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DIREITOS HUMANOS NA CF

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,


em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha


manifestado adesão.

O CESPE abordou esse assunto querendo saber qual era o status normativo hierárquico dessas
incorporações de tratados internacionais.

• Primeiro caso: Legal;


• Segundo caso: Constitucional;
• Terceiro caso: supralegal.

DUDH II

NATUREZA JURÍDICA

Na prova, a Declaração pode vir como Resolução ou como uma Recomendação, enquanto
tratado é sinônimo de Convenção, é sinônimo de Acordo Internacional e pressupõe
consentimento de vontades, a expressão de vontades até chegar a um denominador comum
entre os Estados que estão promovendo esse Acordo.
O Acordo Internacional pressupõe Bilateralidade ou Multilateralidade, ele é Bilateral ou
Multilateral, enquanto a Declaração é um ato Unilateral.

A DUDH não é um Tratado, não é uma Convenção, NÃO É UM Acordo Internacional, ela é
apenas uma Declaração das Nações Unidas.

1ª Corrente – A DUDH não é vinculante porque é uma mera Declaração da ONU e é constituída
de normas denominadas SOFT LAW (“Direito suave”), normas que funcionam apenas como
uma diretriz, um norte aos países pertencentes ou não à ONU – normas que não geram
obrigações.

Os princípios dos Direitos Humanos, os ideais dos Direitos Humanos: a Liberdade, Igualdade e
Fraternidade.
DUDH III

O ponto mais importante do art. 3º é a segurança pessoal. Na Declaração Universal dos


Direitos Humanos (DUDH) há dois tipos de segurança: a segurança pessoal e a segurança
social.

A prova pode questionar se todo ser humano terá direito à indenização pelo dano material ou
moral de acordo com o DUDH. A resposta é negativa, pois essa previsão está na Constituição
Federal.

Para provas de concurso público, se a questão perguntar de maneira objetiva se a DUDH


previu o direito ao regresso, a resposta é positiva.

Art. 5, XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer


pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; Art. 14, 1. Todo
ser humano vítima de perseguição tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por
crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 22º Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à
realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional de acordo com a organização
e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua
dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.

Na DUDH existem dois tipos de segurança: a segurança pessoal (segurança jurídica, individual,
prevista nos direitos de 1ª Geração) e a segurança social (de 2ª Geração). O artigo 22, em
forma reduzida, estabelece que todo ser humano tem direitos econômicos, sociais e culturais
(direitos de 2ª Geração).

A Declaração Universal, juntamente com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais formam conjuntamente a
chamada Carta Internacional dos Humanos.

Baseado nisso, o que é extremamente relevante é a parte relativa à autodeterminação dos


povos, do rol de direitos assegurados pelo pacto e os aspectos relacionados à liberdade. Esse
documento possui dois protocolos facultativos.

Protocolos Facultativos

• Primeiro Protocolo Facultativo – OBJETIVO: acrescentar mecanismo de petição individual


como instrumento de fiscalização do pacto.

• Segundo Protocolo Facultativo – OBJETIVO: abolir a pena de morte.

Lembre-se que a CADH (Convenção Americana de Direitos Humanos) corresponde ao mesmo


que ao Pacto de São José da Costa Rica. Sendo assim, a CADH entra em vigor em 1978. Nesse
contexto, uma questão que costuma ser abordada, em provas, é se já em 1978 o Brasil tinha a
CADH em vigor no sistema jurídico brasileiro, a resposta é negativa. lembre-se que, nesse
período, o Brasil vivia uma época de ditadura militar, consequentemente, houve muita
dificuldade em aprovação e ratificação de textos de Direitos Humanos e tratados nacionais
durante aquela época.
A Convenção Interamericana (OEA) é mais abrangente, mais protetiva do que a própria
Convenção Internacional no âmbito da ONU. A Convenção de Belém do Pará é um documento,
de fato, muito importante para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher.

O chamado racismo institucional ou sistêmico pode ser compreendido como mecanismo


estrutural que garante a exclusão seletiva de grupos racialmente subordinados, a exemplo, na
realidade brasileira, de negros, indígenas e ciganos.

É possível conceber a Teoria do Impacto Desproporcional como aquela que permite que se
constatem violações ao princípio da igualdade quando os efeitos práticos de determinadas
normas, aparentemente neutras, causem dano excessivo, ainda que não intencional, aos
integrantes de determinados grupos vulneráveis. É a ação que, no início, parecia boa, mas que,
na prática, acaba ferindo a igualdade material.

Para fins de concurso, o estudo da proteção de grupos vulneráveis deve possuir dois enfoques:
como se dá a proteção (em âmbito interno, internacional ou nos dois) e o que seria de fato um
grupo vulnerável.

São aquelas categorias de pessoas social e historicamente menos protegidas pelas leis
internas, o que tem levado o direito internacional público a estabelecer padrões (standards)
mínimos de proteção, tanto no âmbito global como nos contextos regionais. Ao se falar de
vulnerabilidade, é importante destacar dois de seus pontos: • Raiz histórica; • Raiz social.

A proteção dos grupos vulneráveis pode se dar de duas formas:

• Proteção interna: Se realiza por meio da Constituição Federal e por leis. Destacam-se a Lei
Maria da Penha, estatuto do idoso, ECA, estatuto da igualdade racial, estatuto do índio,
estatuto da pessoa com deficiência, etc.

• Proteção internacional: ocorre através dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos


(TIDH), tanto em âmbito do sistema global de proteção quanto nos sistemas regionais. Essa
proteção é feita por meio de tratados que posteriormente os países tornam-se signatários e
acabam incorporando tais normas internacionais em seu ordenamento jurídico.

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