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Visão geral
Sigla DEPEN
Estrutura jurídica
Estrutura operacional
Website http://depen.gov.br/
Portal da polícia
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O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) é um órgão cuja atuação
se dá na área de segurança pública, especificamente na execução penal
nacional, e é subordinado ao Ministério da Segurança Pública. O DEPEN tem
as seguintes competências: a) responsável por acompanhar a fiel aplicação
das normas de execução penal em todo o Território Nacional; b) inspecionar e
fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; c) assistir
tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e
regras estabelecidos nesta Lei; d) colaborar com as Unidades Federativas
mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços penais; e)
colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de
formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado
e do internado; f) estabelecer, mediante convênios com as unidades
federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos
locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas
pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a
regime disciplinar; g) coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e
de internamento federais. O DEPEN também é responsável pela manutenção
administrativa-financeira do Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária - CNPCP e pela gestão do Fundo Penitenciário Nacional -
FUNPEN.
O DEPEN está divido em um gabinete, uma ouvidoria e três diretorias, a saber:
Diretoria-Executiva, Diretoria de Políticas Penitenciárias, Diretoria do Sistema
Penitenciário Federal.
Índice
• 1Atribuições
• 2Cargos
• 3Sistema Penitenciário Federal
• 4Videoconferência
• 5Ver também
• 6Referências
• 7Ligações externas
Atribuições
As atribuições do DEPEN são as estabelecidas no art. 72 da Lei n.º 7.210 de
11 de julho de 1984 e no artigo 28 do Anexo I do DECRETO Nº 9.150, DE 4 DE
SETEMBRO DE 2017:
I - planejar e coordenar a política nacional de serviços penais; II - acompanhar
a aplicação fiel das normas de execução penal no território nacional; III -
inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e os serviços
penais; IV - assistir tecnicamente os entes federativos na implementação dos
princípios e das regras da execução penal; V - colaborar com os entes
federativos quanto: a) à implantação de estabelecimentos e serviços penais; b)
à formação e à capacitação permanente dos trabalhadores dos serviços
penais; e c) à implementação de políticas de educação, saúde, trabalho,
assistência cultural e respeito à diversidade, para promoção de direitos das
pessoas privadas de liberdade e dos egressos do sistema prisional; VI -
coordenar e supervisionar os estabelecimentos penais e de internamento
federais; VII - processar, analisar e encaminhar, na forma prevista em lei, os
pedidos de indultos individuais; VIII - gerir os recursos do Fundo Penitenciário
Nacional; IX - apoiar administrativa e financeiramente o Conselho Nacional de
Política Criminal e Penitenciária; e X - autorizar os planos de correição
periódica e determinar a instauração de procedimentos disciplinares no âmbito
do Departamento.
Cargos
Os cargos no Depen são divididos em três carreiras, a saber: carreira de
Agente Federal de Execução Penal que foi criada através da Lei n.º 10.693 de
25 de junho de 2003 (alterada pela lei Nº 13.327, DE 29 DE JULHO DE 2016) e
as carreiras de Especialista Federal em Assistência à Execução Penal e
Técnico Federal de Apoio à Execução Penal que foram criadas pela Lei n.º
11.907 de 2 de fevereiro de 2009 (também alteradas pela Lei Nº 13.327, DE 29
DE JULHO DE 2016).
Videoconferência
Sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei 11.900/09 permite o
uso de videoconferência em tempo real, para o interrogatório de presos, sem
que estes deixem os estabelecimentos prisionais, podendo ser usado quando
houver risco à segurança pública, ou quando da impossibilidade do
comparecimento do preso em juízo.
Polícia Civil do Brasil
As Polícias Civis (PC) são instituições históricas que exercem funções
de polícia judiciária, nas unidades federativas do Brasil, cuja função é, de
acordo com o artigo 144 da Constituição Federal de 1988, o exercício
da segurança pública.[1] As polícias civis são subordinadas
aos Governadores dos Estados ou do Distrito Federal e dos Territórios e
dirigidas por delegados de polícia de carreira.
