até 01 (hum) ano da data de sua vigência.

02) (CESPE - 2005 - TRE-MT - Analista Judiciário) Acerca dos princípios pertinentes ao direito eleitoral e aos direitos políticos de
que trata a Constituição Federal, assinale a opção correta.
a) O exercício da soberania popular restringe-se ao sufrágio universal, com valor igual para todos.
b) O alistamento e o voto são facultativos para quem tem mais de 16 anos de idade e menos de 18 anos de idade.
c) O exercício dos direitos políticos não guarda relação com a elegibilidade.
d) Para ser candidato a prefeito de capital, é necessário ter 30 anos de idade, ou mais.
e) Os maiores de 70 anos de idade, em gozo de boas condições de saúde, são obrigados a alistar-se e a votar.

03) (Ministério Público / MT). A lei que altera o processo eleitoral:


a) entra em vigor após um ano de sua publicação;
b) entra em vigor na data de sua publicação;
c) só entra em vigor na data da publicação quando não há eleição prevista para até um ano depois;
d) nenhuma das respostas.

GABARITO

01) D 02) B 03) B

Professor Mestre Guilherme M. Cardoso


Advogado, Consultor Jurídico e Professor Universitário.
Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Universitário Eurípides de Marília e graduado pela mesma instituição.

Nos termos do Edital nº 2 de 11 de dezembro de 2014, o Presidente do TER/MG retiicou o Edital nº 1 (Diário Oicial da União nº. 223,
de 18 de novembro de 2014, Seção 3, páginas 166 a 172) para acrescentar os seguintes tópicos: Lei n.º 9.504/97: disposições gerais, sistema
eletrônico de votação e totalização dos votos. Os demais tópicos foram mantidos e permanecem inalterados.

EMENTA DA DISCIPLINA (EDITAL Nº1)

“III NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL: (...) Código Eleitoral (Lei, nº 4.737, de 1965, e respectivas atualizações, inclusive Lei n.º
9.504, de 1997): Dos órgãos da Justiça Eleitoral. Do Tribunal Superior Eleitoral. Dos Tribunais Regionais Eleitorais. Dos juízes eleitorais.
Das juntas eleitorais: composição e atribuições. (...)”,

Didatismo e Conhecimento 4
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
EMENTA RETIFICADA (EDITAL Nº2) Art. 61A. (Revogada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003)

LEIA-SE: “III NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL: (...) Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, so-
Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/65 e respectivas atualizações): Ór- mente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas respecti-
gãos da Justiça Eleitoral (Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais vas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a que se refere
Regionais Eleitorais, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais: compo- o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
sição, competências e atribuições). Lei n.º 9.504/97: disposições Eleitoral.
gerais, sistema eletrônico de votação e totalização dos votos. (...)”. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral disciplinará a
hipótese de falha na urna eletrônica que prejudique o regular pro-
cesso de votação.
LEI N.º 9.504/97: DISPOSIÇÕES GERAIS, Comentário Doutrinário
SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO
E TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS. Disposições gerais

Diferente de tempos onde era utilizada a cédula de votação,


agora tanto a votação quanto a totalização dos votos é feita na
Do Sistema Eletrônico de Votação e da Totalização dos Votos modalidade eletrônica. Os votos que até então eram contados ma-
nualmente, chegando a perdurar por vários dias, agora é feito na
Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por modalidade eletrônica. Cada urna eletrônica totaliza os votos auto-
sistema eletrônico, podendo o Tribunal Superior Eleitoral autori- maticamente após o encerramento do prazo de votação.
zar, em caráter excepcional, a aplicação das regras ixadas nos arts.
83 a 89. A modalidade de votação eletrônica no Brasil segue regi-
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da pela Lei n. 9.504/97, Código Eleitoral, Resoluções do TSE,
da legenda partidária, devendo o nome e fotograia do candidato observando, ainda, as normas estabelecidas pela Resolução n.
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da 22.713/2008 do TSE:
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado
no masculino ou feminino, conforme o caso. “Art. 4º Observar-se-ão na votação os seguintes procedimen-
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão compu- tos (Código Eleitoral, art. 146):
tados para a legenda partidária os votos em que não seja possível I — o eleitor, ao apresentar-se na seção e antes de adentrar o
a identiicação do candidato, desde que o número identiicador do recinto da mesa receptora de votos, deverá postar-se em ila;
partido seja digitado de forma correta. II — admitido a adentrar, o eleitor apresentará o seu título de
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, eleitor ou documento de identiicação à mesa receptora de votos,
os painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os o qual poderá ser examinado pelos iscais dos partidos políticos e
referentes às eleições majoritárias. coligações;
§ 4º A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante as- III — o componente da mesa localizará no cadastro de elei-
sinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a iden- tores da urna e no caderno de votação o nome do eleitor e o con-
tiicação da urna em que foi registrado, resguardado o anonimato frontará com
do eleitor. o nome constante do título de eleitor ou documento de iden-
§ 5º Caberá à Justiça Eleitoral deinir a chave de segurança e a tiicação;
identiicação da urna eletrônica de que trata o § 4o. IV — não havendo dúvida sobre a identidade do eleitor, o
§ 6º Ao inal da eleição, a urna eletrônica procederá à assi- presidente da mesa receptora de votos convidá-lo-á a apor sua as-
natura digital do arquivo de votos, com aplicação do registro de sinatura ou impressão digital no caderno de votação;
horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a impedir V — o presidente da mesa receptora de votos ratiicará a iden-
a substituição de votos e a alteração dos registros dos termos de tidade do eleitor solicitando que ele posicione o dedo indicado
início e término da votação. pelo sistema sobre o leitor de impressões digitais;
§ 7º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos VI — havendo o reconhecimento da biometria, o presidente
eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento. da mesa receptora de votos autorizará o eleitor a votar;
§ 8º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos VII — não havendo o reconhecimento da biometria, o pre-
eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento. sidente da mesa receptora de votos solicitará ao eleitor que po-
sicione o próximo dedo indicado pelo sistema sobre o leitor de
Art. 60. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto impressões digitais para identiicação, e assim sucessivamente, até
de legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no mo- o reconhecimento;
mento de votar para determinado cargo e somente para este será VIII — por im, não havendo o reconhecimento biométrico
computado. do eleitor, o presidente da mesa receptora de votos autorizará o
eleitor a votar por meio de um código numérico e consignará o
Art. 61. A urna eletrônica contabilizará cada voto, asseguran- fato em ata;
do-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos partidos políticos, IX — na cabina indevassável, o eleitor indicará os números
coligações e candidatos ampla iscalização. correspondentes aos seus candidatos;

Didatismo e Conhecimento 5
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
X — concluída a votação, o eleitor dirigir-se-á à mesa recep- § 2º Ao inal da transcrição dos resultados apurados no bo-
tora de votos, a qual lhe restituirá o título de eleitor ou o documen- letim, o Presidente da Junta Eleitoral é obrigado a entregar cópia
to de identiicação apresentado e entregar-lhe-á o comprovante de deste aos partidos e coligações concorrentes ao pleito cujos repre-
votação; sentantes o requeiram até uma hora após sua expedição.
XI — no recinto da mesa receptora de votos, o eleitor não § 3º Para os ins do disposto no parágrafo anterior, cada par-
poderá fazer uso de telefone celular, equipamento de radiocomu- tido ou coligação poderá credenciar até três iscais perante a Junta
nicação ou outro equipamento que possa comprometer o sigilo do Eleitoral, funcionando um de cada vez.
voto.” § 4º O descumprimento de qualquer das disposições deste arti-
go constitui crime, punível com detenção de um a três meses, com
Regras excepcionais a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo
período e multa, no valor de um mil a cinco mil UFIR.
Veriica a impossibilidade de utilização do sistema eletrônico § 5º O rascunho ou qualquer outro tipo de anotação fora dos
de votação, deverão ser observadas as regras dispostas entre os boletins de urna, usados no momento da apuração dos votos, não
artigos 83 a 89, que se referem a votação por cédulas de papel. poderão servir de prova posterior perante a Junta apuradora ou to-
talizadora.
Art. 83. As cédulas oiciais serão confeccionadas pela Justiça § 6º O boletim mencionado no § 2º deverá conter o nome e
Eleitoral, que as imprimirá com exclusividade para distribuição às o número dos candidatos nas primeiras colunas, que precederão
Mesas Receptoras, sendo sua impressão feita em papel opaco, com aquelas onde serão designados os votos e o partido ou coligação.
tinta preta e em tipos uniformes de letras e números, identiicando
o gênero na denominação dos cargos em disputa. Art. 88. O Juiz Presidente da Junta Eleitoral é obrigado a re-
§ 1º Haverá duas cédulas distintas, uma para as eleições ma- contar a urna, quando:
joritárias e outra para as proporcionais, a serem confeccionadas I - o boletim apresentar resultado não coincidente com o nú-
segundo modelos determinados pela Justiça Eleitoral. mero de votantes ou discrepante dos dados obtidos no momento
§ 2º Os candidatos à eleição majoritária serão identiicados da apuração;
pelo nome indicado no pedido de registro e pela sigla adotada pelo II - icar evidenciada a atribuição de votos a candidatos inexis-
partido a que pertencem e deverão igurar na ordem determinada tentes, o não fechamento da contabilidade da urna ou a apresenta-
por sorteio. ção de totais de votos nulos, brancos ou válidos destoantes da mé-
§ 3º Para as eleições realizadas pelo sistema proporcional, a dia geral das demais Seções do mesmo Município, Zona Eleitoral.
cédula terá espaços para que o eleitor escreva o nome ou o número Art. 89. Será permitido o uso de instrumentos que auxiliem o
do candidato escolhido, ou a sigla ou o número do partido de sua eleitor analfabeto a votar, não sendo a Justiça Eleitoral obrigada a
preferência. fornecê-los.
§ 4º No prazo de quinze dias após a realização do sorteio a
que se refere o § 2º, os Tribunais Regionais Eleitorais divulgarão o Segundo o Prof. Thales Tácito, são duas as hipóteses de im-
modelo da cédula completa com os nomes dos candidatos majori- possibilidade de utilização da urna eletrônica. A primeira, no caso
tários na ordem já deinida. da urna falhar; a segunda, no caso da urna de contingência (reser-
§ 5° Às eleições em segundo turno aplica-se o disposto no § va) falhar.
2º, devendo o sorteio veriicar-se até quarenta e oito horas após
a proclamação do resultado do primeiro turno e a divulgação do
modelo da cédula nas vinte e quatro horas seguintes. Procedimento de votação

Art. 84. No momento da votação, o eleitor dirigir-se-á à cabi- A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da
na duas vezes, sendo a primeira para o preenchimento da cédula legenda partidária, devendo o nome e fotograia do candidato e o
destinada às eleições proporcionais, de cor branca, e a segunda nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da urna
para o preenchimento da cédula destinada às eleições majoritárias, eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado no
de cor amarela. masculino ou feminino, conforme o caso.
Parágrafo único. A Justiça Eleitoral ixará o tempo de votação
e o número de eleitores por seção, para garantir o pleno exercício
do direito de voto.

Art. 85. Em caso de dúvida na apuração de votos dados a ho-


mônimos, prevalecerá o número sobre o nome do candidato.

Art. 86. No sistema de votação convencional considerar-se-á


voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no
local exato reservado para o cargo respectivo e somente para este
será computado.

Art. 87. Na apuração, será garantido aos iscais e delegados


dos partidos e coligações o direito de observar diretamente, a dis-
tância não superior a um metro da mesa, a abertura da urna, a aber-
tura e a contagem das cédulas e o preenchimento do boletim .
§ 1º O não atendimento ao disposto no caput enseja a impug-
nação do resultado da urna, desde que apresentada antes da divul-
gação do boletim.

Didatismo e Conhecimento 6
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
Obs.: Na votação para as eleições proporcionais, serão com- O Tribunal Superior Eleitoral, no uso de suas atribuições, ten-
putados para a legenda partidária os votos em que não seja possí- do em conta o disposto na Lei nº 7.444, de 20 de dezembro de
vel a identiicação do candidato, desde que o número identiicador 1985,
do partido seja digitado de forma correta.
Considerando que à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral
No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de le- cabe velar pela iel execução das leis e instruções e pela boa ordem
genda quando o eleitor assinalar o número do partido no momento e celeridade dos serviços eleitorais,
de votar para determinado cargo e somente para este será compu-
tado. Considerando a necessidade de adaptar as normas em vigor à
nova sistemática adotada para o cadastro eleitoral,
Exemplo: (dados ictícios)
Considerando a necessidade de estabelecer rotina procedi-
Partido da Causa Universitária mental única, de forma a facilitar os trabalhos desenvolvidos, es-
pecialmente quanto às situações de duplicidade ou pluralidade de
Legenda: PDCU
inscrições e revisão de eleitorado,
Número: 10
RESOLVE:
Eleitor não vota no número do candidato, mas sim na legenda
do partido, ou seja, ao invés de digitar o número de algum can- Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento ele-
didato, prefere votar no partido. Para que esse voto seja válido, trônico de dados, implantado nos termos da Lei nº 7.444/85, será
ainda que não tenha escolhido determinado candidato, deve corre- efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do referi-
tamente digitar o número da legenda do partido, no caso, número do diploma legal e desta resolução.
10 – conirmando voto para o PDCU. Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o
Totalização dos votos sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal Superior Elei-
toral.
Com a utilização da urna eletrônica, os votos passaram a ser
totalizados na modalidade eletrônica, e não mais manualmente. DO REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITO-
Cada urna emite o chamado Boletim de Urna, que é o documento RAL (RAE)
no qual são totalizados os votos nela depositados. Esse boletim
conterá: Art. 2º O requerimento de alistamento eleitoral (RAE) (anexo
- o horário de encerramento da votação; I) servirá como documento de entrada de dados e será processado
- a identiicação da seção, da zona eleitoral, do compareci- eletronicamente.
mento e do número de votantes; Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o pa-
- o nome e o número dos candidatos que obtiveram votos na- rágrafo único do art. 1º conterá os campos correspondentes ao for-
quela seção; mulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do requerimento,
- o código de identiicação da urna eletrônica; com as informações pertinentes, para apreciação do juiz eleitoral.
- o número de eleitores aptos, o número de votantes, a votação
individual de cada candidato, os votos de cada legenda partidária, Art. 3º Para preenchimento do RAE, devem ser observados
os votos nulos, os votos em branco e a soma geral de votos (art. 10, os procedimentos especiicados nesta resolução e nas orientações
caput, da Resolução n. 20.565 do TSE). pertinentes.
Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 – ALISTAMEN-
TO quando o alistando requerer inscrição e quando em seu nome
não for identiicada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país
RESOLUÇÃO TSE N.º 21.538, ou exterior, ou a única inscrição localizada estiver cancelada por
DE 14 DE OUTUBRO DE 2003. determinação de autoridade judiciária (FASE 450).

Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 – TRANSFE-


RÊNCIA sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e for
encontrado em seu nome número de inscrição em qualquer muni-
Resolução nº 21.538, de 14 de outubro de 2003 - Brasília cípio ou zona, unidade da Federação ou país, em conjunto ou não
com eventual retiicação de dados.
– DF
§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o número
originário da inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, consignada
Dispõe sobre o alistamento e serviços eleitorais mediante pro- no campo próprio a sigla da UF anterior.
cessamento eletrônico de dados, a regularização de situação de § 2º É vedada a transferência de número de inscrição
eleitor, a administração e a manutenção do cadastro eleitoral, o envolvida em coincidência, suspensa, cancelada automaticamente
sistema de alistamento eleitoral, a revisão do eleitorado e a iscali- pelo sistema quando envolver situação de perda e suspensão de
zação dos partidos políticos, entre outros. direitos políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE
329) e por decisão de autoridade judiciária (FASE 450).

