Você está na página 1de 4

alfaconcursos.com.

br

SUMÁRIO
1.TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS ....................................................................................................... 2
1.2 TERMINOLOGIA: ....................................................................................................................................... 2

MUDE SUA VIDA!


1
alfaconcursos.com.br

1.TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS


1.2 TERMINOLOGIA:
Atenção para as terminologias que são muito cobradas em prova.
O estudo dos direitos humanos se dá em três eixos de proteção internacional: direito
internacional dos humanos (DIDH), direito internacional humanitário (DIH) e direito
dos refugiados (DIR).
O primeiro subgrupo refere-se ao estudo específico das matérias, direito humanitário e
direitos dos refugiados são áreas específicas.
Direito humanitário não se confunde com direitos humanos, em que pese a similaridade da
expressão, trata-se do estudo do direito de conflitos armados (guerra), e direito dos refugiados
refere-se à proteção internacional dada aos refugiados, desde a saída do seu local de residência,
trânsito de um pais a outro e concessão de refúgio.

Direito internacional Direito dos refugiados


Direito internacional
humanitário (DIH)
dos humanos (DIDH)
Lei Especial. Situação Lei especial. Proteção
Lei Geral. Incumbe a
específica de conflitos do refugiado.
proteção do ser humano em
armados (internacionais e
todos os aspectos.
não internacionais).
Subvertentes: Direito Surgimento da Cruz
das minorias; Vermelha em 1863
Direito Penal(organização não
Internacional. governamental que dá
assistência às vítimas de
guerra)
Tem previsão nas Lei 9474/1997 –
Tratados/convenções/
convenções de estatuto dos refugiados.
pactos internacionais.
Genebra, Haia e Nova York.

Registre-se que são áreas independentes, mas não excludentes entre si, só são voltadas
para situações específicas – guerra e direito dos refugiados. O CESPE julgou errada a seguinte
questão: A aplicação das normas de direito internacional humanitário e de direito internacional
dos refugiados impossibilita a aplicação das normas básicas do direito internacional dos
direitos humanos.
Cuidado com as diferenças entre as terminologias. Direitos Humanos e Direitos
Fundamentais assumem conotação distinta no que se refere ao plano de positivação, muito
embora ambos têm o mesmo significado: direitos inerentes ao ser humano, ligados a um
conjunto mínimo que dá expressão a dignidade da pessoa humana.
 Quando o plano de proteção advém de norma internacional: direitos
humanos;
 Quando o plano de proteção advém de norma interna/doméstica: direitos
fundamentais;

MUDE SUA VIDA!


2
alfaconcursos.com.br

Direitos Fundamentais
Direitos Humanos
Previsão em ordem
Previsão em ordem
interna/doméstica – Constituição Federal
externa/internacional – tratados e
convenções internacionais. A diferença de determinado país. A diferença está
somente no plano de positivação.
está somente no plano de positivação.
Protegido pela ordem internacional. Protegido pela ordem interna.

Mais restritos, englobam tão


São mais amplos que os dir.
somente a Constituição Federal de
fundamentais. Podem ser reclamados por
todos os cidadãos do planeta e em determinado país. O direito fundamental
quaisquer condições, bastando que pode ser restringido pela Constituição
ocorra a violação de um direito seu Federal, por exemplo, o voto que não é
reconhecido em norma internacional extensível aos estrangeiros e conscritos.
aceita pelo Estado em cuja jurisdição se (art. 14)
encontre.
Para reclamar a violação aos
Para reclamar a violação aos
direitos humanos, vale-se de órgãos direitos fundamentais, utilizam-se
internacionais de proteção (Exemplo: garantias judiciais previstas na própria
Corte interamericana de direitos Constituição Federal (exemplo: Habeas
humanos prevista no Pacto de São José da Corpus para tutelar a liberdade de
locomoção – art. 5, LXIX da CF).
Costa Rica).
Na CF, os direitos e as garantias
Nos temos três grandes blocos em
individuais estão localizados do art. 5º ao
direitos humanos:
17, muito embora existam direitos
Direitos Civis e políticos (direitos de fundamentais fora desse lapso de artigos
e direitos fundamentais implícitos.
1ª geração);
Direitos economicos, sociais e
culturais (direitos de 2ª geração);
Direito dos povos, da humanidade
(direitos de 3ª geração)

A distinção deve ser feita na prova, se assim for cobrada, mas há uma crítica doutrinária
acerca dessa diferenciação. Há uma Intersecção entre o Direito Constitucional e o Direito
Internacional dos Direitos Humanos. Há uma aproximação entre o direito internacional e o
direito nacional, ainda mais pelo fato de que um tratado internacional pode ser incorporado ao
ordenamento nacional (art. 5º, §3º CF).
Além do mais, no âmbito da União Europeia, convencionou-se a utilizar a expressão
“direitos fundamentais” para se referir tanto aos direitos garantidos pela ordem interna como
pela ordem internacional, tanto é que o principal instrumento se chama Carta dos Direitos
Fundamentais da União Europeia.
Direitos humanos e Direitos do Homem são expressões sinônimas (no sentido
ontológico/da essência), mas com diferentes pontos de vista.

MUDE SUA VIDA!


3
alfaconcursos.com.br

Direitos do homem
Direitos Humanos
Concepção jusnaturalista (corrente
Expressão utilizada no cenário
do pensamento jurídico que indica um
internacional. Refere-se a direitos
previstos em normas internacionais, direito que provém da natureza – direito
especialmente em tratados e convenções. natural - existente antes do surgimento do
estado, não positivados e válidos em todos
os tempos).
Caráter histórico. Exemplos:
Conceito atual.
Declaração Francesa dos direitos do
homem e do cidadão – 1789, Declaração
americana dos direitos e deveres do
homem (Bogotá, 1948). Obs.: O STF já
entendeu que o direito a fuga seria um
direito natural a despeito da ausência de
previsão legal. “A fuga é um direito natural
dos que se sentem, por isso ou por aquilo,
alvo de um ato discrepante da ordem
jurídica, pouco importando a
improcedência dessa visão." RHC
84.851/BA, rel. Min. Marco Aurélio. (Nem
todos os ministros compartilham a
existência de um “direito natural a fuga”)1.

Um bom exemplo é o direito à vida, que é considerado um direito do homem (não precisa
de positivação). É natural que todo mundo entenda que a vida é o bem jurídico mais importante
que temos. Tem previsão no art. 5º, CRFB/88, sendo um direito fundamental à vida. E, como
tem previsão em tratado internacional, é também considerado um direito humano à vida.
O direito natural serviu também para ampliar direito previsto na Constituição Federal. O
art. 5º, LXIII prevê o direito ao silêncio, o qual foi transformado, jurisprudencialmente, ao longo
do tempo, para um direito a não autoincriminação. “O direito natural afasta, por si só, a
possibilidade de exigir-se que o acusado colabore nas investigações. A garantia constitucional
do silêncio encerra que ninguém está compelido a autoincriminar-se.” (HC 83.943.MG. Rel. Min.
Marco Aurélio, j. 27-4-2004).
No que se refere, ainda, à terminologia, utilizam-se as expressões direitos individuais,
liberdades públicas e direitos públicos subjetivos. Todavia, as três expressões se mostram
incompletas, pois não abarcariam toda a gama de direitos humanos.

MUDE SUA VIDA!


4

Você também pode gostar