Ainda de acordo com o artigo 144, § 4º, da Constituição Federal, que especifica
o papel das Polícias Civis, são funções institucionais destas, ressalvada a
competência da União:
Índice
• 1Funções
• 2Denominação
• 3Origem
• 4Organização
o 4.1Direção-Geral
o 4.2Departamentos de Polícia
o 4.3Delegacias e Distritos Policiais
o 4.4Unidades de Operações Especiais
• 5Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil
• 6Quadros funcionais
o 6.1Delegados ou Superintendentes
o 6.2Investigadores ou inspetores
o 6.3Escrivães de Polícia ou Oficiais
o 6.4Papiloscopistas ou Datiloscopistas
o 6.5Peritos Criminais
• 7Desvios comportamentais e controle da polícia
• 8Vítimas no cumprimento do dever
• 9Polícias Civis por estado da federação
• 10Equipamentos
o 10.1Armamento
o 10.2Transportes Policiais
• 11Problemas
o 11.1Falta de efetivo
o 11.2Baixos salários
o 11.3Falta de estudos
• 12Ver também
• 13Referências
Funções
Denominação
O termo "civil" origina-se do Decreto Imperial nº 3 598, de 27 de
janeiro de 1866, que criou a Guarda Urbana no Município da Corte e que
dividiu a polícia em civil e militar. O ramo militar era constituído pelo Corpo
Militar de Polícia da Corte, atual Polícia Militar, órgão policial com organização
castrense, enquanto o ramo civil era constituído pela Guarda Urbana,
subordinada aos delegados do chefe de polícia da corte e extinta após
a Proclamação da República, quando foi sucedida pela Guarda Civil do Distrito
Federal.
Atualmente, as Polícias Civis, originárias de 1808, continuam integradas por
servidores públicos com estatuto civil, com funções instituídas no artigo 144
parágrafo 4º da Constituição Federal, a elas incumbindo as funções de polícia
judiciária e a apuração das infrações penais, enquanto, pelo parágrafo 5º do
mesmo artigo, cabe, às Polícias Militares estaduais, a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública bem como infrações penais militares no âmbito
estadual (exceto as cometidas por membros dos Corpos de Bombeiros Militar)
e são consideradas, nos termos do parágrafo 6º, forças reservas e auxiliares
do Exército Brasileiro.
São, portanto, Polícia Civil e Polícia Militar corporações diversas quanto a sua
natureza e atribuições, sendo, entretanto, complementares quanto à execução
de seus serviços no tocante à segurança pública.
Origem
Organização
Direção-Geral
As polícias civis são dirigidas por Delegado de Polícia de carreira, mas a
denominação do cargo designativo da direção-geral pode variar de um estado
brasileiro para outro, como Chefe de Polícia, Delegado Geral de Polícia ou
Superintendente da Polícia Civil.
O Chefe de Polícia ou Delegado Geral preside o Conselho Superior da Polícia
Civil, órgão colegiado de assessoramento superior integrado pelos Diretores
dos Departamentos de Polícia.
Departamentos de Polícia
Departamento de Polícia da Capital ou Metropolitana
Direção e coordenação das delegacias da capital do estado ou das grandes
áreas metropolitanas.
Departamento de Polícia do Interior
Direção e coordenação das delegacias dos municípios do interior dos estados.
Departamento de Polícia Especializada
Direção e coordenação das delegacias e órgãos policiais especializados na
repressão de determinadas infrações penais ou determinados tipos de
delinquência, como por exemplo:
• Delegacia Antissequestro
• Delegacia de Atendimento à Mulher
• Delegacia de Atendimento à Terceira Idade
• Delegacia de Polícia Fazendária
• Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente
• Delegacia de Homicídios
• Delegacia de Crimes de Informática
• Delegacia de Crimes contra a Saúde Pública
•
Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial
•
Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis
•
Delegacia de Proteção à Infância e Adolescência
•
Grupos ou Núcleos de Operações Especiais
•
Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência
Departamento de Polícia Técnico-Científica
Direção e coordenação dos órgãos da perícia criminalística ou médico-legal
quando subordinados às polícias civis. (Em diversos estados existem polícias técnico-
científicas que não pertencem às polícias civis.)