Didatismo e Conhecimento 7
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número b) os dois algarismos seguintes serão representativos da uni-
de inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 – falecimento, 027 dade da Federação de origem da inscrição, conforme códigos
– duplicidade/pluralidade, 035 – deixou de votar em três eleições constantes da seguinte tabela:
consecutivas e 469 – revisão de eleitorado, desde que comprovada 01 – São Paulo
a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou 02 – Minas Gerais
suspensa para o eleitor. 03 – Rio de Janeiro
§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor 04 – Rio Grande do Sul
no cadastro, nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, 05 – Bahia
preferencialmente, a transferência daquela: 06 – Paraná
I – que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último 07 – Ceará
pleito; 08 – Pernambuco
II – que seja mais antiga. 09 – Santa Catarina
10 – Goiás
Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 – REVISÃO 11 – Maranhão
quando o eleitor necessitar alterar local de votação no mesmo mu- 12 – Paraíba
nicípio, ainda que haja mudança de zona eleitoral, retiicar dados 13 – Pará
pessoais ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mes- 14 – Espírito Santo
mas condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º 15 – Piauí
do art. 5º. 16 – Rio Grande do Norte
17 – Alagoas
Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA 18 – Mato Grosso
VIA quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona 19 – Mato Grosso do Sul
por ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título elei- 20 – Distrito Federal
toral, sem nenhuma alteração. 21 – Sergipe
22 – Amazonas
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o 23 – Rondônia
título eleitoral será expedido automaticamente e a data de domicí- 24 – Acre
lio do eleitor não será alterada. 25 – Amapá
26 – Roraima
DO ALISTAMENTO 27 – Tocantins
28 – Exterior (ZZ)
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o ser- c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos veriicado-
vidor da Justiça Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informa- res, determinados com base no módulo 11, sendo o primeiro cal-
ções no sistema de acordo com os dados constantes do documento culado sobre o número seqüencial e o último sobre o código da
apresentado pelo eleitor, complementados com suas informações unidade da Federação seguido do primeiro dígito veriicador.
pessoais, de conformidade com as exigências do processamento de
dados, destas instruções e das orientações especíicas. Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos
seguintes documentos do qual se inira a nacionalidade brasileira
Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz elei- (Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º):
toral, o servidor providenciará o preenchimento ou a digitação no a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos cria-
sistema dos espaços que lhe são reservados no RAE. dos por lei federal, controladores do exercício proissional;
Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimen- b) certiicado de quitação do serviço militar;
to ou de digitação no sistema, será mantida em cada zona eleitoral c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro
relação de servidores, identiicados pelo número do título eleitoral, Civil;
habilitados a praticar os atos reservados ao cartório. d) instrumento público do qual se inira, por direito, ter o re-
querente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também,
Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assi- os demais elementos necessários à sua qualiicação.
nar o formulário, destacará o protocolo de solicitação, numerado Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere
de idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão do a alínea b é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo mascu-
título não seja imediata. lino.

Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, ob- Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realiza-
servada a sequencia numérica fornecida pela Secretaria de Infor- rem eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito,
mática, às zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de inclusive.
números de inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste § 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado
artigo. até o encerramento do prazo ixado para requerimento de inscrição
Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 eleitoral ou transferência.
algarismos, por unidade da Federação, assim discriminados: § 2º O título emitido nas condições deste artigo somente
a) os oito primeiros algarismos serão sequenciados, despre- surtirá efeitos com o implemento da idade de 16 anos
zando-se, na emissão, os zeros à esquerda;

Didatismo e Conhecimento 8
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou DA SEGUNDA VIA
o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida
a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de
eleitoral e cobrada no ato da inscrição. sua inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoal-
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que mente ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda
requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo qüinquagésimo via.
primeiro dia anterior à eleição subseqüente à data em que comple- § 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento
tar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97, art. 91). será instruído com a primeira via do título.
§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo
eleitor deverá apor a assinatura ou a impressão digital do polegar,
(Constituição Federal, art. 14, § 1º, II, a).
se não souber assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral,
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá re-
querer sua inscrição eleitoral, não icando sujeito à multa prevista que deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada
no art. 15 (Código Eleitoral, art. 8º). a identidade do eleitor.

Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz DO RESTABELECIMENTO DE INSCRIÇÃO CANCE-
eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribu- LADA POR EQUÍVOCO
nal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamen-
to eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante coman-
à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas do do código FASE 361, de inscrição cancelada em virtude de
no cadastro, com os respectivos endereços. comando equivocado dos códigos FASE 019, 450 e 469.
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição,
caberá recurso interposto pelo alistando no prazo de cinco dias DO FORMULÁRIO DE ATUALIZAÇÃO DA SITUA-
e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido
ÇÃO DO ELEITOR (FASE)
político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva
listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias
1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que Art. 21. Para registro de informações no histórico de inscri-
tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que ção no cadastro, utilizar-se-á, como documento de entrada de da-
os partidos não as consultem dos, o formulário de atualização da situação do eleitor (FASE),
§ 2º O cartório eleitoral providenciará, para o im do disposto cuja tabela de códigos será estabelecida pela Corregedoria-Geral.
no § 1º, relações contendo os pedidos indeferidos. Parágrafo único. A atualização de registros de que trata o ca-
put poderá ser promovida, desde que viabilizado, diretamente no
DA TRANSFERÊNCIA sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento
do formulário FASE.
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfei-
tas as seguintes exigências: DO TÍTULO ELEITORAL
I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domi-
cílio no prazo estabelecido pela legislação vigente; Art. 22. O título eleitoral será confeccionado com caracte-
II – transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da
rísticas, formas e especiicações constantes do modelo anexo II.
última transferência;
III – residência mínima de três meses no novo domicílio, de- Parágrafo único. O título eleitoral terá as dimensões de
clarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, 9,5x6,0cm, será confeccionado em papel com marca d’água e
art. 8º); peso de 120g/m2, impresso nas cores preto e verde, em frente e
IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral. verso, tendo como fundo as Armas da República, e será contor-
§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo nado por serrilha.
juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria
do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de Art. 23. O título eleitoral será emitido, obrigatoriamente, por
processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as computador e dele constarão, em espaços próprios, o nome do
colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições eleitor, a data de nascimento, a unidade da Federação, o municí-
atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços. pio, a zona e a seção eleitoral onde vota, o número da inscrição
§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, eleitoral, a data de emissão, a assinatura do juiz eleitoral, a assi-
caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do natura do eleitor ou a impressão digital de seu polegar, bem como
que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político a expressão “segunda via”, quando for o caso.
no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem § 1º Os tribunais regionais poderão autorizar, na emissão on-
à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de line de títulos eleitorais e em situações excepcionais, a exemplo
cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido de revisão de eleitorado, recadastramento ou rezoneamento, o
exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos uso, mediante rígido controle, de impressão da assinatura (chan-
não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 8º). cela) do presidente do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, em
§ 6º O cartório eleitoral providenciará, para o im do disposto exercício na data da autorização, em substituição à assinatura do
no § 5º, relações contendo os pedidos indeferidos. juiz eleitoral da zona, nos títulos eleitorais.

Didatismo e Conhecimento 9
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
§ 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e DO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES CONSTANTES DO
segunda via, a data da emissão do título será a de preenchimento CADASTRO
do requerimento.
Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão
Art. 24. Juntamente com o título eleitoral, será emitido pro- acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas,
tocolo de entrega do título eleitoral (Pete) (canhoto), que conterá nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/85, art. 9º, I).
o número de inscrição, o nome do eleitor e de sua mãe e a data § 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se
de nascimento, com espaços, no verso, destinados à assinatura do fornecerão informações de caráter personalizado constantes do
eleitor ou aposição da impressão digital de seu polegar, se não sou- cadastro eleitoral.
ber assinar, à assinatura do servidor do cartório responsável pela § 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como
entrega e o número de sua inscrição eleitoral, bem como à data de informações personalizadas, relações de eleitores acompanhadas
recebimento. de dados pessoais (iliação, data de nascimento, proissão, estado
§ 1º O título será entregue, no cartório ou no posto de civil, escolaridade, telefone e endereço).
alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferência de § 3º Excluem-se da proibição de que cuida o § 1º os pedidos
pessoas estranhas à Justiça Eleitoral.
relativos a procedimento previsto na legislação eleitoral e os
§ 2º Antes de efetuar a entrega do título, comprovada a
formulados:
identidade do eleitor e a exatidão dos dados inseridos no documento,
a) pelo eleitor sobre seus dados pessoais;
o servidor destacará o título eleitoral e colherá a assinatura ou a
b) por autoridade judicial e pelo Ministério Público, vinculada
impressão digital do polegar do eleitor, se não souber assinar, no
espaço próprio constante do canhoto. a utilização das informações obtidas, exclusivamente, às respecti-
vas atividades funcionais;
Art. 25. No período de suspensão do alistamento, não serão c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral,
recebidos requerimentos de alistamento ou transferência (Lei nº desde que exista reciprocidade de interesses (Lei nº 7.444/85, art.
9.504/97, art. 91, caput). 4º).
Parágrafo único. O processamento reabrir-se-á em cada zona
logo que estejam concluídos os trabalhos de apuração em âmbito Art. 30. Os tribunais e juízes eleitorais poderão, no âmbito
nacional (Código Eleitoral, art. 70). de suas jurisdições, autorizar o fornecimento a interessados, desde
que sem ônus para a Justiça Eleitoral e disponíveis em meio mag-
Art. 26. O título eleitoral prova a quitação do eleitor para com nético, dos dados de natureza estatística levantados com base no
a Justiça Eleitoral até a data de sua emissão. cadastro eleitoral, relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito
eleitoral, salvo quando lhes for atribuído caráter reservado.
DA FISCALIZAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 31. Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão da-
Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão: dos do cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição, sal-
I – acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revi- vo na hipótese do art. 82 desta resolução.
são, segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega
de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado
II – requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmen- ou de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a
te e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promo- fonte e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada
vida; ou extrapolada das informações obtidas.
III – examinar, sem perturbação dos serviços e na presença DOS BATIMENTOS
dos servidores designados, os documentos relativos aos pedidos de
alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão de eleito-
Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações cons-
rado, deles podendo requerer, de forma fundamentada, cópia, sem
tantes do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis
ônus para a Justiça Eleitoral.
Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identiicar
cancelamento de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal
juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. Superior Eleitoral, em âmbito nacional.
77 a 80 do Código Eleitoral. § 1º As operações de alistamento, transferência e revisão
somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após submeti-
Art. 28. Para os ins do art. 27, os partidos políticos poderão das a batimento.
manter até dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e § 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade icará
até três delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária.
sendo permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de § 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não
cada partido. liberadas as inscrições mais recentes, excetuadas as inscrições
§ 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo atribuídas a gêmeos, que serão identiicadas em situação liberada.
juiz eleitoral. § 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com
§ 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral
inscrição para a qual não foi indicada aquela condição, essa última
poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer
será considerada não liberada.
juízo eleitoral.

Didatismo e Conhecimento 10
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
DOS DOCUMENTOS EMITIDOS PELO SISTEMA NO Art. 40. Identiicada situação em que um mesmo eleitor pos-
BATIMENTO sua duas ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou
não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá,
Art. 34. Será colocada à disposição de todas as zonas eleito- preferencialmente, recair:
rais, após a realização de batimento: I – na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às ins-
I – RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS (envolvidos truções em vigor;
em duplicidade ou pluralidade) emitida por ordem de número de II – na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral
grupo, contendo todos os eleitores agrupados inscritos na zona, do eleitor;
com dados necessários a sua individualização, juntamente com ín- III – naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;
dice em ordem alfabética; IV – naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercí-
II – COMUNICAÇÃO dirigida à autoridade judiciária incum- cio do voto na última eleição;
bida da apreciação do caso, noticiando o agrupamento de inscrição V – na mais antiga.
em duplicidade ou pluralidade, para as providências estabelecidas § 1º Comprovado que as inscrições identiicadas pertencem a
nesta resolução. gêmeos ou homônimos, deverá ser comandado o respectivo código
Parágrafo único. Será expedida NOTIFICAÇÃO dirigida ao FASE.
eleitor cuja inscrição foi considerada não liberada pelo batimento. § 2º Constatada a inexatidão de qualquer dado constante do
cadastro eleitoral, deverá ser providenciada a necessária alteração,
DAS DUPLICIDADES E PLURALIDADES (COINCI- mediante preenchimento ou digitação de RAE (Operação 5 –
DÊNCIAS) Revisão), observadas as formalidades para seu deferimento.

Art. 35. Colocada à disposição a relação de eleitores agrupa- DA COMPETÊNCIA PARA REGULARIZAÇÃO DE
dos, o juiz eleitoral fará publicar edital, pelo prazo de três dias, SITUAÇÃO ELEITORAL E PARA O PROCESSAMENTO
para conhecimento dos interessados. DAS DECISÕES

Art. 36. Todo eleitor que tiver sua inscrição não liberada em Art. 41. A decisão das duplicidades e pluralidades de inscri-
decorrência do cruzamento de informações deverá ser notiicado ções, agrupadas ou não pelo batimento, inclusive quanto às inscri-
para, se o desejar, requerer regularização de sua situação eleitoral, ções de pessoas que estão com seus direitos políticos suspensos, na
no prazo de 20 dias, contados da data de realização do batimento. esfera administrativa, caberá:
I – No tocante às duplicidades, ao juiz da zona eleitoral onde
Art. 37. Recebida a comunicação da coincidência, a autorida- foi efetuada a inscrição mais recente (Tipo 1D), ressalvadas as hi-
de judiciária deverá, de ofício e imediatamente: póteses previstas nos §§ 1º a 3º deste artigo;
I – determinar sua autuação; II – No tocante às pluralidades:
II – determinar a regularização da situação da inscrição do a) ao juiz da zona eleitoral, quando envolver inscrições efetua-
eleitor que não possuir outra inscrição liberada, independentemen- das em uma mesma zona eleitoral (Tipo 1P);
te de requerimento, desde que constatado que o grupo é formado b) ao corregedor regional eleitoral, quando envolver inscri-
por pessoas distintas; ções efetuadas entre zonas eleitorais de uma mesma circunscrição
III – determinar as diligências cabíveis quando não for possí- (Tipo 2P);
vel identiicar de pronto se a inscrição pertence ou não a um mes- c) ao corregedor-geral, quando envolver inscrições efetuadas
mo eleitor; em zonas eleitorais de circunscrições diversas (Tipo 3P).
IV – aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao § 1º As decisões de situação relativa a pessoa que perdeu seus
cartório durante os 20 dias que lhe são facultados para requerer direitos políticos (Tipo 3D) e de pluralidades decorrentes do agru-
regularização de situação eleitoral; pamento de uma ou mais inscrições, requeridas em circunscrições
V – comparecendo o eleitor ao cartório, orientá-lo, conforme distintas, com um ou mais registros de suspensão da Base de Perda
o caso, a preencher o Requerimento para Regularização de Inscri- e Suspensão de Direitos Políticos (Tipo 3P) serão da competência
ção (RRI), ou a requerer, oportunamente, transferência, revisão ou do corregedor-geral.
segunda via; § 2º As decisões das duplicidades envolvendo inscrição e
VI – determinar o cancelamento da(s) inscrição(ões) que registro de suspensão da Base de Perda e Suspensão de Direitos
comprovadamente pertença(m) a um mesmo eleitor, assegurando Políticos (Tipo 2D) e das pluralidades decorrentes do agrupamento
a cada eleitor apenas uma inscrição; de uma ou mais inscrições, requeridas na mesma circunscrição,
VII – dar publicidade à decisão; com um ou mais registros de suspensão da referida base (Tipo 2P)
VIII – promover a digitação da decisão; serão da competência do corregedor regional eleitoral.
IX – adotar demais medidas cabíveis. § 3º Na hipótese de duplicidade envolvendo inscrições
atribuídas a gêmeos ou homônimos comprovados, existindo
Art. 38. Não poderá ser objeto de transferência, revisão ou inscrição não liberada no grupo, a competência para decisão será
segunda via, inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade. do juiz da zona eleitoral a ela correspondente.
§ 4º Em grau de recurso, no prazo de três dias, caberá:
Art. 39. Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de a) ao corregedor regional a apreciação de situações que moti-
duplicidade ou pluralidade, não existindo decisão de autoridade varam decisão de juiz eleitoral de sua circunscrição;
judiciária, a inscrição liberada passará a igurar como regular e a b) ao corregedor-geral a apreciação de situações que enseja-
não-liberada como cancelada, caso exista no cadastro. ram decisão de corregedor regional.

