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PROVA DE MIGRAÇÃO

1. Sobre povo e nação, assinale a alternativa correta: (1,0 ponto)


d) A nação é o conjunto de pessoas reunidas por um vínculo não jurídico, normalmente
cultural, moral ou ideológico. Já o povo é o conjunto de pessoas reunidas por um vínculo
jurídico, como a cidadania.
 
2. A fronteira Estados Unidos-México tem protagonizado distintos processos de natureza
social, econômica e espacial. Sobre a complexa relação desses territórios fronteiriços,
considere as sentenças a seguir.
a) I e III, apenas.
 
3. A Lei de Migrações, Lei nº 13.445/2017, trouxe em sua redação quatro diferentes
possibilidades de retirada compulsória de estrangeiros: deportação, expulsão, extradição
e repatriação. A normativa brasileira traz a extradição no rol de medidas de cooperação
internacional entre o Estado brasileiro e outro Estado, pela qual se concede ou solicita a
entrega de indivíduo sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de
instrução de processo penal em curso. 
c) A extradição será reivindicada por via diplomática ou por autoridades competentes para
tratar de pedidos de extradição.
 

4.  Para o autor alemão, além do povo destinatário (os sujeitos que recebem a atuação
do Estado) e do povo ativo (os sujeitos que realizam a atuação do Estado), também
deve ser considerada a presença de um povo legitimador (os sujeitos que justificam a
atuação do Estado) e de um povo ícone (os sujeitos indevidamente mencionados como
fonte de legitimação).
Assim sendo, a realização de várias atividades e funções pelo Estado revela a presença
do elemento subjetivo, inclusive quanto a quem se submete à atuação estatal, fato que
confirma a presença do povo destinatário do Estado.
5. O conceito de soberania surge com Jean Bodin e é fruto do Estado Moderno. Na
atualidade, o conceito de soberania progrediu para considerar duas
perspectivas. Primeiro, é poder supremo do Estado, no sentido de que é ele o mais
elevado poder daquela sociedade e, portanto, a última instância de decisão sobre
qualquer norma jurídica. Trata-se, aqui, de dimensão interna que evidencia a
superioridade do Estado sobre as demais organizações da própria sociedade. Segundo, é
poder de independência do Estado, no sentido de que ele não se submete a potências
estrangeiras. Na perspectiva culturalista, a soberania é o poder de organizar-se
juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões
nos limites dos fins éticos de convivência.
6. Para o geógrafo Suíço, o Estado existe quando uma população ocupa determinado
território e exerce soberania e poder sobre ele. Para o autor, é indispensável a análise da
população, do território e da autoridade para caracterizar um Estado, e a fronteira é uma
informação lato sensu indispensável a qualquer ação. Ela se constitui como um aspecto
sempre presente, participando de todo projeto econômico, político ou social de um
Estado.
7. A Lei nº 9.474/1997 indica, por meio de seu artigo 11, que o Comitê Nacional para
os Refugiados (Conare), é um órgão de deliberação coletiva, no âmbito do Ministério da
Justiça e Segurança Pública.

O artigo 12, da Lei nº 9.474/1997, traz que é de competência do Conare, analisar o


pedido e declarar o reconhecimento, em primeira instância, da condição de refugiado
(art. 12, I); determinar a perda, em primeira instância, da condição de refugiado (art. 12,
III); além de orientar e coordenar as ações necessárias à eficácia da proteção, assistência
e apoio jurídico aos refugiados (art. 12, IV), dentre outras funções trazidas entre os
incisos I e V, artigo 12, da Lei nº 9.474/1997. 

O caput do artigo 18, da Lei nº 9.474/1997, indica que a autoridade competente


notificará o solicitante para prestar declarações, sendo este o ato que marca a abertura
dos procedimentos de solicitação de refúgio. Ainda, o parágrafo único, do artigo 18, da
mesma lei, indica que a autoridade competente brasileira irá informar o Alto
Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) sobre a existência do
processo de solicitação de refúgio.

O artigo 21, caput, da Lei nº 9.474/1997 informa que, após recebida a solicitação de


refúgio, o Departamento de Polícia Federal emitirá protocolo em favor do solicitante e
de seu grupo familiar que se encontre no território nacional, o qual autorizará a estada
até a decisão final do processo. Ademais, o protocolo permitirá ao Ministério do
Trabalho expedir carteira de trabalho provisória, para o exercício de atividade
remunerada no País (art. 21, §1º, da Lei nº 9.474/1997).

A Lei nº 9.474/1997, em seu artigo 36, indica que não será expulso do território
nacional o refugiado que esteja regularmente registrado, salvo por motivos de segurança
nacional ou de ordem pública. Ademais, o artigo 37, da mesma lei, informa que a
expulsão de refugiado do território nacional não resultará em sua retirada para país onde
sua vida, liberdade ou integridade física possam estar em risco, e apenas será efetivada
quando da certeza de sua admissão em país onde não haja riscos de perseguição.
Finalmente, para que seja cassada a condição de refugiado, o indivíduo deve se
enquadrar em uma das hipóteses previstas entre os incisos I a VI, do artigo 38, da Lei nº
9.474/1997.

8.  O imigrante é interpretado como a pessoa que é nacional de outro país ou apátrida
que trabalha ou reside e se estabelece de maneira temporária ou definitiva no Brasil. O
emigrante é o brasileiro que passou a residir temporária ou definitivamente no exterior.
Por sua vez, a ideia de residente fronteiriço está baseada nas pessoas nacionais de país A
condição jurídica do estrangeiro 3 limítrofe ou apátrida que conservam sua residência
habitual em município fronteiriço de país vizinho. Já o visitante é a pessoa nacional de
outro país ou apátrida e que vem ao Brasil para permanência de curta duração, sem que
exista o objetivo de estabelecer residência no país, seja temporária ou definitivamente.
Finalmente, o apátrida, segundo a Lei de Migração, é o indivíduo que não é considerado
nacional por nenhum Estado, conforme estabelecido na Convenção sobre o Estatuto dos
Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim
reconhecida pelo Estado brasileiro (BRASIL, 2017b).
Quanto ao residente fronteiriço: a fim de facilitar sua livre circulação, poderá ser
concedida autorização para a realização de atos da vida civil. Essa autorização indicará
o município fronteiriço no qual o residente estará autorizado a exercer os direitos a ele
atribuídos pela Lei de Migração. Assim, o residente fronteiriço, possuindo autorização,
terá garantias e direitos assegurados pelo regime geral de migração (BRASIL, 2017a).

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