Nas polícias civis existem unidades especiais, tipo SWAT, para pronto emprego
nas ocorrências que possam representar maior risco à incolumidade física dos
cidadãos e policiais. Operam, também, em reforço às demais unidades
policiais, quando estas necessitam de apoio operacional para a realização de
diligências ou prisões de marginais, principalmente, em áreas de criminalidade
violenta.
São unidades policiais constituídas de pessoal verdadeiramente especializado,
com espírito de equipe em alto grau, dominando a técnica da desativação de
engenhos explosivos, completo conhecimento do armamento e sua utilização,
bem como, formação em alpinismo militar, operações helitransportadas e artes
marciais.
Essas unidades de operações especiais, como a Coordenadoria de Recursos
Especiais - CORE, do Rio de Janeiro, o Grupo de Operações Especiais - GOE,
de São Paulo, a Divisão de Operações Especiais - DOE, do Distrito
Federalático 3 - GT3, de Goiás, o Grupo de Resposta Especial - GRE e a
Patrulha Metropolitana Unificada de Apoio - PUMA, de Minas Gerais e outras,
dos demais estados, pelo forte compromisso institucional e presença
permanente na linha de frente dos confrontos com a criminalidade, tendem a
desenvolver grande devotamento à causa da sociedade.
Quadros funcionais
Delegados ou Superintendentes
São responsáveis por dirigir as Polícias Civis (art. 144, § 4º da Constituição) e
encarregadas de presidir o inquérito policial, instrumento que formaliza a
investigação criminal a cargo das policias judiciárias brasileiras. É o Delegado
de Polícia o responsável pela parte jurídica da investigação, formalizando os
atos e representações que lhe são apresentados pelos investigadores. É
também função do delegado a lavratura da prisão em flagrante.
Investigadores ou inspetores
São os responsáveis de fato pela investigação criminal. São os inspetores ou
agentes de polícia que fazem as atividades investigativas, levantamento de
provas, entrevistas de pessoas e análise de laudos, interceptações, análises
financeiras, análise de vínculos, de quebras de sigilo e etc. Ao fim de seus
trabalhos, os inspetores ou agentes elaboram o relatório investigativo que irá
subsidiar o inquérito policial. No Rio de Janeiro, a partir de 2008, o cargo de
Inspetor de Polícia passou a ser de 3° Grau, numa clara intenção da política de
administração da Polícia Civil de criar órgãos de coordenação (os Inspetores)
dos serviços investigativos, levados a cabo pelos Investigadores Policiais, dos
quais se exige 2° Grau. A tendência de modernização das polícias civis do
Brasil indica que a eficiência investigativa está na multidisciplinaridade e na
captação de pessoas em várias áreas de formação.
Escrivães de Polícia ou Oficiais
São os policiais dotados de fé pública, os quais são responsáveis pela
formalização de procedimentos, inclusive coleta de provas subjetivas, tais
como: registro de interrogatórios, reconhecimentos fotográficos e pessoal,
acareações, depoimentos, declarações e informações. O Escrivão de Polícia
também é o responsável por expedir requisições periciais, ordens de serviços e
intimações. Detém a guarda, controle e gestão de livros, materiais apreendidos,
além de recolher fianças arbitradas pelo delegado de polícia. É o policial civil
que cuida dos inquéritos policiais, fazendo a guarda em cartório e controle de
prazos. O Escrivão de Polícia tem importante papel no desenvolvimento das
investigações criminais, se valendo de informações em banco de dados
eletrônicos para subsidiar e atualizar situações em investigações. Em alguns
estados, este cargo recebe a nomenclatura de Oficial: Oficial de Polícia Civil ou
Oficial de Cartório Policial. Há debates em andamento para extinção do cargo
de Escrivão de Polícia, uma vez que, com o advento de tecnologias e o nível
superior para a maioria das carreiras policiais, está tornando-se desnecessário
um cargo específico para a finalística de escrivanato. Além do que, quem
defende a ideia da extinção do cargo de Escrivão de Polícia entende que é
será um passo importante para a desburocratização da investigação e assim
aumentar a eficiência.