Didatismo e Conhecimento 11
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
§ 5º Havendo decisões conlitantes em processo de DA HIPÓTESE DE ILÍCITO PENAL
regularização de situação de eleitor, proferidas por autoridades
judiciárias distintas, envolvendo inscrições atribuídas a uma Art. 48. Decidida a duplicidade ou pluralidade e tomadas as
mesma pessoa, o conlito será decidido: providências de praxe, se duas ou mais inscrições em cada grupo
a) pelo corregedor regional eleitoral, quando se tratar de de- forem atribuídas a um mesmo eleitor, excetuados os casos de evi-
cisões proferidas por juízes de zonas eleitorais de uma mesma cir- dente falha dos serviços eleitorais, os autos deverão ser remetidos
cunscrição;
ao Ministério Público Eleitoral.
b) pelo corregedor-geral, quando se tratar de decisões profe-
ridas por juízes eleitorais de circunscrições diversas ou pelos cor- § 1º Manifestando-se o Ministério Público pela existência de
regedores regionais. indício de ilícito penal eleitoral a ser apurado, o processo deverá
ser remetido, pela autoridade judiciária competente, à Polícia
Art. 42. O juiz eleitoral só poderá determinar a regularização, Federal para instauração de inquérito policial.
o cancelamento ou a suspensão de inscrição que pertença à sua § 2º Inexistindo unidade regional do Departamento de Polícia
jurisdição. Federal na localidade onde tiver jurisdição o juiz eleitoral a quem
Parágrafo único. A autoridade judiciária que tomar conheci- couber decisão a respeito, a remessa das peças informativas poderá
mento de fato ensejador do cancelamento de inscrição liberada ou ser feita por intermédio das respectivas corregedorias regionais
regular, ou da necessidade de regularização de inscrição não libe- eleitorais.
rada, cancelada ou suspensa, efetuada em zona eleitoral diferente
§ 3º Concluído o apuratório ou no caso de pedido de dilação
daquela em que tem jurisdição, deverá comunicá-lo à autoridade
judiciária competente, para medidas cabíveis, por intermédio da de prazo, o inquérito policial a que faz alusão o § 1º deverá ser en-
correspondente Corregedoria Regional. caminhado, pela autoridade policial que o presidir, ao juiz eleitoral
a quem couber decisão a respeito na esfera penal.
Art. 43. Nas duplicidades e pluralidades de sua competência, § 4º Arquivado o inquérito ou julgada a ação penal, o juiz
o corregedor-geral ou o corregedor regional poderão se pronunciar eleitoral comunicará, sendo o caso, a decisão tomada à autoridade
quanto a qualquer inscrição agrupada. judiciária que determinou sua instauração, com a inalidade
de tornar possível a adoção de medidas cabíveis na esfera
Art. 44. A competência para decidir a respeito das duplicida- administrativa.
des e pluralidades, na esfera penal, será sempre do juiz eleitoral da § 5º A espécie, no que lhe for aplicável, será regida pelas
zona onde foi efetuada a inscrição mais recente. disposições do Código Eleitoral e, subsidiariamente, pelas normas
Art. 45. Examinada e decidida a duplicidade ou a pluralidade, do Código de Processo Penal.
a decisão tomada pela autoridade judiciária será processada, con- § 6º Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito penal eleitoral
forme o caso: a ser apurado, os autos deverão ser arquivados na zona eleitoral
I – pela própria zona eleitoral e, na impossibilidade, encami- onde o eleitor possuir inscrição regular.
nhada à respectiva secretaria regional de informática, por intermé- Art. 49. Os procedimentos a que se refere esta resolução serão
dio das corregedorias regionais; adotados sem prejuízo da apuração de responsabilidade de qual-
II – pelas corregedorias regionais, com o apoio das secretarias quer ordem, seja de eleitor, de servidor da Justiça Eleitoral ou de
regionais de informática, no que não lhes for possível proceder; terceiros, por inscrição fraudulenta ou irregular.
III – pela própria Corregedoria-Geral. Parágrafo único. Qualquer eleitor, partido político ou Minis-
Art. 46. As informações necessárias ao exame e decisão das tério Público poderá se dirigir formalmente ao juiz eleitoral, cor-
duplicidades e pluralidades deverão ser prestadas no prazo de dez regedor regional ou geral, no âmbito de suas respectivas compe-
dias, contados do recebimento da requisição, por intermédio do tências, relatando fatos e indicando provas para pedir abertura de
ofício INFORMAÇÕES PRESTADAS PELA AUTORIDADE investigação com o im de apurar irregularidade no alistamento
JUDICIÁRIA. eleitoral.
Parágrafo único. Ainda que o eleitor não tenha sido encontra-
do, o ofício de que trata o caput deverá ser preenchido, assinado, DOS CASOS NÃO APRECIADOS
instruído e enviado, no prazo estipulado, à autoridade judiciária
competente para decisão.
Art. 50. Os requerimentos para regularização de inscrição
Art. 47. A autoridade judiciária competente deverá se pronun- (RRI) recebidos após o prazo previsto no caput do art. 36 serão
ciar quanto às situações de duplicidade e pluralidade detectadas indeferidos pela autoridade judiciária competente, por intempesti-
pelo batimento em até 40 dias contados da data de realização do vos, e o eleitor deverá ser orientado a procurar o cartório da zona
respectivo batimento. eleitoral para regularizar sua situação.
§ 1º Processada a decisão de que trata o caput, a situação da
inscrição será automaticamente atualizada no cadastro.
DA RESTRIÇÃO DE DIREITOS POLÍTICOS
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade, com
situação não liberada, que não for objeto de decisão da autoridade
judiciária no prazo especiicado no caput, decorridos dez dias, será Art. 51. Tomando conhecimento de fato ensejador de inele-
automaticamente cancelada pelo sistema. gibilidade ou de suspensão de inscrição por motivo de suspensão
§ 3º Após o transcurso de seis anos, contados do processamento de direitos políticos ou de impedimento ao exercício do voto, a
do código FASE próprio, as inscrições canceladas serão excluídas autoridade judiciária determinará a inclusão dos dados no sistema
do cadastro. mediante comando de FASE.

Didatismo e Conhecimento 12
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
§ 1º Não se tratando de eleitor de sua zona eleitoral, o juiz § 1º A folha de votação, obrigatoriamente, deverá:
eleitoral comunicará o fato, por intermédio das correspondentes a) identiicar as eleições, a data de sua realização e o turno;
corregedorias regionais, à zona eleitoral a que pertencer a inscrição. b) conter dados individualizadores de cada eleitor, como ga-
§ 2º Quando se tratar de pessoa não inscrita perante a Justiça rantia de sua identiicação no ato de votar;
Eleitoral ou com inscrição cancelada no cadastro, o registro c) ser emitida em ordem alfabética de nome de eleitor, enca-
será feito diretamente na base de perda e suspensão de direitos dernada e embalada por seção eleitoral.
políticos pela Corregedoria Regional Eleitoral que primeiro tomar § 2º O comprovante de comparecimento (canhoto) conterá o
conhecimento do fato. nome completo do eleitor, o número de sua inscrição eleitoral e
referência à data da eleição.
§ 3º Comunicada a perda de direitos políticos pelo Ministério
da Justiça, a Corregedoria-Geral providenciará a imediata atuali- DA CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS
zação da situação das inscrições no cadastro e na base de perda e
suspensão de direitos políticos. Art. 55. Os formulários utilizados pelos cartórios e tribunais
§ 4º A outorga a brasileiros do gozo dos direitos políticos em eleitorais, em pleitos anteriores à data desta resolução e nos que
Portugal, devidamente comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral, lhe seguirem, deverão ser conservados em cartório, observado o
importará suspensão desses mesmos direitos no Brasil (Decreto nº seguinte:
70.391, de 12.4.72). I – os protocolos de entrega do título eleitoral (PETE) assi-
nados pelo eleitor e os formulários (Formulário de Alistamento
Art. 52. A regularização de situação eleitoral de pessoa com Eleitoral – FAE ou Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE)
restrição de direitos políticos somente será possível mediante com- relativos a alistamento, transferência, revisão ou segunda via, por,
provação de haver cessado o impedimento. no mínimo, cinco anos;
§ 1º Para regularização de inscrição envolvida em coincidência II – as folhas de votação, por oito anos, descartando-se a mais
antiga somente após retornar das seções eleitorais a mais recente;
com outra de pessoa que perdeu ou está com seus direitos políticos
III – os formulários de atualização da situação do eleitor
suspensos, será necessária a comprovação de tratar-se de eleitor (FASE) e os comprovantes de comparecimento à eleição (canho-
diverso. tos) que permanecerem junto à folha de votação poderão ser des-
§ 2º Na hipótese do artigo, o interessado deverá preencher cartados depois de processados e armazenados em meio magné-
requerimento e instruir o pedido com declaração de situação de tico;
direitos políticos e documentação comprobatória de sua alegação. IV – os cadernos de revisão utilizados durante os serviços per-
§ 3º Comprovada a cessação do impedimento, será comandado tinentes, por quatro anos, contados do encerramento do período
o código FASE próprio e/ou inativado(s), quando for o caso, o(s) revisional;
registro(s) correspondente(s) na base de perda e suspensão de V – os boletins de urna, por quatro anos, contados da data de
direitos políticos. realização do pleito correspondente;
Art. 53. São considerados documentos comprobatórios de rea- VI – as relações de eleitores agrupados, até o encerramento
quisição ou restabelecimento de direitos políticos: do prazo para atualização das decisões nas duplicidades e plura-
lidades;
I – Nos casos de perda: VII – os títulos eleitorais não procurados pelo eleitor, os res-
a) decreto ou portaria; pectivos protocolos de entrega e as justiicativas eleitorais, até o
b) comunicação do Ministério da Justiça. pleito subseqüente ou, relativamente a estas, durante o período es-
II – Nos casos de suspensão: tabelecido nas instruções especíicas para o respectivo pleito;
a) para interditos ou condenados: sentença judicial, certidão VIII – as relações de iliados encaminhadas pelos partidos po-
do juízo competente ou outro documento; líticos, por dois anos.
b) para conscritos ou pessoas que se recusaram à prestação do
serviço militar obrigatório: Certiicado de Reservista, Certiicado DAS INSPEÇÕES E CORREIÇÕES
de Isenção, Certiicado de Dispensa de Incorporação, Certiicado
Art. 56. O corregedor-geral ou regional, no âmbito de sua ju-
do Cumprimento de Prestação Alternativa ao Serviço Militar Obri-
risdição, sempre que entender necessário ou que tomar conheci-
gatório, Certiicado de Conclusão do Curso de Formação de Sar- mento da ocorrência de indícios de irregularidades na prestação
gentos, Certiicado de Conclusão de Curso em Órgão de Formação dos serviços eleitorais, pessoalmente ou por intermédio de comis-
da Reserva ou similares; são de servidores especialmente por ele designada, como provi-
c) para beneiciários do Estatuto da Igualdade: comunicação dência preliminar à correição, inspecionará os serviços eleitorais
do Ministério da Justiça ou de repartição consular ou missão di- da circunscrição, visando identiicar eventuais irregularidades.
plomática competente, a respeito da cessação do gozo de direitos Parágrafo único. A comissão apresentará relatório circunstan-
políticos em Portugal, na forma da lei. ciado da inspeção ao corregedor, que determinará providências
III – Nos casos de inelegibilidade: certidão ou outro docu- pertinentes, objetivando a regularização dos procedimentos ou a
mento. abertura de correição.

Art. 57. O corregedor regional realizará correição ordinária


DA FOLHA DE VOTAÇÃO E DO COMPROVANTE DE anual na circunscrição e extraordinária, sempre que entender ne-
COMPARECIMENTO À ELEIÇÃO cessário ou ante a existência de indícios de irregularidades que
a justiique, observadas as instruções especíicas do Tribunal Su-
Art. 54. A folha de votação, da qual constarão apenas os elei- perior Eleitoral e as que subsidiariamente baixar a Corregedoria
tores regulares ou liberados, e o comprovante de comparecimento Regional Eleitoral.
serão emitidos por computador.

Didatismo e Conhecimento 13
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
DA REVISÃO DE ELEITORADO Parágrafo único. A listagem geral e o caderno de revisão serão
emitidos em única via, englobarão todas as seções eleitorais refe-
Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude rentes à zona ou município objeto da revisão e serão encaminha-
no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional dos, por intermédio da respectiva Corregedoria Regional, ao juiz
Eleitoral poderá determinar a realização de correição e, provada eleitoral da zona onde estiver sendo realizada a revisão.
a fraude em proporção comprometedora, ordenará, comunicando
a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado, Art. 62. A revisão do eleitorado deverá ser sempre presidida
obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as recomenda- pelo juiz eleitoral da zona submetida à revisão.
ções que subsidiariamente baixar, com o cancelamento de ofício § 1º O juiz eleitoral dará início aos procedimentos revisionais
das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresen- no prazo máximo de 30 dias, contados da aprovação da revisão
tados à revisão (Código Eleitoral, art. 71, § 4º). pelo Tribunal competente.
§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral determinará, de ofício, a § 2º A revisão deverá ser precedida de ampla divulgação,
revisão ou correição das zonas eleitorais sempre que: destinada a orientar o eleitor quanto aos locais e horários em que
I – o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em deverá se apresentar, e processada em período estipulado pelo
curso seja dez por cento superior ao do ano anterior; Tribunal Regional Eleitoral, não inferior a 30 dias (Lei nº 7.444/85,
II – o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez art. 3º, § 1º).
e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos do terri- § 3º A prorrogação do prazo estabelecido no edital para a
tório daquele município; realização da revisão, se necessária, deverá ser requerida pelo
III – o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da juiz eleitoral, em ofício fundamentado, dirigido à presidência do
população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Tribunal Regional Eleitoral, com antecedência mínima de cinco
Geograia e Estatística (IBGE) (Lei nº 9.504/97, art. 92). dias da data do encerramento do período estipulado no edital.
§ 2º Não será realizada revisão de eleitorado em ano eleitoral,
salvo em situações excepcionais, quando autorizada pelo Tribunal Art. 63. De posse da listagem e do caderno de revisão, o juiz
Superior Eleitoral. eleitoral deverá fazer publicar, com antecedência mínima de cinco
§ 3º Caberá à Secretaria de Informática apresentar, dias do início do processo revisional, edital para dar conhecimento
anualmente, até o mês de outubro, à presidência do Tribunal da revisão aos eleitores cadastrados no(s) município(s) ou zona(s),
Superior Eleitoral, estudo comparativo que permita a adoção das convocando-os a se apresentarem, pessoalmente, no cartório ou
medidas concernentes ao cumprimento da providência prevista no nos postos criados, em datas previamente especiicadas, atendendo
§ 1º. ao disposto no art. 62, a im de procederem às revisões de suas
Art. 59. O Tribunal Regional Eleitoral, por intermédio da Cor- inscrições.
regedoria Regional, inspecionará os serviços de revisão Parágrafo único. O edital de que trata o caput deverá:
I – dar ciência aos eleitores de que:
Art. 60. O juiz eleitoral poderá determinar a criação de postos a) estarão obrigados a comparecer à revisão a im de conir-
de revisão, que funcionarão em datas ixadas no edital a que se re- marem seu domicílio, sob pena de cancelamento da inscrição, sem
fere o art. 63 e em período não inferior a seis horas, sem intervalo, prejuízo das sanções cabíveis, se constatada irregularidade;
inclusive aos sábados e, se necessário, aos domingos e feriados. b) deverão se apresentar munidos de documento de identida-
§ 1º Nas datas em que os trabalhos revisionais estiverem de, comprovante de domicílio e título eleitoral ou documento com-
sendo realizados nos postos de revisão, o cartório sede da zona probatório da condição de eleitor ou de terem requerido inscrição
poderá, se houver viabilidade, permanecer com os serviços elei- ou transferência para o município ou zona (Código Eleitoral, art.
torais de rotina. 45).
§ 2º Após o encerramento diário do expediente nos postos II – estabelecer a data do início e do término da revisão, o
de revisão, a listagem geral e o caderno de revisão deverão período e a área abrangidos, e dias e locais onde serão instalados
ser devidamente guardados em local seguro e previamente os postos de revisão;
determinado pelo juiz eleitoral. III – ser disponibilizado no fórum da comarca, nos cartórios
§ 3º Os serviços de revisão encerrar-se-ão até as 18 horas da eleitorais, repartições públicas e locais de acesso ao público em ge-
data especiicada no edital de que trata o art. 63 desta resolução. ral, dele se fazendo ampla divulgação, por um mínimo de três dias
§ 4º Existindo, na ocasião do encerramento dos trabalhos, consecutivos, por meio da imprensa escrita, falada e televisada, se
eleitores aguardando atendimento, serão distribuídas senhas houver, e por quaisquer outros meios que possibilitem seu pleno
aos presentes, que serão convidados a entregar ao juiz eleitoral
conhecimento por todos os interessados, o que deverá ser feito sem
seus títulos eleitorais para que sejam admitidos à revisão, que
continuará se processando em ordem numérica das senhas até que ônus para a Justiça Eleitoral.
todos sejam atendidos, sem interrupção dos trabalhos.
Art. 64. A prova de identidade só será admitida se feita pelo
Art. 61. Aprovada a revisão de eleitorado, a Secretaria de In- próprio eleitor mediante apresentação de um ou mais dos docu-
formática, ou órgão regional por ela indicado, emitirá ou coloca- mentos especiicados no art. 13 desta resolução.
rá à disposição, em meio magnético, listagem geral do cadastro,
contendo relação completa dos eleitores regulares inscritos e/ou Art. 65. A comprovação de domicílio poderá ser feita median-
transferidos no período abrangido pela revisão no(s) município(s) te um ou mais documentos dos quais se inira ser o eleitor residente
ou zona(s) a ela sujeito(s), bem como o correspondente caderno de ou ter vínculo proissional, patrimonial ou comunitário no municí-
revisão, do qual constará comprovante destacável de compareci- pio a abonar a residência exigida.
mento (canhoto).

