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4. Para o autor alemão, além do povo destinatário (os sujeitos que recebem a atuação
do Estado) e do povo ativo (os sujeitos que realizam a atuação do Estado), também
deve ser considerada a presença de um povo legitimador (os sujeitos que justificam a
atuação do Estado) e de um povo ícone (os sujeitos indevidamente mencionados como
fonte de legitimação).
Assim sendo, a realização de várias atividades e funções pelo Estado revela a presença
do elemento subjetivo, inclusive quanto a quem se submete à atuação estatal, fato que
confirma a presença do povo destinatário do Estado.
5. O conceito de soberania surge com Jean Bodin e é fruto do Estado Moderno. Na
atualidade, o conceito de soberania progrediu para considerar duas
perspectivas. Primeiro, é poder supremo do Estado, no sentido de que é ele o mais
elevado poder daquela sociedade e, portanto, a última instância de decisão sobre
qualquer norma jurídica. Trata-se, aqui, de dimensão interna que evidencia a
superioridade do Estado sobre as demais organizações da própria sociedade. Segundo, é
poder de independência do Estado, no sentido de que ele não se submete a potências
estrangeiras. Na perspectiva culturalista, a soberania é o poder de organizar-se
juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões
nos limites dos fins éticos de convivência.
6. Para o geógrafo Suíço, o Estado existe quando uma população ocupa determinado
território e exerce soberania e poder sobre ele. Para o autor, é indispensável a análise da
população, do território e da autoridade para caracterizar um Estado, e a fronteira é uma
informação lato sensu indispensável a qualquer ação. Ela se constitui como um aspecto
sempre presente, participando de todo projeto econômico, político ou social de um
Estado.
7. A Lei nº 9.474/1997 indica, por meio de seu artigo 11, que o Comitê Nacional para
os Refugiados (Conare), é um órgão de deliberação coletiva, no âmbito do Ministério da
Justiça e Segurança Pública.
A Lei nº 9.474/1997, em seu artigo 36, indica que não será expulso do território
nacional o refugiado que esteja regularmente registrado, salvo por motivos de segurança
nacional ou de ordem pública. Ademais, o artigo 37, da mesma lei, informa que a
expulsão de refugiado do território nacional não resultará em sua retirada para país onde
sua vida, liberdade ou integridade física possam estar em risco, e apenas será efetivada
quando da certeza de sua admissão em país onde não haja riscos de perseguição.
Finalmente, para que seja cassada a condição de refugiado, o indivíduo deve se
enquadrar em uma das hipóteses previstas entre os incisos I a VI, do artigo 38, da Lei nº
9.474/1997.
8. O imigrante é interpretado como a pessoa que é nacional de outro país ou apátrida
que trabalha ou reside e se estabelece de maneira temporária ou definitiva no Brasil. O
emigrante é o brasileiro que passou a residir temporária ou definitivamente no exterior.
Por sua vez, a ideia de residente fronteiriço está baseada nas pessoas nacionais de país A
condição jurídica do estrangeiro 3 limítrofe ou apátrida que conservam sua residência
habitual em município fronteiriço de país vizinho. Já o visitante é a pessoa nacional de
outro país ou apátrida e que vem ao Brasil para permanência de curta duração, sem que
exista o objetivo de estabelecer residência no país, seja temporária ou definitivamente.
Finalmente, o apátrida, segundo a Lei de Migração, é o indivíduo que não é considerado
nacional por nenhum Estado, conforme estabelecido na Convenção sobre o Estatuto dos
Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim
reconhecida pelo Estado brasileiro (BRASIL, 2017b).
Quanto ao residente fronteiriço: a fim de facilitar sua livre circulação, poderá ser
concedida autorização para a realização de atos da vida civil. Essa autorização indicará
o município fronteiriço no qual o residente estará autorizado a exercer os direitos a ele
atribuídos pela Lei de Migração. Assim, o residente fronteiriço, possuindo autorização,
terá garantias e direitos assegurados pelo regime geral de migração (BRASIL, 2017a).