Papiloscopistas ou Datiloscopistas
Papiloscopista policial é o profissional especializado em trabalhar com a
identificação humana, geralmente através das cristas de fricção da pele.
Usualmente, essa identificação é feita com base nos desenhos papilares
presentes nos dedos (dactiloscopia) e das palmas das mãos (quiroscopia), bem
como dos artelhos e plantas dos pés (podoscopia). A identificação utilizando as
papilas dérmicas é realizada pelos especialistas em necropapiloscopia, quando
a camada mais externa da pele, denominada epiderme, tenha sido destacada
por decorrência do processo de decomposição. O processo de identificação
mais utilizado pela Polícia Judiciária, com base científica até hoje não posta em
dúvida, é o da identificação dactiloscópica.
Peritos Criminais
Os Peritos Criminais das Polícias Civis são os auxiliares da justiça em
questões técnicas que exijam conhecimento específico de uma área do
conhecimento, divididos geralmente em Peritos Criminais e Médicos Legistas,
são policiais especialistas obrigatoriamente detentores de diploma universitário
que, em razão de conhecimentos científicos e técnicos, que assessoram o
processo investigatório com o conhecimento especializado de que são
detentores.
Equipamentos
Armamento
Entre o armamento mais utilizado pelas polícias civis brasileiras estão as
pistolas calibre .40SW Taurus PT 100, Taurus PT 940, Taurus PT 640 e Taurus
PT 24/7, a carabina e a submetralhadora Taurus/FAMAE .40SW, os fuzis Colt
M16 cal. 5,56mm e IMBEL Para-FAL cal. 7,62mm e as submetralhadoras HK
MP5 9mm e Walther MPL 9mm. Algumas unidades policiais ainda usam
o revólver Taurus cal. 38 e a espingarda Winchester 12 GA. Incluem-se, ainda,
diversos tipos de granadas não letais.
Coletes balísticos também usando capacetes protetores são os equipamentos
complementares mais comumente disponíveis.
Transportes Policiais
As Polícias Civis utilizam veículos caracterizados e descaracterizados,
sobretudo dos tipos sedan e station wagon.
Para alguns estados de criminalidade violenta foram adquiridos carros
blindados para uso das unidades de operações especiais. O apoio aéreo às
atividades operacionais da polícia civil é assegurado por helicópteros,
como Esquilo AS350.
Problemas
Falta de efetivo
As Polícias Civis em geral sofreram ao longo das três últimas décadas,
problemas institucionais que refletem na percepção hodierna. A maioria dos
Estados Brasileiros possuem os efetivos das décadas de 80 e 90, totalmente
desproporcionais ao crescimento populacional. É corriqueiro nos meios
policiais, que os agentes políticos prefiram investimentos nas polícias militares,
em detrimento das polícias civis, pela visibilidade e caráter rígido de controle
político próprio do sistema militar, isso explica o crescente desenvolvimento
atípico de trabalhos de investigação pela polícia militar. Assim, faltam policiais
civis para as investigações e demais atividades de polícia judiciária em cidades
do país de elevada incidência criminal, com o previsível resultado de um
percentual reduzido de elucidação de delitos e identificação dos seus autores.
Baixos salários
Os baixos salários, a falta de autonomia funcional, falta de recursos como
impressoras, causam desmotivação generalizada aos servidores. Faltas estas
que atrelam as autoridades policiais a agentes e fatos políticos. Também são
problemas perceptíveis dentro das instituições policiais civis.