Didatismo e Conhecimento 14
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
§ 1º Na hipótese de ser a prova de domicílio feita mediante Art. 70. Na revisão mediante sistema informatizado, observar-
apresentação de contas de luz, água ou telefone, nota iscal -se-ão, no que couber, os procedimentos previstos no art. 69.
ou envelopes de correspondência, estes deverão ter sido, Parágrafo único. Nas situações descritas nas alíneas d e f do
respectivamente, emitidos ou expedidos nos 3 (três) meses ante- art. 69, o eleitor poderá requerer, desde que viável, regularização
riores ao preenchimento do RAE, ressalvada a possibilidade de de sua situação eleitoral no próprio posto de revisão.
exigir-se documentação relativa a período anterior, na forma do §
Art. 71. Se o eleitor possuir mais de uma inscrição liberada
3º deste artigo.
ou regular no caderno de revisão, apenas uma delas poderá ser
§ 2º Na hipótese de ser a prova de domicílio feita mediante considerada revisada.
apresentação de cheque bancário, este só poderá ser aceito se dele Parágrafo único. Na hipótese do caput, deverá(ão) ser for-
constar o endereço do correntista. malmente recolhido(s) e inutilizado(s) o(s) título(s) encontrado(s)
§ 3º O juiz eleitoral poderá, se julgar necessário, exigir o em poder do eleitor referente(s) à(s) inscrição(ões) que exigir(em)
reforço, por outros meios de convencimento, da prova de domicílio cancelamento.
quando produzida pelos documentos elencados nos §§ 1º e 2º.
§ 4º Subsistindo dúvida quanto à idoneidade do comprovante Art. 72. Compete ao Tribunal Regional Eleitoral autorizar, ex-
de domicílio apresentado ou ocorrendo a impossibilidade de apre- cetuadas as hipóteses previstas no § 1º do art. 58 desta resolução,
sentação de documento que indique o domicílio do eleitor, decla- a alteração do período e/ou da área abrangidos pela revisão, comu-
rando este, sob as penas da lei, que tem domicílio no município, nicando a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral.
o juiz eleitoral decidirá de plano ou determinará as providências
necessárias à obtenção da prova, inclusive por meio de veriicação Art. 73. Concluídos os trabalhos de revisão, ouvido o Ministé-
rio Público, o juiz eleitoral deverá determinar o cancelamento das
in loco.
inscrições irregulares e daquelas cujos eleitores não tenham com-
parecido, adotando as medidas legais cabíveis, em especial quanto
Art. 66. A revisão de eleitorado icará submetida ao direto às inscrições consideradas irregulares, situações de duplicidade ou
controle do juiz eleitoral e à iscalização do representante do Mi- pluralidade e indícios de ilícito penal a exigir apuração.
nistério Público que oiciar perante o juízo. Parágrafo único. O cancelamento das inscrições de que trata o
caput somente deverá ser efetivado no sistema após a homologa-
Art. 67. O juiz eleitoral deverá dar conhecimento aos partidos ção da revisão pelo Tribunal Regional Eleitoral.
políticos da realização da revisão, facultando-lhes, na forma pre- Art. 74. A sentença de cancelamento deverá ser especíica
vista nos arts. 27 e 28 desta resolução, acompanhamento e iscali- para cada município abrangido pela revisão e prolatada no pra-
zação de todo o trabalho. zo máximo de dez dias contados da data do retorno dos autos do
Art. 68. O juiz eleitoral poderá requisitar diretamente às repar- Ministério Público, podendo o Tribunal Regional Eleitoral ixar
tições públicas locais, observados os impedimentos legais, tantos prazo inferior.
auxiliares quantos bastem para o desempenho dos trabalhos, bem § 1º A sentença de que trata o caput deverá:
como a utilização de instalações de prédios públicos. I – relacionar todas as inscrições que serão canceladas no mu-
nicípio;
II – ser publicada a im de que os interessados e, em especial,
Art. 69. O juiz eleitoral determinará o registro, no caderno de os eleitores cancelados, exercendo a ampla defesa, possam recor-
revisão, da regularidade ou não da inscrição do eleitor, observados rer da decisão.
os seguintes procedimentos: § 2º Contra a sentença a que se refere este artigo, caberá, no
a) o servidor designado pelo juiz eleitoral procederá à confe- prazo de três dias, contados da publicidade, o recurso previsto no
rência dos dados contidos no caderno de revisão com os documen- art. 80 do Código Eleitoral e serão aplicáveis as disposições do art.
tos apresentados pelo eleitor; 257 do mesmo diploma legal.
b) comprovados a identidade e o domicílio eleitoral, o servi- § 3º No recurso contra a sentença a que se refere este artigo, os
dor exigirá do eleitor que aponha sua assinatura ou a impressão interessados deverão especiicar a inscrição questionada, relatando
digital de seu polegar no caderno de revisão, e entregar-lhe-á o fatos e fornecendo provas, indícios e circunstâncias ensejadoras da
comprovante de comparecimento à revisão (canhoto); alteração pretendida.
c) o eleitor que não apresentar o título eleitoral deverá ser
considerado como revisado, desde que atendidas as exigências dos Art. 75. Transcorrido o prazo recursal, o juiz eleitoral fará
arts. 64 e 65 desta resolução e que seu nome conste do caderno de minucioso relatório dos trabalhos desenvolvidos, que encaminha-
revisão; rá, com os autos do processo de revisão, à Corregedoria Regional
d) constatada incorreção de dado identiicador do eleitor cons- Eleitoral.
tante do cadastro eleitoral, se atendidas as exigências dos arts. 64 Parágrafo único. Os recursos interpostos deverão ser remeti-
dos, em autos apartados, à presidência do Tribunal Regional Elei-
e 65 desta resolução, o eleitor deverá ser considerado revisado e
toral.
orientado a procurar o cartório eleitoral para a necessária retiica-
ção; Art. 76. Apreciado o relatório e ouvido o Ministério Público,
e) o eleitor que não comprovar sua identidade ou domicílio o corregedor regional eleitoral:
não assinará o caderno de revisão nem receberá o comprovante I – indicará providências a serem tomadas, se veriicar a ocor-
revisional; rência de vícios comprometedores à validade ou à eicácia dos tra-
f) o eleitor que não constar do caderno de revisão, cuja inscri- balhos;
ção pertença ao período abrangido pela revisão, deverá ser orien- II – submetê-lo-á ao Tribunal Regional, para homologação, se
tado a procurar o cartório eleitoral para regularizar sua situação entender pela regularidade dos trabalhos revisionais.
eleitoral, na forma estabelecida nesta resolução.

Didatismo e Conhecimento 15
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
DA ADMINISTRAÇÃO DO CADASTRO ELEITORAL § 6º Será cancelada a inscrição do eleitor que se abstiver de
votar em três eleições consecutivas, salvo se houver apresentado
Art. 77. A execução dos serviços de processamento eletrôni- justiicativa para a falta ou efetuado o pagamento de multa, icando
co de dados, na Justiça Eleitoral, será realizada por administração excluídos do cancelamento os eleitores que, por prerrogativa cons-
direta do Tribunal Regional Eleitoral, em cada circunscrição, sob titucional, não estejam obrigados ao exercício do voto (suprimido).
a orientação e supervisão do Tribunal Superior Eleitoral e na con- § 7º Para o cancelamento a que se refere o § 6º, a Secretaria
formidade de suas instruções. de Informática colocará à disposição do juiz eleitoral do respectivo
domicílio, em meio magnético ou outro acessível aos cartórios
Art. 78. Para a execução dos serviços de que trata esta resolu- eleitorais, relação dos eleitores cujas inscrições são passíveis de
ção, os tribunais regionais eleitorais, sob supervisão e coordenação cancelamento, devendo ser aixado edital no cartório eleitoral.
do Tribunal Superior Eleitoral, poderão celebrar convênios ou con- § 8º Decorridos 60 dias da data do batimento que identiicar
tratos com entidades da administração direta ou indireta da União, as inscrições sujeitas a cancelamento, mencionadas no § 7º,
estados, Distrito Federal, territórios ou municípios, ou com empre- inexistindo comando de quaisquer dos códigos FASE «078 –
sas cujo capital seja exclusivamente nacional (Lei nº 7.444/85, art. Quitação mediante multa», «108 – Votou em separado», «159 –
7º, parágrafo único). Votou fora da seção» ou «167 – Justiicou ausência às urnas», ou
processamento das operações de transferência, revisão ou segunda
Art. 79. O cadastro eleitoral e as informações resultantes de via, a inscrição será automaticamente cancelada pelo sistema,
sua manutenção serão administrados e utilizados, exclusivamente, mediante código FASE «035 – Deixou de votar em três eleições
pela Justiça Eleitoral, na forma desta resolução. consecutivas”, observada a exceção contida no § 6º.
§ 1º Às empresas contratadas para a execução de serviços
eleitorais, por processamento eletrônico, é vedada a utilização de
quaisquer dados ou informações resultantes do cadastro eleitoral, Art. 81. O documento de justiicação formalizado perante a
para ins diversos do serviço eleitoral, sob pena de imediata resci- Justiça Eleitoral, no dia da eleição, prova a ausência do eleitor do
são do contrato e sem prejuízo de outras sanções administrativas, seu domicílio eleitoral.
§ 1º A justiicação será formalizada em impresso próprio
civis e criminais.
fornecido pela Justiça Eleitoral ou, na falta do impresso, digitado
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, em todo o território
ou manuscrito.
nacional, e os tribunais regionais eleitorais, no âmbito das
§ 2º O encarregado do atendimento entregará ao eleitor o
respectivas jurisdições, iscalizarão o cumprimento do disposto
neste artigo. comprovante, que valerá como prova da justiicação, para todos os
§ 3º Caso recebam pedidos de informações sobre dados efeitos legais (Lei nº 6.091/74, art. 16 e parágrafos).
constantes do cadastro eleitoral, as empresas citadas no § 1º § 3º Os documentos de justiicação entregues em missão di-
deverão encaminhá-los à presidência do Tribunal Eleitoral plomática ou repartição consular brasileira serão encaminhados ao
competente, para apreciação. Ministério das Relações Exteriores, que deles fará entrega ao Tri-
bunal Regional Eleitoral do Distrito Federal para processamento.
DA JUSTIFICAÇÃO DO NÃO-COMPARECIMENTO À § 4º Os documentos de justiicação preenchidos com dados
ELEIÇÃO insuicientes ou inexatos, que impossibilitem a identiicação do
eleitor no cadastro eleitoral, terão seu processamento rejeitado
Art. 80. O eleitor que deixar de votar e não se justiicar perante pelo sistema, o que importará débito para com a Justiça Eleitoral.
o juiz eleitoral até 60 dias após a realização da eleição incorrerá § 5º Os procedimentos estipulados neste artigo serão
em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista observados sem prejuízo de orientações especíicas que o Tribunal
nos arts. 7º e 367 do Código Eleitoral, no que couber, e 85 desta Superior Eleitoral aprovar para o respectivo pleito.
resolução.
§ 1º Para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, Art. 82. O eleitor que não votar e não pagar a multa, caso se
o prazo de que trata o caput será de 30 dias, contados do seu encontre fora de sua zona e necessite prova de quitação com a Jus-
retorno ao país. tiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o juízo da zona
§ 2º O pedido de justiicação será sempre dirigido ao juiz em que estiver (Código Eleitoral, art. 11).
eleitoral da zona de inscrição, podendo ser formulado na zona § 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o
eleitoral em que se encontrar o eleitor, a qual providenciará sua eleitor quiser aguardar que o juiz da zona em que se encontrar
remessa ao juízo competente. solicite informações sobre o arbitramento ao juízo da inscrição.
§ 3º Indeferido o requerimento de justiicação ou decorridos § 2º Efetuado o pagamento, o juiz que recolheu a multa
os prazos de que cuidam o caput e os §§ 1º e 2º, deverá ser aplica- fornecerá certidão de quitação e determinará o registro da
da multa ao eleitor, podendo, após o pagamento, ser-lhe fornecida informação no cadastro.
certidão de quitação. § 3º O alistando ou o eleitor que comprovar, na forma da
§ 4º A ixação do valor da multa pelo não-exercício do voto lei, seu estado de pobreza, perante qualquer juízo eleitoral, icará
observará o que dispõe o art. 85 desta resolução e a variação entre isento do pagamento da multa (Código Eleitoral, art. 367, § 3º).
o mínimo de 3% e o máximo de 10% do valor utilizado como base § 4º O eleitor que estiver quite com suas obrigações eleitorais
de cálculo. poderá requerer a expedição de certidão de quitação em zona
§ 5º A justiicação da falta ou o pagamento da multa serão eleitoral diversa daquela em que é inscrito (Res.-TSE nº 20.497,
anotados no cadastro. de 21.10.99).

Didatismo e Conhecimento 16
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
DA NOMENCLATURA UTILIZADA Art. 86. Os registros de banco de erros permanecerão disponí-
veis para tratamento pelas zonas eleitorais durante o prazo de seis
Art. 83. Para efeito desta resolução, consideram-se: meses, contados da data de inclusão da inscrição no banco, após o
I – Coincidência – o agrupamento pelo batimento de duas ou qual serão automaticamente excluídos, deixando de ser efetivadas
mais inscrições ou registros que apresentem dados iguais ou se- as operações correspondentes.
melhantes, segundo critérios previamente deinidos pelo Tribunal
Superior Eleitoral; Art. 87. A Corregedoria-Geral, com o apoio da Secretaria de
Informática, providenciará manuais e rotinas necessários à execu-
II – Gêmeos comprovados – aqueles que tenham comprovado
ção dos procedimentos de que trata esta resolução.
mesma iliação, data e local de nascimento, em cujas inscrições
haja registro de código FASE 256; Art. 88. A Corregedoria-Geral e as corregedorias regionais
III – Homônimos – aqueles, excetuados os gêmeos, que pos- eleitorais exercerão supervisão, orientação e iscalização direta do
suam dados iguais ou semelhantes, segundo critérios previamente exato cumprimento das instruções contidas nesta resolução.
deinidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, e que igurem em uma
mesma duplicidade ou pluralidade (coincidência); Art. 89. Os ichários manuais existentes nas zonas e nos tri-
IV – Homônimos comprovados – aqueles em cujas inscrições bunais regionais eleitorais, relativos aos registros dos eleitores,
haja registro de código FASE 248; anteriores ao recadastramento de que cuidam a Lei nº 7.444/85 e
V – Situação – condição atribuída à inscrição que deine sua a Res.-TSE nº 12.547, de 28.2.86, poderão, a critério do Tribunal
disponibilidade para o exercício do voto e condiciona a possibili- Regional respectivo, ser inutilizados, preservando-se os arquivos
dade de sua movimentação no cadastro: relativos à iliação partidária e os documentos que, também a cri-
a) regular – a inscrição não envolvida em duplicidade ou plu- tério do Tribunal Regional, tenham valor histórico.
ralidade, que está disponível para o exercício do voto e habilitada
Art. 90. Considerado o estágio de automação dos serviços
a transferência, revisão e segunda via; eleitorais, a Corregedoria-Geral expedirá provimentos destinados
b) suspensa – a inscrição que está indisponível, temporaria- a regulamentar a presente resolução, aprovando os formulários e
mente (até que cesse o impedimento), em virtude de restrição de tabelas cujos modelos por ela não tenham sido regulamentados,
direitos políticos, para o exercício do voto e não poderá ser objeto necessários a sua iel execução.
de transferência, revisão e segunda via; Art. 91. A Secretaria de Informática providenciará a transfor-
c) cancelada – a inscrição atribuída a eleitor que incidiu em mação dos atuais códigos FASE de cancelamento de inscrições em
uma das causas de cancelamento previstas na legislação eleitoral, decorrência de revisão de eleitorado em códigos FASE 469 e, até a
que não poderá ser utilizada para o exercício do voto e somente data em que entrar em vigor esta resolução, a adequação do siste-
poderá ser objeto de transferência ou revisão nos casos previstos ma necessária à implementação desta norma.
nesta resolução;
d) coincidente – a inscrição agrupada pelo batimento, nos ter- Art. 92. Esta resolução entra em vigor no dia 1º de janeiro de
mos do inciso I, sujeita a exame e decisão de autoridade judiciária 2004, revogadas a Res.-TSE nº 20.132, de 19.3.98, e as demais
e que não poderá ser objeto de transferência, revisão e segunda via: disposições em contrário e ressalvadas as regras relativas à disci-
– não liberada – inscrição coincidente que não está disponível plina da revisão de eleitorado e à ixação de competência para exa-
para o exercício do voto; me de duplicidades e pluralidades, que terão aplicação imediata.
– liberada – inscrição coincidente que está disponível para o
exercício do voto. Sala de Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.
Brasília, 14 de outubro de 2003.
VI – Inexistente – a inscrição cuja inserção no cadastro foi
inviabilizada em decorrência de decisão de autoridade judiciária
Ministro CARLOS VELLOSO, presidente em exercício – Mi-
ou de atualização automática pelo sistema após o batimento;
nistro BARROS MONTEIRO, relator – Ministro MARCO AU-
VII – Eleição – cada um dos turnos de um pleito, para todos os RÉLIO – Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS – Minis-
efeitos, exceto para os ins de aplicação do disposto no parágrafo tro FERNANDO NEVES – Ministro LUIZ CARLOS MADEIRA.
único do art. 15 desta resolução (Código Eleitoral, art. 8º, c.c. a Lei
nº 9.504/97, art. 91). Comentário Doutrinário
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Destacamos os principais pontos da presente Resolução.
No entanto, é indispensável a sua leitura na íntegra.
Art. 84. O juiz eleitoral poderá determinar a incineração do
título eleitoral, bem como do respectivo protocolo de entrega, não Segundo a professora Daniela Minholi, “alistamento eleito-
procurado pelo eleitor até a data da eleição posterior à emissão do ral é um ato administrativo declaratório que visa à organização do
documento. eleitorado para inserir o titular do sufrágio no rol dos eleitores”.
Oportuno diferenciar capacidade política de alistamento elei-
Art. 85. A base de cálculo para aplicação das multas previstas toral em razão de se tratar de momentos diferentes. No dizer da
pelo Código Eleitoral e leis conexas, bem como das de que trata Prof. Favila Ribeiro “capacidade política é a aptidão pública reco-
esta resolução, será o último valor ixado para a Uir, multiplicado nhecida pela ordem jurídica, ao indivíduo para integrar o pode
pelo fator 33,02, até que seja aprovado novo índice, em conformi- r de sufrágio nacional, adquirindo cidadania e icando habilitado a
dade com as regras de atualização dos débitos para com a União. exercê-la”.

Didatismo e Conhecimento 17
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
A capacidade política é o direito subjetivo de votar e de ser CAUSAS DE CANCELAMENTO E EXCLUSÃO
votado. No entanto, mesmo sendo cidadão é necessário alguns atri-
butos ou requisitos (iliação, desincompatibilização, elegibilidade)
para ser votado. TÍTULO II

DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO
QUALIFICAÇÃO Art. 71. São causas de cancelamento: (extraídos do Código
Eleitoral)
Trata-se do ato segundo o qual o proposto candidato, pessoa
natural, prova para a Justiça Eleitoral que tem condições de ser I - a infração dos artigos. 5º e 42;
alistável para concorrer às eleições. É, portanto, o ato preliminar II - a suspensão ou perda dos direitos políticos;
do alistamento eleitoral, em que o cidadão comprova que preenche III - a pluralidade de inscrição;
todos os requisitos exigidos por lei para o exercício do direito de IV - o falecimento do eleitor;
V - deixar de votar durante o período de 6 (seis) anos ou
voto.
em 3 (três) eleições seguidas.
Para a qualiicação do eleitor, são exigidos um dos seguintes V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas
documentos abaixo para ins de alistamento:

RESOLUÇÃO 21.538/2003 a) Infração do artigo 5º do Código Eleitoral

Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um Uma vez identiicada pelo Juiz Eleitoral algumas das pessoas
abaixo, deverá ser providenciado o cancelamento da respectiva
dos seguintes documentos do qual se inira a nacionalidade
inscrição eleitoral.
brasileira (Lei n. 7.444/85, art. 52, § 22):
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:
criados por lei federal, controladores do exercício proissional; I - os analfabetos; (Vide art. 14, § 1º, II, “a”, da Constitui-
b) certiicado de quitação do serviço militar; ção/88)
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Re- II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
gistro Civil; III - os que estejam privados, temporária ou deinitiva-
d) instrumento público do qual se inira, por direito, ter mente dos direitos políticos.
o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que
oiciais, aspirantes a oiciais, guardas-marinha, subtenentes ou
também, os demais elementos necessários à sua qualiicação.
suboiciais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se
superior para formação de oiciais.
refere a alínea b é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo
masculino. b) Infração ao artigo 42 do Código Eleitoral

Se icar constatado que domicílio diverso da onde se preten-


INSCRIÇÃO de fazer a inscrição eleitoral, deverá ser feito o cancelamento da
mesma.
Segundo o Professor Roberto Moreira de Almeida, “após
comprovar que não há óbice ao alistamento, o serventuário do car- Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualiicação e ins-
tório eleitoral preenche um formulário padronizado. A esse ato, ou crição do eleitor.
seja, o preenchimento da RAE – Requerimento de Alistamento Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio
Eleitoral chamamos de inscrição eleitoral”. eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, ve-
riicado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio
qualquer delas.
CANCELAMENTO E EXCLUSÃO
c) Suspensão ou perda dos direitos políticos
Apesar do Código Eleitoral tratar o cancelamento e exclusão
no mesmo tópico, a doutrina apresenta algumas distinções que se CONSTITUIÇÃO FEDERAL
faz necessário destaca-las.
Para Pinto Ferreira, “o cancelamento se realiza quando a Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja per-
inscrição de que se trata deixa de existir, como nas hipóteses de da ou suspensão só se dará nos casos de:
pluralidade de inscrições, quando elas são canceladas, ou na de I - cancelamento da naturalização por sentença transitada
transferência do eleitor para outra zona ou circunscrição. A exclu- em julgado;
são é feita contra o próprio eleitor, que deixa de ser eleitor, até que II - incapacidade civil absoluta;
cesse o motivo da exclusão, quando poderá novamente pleitear e III - condenação criminal transitada em julgado, enquan-
requerer a sua inscrição”. to durarem seus efeitos;

Didatismo e Conhecimento 18
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou pres- QUESTÕES
tação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 01) CESPE - 2007 - TRE-AP - Técnico Judiciário - Progra-
4º. mação de Sistemas . Acerca do tratamento constitucional aos
tribunais e juízes eleitorais, assinale a opção correta.
d) Pluralidade de inscrições a) Os membros dos tribunais regionais eleitorais (TREs) e do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) serão nomeados pelo presidente
Ocorrerá a pluralidade de inscrições todas as vezes que for fei- da República.
ta o registro de inscrição em mais de uma seção eleitoral do país.
b) Cabe recurso das decisões dos TREs quando elas anularem
Pela lei eleitoral, nenhum eleitor poderá ser registrado em mais de
uma seção. Graças ao cadastramento eletrônico eleitoral uniicado, diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais, es-
nos dias atuais essa situação diicilmente pode ocorrer. taduais ou municipais.
c) Os tribunais eleitorais devem se dividir em turmas ou câ-
e) Falecimento maras.
d) À justiça eleitoral aplica-se o princípio da temporariedade,
Os ofícios de registro civil devem comunicar a justiça eleito- segundo o qual nenhum magistrado tem vinculação permanente
ral no prazo máximo de 15 dias sobre o falecimento sob pena do com a justiça eleitoral, integrando-a sempre por prazo determina-
artigo 293 do Código Eleitoral. A morte enseja o cancelamento da do.
inscrição. e) A Constituição determina que em cada estado da federação
deve haver um TRE, visando, dessa forma, assegurar ampla au-
Código Eleitoral - Artigo 71 § 3º Os oiciais de Registro
Civil, sob as penas do Art. 293, enviarão, até o dia 15 (quinze) tonomia a cada entidade federativa. Por isso, cada TRE deve ser
de cada mês, ao juiz eleitoral da zona em que oiciarem, co- composto exclusivamente de autoridades locais.
municação dos óbitos de cidadãos alistáveis, ocorridos no mês 02) TJ-DFT - 2008 - TJ-DF - Juiz – Objetiva. Assinale a
anterior, para cancelamento das inscrições. alternativa incorreta:
a) A Justiça Eleitoral é composta por três órgãos: Tribunal Su-
f) Abstenção reiterada perior Eleitoral; Tribunais Regionais Eleitorais e Juízes Eleitorais.
Será cancelada a inscrição do eleitor que deixar de votar por b) O Presidente da Mesa Receptora detém a polícia dos traba-
três eleições consecutivas sem justiicar a ausência ou ainda ter lhos eleitorais, e assim fará retirar do recinto ou do edifício quem
pagada a multa pertinente pela sua ausência injustiicada. não guardar a ordem e compostura devidas e estiver praticando ato
atentatório da liberdade eleitoral.
g) Revisão do Eleitorado c) O ofendido, ou seu representante legal, poderá pedir o
exercício do direito de resposta à Justiça Eleitoral, no prazo de 24
Poderá ser denunciada fraude no alistamento eleitoral. Se as- (vinte e quatro) horas, contados a partir da veiculação da ofensa ,
sim acontecer, os eleitores serão convocados a se apresentar para a quando se tratar de horário eleitoral gratuito.
correição da justiça eleitoral que irá apurar o fato. Aqueles que não d) Sempre que o Código Eleitoral não indicar o grau mínimo,
comparecerem, terão sua inscrição canceladas de ofício. entende-se que será ele de quinze (15) dias para a pena de detenção
e de um (1) ano para a de reclusão.
Código Eleitoral – Artigo 71 § 4º Quando houver denúncia
fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou municí- 03) CESPE - 2009 - TRE-MG - Técnico Judiciário - Pro-
gramação de Sistemas. Acerca dos juízes e das juntas eleito-
pio, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correi-
rais, assinale a opção incorreta.
ção e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará
a) Cabe aos juízes eleitorais dividir as zonas em seções eleito-
a revisão do eleitorado obedecidas as Instruções do Tribunal Su-
rais, bem como designar os locais das seções.
perior e as recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o
b) Podem ser organizadas tantas juntas quantas permitir o nú-
cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos mero de juízes de direito que gozem das garantias constitucionais
que não forem apresentados à revisão. atribuídas à magistratura.
c) Aos juízes eleitorais compete decidir habeas corpus em
- Possibilidade de Correição Eleitoral (segundo Roberto M. matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída
de Almeida) privativamente à instância superior.
d) As juntas eleitorais são compostas de um juiz de direito e
- Total de Transferências de eleitores ocorridas no ano em cur- de servidores de carreira da justiça eleitoral, vedada a participação
so seja superior em 10% das ocorridas no ano anterior; de pessoas que não integrem o serviço público.
e) É atribuição do juiz eleitoral fornecer, aos que não votaram
- Eleitorado superior ao dobro da população entre 10 a 15 por motivo justiicado e aos não-alistados, por terem sido dispen-
anos, somada à de idade superior a setenta anos do território da sados do alistamento, um certiicado que os isente das sanções le-
zona ou da área do município. gais

- Eleitorado superior a 65% da população projetada para aque- 04) FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área
le ano para o IBGE Administrativa. Peculiaridade da Justiça Eleitoral é a prer-
rogativa normativa conferida ao Tribunal Superior Eleitoral.
Observação: não poderá ocorrer revisão em ano eleitoral, sal- Em relação a tal função, é correto airmar que o TSE exerce
vo nos casos excepcionais com autorização do STF. função de

Didatismo e Conhecimento 19
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
a) legislador primário, com a possibilidade de inovar na or- 07) CESPE - 2012 - TJ-PI – Juiz. Assinale a opção correta
dem jurídica, e que, no que tange ao pleito eleitoral, há limitação acerca do alistamento eleitoral e de procedimentos a ele cor-
temporal para o exercício de referido poder normativo, sendo o dia relatos.
05 de março do ano da eleição seu termo inal. a) No caso de transferência de domicílio eleitoral, será altera-
b) natureza secundária, regulamentar somente, cabendo-lhe do o número de inscrição originário do eleitor.
expedir as instruções necessárias à iel execução da lei eleitoral. b) Os partidos políticos podem requerer, por seus delegados, a
Considerando que a prerrogativa do TSE é meramente regulamen- exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente, sendo-lhes, con-
tar, não há limitação temporal para o exercício de referida função tudo, vedada, por inexistência de interesse jurídico, a defesa de
em relação ao pleito eleitoral. eleitor cuja exclusão seja promovida.
c) legislador primário, com a possibilidade de inovar na or-
c) Para o acompanhamento e exame dos procedimentos de
dem jurídica. Considerando a natureza de tal função, não há limi-
tação temporal para seu exercício em relação ao pleito eleitoral. alistamento, transferência, revisão e segunda via de título eleitoral,
d) natureza secundária, regulamentar somente, cabendo-lhe os partidos políticos podem manter, em cada zona eleitoral, até
expedir as instruções necessárias à iel execução da lei eleitoral. dois delegados, que poderão atuar simultaneamente.
No que tange ao pleito eleitoral, há limitação temporal para o d) As revisões de eleitorado deverão ser presididas pelo corre-
exercício pelo TSE de referido poder normativo, sendo possível gedor regional eleitoral.
exercê-lo até o dia 05 de março do ano da eleição. e) Para efeito do processamento eletrônico do alistamento
e) legislador primário, inovando na ordem jurídica, com a eleitoral, deverá ser consignada OPERAÇÃO 1 – ALISTAMEN-
função regulamentar, cabendo-lhe, neste último caso, expedir as TO quando o alistando requerer inscrição e, em seu nome, for lo-
instruções necessárias à iel execução da lei eleitoral. Em relação a calizada uma única inscrição cancelada por determinação de auto-
esta última prerrogativa, há limitação temporal correspondendo o ridade judiciária (Fase 450).
dia 05 de março do ano da eleição, ao termo inal. 08) CESPE - 2007 - DPU - Defensor Público. Consideran-
05) FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judi- do o art. 14 da CF, julgue os seguintes itens.
ciária. Integram a composição do Tribunal Superior Eleitoral O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os que ti-
dois juízes, dentre seis advogados de notável saber jurídico e verem idade superior a 18 anos.
idoneidade moral, indicados Certo( ) Errado( )
a) pelo Superior Tribunal de Justiça e escolhidos, mediante
eleição e pelo voto secreto, pelo Supremo Tribunal Federal. 09) FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área Ju-
diciária. No intuito de se alistar em domicílio diverso do ver-
b) pela Ordem dos Advogados do Brasil e escolhidos, median-
dadeiro, o eleitor alterou documento particular verdadeiro e o
te eleição e pelo voto secreto, pelo Supremo Tribunal Federal. apresentou à Justiça Eleitoral. Considerando que tal fato seja
c) pela Ordem dos Advogados do Brasil e nomeados pelo Pre- descoberto posteriormente, sem que tenha ocorrido um dano
sidente da República. efetivo ao processo eleitoral, em qualquer uma de suas fases, é
d) pelo Supremo Tribunal Federal e nomeados pelo Presidente correto dizer que
da República. a) não há fato típico eleitoral, uma vez que o crime previsto no
e) pela Ordem dos Advogados do Brasil e escolhidos, median- artigo 349 do Código Eleitoral (falsidade material eleitoral) só se
te eleição e pelo voto secreto, pelo Superior Tribunal de Justiça. consuma caso ocorra efetivo dano ao processo eleitoral.
b) está conigurado o tipo previsto no artigo 349 do Código
06) CESPE - 2012 - TJ-CE – Juiz. Assinale a opção corre- Eleitoral (falsidade material eleitoral), uma vez que todos seus ele-
ta no que se refere a alistamento eleitoral, segunda via, trans- mentos, quais sejam alteração da verdade sobre fato juridicamente
ferência, delegados partidários perante o alistamento, cancela- relevante, potencialidade de dano, inalidade eleitoral e dolo estão
mento e exclusão de eleitor, revisão e correição eleitorais. presentes.
c) não há fato típico eleitoral, uma vez que somente se coni-
a) A suspensão de direitos políticos não acarreta cancelamento
gura o crime previsto no artigo 349 do Código Eleitoral (falsidade
da inscrição de eleitor, enquanto a perda de tais direitos gera o
material eleitoral) quando reste constatada a inalidade eleitoral, a
cancelamento de sua inscrição. qual não se conigura com a tentativa de fraude no ato de alista-
b) A revisão do eleitorado é ordenada por tribunal regional mento.
eleitoral quando, realizada correição em determinada zona ou mu- d) está conigurado o tipo previsto no artigo 349 do Código
nicípio por ele determinada, ica provada a fraude em proporção Eleitoral (falsidade material eleitoral), uma vez que todos seus ele-
comprometedora. mentos, quais sejam alteração da verdade sobre fato juridicamente
c) Em caso de transferência de domicílio eleitoral para unida- relevante, imitação da verdade, potencialidade de dano e dolo es-
de da Federação diversa da originária, o número de inscrição do tão presentes, não sendo a inalidade eleitoral elemento do tipo,
eleitor será alterado. mas mera circunstância.
d) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral, transferência e) não há fato típico eleitoral, uma vez que somente se coni-
ou segunda via deve ser recebido dentro do prazo de cento e cin- gura o crime previsto no artigo 349 do Código Eleitoral (falsidade
quenta dias anteriores à data da eleição. material eleitoral) quando o agente for candidato concorrente no
pleito eleitoral, não se aplicando ao eleitor.
e) Os partidos têm legitimidade para requerer, por seus dele-
gados, a exclusão de qualquer eleitor, não detendo legitimidade,
RESPOSTAS
entretanto, para assumir a defesa de eleitor cuja exclusão esteja
sendo promovida. 01) D 02) A 03) D 04) D 05) D 06) B 07) E 08) Errado 09) B