Falta de estudos
Ademais a própria doutrina criminal brasileira sofredora das "mazelas dos anos
de ferro" parece abster-se do entendimento real das instituições, não existem
estudos que digam o número de policiais civis necessários para a população, a
"contrário sensu" a doutrina nunca estudou seriamente a instituição policial,
sempre atrelando seu objeto de pesquisa ao problema final, nunca ao
entendimento sistêmico[4]: “Kant de Lima , Misse e Miranda (2000) ressaltam
que, muito provavelmente um dos fatores que afastaram a reflexão dos
cientistas sociais contemporâneos, durante um longo período, das etnografias
dos sistema judicial e policial brasileiro, foi o caráter hierárquico desses
sistemas, concebidos como sendo “meros reflexos de uma ordem opressora e
injusta”, nada tendo que ser estudados neles, a não ser seus modos de
extinção. Pode se inferir ainda que essa carência de estudos na área é
também, em grande parte, resultado da ausência de investimentos sistemáticos
do Estado em pesquisas sobre a organização policial, com vistas a prover uma
política pública na área de segurança.[5]”
Polícia Militar do Brasil
No Brasil, as Polícias Militares estaduais são as 27 forças de segurança
pública que têm por função a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública, através da atividade de policia ostensiva, função ampliada pela
Constituição Federal de 1988, superando a anterior com o policiamento
ostensivo, no âmbito dos estados e do Distrito Federal. Subordinam-se
administrativamente aos governadores, são forças auxiliares e reserva
do Exército Brasileiro, e integram o sistema de segurança pública e defesa
social do Brasil, ficando subordinadas às Secretarias de Estado de Segurança
Pública em nível operacional. São custeadas por cada estado-membro e, no
caso do Distrito Federal, pela União.
Seus integrantes são denominados militares estaduais, assim como os
membros dos corpos de bombeiros militares, sendo, dessa forma
subordinados, quando em serviço, à Justiça Militar estadual. Diferente do que
ocorre com os militares, que São os integrantes das três Forças Armadas
(Marinha, Exército e Força Aérea), que são subordinados a Justiça Militar da
União, na primeira instância e ao Superior Tribunal Militar na última.
Origens
Forças policiais das províncias
Com a morte de D. Pedro I em 1834, afastou-se em definitivo o receio de um
possível retorno do antigo monarca, e o temido realinhamento com Portugal.
Ocorrendo-se então, a rejeição e o afastamento dos extremismos, e efetivando-
se uma reforma constitucional; na qual sobreveio uma relativa descentralização
político-administrativa, sendo instituídos corpos legislativos nas províncias.
Com esse redirecionamento político, o Legislativo é que passou a fixar,
anualmente, e sobre informação do Presidente da Província, as forças policiais
respectivas.[11] As guardas municipais foram lentamente desativadas (algumas
permaneceram até a Guerra do Paraguai) e transformadas ou substituídas por
corpos policiais. A mudança não foi apenas uma troca de denominação, mas
de fato uma completa reestruturação do aparato policial existente.
Guarda Municipal Corpo Policial
Subordinada ao juiz de paz, Subordinado ao Presidente da Província,
e este ao Ministro da Justiça. e indiretamente ao Ministério da Guerra.
Jurisdição restrita aos distritos de paz. Jurisdição sobre toda a província.
Proibida de se reunir, sob pena de
Tropa aquartelada.
ser punida por reunião ilícita (conspiração).
Formação paramilitar. Formação militar modelada no exército.
Efetivo cadastrado, principalmente Efetivo recrutado voluntariamente,
pelas paróquias do município. ou forçado, nos momentos de crise.
O guarda municipal possuía outra ocupação A ocupação era profissionalizante, e o efetivo
principal, e não deveria receber tarefas que o podia ser destacado, temporariamente ou em
distanciasse muito de sua residência. definitivo, para qualquer região da província.