Didatismo e Conhecimento 20
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Art. 4º Nas comarcas com mais de uma vara, caberá ao Cor-


RESOLUÇÃO Nº 803, DE 03 DE DEZEMBRO
regedor Regional Eleitoral designar o Juiz de Direito em exercí-
DE 2009, E ALTERAÇÕES POSTERIORES:
cio na comarca que exercerá, pelo período de dois anos, as fun-
REGULAMENTO DOS JUÍZOS E CARTÓ-
ções de Juiz Eleitoral observada a antiguidade - apurada entre os
RIOS ELEITORAIS DA CIRCUNSCRIÇÃO
Juízes que não hajam exercido a titularidade de zona eleitoral na
DE MINAS GERAIS.
circunscrição do Estado, salvo impossibilidade - e excetuados os
Juízes de Direito substitutos e aqueles em exercício precário na
comarca. (Redação alterada pela Resolução TRE-MG nº 858, de
23/11/2010)
REGULAMENTO DOS JUÍZOS E CARTÓRIOS ELEI-
§1º Na iminência de vencimento de biênio ou vagando a
TORAIS DA CIRCUNSCRIÇÃO DE MINAS GERAIS
zona eleitoral, a Corregedoria Regional Eleitoral consultará o Juiz
que, nos termos deste artigo, tiver preferência para o exercício
O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GE-
de função eleitoral sobre a aceitação do encargo, com a qual se
RAIS, no uso de suas atribuições, aprova o Regulamento de Juízos
considerará inscrito para a investidura. Em caso de não aceitação,
e Cartórios Eleitorais da Circunscrição de Minas Gerais.
igual consulta será formulada aos demais Juízes em exercício na
TÍTULO I
Comarca, observada a ordem de preferência.
DA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
§1º (Parágrafo revogado pela Resolução TRE-MG nº 888, de
DOS JUÍZOS E CARTÓRIOS ELEITORAIS
5/7/2012)
§2º Nas ausências ou impedimentos do Corregedor Regional
CAPÍTULO I
Eleitoral, ou em casos de urgência, incumbirá ao Juiz mais antigo
DOS JUÍZOS ELEITORAIS
do Tribunal que não ocupe cargo de direção proceder à designação
do novo titular da jurisdição eleitoral.
SEÇÃO I
§3º Os períodos de substituição quando dos afastamentos
DAS ZONAS ELEITORAIS E DOS SEUS JUÍZES
do Juiz Eleitoral titular, previstos no art. 21 deste Regulamento,
não serão computados para o im de aferição da antiguidade no
Art. 1º As zonas eleitorais serão criadas por resolução do Tri-
exercício das funções eleitorais, com vistas ao rodízio bienal de
bunal Regional Eleitoral, a qual entrará em vigor após aprovação
que trata o caput deste artigo. (Redação alterada pela Resolução
pelo Tribunal Superior Eleitoral.
TRE-MG nº 858, de 23/11/2010)
Parágrafo único. As zonas eleitorais estarão diretamente su-
§4º Se todos os Juízes tiverem exercido a jurisdição eleitoral,
bordinadas à Corregedoria Regional Eleitoral.
a vaga será destinada àquele que há mais tempo tenha se afastado
da função eleitoral, independentemente da comarca ou do período
Art. 2º A jurisdição de cada zona eleitoral cabe a um Juiz de
em que a tenha exercido, no âmbito da circunscrição do Estado.
Direito em efetivo exercício.
§5º Nos casos previstos no §4º, havendo empate, terá
§1º Da homologação da respectiva convenção partidária até a
preferência:
apuração inal da eleição, que se dá com a proclamação dos eleitos,
I) o Juiz mais antigo na comarca;
não poderá servir como Juiz Eleitoral o cônjuge ou companheiro
II) o Juiz mais antigo na entrância.
e os parentes consanguíneos ou ains, até o segundo grau, de
§6º Os Juízes Eleitorais que, supervenientemente ao início de
candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição (CE, art. 14,
seu exercício, interromperem, voluntária ou involuntariamente,
§ 3º).
esse exercício, antes do transcurso do biênio para o qual foram
§2º Observar-se-á, no caso do impedimento de que trata o §
designados, perderão a titularidade da zona eleitoral, não podendo
1º, que a indicação do substituto deverá recair dentre os Juízes
reivindicar, em qualquer hipótese, o exercício de jurisdição
de Direito da mesma comarca e, na falta destes, dentre os da co-
eleitoral visando complementar o prazo de seu biênio, devendo
marca substituta, de acordo com a Tabela do Judiciário Estadual,
ser incluídos no inal da lista, em observância ao princípio da
ou ainda, na impossibilidade, dentre os Juízes das comarcas mais
antiguidade.
próximas.
§3º A designação do Magistrado que exercerá as funções
Art. 5º O Tribunal poderá, excepcionalmente, pelo voto de
eleitorais compete ao Corregedor Regional Eleitoral.
cinco dos seus membros, mediante proposta do Corregedor, afas-
tar os critérios indicados nos parágrafos do artigo anterior, por
Art. 3º Nas hipóteses de vacância em comarcas de vara única,
conveniência objetiva do serviço eleitoral e no interesse da ad-
para o im da designação prevista no artigo anterior, observará o
ministração judiciária; neste caso, o critério para a escolha será o
Corregedor Regional Eleitoral o que dispõe a Lei de Organização
merecimento do Magistrado, aferido pela operosidade e eiciência
e Divisão Judiciária do Estado de Minas Gerais, excetuando-se os
no exercício das jurisdições eleitoral e comum, segundo dados co-
casos previstos no § 2º do artigo 2º.
lhidos pelo Tribunal Regional Eleitoral e pelo Tribunal de Justiça.

Didatismo e Conhecimento 21
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
Art. 6º Nos anos eleitorais, havendo um mesmo Juiz respon- Art. 10. Quando da remoção ou promoção, na Justiça comum,
dendo por mais de uma zona eleitoral, deverá ser designado, ex- de Juiz de Direito que exerça as funções eleitorais, até a posse do
cepcionalmente, outro Juiz para responder exclusivamente pelas novo Magistrado a ser designado pelo Tribunal Regional Eleitoral,
funções eleitorais de uma das zonas, obedecendo-se a ordem de poderá assumir as referidas funções, em caráter de substituição,
o Magistrado designado pelo Tribunal de Justiça para responder
preferência de substituição de comarcas vagas, na forma prevista
pela vara ou comarca do Juiz removido ou promovido até a posse
pelo Tribunal de Justiça, ou das comarcas mais próximas, salvo ca- do novo titular.
sos excepcionais, a critério do Tribunal, no período compreendido
entre sessenta dias antes do pleito até: Art. 11. (Artigo revogado pela Resolução TRE-MG nº 858,
I- a proclamação dos eleitos, para as eleições municipais; de 23/11/2010)
II- o dia seguinte ao pleito, para as eleições estaduais e pre-
sidenciais. Art. 12. Havendo mais de uma vara na comarca e estando a
titularidade da zona eleitoral correspondente ocupada há mais de
Art. 7º Na atuação em um feito especíico, havendo decla- dois anos pelo mesmo Juiz, o Tribunal Regional Eleitoral provi-
ração de impedimento ou suspeição pelo Juiz Eleitoral, será de- denciará a designação e posse do novo titular, tão logo ocorra a
signado, pelo Corregedor Regional Eleitoral, substituto dentre os posse de outro Juiz na comarca.
demais Juízes Eleitorais em efetivo exercício na comarca do Juiz
Art. 13. Não se farão alterações na jurisdição eleitoral, deven-
declarante ou, ainda, no Juízo Eleitoral correspondente às comar- do-se prorrogar automaticamente o exercício do titular, entre três
cas substitutas, na ordem de substituição prevista pelo Tribunal meses antes e dois meses após o primeiro ou segundo turno das
de Justiça ou, na impossibilidade, dentre os Juízes Eleitorais das eleições, se houver.
comarcas mais próximas. Parágrafo único. Na hipótese de realização de referendo ou
plebiscito, a aplicação do disposto neste artigo icará a critério do
Art. 8º O Juiz Eleitoral eleito membro efetivo ou substituto Tribunal.
do Tribunal deixará, desde a posse, suas funções na 1ª instância.
§1º O Magistrado que já fez parte do Plenário, na qualidade Art. 14. No município onde houver eleição extemporânea, não
de membro efetivo ou substituto, tendo completado biênio ou não, se farão alterações na jurisdição eleitoral, devendo-se prorrogar
deverá ser incluído no inal da lista, em observância ao princípio automaticamente o exercício do titular, a partir da aprovação, pelo
Plenário Eleitoral, da resolução que ixar a data e aprovar instru-
da antiguidade
ções para a realização da nova eleição, até a data da diplomação
§2º Juiz Substituto atual do Plenário não pode assumir dos eleitos
titularidade de zona eleitoral, ainda que seja apenas eventualmente Art. 15. Fica vedada a fruição de férias ou licença voluntária
convocado para tomar assento no Plenário ao Juiz Eleitoral no período compreendido entre três meses antes
§3º Os Juízes de Direito que exercem funções de Juiz Auxiliar do pleito até:
da Corregedoria ou de Juiz Assessor da Presidência não poderão I- dois meses após o primeiro ou segundo turno das eleições,
acumular essas funções com a jurisdição eleitoral. se houver, para as eleições municipais;
II- o dia seguinte ao pleito, para as eleições estaduais e pre-
Art. 9º O biênio será contado ininterruptamente a partir da sidenciais.
posse, sem o desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na
Art. 16. Compete ao Corregedor a apreciação da justa causa
hipótese do § 3º do art. 14 do Código Eleitoral.
do pedido de dispensa do exercício das funções eleitorais, por um
§1º A posse de Juiz Eleitoral a que se refere o caput deste
biênio, na condição de titular, feito, antes da posse, pelo Magistra-
artigo não poderá ocorrer em ins de semana ou feriados, salvo nos do designado ou na iminência de sê-lo.
anos eleitorais, quando houver expediente nos cartórios. Parágrafo único. O Magistrado de que trata o caput deste ar-
§2º Não poderá assumir as funções eleitorais Juiz de Direito tigo será mantido na mesma posição da lista de antiguidade a que
que se encontrar em gozo de férias ou licenças. se refere a Resolução do TSE nº 22.197, de 11/4/2006, caso sua
§3º O Juiz Eleitoral, ao assumir a jurisdição, deverá comunicar justiicativa seja julgada relevante. Na hipótese de o Magistrado
por escrito o termo inicial e o inal ao Tribunal Regional Eleitoral. declinar da designação sem qualquer motivação ou se seu motivo
§4º Não haverá interstício entre um biênio e outro, devendo for julgado irrelevante, ele será reposicionado no inal da lista de
ser homologado, a título precário, o exercício do Juiz Eleitoral antiguidade a que se refere a mencionada resolução.
cujo biênio encerrou-se, da data do encerramento até o dia anterior
Art. 17. Não poderá assumir as funções eleitorais o Juiz de
à posse do Juiz Eleitoral designado para o próximo biênio, nos
Direito que esteja respondendo a processo por crime eleitoral.
casos em que o novo Juiz, após designado, esteja impossibilitado
de assumir as funções na data determinada. Estando aquele SEÇÃO II
também impossibilitado, responderá pelas funções eleitorais, em DAS COMARCAS SEM ZONAS ELEITORAIS PRÓPRIAS
caráter de substituição, o seu substituto, assim designado pela Jus-
tiça comum para exercer a jurisdição estadual enquanto durar o Art. 18. Havendo criação de comarca, esta continuará sob a
seu afastamento. jurisdição eleitoral da zona correspondente à comarca de que foi
desmembrada, até a possível instalação de zona nova.

Didatismo e Conhecimento 22
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
Art. 19. No caso previsto no artigo anterior ou em decorrên- CAPÍTULO II
cia de rezoneamento eleitoral, o Juiz de Direito responsável por DOS CHEFES DE CARTÓRIO
comarca que não tenha zona eleitoral própria poderá concorrer à SEÇÃO ÚNICA
designação para o exercício das funções eleitorais na zona a cuja
jurisdição esteja a sua comarca submetida. Art. 26. Cada uma das zonas eleitorais contará com um Chefe
de Cartório, a ser indicado pelo Juiz Eleitoral e designado pelo
Art. 20. A designação de Juiz nas hipóteses previstas no arti- Corregedor Regional Eleitoral, devendo a designação recair em
go anterior obedecerá às regras estabelecidas neste Regulamento e servidor efetivo do Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal,
não acarretará mudança na sede da zona eleitoral, observando- se o qual fará jus à percepção da Função Comissionada nível FC-04,
o disposto no artigo 34 do Código Eleitoral. para o exercício na Capital, e Função Comissionada nível FC- 01,
para o exercício nas zonas eleitorais do interior do Estado.
SEÇÃO III §1º Na impossibilidade de prover as funções comissionadas
DAS FÉRIAS, LICENÇAS, IMPEDIMENTOS E DEMAIS enunciadas neste artigo com servidores do Quadro de Pessoal
AFASTAMENTOS DOS JUÍZES ELEITORAIS
da Secretaria do Tribunal, mediante indicação e consistente
justiicativa do Juiz Eleitoral, o Corregedor Regional Eleitoral
Art. 21. Nas faltas, férias, compensações, licenças ou quais-
poderá designar um dos Auxiliares de Cartório regularmente
quer outros impedimentos do Juiz Eleitoral, excetuado o previsto
requisitados ou cedidos das respectivas zonas eleitorais,
no § 1º do artigo 2º, a jurisdição eleitoral será exercida:
I- na Capital, por um dos demais Juízes Eleitorais, mediante preferencialmente ocupantes de cargo de provimento efetivo,
designação do Corregedor Regional Eleitoral; e, ainda, na falta destes, em caráter excepcional e devidamente
II- no interior, automaticamente, pelo substituto indicado de justiicada pelo Juiz Eleitoral, a designação poderá recair em
acordo com a Tabela do Judiciário Estadual. servidor não efetivo, desde que ele esteja em situação funcional
§1º Durante o recesso da Justiça Eleitoral, compreendido no regular no órgão de origem.
período de 20 de dezembro a 6 de janeiro, e durante os recessos §2º O cônjuge, companheiro ou parente, por consanguinidade
forenses estabelecidos pelo Tribunal de Justiça, exercerão a juris- ou ainidade, até o terceiro grau, de Juiz de zona eleitoral, ou, até
dição eleitoral, após aprovação pela Corregedoria Regional Eleito- o segundo grau, de membro de diretório municipal de partido
ral, todos os Juízes Eleitorais designados para o plantão na Justiça político e de candidato a cargo eletivo na circunscrição não poderá
comum e, ainda, outros escolhidos dentre os designados pelo Judi- ser designado Chefe de Cartório.
ciário estadual, quando necessário. Art. 27. Fica mantida a percepção da gratiicação de natureza
§2º Poderá o Tribunal Regional Eleitoral, declinando motivo pro-labore correspondente aos valores das Funções Comissiona-
relevante, atribuir a substituição a outro Juiz de Direito que não da das níveis FC-01 e FC-04, para o interior e Capital, respectivamen-
forma estabelecida pelos incisos e parágrafo acima. te, para o exercício das atribuições de cheia de cartório nas zonas
eleitorais não contempladas pela Lei nº 10.842/04, até a criação de
Art. 22. Em face da automática perda da jurisdição eleito- funções comissionadas para as respectivas zonas eleitorais.
ral e da natureza pro-labore da gratiicação, todas as vezes que
o Juiz Eleitoral se afastar do exercício de suas funções na Justiça Art. 28. Os servidores designados para exercer as funções
Estadual, fará imediata comunicação escrita ao Tribunal Regional comissionadas de Chefe de Cartório Eleitoral − níveis FC-04 e
Eleitoral. FC-01 − não poderão pertencer a diretório de partido político ou
exercer qualquer atividade partidária, sob pena de demissão (art.
Art. 23. É vedado ao Juiz Eleitoral o gozo de férias, compen- 366 da Lei nº 4.737/65 - Código Eleitoral).
sações ou afastamentos em geral, salvo motivo relevante, assim re-
conhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral, a partir da aprovação, Art. 29. Durante as ausências do Chefe de Cartório em de-
pelo Plenário, da resolução que ixar a data e aprovar instruções corrência de impedimentos legais ou regulamentares, inclusive
nas ausências ocasionadas por gozo de compensação, por recesso
para a realização de eleição extemporânea, até a data da diploma-
forense e pela participação em curso ou evento em município di-
ção dos eleitos.
verso do de sua lotação, haverá retribuição pecuniária pela subs-
tituição. (Redação alterada pela Resolução TRE-MG nº 905, de
Art. 24. Ficará automaticamente afastado da Justiça Eleitoral
25/10/2012)
o Juiz de Direito que se afastar, por qualquer motivo, de suas fun- Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo
ções na Justiça comum, pelo tempo correspondente, e tal afasta- quando o afastamento do Chefe de Cartório para participar de cur-
mento será computado como de efetivo exercício de titularidade da so ou evento no mesmo município de sua lotação for por período
jurisdição eleitoral para o im de apuração de antiguidade eleitoral. igual ou superior à sua jornada diária de trabalho, observado o
disposto nos arts. 7º e 9º da Portaria nº 297, de 17 de julho de 2014.
SEÇÃO IV (Parágrafo único acrescentado pela Resolução TRE nº 985/2014.)
DOS MUNICÍPIOS COM MAIS DE UMA ZONA ELEITO-
RAL Art. 30. Não se farão alterações na cheia de cartório no pe-
ríodo compreendido entre três meses antes e dois meses após o
Art. 25. (Artigo revogado pela Resolução TRE-MG nº 863, primeiro ou segundo turno das eleições, se houver, ressalvadas as
de 14.4.2011.) situações excepcionais.

Didatismo e Conhecimento 23
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
Parágrafo único. É vedado ao Chefe de Cartório o gozo de CAPÍTULO IV
férias ou afastamentos em geral, salvo motivo relevante, assim DAS GRATIFICAÇÕES ELEITORAIS
reconhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral, a partir da aprova- SEÇÃO ÚNICA
ção, pelo Plenário Eleitoral, da resolução que ixar a data e aprovar
instruções para a realização da eleição extemporânea até a data da Art. 37. Os Juízes e os Promotores que exercem funções elei-
diplomação dos eleitos. torais e os Chefes de Cartório de que trata o art. 26 perceberão uma
gratiicação mensal, de natureza pro-labore, não sendo esta devida
CAPÍTULO III em afastamentos de qualquer natureza.
DOS AUXILIARES DE CARTÓRIO §1º O exercício dos Juízes e Chefes de Cartório constará
SEÇÃO ÚNICA de relação de frequência atestada pelo Chefe de Cartório, a
qual deverá ser encaminhada, apenas nos meses em que houver
Art. 31. Obedecidas as instruções do Tribunal, o Juiz Eleitoral ocorrências, à Secretaria do Tribunal, no último dia útil de cada
indicará servidor público federal, estadual ou municipal, das autar- mês, impreterivelmente, para ins de pagamento da gratiicação
quias ou fundações públicas para auxiliar nos serviços do cartório, eleitoral, bem como da função comissionada, em havendo
informando seu nome, cargo e órgão a que pertence e juntando, designação para o seu respectivo exercício.
também, certidões negativas de iliação político-partidária e de §2º A frequência dos Promotores deverá ser atestada
crime eleitoral. pela Procuradoria Regional Eleitoral, sob sua exclusiva
§1º Ao Tribunal compete a requisição dos servidores lotados responsabilidade, e encaminhada à Secretaria do Tribunal no
no âmbito de sua jurisdição. mesmo prazo determinado no parágrafo anterior.
§2º As requisições não excederão a um servidor por dez mil
ou fração superior a cinco mil eleitores inscritos na zona eleitoral. Art. 38. Após autorização do Corregedor Regional Eleitoral,
§3º Independentemente da proporção prevista no parágrafo em processo próprio, serão retirados da folha de pagamento os no-
anterior, admite-se a requisição de um servidor em cada cartório mes dos Juízes que deixarem de atender às diligências, solicitações
eleitoral. e determinações do Tribunal.
§1º O prazo ordinário para cumprimento de qualquer diligência
Art. 32. Não poderão ser requisitados: é de dez dias, salvo autorização para o Juiz excedê-lo.
I- servidores ocupantes de cargos isolados, técnicos ou cien- §2º Sanada a falta, o pagamento será providenciado na folha
tíicos; do mês seguinte.
II– servidores ocupantes de cargos de magistério; §3º Estando a zona eleitoral com o serviço em atraso, perma-
III– servidores municipais ocupantes de cargos em comissão; necerá com o pagamento suspenso o Juiz, ainda que por ela não
IV- servidores em cumprimento de estágio probatório; mais responda, não alcançando a suspensão a gratiicação devida
V- servidores submetidos a sindicância ou processo adminis- ao Juiz recém-designado, que poderá requerer, até o trigésimo dia
de seu exercício, prazo para a atualização dos trabalhos.
trativo disciplinar;
VI- servidores que sejam cônjuges, companheiros, parentes
Art. 39. A devolução de valores decorrentes de pagamentos
em linha reta, colateral ou por ainidade, até o terceiro grau, in-
indevidos de gratiicação eleitoral aos Juízes Eleitorais, Promoto-
clusive, de Juiz ou membro de Tribunal de Justiça ou de Tribunal
res Eleitorais, Chefes de Cartório, bem como aos Juízes membros
Regional Federal com jurisdição no mesmo limite territorial.
deverá ser providenciada pelo setor competente do Tribunal e de-
verá obedecer às seguintes disposições:
Art. 33. As requisições far-se-ão por prazo determinado,
I- o devedor deverá ser notiicado da devolução;
podendo ser prorrogadas a critério do Tribunal, observada a ne-
II- retornando o devedor ao exercício da função eleitoral no
cessidade do serviço, e icarão restritas aos servidores federais, prazo máximo de quatro meses, deverá ser efetuado o ajuste do
estaduais e municipais, da Administração Direta, de autarquias e
débito em folha de pagamento;
fundações da circunscrição do Estado.
III- caso o devedor não quite o débito nem retorne ao exercí-
Parágrafo único. Esgotado e não prorrogado, em tempo opor-
cio da função eleitoral no prazo estipulado no parágrafo anterior,
tuno, o prazo da requisição, o Juiz, mediante ofício, fará o servidor
deverá a notiicação ser reiterada para que, no prazo de trinta dias,
retornar à sua repartição, disso dando imediata ciência ao Tribunal.
efetue a quitação do referido débito;
IV- a não quitação do débito implicará sua inscrição na dívida
Art. 34. Os Auxiliares requisitados ou cedidos deverão se sub-
ativa, nos termos do art. 47 da Lei nº 8.112/90.
meter ao regime disciplinar do Tribunal.
CAPÍTULO V
Art. 35. O gozo das férias ou das licenças dos Auxiliares de
Cartório será autorizado pelo respectivo Juiz Eleitoral ou pelo DAS DESPESAS E DOS DESLOCAMENTOS DE MAGIS-
Chefe de Cartório, que comunicará essa ocorrência ao Tribunal e à TRADOS E SERVIDORES
repartição de origem do Auxiliar. SEÇÃO ÚNICA

Art. 36. Mensalmente, o Chefe de Cartório encaminhará à re- Art. 40. Nenhuma despesa poderá ser realizada pelos Juízes e
partição de origem do Auxiliar de Cartório, bem como à Secretaria cartórios eleitorais sem prévia autorização da Presidência do Tri-
do Tribunal, atestado de seu exercício. bunal, sob pena de correr à conta pessoal de quem a izer.

Didatismo e Conhecimento 24
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
Art. 41. O Magistrado, o servidor ou o auxiliar da Justiça Elei- Art. 45. Todo expediente dirigido à Presidência do Tribunal
toral que se afastar do cartório a serviço fará jus à percepção de Regional Eleitoral ou à Corregedoria Regional Eleitoral deverá ser
diárias, na forma prevista na legislação vigente. assinado pelo Juiz Eleitoral.
§1º Ocorrendo o previsto no caput deste artigo, as despesas Parágrafo único. Os expedientes dirigidos à Diretoria-Geral
com passagens intermunicipais correspondentes ao deslocamento ou às Secretarias do Tribunal poderão ser assinados pelo Chefe de
Cartório.
do Magistrado, do servidor ou do Auxiliar de Cartório, no período
considerado, serão pagas pelo Tribunal. Art. 46. Os expedientes administrativos, quando autorizados,
§2º Para liquidação da despesa com diárias, deverá ser poderão ser encaminhados às Secretarias do Tribunal Regional
encaminhada à Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral certidão Eleitoral por via de fac-símile, ou e-mail, sendo desnecessário o
emitida pelo responsável competente, referente ao período de encaminhamento do original.
deslocamento do Magistrado, servidor ou auxiliar que se afastar Parágrafo único. Em se tratando de documentos processuais,
da sede de sua zona eleitoral. admitem-se petições por via de fac-símile, desde que o remetente
faça o original chegar ao Tribunal em até cinco dias após a expe-
dição daquele.
TÍTULO II
DO EXPEDIENTE, DA COMPETÊNCIA E DA ORGANIZA- CAPÍTULO II
ÇÃO DOCUMENTAL DOS CARTÓRIOS DA COMPETÊNCIA
CAPÍTULO I SEÇÃO I
DO EXPEDIENTE DOS JUÍZES ELEITORAIS
SEÇÃO ÚNICA
Art. 47. Cabe ao Juiz Eleitoral:
Art. 42. Os cartórios eleitorais funcionarão das 8 às 17 horas, I– cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do
na Capital, e das 12 às 18 horas, no interior, para atendimento ao Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal Regional Eleitoral;
público. (Redação alterada pela Resolução TRE-MG nº 836, de II– processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que
30/06/2010.) lhes forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribu-
§1º (Parágrafo revogado pela Resolução TRE-MG nº 895, de nal Superior Eleitoral e a do Tribunal Regional Eleitoral;
17/08/2012.) III– dirigir os processos eleitorais;
IV– decidir habeas corpus e mandado de segurança, em maté-
§2º A presidência do Tribunal, em casos excepcionais
ria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída pri-
devidamente justiicados ou nos períodos eleitorais, poderá alterar vativamente à instância superior;
o horário de funcionamento dos cartórios eleitorais. (Numeração V– fazer as diligências que julgar necessárias à ordem e pres-
dada pela Resolução TRE-MG nº 836, de 30/06/2010) teza do serviço eleitoral;
VI– tomar conhecimento das reclamações que lhes forem fei-
Art. 43. Fica expressamente proibido aos servidores levar ex- tas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determi-
pedientes e processos para serem despachados fora do recinto do nando as providências que cada caso exigir;
cartório eleitoral, salvo caso excepcional a ser devidamente justii- VII– determinar a exclusão e a suspensão de inscrições eleito-
cado perante a Corregedoria Regional Eleitoral. rais, conforme a legislação em vigor;
VIII– decidir sobre os requerimentos de inscrição, transferên-
Art. 44. São feriados, estendidos às zonas eleitorais e polos de cia, revisão e segunda via dos títulos eleitorais;
IX– providenciar para que se dê ampla divulgação dos prazos
atendimento, nos municípios onde houver, além dos ixados em lei
de encerramento do alistamento, transferência, revisão e segunda
federal, estadual ou municipal: via dos títulos eleitorais;
I– os dias compreendidos entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, X– decidir sobre duplicidade/pluralidade de iliação partidá-
inclusive; ria;
II– os dias de segunda e terça-feira de carnaval e a Quarta- XI– autorizar a utilização em folhas soltas dos livros obrigató-
-feira de Cinzas; rios, assim deinidos neste Regulamento;
III- os dias da Semana Santa, compreendidos entre a quarta- XII– ordenar o registro e a cassação do registro dos candi-
-feira e o Domingo de Páscoa; datos aos cargos eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal
IV– o dia 11 de agosto – Instituição dos cursos jurídicos no Regional;
Brasil (Lei nº 5.010/66, alterada pela Lei nº 6.741/79); XIII– conhecer, na forma da lei, dos pedidos de registro de
V– o dia 28 de outubro – Dia do Servidor Público (art. 236 da candidatos das eleições municipais, suas impugnações e outras
Lei nº 8.112/90); questões correlatas a esse assunto e julgá-los;
VI– os dias 1º e 2 de novembro; XIV– criar, modiicar ou extinguir os locais de votação, nos
termos da legislação em vigor;
VII– o dia 8 de dezembro – Dia da Justiça. XV– nomear os membros das Mesas Receptoras e indicar os
§1º Por motivo relevante, o Presidente do Tribunal Regional membros das Juntas Eleitorais, bem como instruí-los sobre as suas
Eleitoral poderá suspender o expediente eleitoral. funções, nos termos da legislação em vigor;
§2º Os feriados municipais icarão restritos apenas ao XVI– requisitar local de apuração;
respectivo município. XVII – tomar todas as providências ao seu alcance para evitar
§3º Havendo necessidade de serviço, após prévia autorização atos viciosos nas eleições;
da Diretoria-Geral, o Juiz Eleitoral determinará o funcionamento XVIII – solucionar as ocorrências que se veriicarem nas Me-
do cartório em regime de plantão, com a devida divulgação. sas Receptoras, quando necessário;

Didatismo e Conhecimento 25
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
XIX– providenciar, se entender conveniente e sem ônus para VII– observar para que não haja rasuras nos documentos de
a Justiça Eleitoral, a requisição de médico oicial para a concessão Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE – e Protocolo de
de dispensa a membro de Mesa Receptora, adotando para esse im Entrega de Título Eleitoral – PETE;
as medidas necessárias; VIII– providenciar para que sejam cumpridas diligências, se
XX– coordenar e acompanhar os trabalhos de apuração e necessário, referentes aos requerimentos de inscrição, transferên-
transmissão dos dados do resultado das eleições ao Tribunal Re- cia e revisão de títulos eleitorais, bem como outras, nos termos da
gional Eleitoral, no prazo legal; legislação em vigor;
XXI– providenciar a guarda e o descarte de cédulas, nos ter- IX– providenciar para que sejam solucionados continuamente
mos da lei vigente;
os registros do banco de erros;
XXII– exercer iscalização permanente nos cartórios eleito-
X– dar prioridade ao andamento dos expedientes e processos
rais, providenciando para que se mantenham em ordem livros, pro-
cessos, documentos e demais expedientes; em tramitação no cartório;
XXIII– atender prontamente às solicitações contidas em car- XI– cuidar para que sejam mantidos em ordem livros, pastas
tas precatórias, cartas de ordem e quaisquer outras diligências e documentos;
emanadas da Justiça Eleitoral; XII– providenciar o arquivamento e para que sejam mantidos
XXIV– observar para que sejam tomadas as providências ne- organizados todos os documentos, expedientes e processos afetos
cessárias à instalação e funcionamento da nova zona eleitoral que aos serviços do cartório eleitoral, bem como os documentos relati-
deixou de pertencer à jurisdição daquela na qual exerce as funções vos aos pleitos eleitorais, pelo período previsto em lei;
eleitorais, até a posse do Juiz designado pelo Tribunal Regional XIII– providenciar para que sejam mantidos arquivados, em
Eleitoral para exercer as funções eleitorais na zona recém-criada; ordem alfabética, os títulos eleitorais não procurados e os protoco-
XXV– indicar, no prazo máximo de dez dias, o servidor do los de entrega de títulos eleitorais;
Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal ou, na inexistência, XIV– providenciar para que sejam protocolizados todos os
o Auxiliar que exercerá as funções de Chefe de Cartório na nova documentos que derem entrada no cartório eleitoral;
zona eleitoral e, ainda, tomar providências para que, no prazo má- XV– administrar o recebimento, a publicação e o arquivamen-
ximo de trinta dias, contados a partir de sua designação pelo Tri- to das listas de iliação partidária, bem como submeter à decisão
bunal Regional Eleitoral, o cartório esteja em condições de pleno judicial as duplicidades e pedidos de desiliação partidária, em
funcionamento; conformidade com a legislação em vigor;
XXVI– indicar ao Tribunal Regional Eleitoral servidores de XVI– acompanhar a atualização do Mapa Mensal de Movi-
outras repartições a serem requisitados ou cedidos para auxiliar mentação Processual, de acordo com as normas vigentes;
nos serviços do cartório, nos termos da legislação em vigor, bem XVII– acompanhar, na intranet, a composição atualizada dos
como comunicar a este Tribunal as datas do início e do término de diretórios municipais e regionais e o credenciamento de Delega-
exercício do Auxiliar naquele cartório; dos;
XXVII– determinar a anotação de horas de compensação, em XVIII– providenciar para que sejam efetivadas todas as publi-
livro ou em sistema especíico, bem como conceder o direito ao cações exigidas, nos termos das normas vigentes;
gozo dessas horas aos servidores e auxiliares de cartório; XIX– acompanhar, diariamente, na intranet as publicações
XXVIII– exercer quaisquer outras atribuições não especiica- da Justiça Eleitoral no Diário da Justiça Eletrônico, bem como as
das neste Regulamento, mas nele implícitas, bem como decorren- comunicações e determinações da Presidência, da Corregedoria
tes das determinações do Tribunal Regional Eleitoral ou de lei. Regional Eleitoral e das Secretarias do Tribunal;
Parágrafo único. Será de dez dias, se outro não lhes for assi- XX– providenciar a emissão de guias e o registro do paga-
nado, o prazo para que os Juízes Eleitorais prestem informações, mento de multas eleitorais, fazendo as devidas anotações, nos ter-
cumpram requisições ou procedam a diligências determinadas mos da legislação em vigor;
pelo Tribunal ou pelo Corregedor Regional Eleitoral, sob pena de
XXI– providenciar materiais permanente e de consumo, ne-
ser instaurado, pela Corregedoria Regional Eleitoral, procedimen-
cessários à execução das atividades, a im de manter o cartório
to para apuração de responsabilidade.
permanentemente provido inclusive de etiquetas de números de
inscrições eleitorais e de todas as modalidades de postagens da
SEÇÃO II
DOS CHEFES DE CARTÓRIO Justiça Eleitoral, obedecendo à forma e prazos estipulados pelo
Tribunal Regional Eleitoral;
Art. 48. Cabe ao Chefe de Cartório: XXII– zelar pela economia de material de consumo e respon-
I– cumprir e fazer cumprir as determinações do Juiz Eleitoral sabilizar-se pela conservação das instalações e implementos;
e do Tribunal Regional Eleitoral; XXIII– zelar pela guarda e conservação dos bens que a Justiça
II– observar o cumprimento do horário de funcionamento do Eleitoral lhe coniar;
cartório; XXIV– providenciar a conferência periódica do arrolamen-
III– providenciar o pronto atendimento ao eleitor; to dos bens permanentes da Justiça Eleitoral, tais como móveis,
IV– priorizar a atualização do Cadastro Nacional de Eleitores; ichários, urnas, livros e outros, confrontando-o com o anterior e
V– providenciar o fornecimento gratuito aos eleitores, nos ter- com as últimas guias de recebimento e devolução de material, para
mos da lei, de certidões eleitorais e de iliação partidária; que se certiique a inexistência de extravio de bens;
VI– providenciar e acompanhar a conferência, o fechamento, XXV– observar a periodicidade relativa ao descarte de livros,
o envio, o processamento e o arquivamento dos formulários de Re- pastas, expedientes, bem como quaisquer outros documentos de
querimento de Alistamento Eleitoral – RAE – e de Atualização da acordo com a tabela de temporalidade do Tribunal, nos termos da
Situação do Eleitor – ASE –, de acordo com as instruções vigentes; legislação em vigor;