O guarda somente recebia pagamento quando
O efetivo era assalariado às expensas da
mobilizado por mais de três dias consecutivos de
província.
serviço.
República
Quartel da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, após combate à Intentona
Comunista em 1935
Batalhão de Infantaria, 1938 - Polícia Militar do Paraná
Pós-guerra
Com a queda do governo ditatorial de Getúlio Vargas, as polícias militares
retornaram ao completo controle dos estados.[16] A denominação Polícia Militar
oficializou-se e difundiu-se após a Segunda Guerra Mundial, devido à
divulgação e prestígio do termo ao final do conflito.
A partir dessa época foi dado um novo direcionamento no emprego das polícias
militares, sendo diversificadas suas atividades e criados novos serviços
especializados; progressivamente foram desenvolvendo a configuração que
possuem atualmente.
Até então elas atuavam como autênticas gendarmarias, exercendo
principalmente a segurança de prédios públicos e fornecendo destacamentos
policiais ao interior dos estados. Em diversos centros urbanos, porém, o
policiamento ordinário era realizado pelas Guardas Civis[carece de fontes], segmentos
uniformizados das Polícias Civis estaduais.
Essa sobreposição não agradou a todos, e a cidade de São Paulo, por
exemplo, teve de ser dividida entre a Guarda Civil e a Força Pública (antiga
denominação da PMESP), com a primeira cuidando das regiões mais centrais
e urbanas, e a segunda das partes mais periféricas e rurais.
Um Volkswagen Fusca da Polícia Militar do Rio de Janeiro exposto na Estação Central do Brasil, Rio
de Janeiro.
Atualidade
Emblema do PROERD.
Telefone de emergência
Em todo o Brasil, o número do telefone de emergência é único e gratuito.
Para solicitar o auxílio da Polícia Militar basta discar UM (1), NOVE (9) , ZERO
(0).
Hierarquia
As polícias militares possuem, em regra, a mesma classificação hierárquica
do Exército Brasileiro, com modelos diferenciados de insígnias.[20] Porém,
algumas corporações promoveram a supressão legal de alguns graus
hierárquicos.
Modalidades de policiamento
• Aéreo
Com helicópteros:
- Salvamentos e resgate
- Acompanhamento tático e policiamento ostensivo em geral
Com aviões:
- Patrulhamento ambiental
- Transporte de emergência
Viaturas da PMSC.
Má conduta
Ver também: Violência policial no Brasil
Entre 2010 e 2013 foram denunciados uma série de
casos de abusos sexuais de crianças e adolescentes em
colégios da Polícia Militar. O pai de uma aluna que foi
abusada no Colégio Tiradentes de Montes Claros disse
que dentre um professor de Educação Física, "um vice-
diretor da instituição conhecido pelo nome de Cássio
também aliciou diversas estudantes na escola, mas já foi
excluído do educandário. Há informações também de que
um sargento da PM, que trabalhava na escola, usava do
poder de polícia para aliciar as adolescentes (...)
possivelmente existe uma rede de pedofilia na instituição
militar, onde diversos funcionários faziam de conta que
nada de anormal estava acontecendo." Na mesma rede
de colégios, porém em SantoÂngelo, no Rio Grande do
Sul, o pai de uma aluna de 15 anos disse que "Ela estava
sendo assediada dentro do Colégio Tiradentes por um
sargento (...) os abusos ocorreram em pelo menos cinco
ocasiões. Os atos de violência aconteceram dentro e fora
da instituição". [39] Um soldado da PM denunciou que seu
filho de 12 anos, estudante do Colégio Militar de São
Paulo, era abusado sexualmente por um inspetor escolar
que não estava registrado na Polícia Militar. O pai do
aluno questionou: "São 10 mil alunos nos colégios da PM.
Quem garante que isso é um caso isolado, que nunca
aconteceu? A criança fica constrangida a
denunciar."[39] Em 2019, diversos professores de colégios
militares de Manaus foram afastados após denúncias
formais serem feitas na Seduc.[40]