Didatismo e Conhecimento 26
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
XXVI– controlar o uso adequado da(s) linha(s) telefônica(s) à XLVIII– exercer o controle e tomar todas as providências ca-
disposição do cartório eleitoral; bíveis quanto à atualização da situação funcional de todos os ser-
XXVII– providenciar o envio à Secretaria do Tribunal da vidores à disposição do respectivo cartório, dando ciência imediata
prestação de contas dos serviços postais utilizados, nos termos das das alterações que porventura ocorrerem à Secretaria de Gestão de
normas vigentes; Pessoas;
XXVIII– gerenciar todo o processo de revisão do eleitorado; XLIX– providenciar para que sejam mantidos rigorosamente
XXIX– escolher, vistoriar e avaliar as condições de uso dos atualizados, no sistema próprio, os dados cadastrais das respecti-
locais de votação, sempre que necessário; vas zonas eleitorais;
XXX– deinir o número de seções eleitorais que comporta L– tomar todas as providências necessárias à instalação e fun-
cada local de votação; cionamento da nova zona eleitoral que deixou de pertencer à juris-
XXXI– escolher o local de apuração; dição daquela na qual exerce as funções de Chefe de Cartório, até
XXXII– providenciar e supervisionar a escolha de eleitores que seja designado pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral
para compor as Mesas Receptoras e Juntas Eleitorais, bem como e entre em exercício Chefe de Cartório para exercer tais funções
requisitar auxiliares para os trabalhos, ministrando o devido treina- na zona recém-criada;
mento aos escolhidos e mantendo atualizado o Cadastro Nacional LI– exercer quaisquer outras atribuições não especiicadas
de Eleitores; neste Regulamento, mas nele implícitas, decorrentes de decisões
XXXIII– providenciar o preparo do material necessário para do Tribunal ou de lei.
ministrar instruções aos mesários, escrutinadores e auxiliares da
Junta Eleitoral; CAPÍTULO III
XXXIV– providenciar a entrega da convocação de mesários, DA ORGANIZAÇÃO DOCUMENTAL DOS CARTÓRIOS
escrutinadores e auxiliares da Junta Eleitoral, desde que tal atribui- SEÇÃO I
ção não comprometa sua integridade física; DOS LIVROS E PASTAS
XXXV– providenciar a manutenção das folhas de votação de
forma organizada no cartório eleitoral, devendo seu descarte obe- Art. 49. Os livros utilizados pelos cartórios deverão conter:
I– designações da zona, município, estado e número da página
decer à legislação em vigor;
na margem superior direita do anverso da folha;
XXXVI– providenciar o processamento, na forma da lei, dos
II– termo de abertura lavrado pelo Juiz Eleitoral, contendo a
registros de candidatura nas eleições municipais;
que se destina, número da zona eleitoral, data, local da jurisdição
XXXVII– providenciar o preparo das urnas para a eleição
e número total de folhas;
bem como todo o material a elas pertinente;
III– termo de encerramento lavrado pelo Juiz Eleitoral por
XXXVIII– programar a entrega e devolução das urnas e do
ocasião do término do livro;
material utilizado no pleito com as cautelas de praxe;
XXXIX– providenciar a digitação de todas as justiicativas IV– rubrica do Juiz Eleitoral em todas as folhas.
que não deram entrada no sistema da Justiça Eleitoral, bem como §1º Mediante expressa autorização do Juiz Eleitoral, os livros
as requeridas pelo eleitor; poderão ser substituídos por livros de folhas soltas, obedecidas
XL– providenciar o envio ao Tribunal dos termos de posse todas as formalidades determinadas nos incisos anteriores e
e afastamento ou certidão de exercício e afastamento dos Juízes encadernados quando completadas 200 folhas;
de Direito, na Justiça comum, da respectiva comarca e, ainda, os §2º No termo de abertura do livro de folhas soltas e do
termos de posse e afastamento dos Juízes Eleitorais, tão logo ocor- encadernado, o Juiz Eleitoral poderá delegar expressamente ao
ram. Chefe de Cartório a tarefa de numerar e rubricar as folhas.
XLI– providenciar a remessa dos atestados de exercício do
Juiz Eleitoral, dos servidores do Quadro de Pessoal e dos Auxilia- Art. 50. Haverá em cada cartório os seguintes livros:
res dos Cartórios ao Tribunal e às repartições de origem, no prazo I- LIVRO DE PROTOCOLO GERAL – CONTINGÊNCIA
e formas legais; – para o registro geral das entradas de documentos e processos de
XLII– proceder à anotação, em livro ou em sistema especíi- qualquer natureza na zona eleitoral quando o SADPWEB estiver
co, de horas de compensação e do direito dos servidores e Auxilia- indisponível; (Inciso alterado pela Resolução TRE-MG nº 860, de
res de Cartório ao gozo dessas horas; 14/12/2010)
XLIII– assessorar o Juiz Eleitoral e mantê-lo informado do II– LIVRO DE AUDIÊNCIA - para lançamento de termos de
andamento dos serviços; audiência;
XLIV– programar e supervisionar a execução de atividades III– LIVRO DE REGISTRO DE POSSE, EXERCÍCIO E
por servidores e Auxiliares de Cartório, bem como sugerir proce- AFASTAMENTO - para anotação de posse, exercício e afasta-
dimentos que aperfeiçoem o desenvolvimento dessas atividades; mento do Juiz titular e de exercício dos servidores do Quadro de
XLV– sugerir a realização de programas de treinamento e Pessoal da Secretaria do Tribunal e dos Auxiliares de Cartório;
aperfeiçoamento e indicar os servidores/auxiliares que deles de- IV- LIVRO DE REGISTRO GERAL DE FEITOS – CON-
vam participar; TINGÊNCIA – para autuação dos feitos distribuídos quando o SA-
XLVI– responder pela atualização, pela exatidão e pela pres- DPWEB estiver indisponível, por ordem cronológica, crescente,
teza dos serviços executados pelo cartório; única e ininterrupta, renovando-se a numeração a cada ano, cujo
XLVII– administrar as atividades dos servidores/auxiliares e número deverá ser posto bem visível na capa do processo; (Inciso
colaboradores e controlar sua assiduidade; alterado pela Resolução TRE-MG nº 860, de 14/12/2010)

Didatismo e Conhecimento 27
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
a) o registro deverá conter: X– de documentos de cada eleição;
1.o número do processo; XI– de guias de multas arrecadadas;
2.o nome das partes; XII– do relatório de Requerimento de Alistamento Eleitoral –
3.a natureza do feito; RAE – emitido pelo sistema próprio em que conste o nome, data
4.o tipo da ação (criminal ou não criminal); de nascimento, o número da inscrição do eleitor, operação, situa-
5.o termo de autuação, em que conste a data da autuação, a ção e a data do requerimento;
identiicação da zona e município, o termo de autuação propria- XIII– de documentos funcionais do Juiz, Chefe, servidores,
mente dito e a assinatura do servidor responsável; auxiliares e demais colaboradores que prestem serviços ao cartó-
6.a data do arquivamento; rio;
7.o número da OAB e o nome do advogado, se for o caso;
XIV– dos quadros de registro de frequência do Juiz Eleitoral,
V - LIVRO DE INSCRIÇÃO DE MULTAS EM DÍVIDA
servidores, auxiliares e demais colaboradores que prestem servi-
ATIVA - para inscrição das multas eleitorais, nos termos da legis-
ços ao cartório.
lação em vigor;
VI– (Inciso revogado pela Resolução TRE-MG nº 860, de
14/12/2010) SEÇÃO II
VII– LIVRO DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PRO- DAS CERTIDÕES
CESSO – para controle e registro dos beneiciados pelo art. 89
da Lei nº 9.099, de 1995, no qual deverão constar o número do Art. 54. As certidões eleitorais poderão ser requeridas pessoal
processo, o nome do beneiciado, a data do início e a do término da e verbalmente pelo eleitor/iliado, ou, na sua ausência, mediante
concessão do benefício, a extinção da punibilidade e outras ocor- autorização de entrega ao portador.
rências, se necessário; §1º A autorização conterá dados suicientes para identiicação
VIII– LIVRO DE ATAS – para assentamentos de todas as atas tanto do eleitor/iliado quanto do portador e deverá ser acompanhada
e termos referentes às cerimônias oiciais relativas às eleições, ple- de cópia dos documentos de ambos.
biscito e referendo; §2º O prazo de entrega de quaisquer certidões será determinado
IX– LIVRO DE SENTENÇAS – para registro das sentenças
pelo Juiz Eleitoral.
proferidas.
CAPÍTULO IV
Parágrafo único. Os livros de que tratam os incisos I, IV e VI
DO POLO DE ATENDIMENTO AO ELEITOR
só deverão ser utilizados pelo cartório até a implantação do siste-
SEÇÃO ÚNICA
ma informatizado, o Sistema de Acompanhamento de Documen-
tos e Processos – SADP -, especíico para registros de andamento
Art. 55. O Polo de Atendimento ao Eleitor poderá ser criado
processual.
nas zonas eleitorais, a critério do Tribunal.
§1º A competência de cada Polo de Atendimento ao Eleitor
Art. 51. Todos os livros e pastas deverão ser vistos em cor-
obedecerá à área de jurisdição das zonas eleitorais que o integram.
reição.
§2º A criação do Polo de Atendimento ao Eleitor dar-se-á a
pedido do Juiz Eleitoral ou de ofício, observado o disposto no
Art. 52. Não são admissíveis na escrituração dos livros, es-
caput.
paços em branco nem entrelinhas, rasuras ou emendas não ressal-
§3º A responsabilidade pelo Polo de Atendimento caberá:
vadas.
I– à zona eleitoral, nas comarcas onde haja apenas uma zona
Parágrafo único. Os dizeres ressalvados serão repetidos no i-
eleitoral;
nal do ato, antes das assinaturas.
II– a todas as zonas eleitorais, nas comarcas onde haja mais de
uma zona, em sistema de rodízio.
Art. 53. Haverá também, em cada cartório, as seguintes pas-
tas, para arquivamento em ordem cronológica:
Art. 56. O Polo de Atendimento ao Eleitor deverá dispor de
I– de cópias de arrolamento do material permanente existente
espaço físico adequado à sua instalação e ter infraestrutura que
no cartório;
atenda, preferencialmente, às seguintes condições:
II– de guias de remessa de material; I– ambiente único, em local de grande abrangência de pes-
III– de comunicações do Tribunal sobre comissões provisó- soas;
rias, diretórios e Delegados partidários, bem como de lista de ilia- II- local de espera com acomodações apropriadas para os elei-
ção partidária e demais documentos, individualmente, por partido tores aguardarem o atendimento;
político; III- local para atendimento prioritário de eleitores idosos, pes-
IV– de leis e resoluções; soas portadoras de necessidades especiais, gestantes, lactantes e
V– de instruções da Corregedoria Regional Eleitoral; pessoas com crianças de colo;
VI– de expedientes recebidos; IV– acesso facilitado para pessoas com necessidades espe-
VII– de cópias de expedientes remetidos; ciais;
VIII– de cópias de editais publicados ou aixados e demais V- espaço físico destinado aos equipamentos de informática;
publicações; VI- sinalização identiicadora da fachada externa, dos locais
IX– de comprovantes recebidos da Empresa Brasileira de de recepção, triagem e do atendimento ao eleitor;
Correios e Telégrafos;

Didatismo e Conhecimento 28
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL
VII– instalações seguras para os servidores durante o atendi- Sala das Sessões, em 3 de dezembro de 2009.
mento ao público.
Parágrafo único. A Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral Desembargador ALMEIDA MELO, Presidente - Desembar-
deverá estabelecer normas procedimentais e de padronização para gador KILDARE GONÇALVES CARVALHO, Vice-Presidente
a instalação de Polo de Atendimento ao Eleitor. em exercício - Juíza MARIA FERNANDA PIRES - JUIZ OCTÁ-
VIO AUGUSTO DE NIGRIS BOCCALINI - JUIZ MAURÍCIO
Art. 57. O Polo de Atendimento ao Eleitor destina-se à presta- TORRES SOARES - JUIZ RICARDO MACHADO RABELO -
ção de serviços da Justiça Eleitoral aos cidadãos e eleitores, abran- JUIZ BENJAMIN RABELLO. Estive presente: FELIPE PEIXO-
gendo: TO BRAGA NETTO, Procurador Regional Eleitoral.
I– alistamento, transferência, revisão e segunda via dos títulos
eleitorais;
ANOTAÇÕES
II– preenchimento e conferência dos Requerimentos de Alis-
tamento Eleitoral – RAE;
III– recebimento de requerimento de justiicativa de ausência
ao voto;
IV– protocolização de documentos destinados às zonas elei-
torais;
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V– expedição e arquivamento de guias de recolhimento de —————————————————————————
multas;
VI– fornecimento de certidões; —————————————————————————
VII– encaminhamento, às zonas eleitorais competentes, dos —————————————————————————
Requerimentos de Alistamento Eleitoral – RAE –, dos Protocolos
de Entrega de Título Eleitoral – PETE – e demais documentos re- —————————————————————————
cebidos.
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Art. 58. O Polo de Atendimento ao Eleitor funcionará nos —————————————————————————
mesmos horários de atendimento dos cartórios eleitorais.
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TÍTULO III —————————————————————————
DISPOSIÇÕES FINAIS
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Art. 59. Os expedientes e formulários utilizados pelos car- —————————————————————————
tórios eleitorais deverão ser conservados e/ou descartados nos
termos da legislação e da tabela de temporalidade dos cartórios —————————————————————————
eleitorais vigentes.
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Parágrafo único. Se conveniente ao cartório, os expedientes
e formulários poderão ser mantidos por tempo superior ao deter- —————————————————————————
minado.
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Art. 60. No interesse do resguardo da privacidade do cidadão, —————————————————————————
não se fornecerão informações constantes do cadastro eleitoral, de
caráter personalizado, ressalvadas as exceções descritas na legis- —————————————————————————
lação pertinente. —————————————————————————

Art. 61. A execução de eleições parametrizadas, regulamenta- —————————————————————————


das pelo Tribunal Superior Eleitoral, obedecerá às determinações —————————————————————————
da legislação em vigor.
Parágrafo único. Fica vedado o recebimento de solicitação e a —————————————————————————
realização de eleição parametrizada nos 120 dias anteriores e nos
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60 dias posteriores à realização de eleições oiciais, considerando-
-se, quando for o caso, a ocorrência de segundo turno. —————————————————————————

Art. 62. Este Regulamento se aplica a todos os juízos e cartó- —————————————————————————


rios eleitorais da Circunscrição de Minas Gerais e entrará em vigor —————————————————————————
na data de sua publicação.

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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Didatismo e Conhecimento 32
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

ANOTAÇÕES

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