Você está na página 1de 27

Departamento Penitenciário Nacional

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa

Departamento Penitenciário Nacional

Brasão do Departamento Penitenciário Nacional

Visão geral

Sigla DEPEN

Tipo Órgão executivo que acompanha e controla a aplicação da Lei de


Execução Penal e das diretrizes da Politica Penitenciária Nacional.

É o órgão responsável pelo Sistema Penitenciário Federal.

Subordinação Governo Federal

Direção Ministério da Justiça e Segurança Pública (Brasil)


superior

Estrutura jurídica

Legislação -Artigo 72, parágrafo único, da Lei de Execução Penal

-Artigo 3º da Lei dos Crimes Hediondos -Decreto nº 6.049, de 27 de


fevereiro de 2007

Estrutura operacional

Sede Setor Comercial Norte - Quadra 3, Bloco B Lote 120 – Edifício


Victória
Brasília, DF
Brasil

Diretora-Geral Tânia Fogaça

Força de elite Grupo de Ações Especiais Penitenciárias (GAEP)

Website http://depen.gov.br/

Portal da polícia

editar
O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) é um órgão cuja atuação
se dá na área de segurança pública, especificamente na execução penal
nacional, e é subordinado ao Ministério da Segurança Pública. O DEPEN tem
as seguintes competências: a) responsável por acompanhar a fiel aplicação
das normas de execução penal em todo o Território Nacional; b) inspecionar e
fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; c) assistir
tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e
regras estabelecidos nesta Lei; d) colaborar com as Unidades Federativas
mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços penais; e)
colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de
formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado
e do internado; f) estabelecer, mediante convênios com as unidades
federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos
locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas
pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a
regime disciplinar; g) coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e
de internamento federais. O DEPEN também é responsável pela manutenção
administrativa-financeira do Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária - CNPCP e pela gestão do Fundo Penitenciário Nacional -
FUNPEN.
O DEPEN está divido em um gabinete, uma ouvidoria e três diretorias, a saber:
Diretoria-Executiva, Diretoria de Políticas Penitenciárias, Diretoria do Sistema
Penitenciário Federal.

Índice

• 1Atribuições
• 2Cargos
• 3Sistema Penitenciário Federal
• 4Videoconferência
• 5Ver também
• 6Referências
• 7Ligações externas

Atribuições
As atribuições do DEPEN são as estabelecidas no art. 72 da Lei n.º 7.210 de
11 de julho de 1984 e no artigo 28 do Anexo I do DECRETO Nº 9.150, DE 4 DE
SETEMBRO DE 2017:
I - planejar e coordenar a política nacional de serviços penais; II - acompanhar
a aplicação fiel das normas de execução penal no território nacional; III -
inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e os serviços
penais; IV - assistir tecnicamente os entes federativos na implementação dos
princípios e das regras da execução penal; V - colaborar com os entes
federativos quanto: a) à implantação de estabelecimentos e serviços penais; b)
à formação e à capacitação permanente dos trabalhadores dos serviços
penais; e c) à implementação de políticas de educação, saúde, trabalho,
assistência cultural e respeito à diversidade, para promoção de direitos das
pessoas privadas de liberdade e dos egressos do sistema prisional; VI -
coordenar e supervisionar os estabelecimentos penais e de internamento
federais; VII - processar, analisar e encaminhar, na forma prevista em lei, os
pedidos de indultos individuais; VIII - gerir os recursos do Fundo Penitenciário
Nacional; IX - apoiar administrativa e financeiramente o Conselho Nacional de
Política Criminal e Penitenciária; e X - autorizar os planos de correição
periódica e determinar a instauração de procedimentos disciplinares no âmbito
do Departamento.

Cargos
Os cargos no Depen são divididos em três carreiras, a saber: carreira de
Agente Federal de Execução Penal que foi criada através da Lei n.º 10.693 de
25 de junho de 2003 (alterada pela lei Nº 13.327, DE 29 DE JULHO DE 2016) e
as carreiras de Especialista Federal em Assistência à Execução Penal e
Técnico Federal de Apoio à Execução Penal que foram criadas pela Lei n.º
11.907 de 2 de fevereiro de 2009 (também alteradas pela Lei Nº 13.327, DE 29
DE JULHO DE 2016).

Os agentes federais de execução penal, especialistas e técnicos passam por


uma rigorosa seleção, feita por meio de concurso público, com capacitação
teórica e prática que geralmente ocorre na Academia Nacional de Polícia
(Brasília - DF) ou na Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal
(Florianópolis - SC), antes de serem designados aos seus respectivos locais de
trabalho, nos presídios federais.
O Governo Federal é responsável pelo treinamento, remuneração e a
concessão de equipamentos aos policiais, aos especialistas e técnicos..

Sistema Penitenciário Federal


Ver artigo principal: Sistema Penitenciário Federal
Foi criado em 2006, com a finalidade de abrigar presos de alta periculosidade,
com a construção e gerenciamento de presídios de segurança máxima no
território brasileiro. As penitenciárias federais do Brasil, cada uma com
capacidade para 208 presos, apresentam o que há de mais moderno no
sistema de vigilância em presídios, como equipamentos que identificam drogas
e explosivos nas roupas dos visitantes, detectores de metais, câmeras
escondidas, sensores de presença, entre outras tecnologias. Cada preso é
confinado em celas individuais, sendo monitorado 24 horas por dia, por um
circuito de câmeras em tempo real

Videoconferência
Sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei 11.900/09 permite o
uso de videoconferência em tempo real, para o interrogatório de presos, sem
que estes deixem os estabelecimentos prisionais, podendo ser usado quando
houver risco à segurança pública, ou quando da impossibilidade do
comparecimento do preso em juízo.
Polícia Civil do Brasil
As Polícias Civis (PC) são instituições históricas que exercem funções
de polícia judiciária, nas unidades federativas do Brasil, cuja função é, de
acordo com o artigo 144 da Constituição Federal de 1988, o exercício
da segurança pública.[1] As polícias civis são subordinadas
aos Governadores dos Estados ou do Distrito Federal e dos Territórios e
dirigidas por delegados de polícia de carreira.
Ainda de acordo com o artigo 144, § 4º, da Constituição Federal, que especifica
o papel das Polícias Civis, são funções institucionais destas, ressalvada a
competência da União:

• apurar infrações penais, exceto as militares.


• o exercício das funções de polícia judiciária.

Helicóptero da Polícia Civil do Rio de Janeiro

Índice

• 1Funções
• 2Denominação
• 3Origem
• 4Organização
o 4.1Direção-Geral
o 4.2Departamentos de Polícia
o 4.3Delegacias e Distritos Policiais
o 4.4Unidades de Operações Especiais
• 5Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil
• 6Quadros funcionais
o 6.1Delegados ou Superintendentes
o 6.2Investigadores ou inspetores
o 6.3Escrivães de Polícia ou Oficiais
o 6.4Papiloscopistas ou Datiloscopistas
o 6.5Peritos Criminais
• 7Desvios comportamentais e controle da polícia
• 8Vítimas no cumprimento do dever
• 9Polícias Civis por estado da federação
• 10Equipamentos
o 10.1Armamento
o 10.2Transportes Policiais
• 11Problemas
o 11.1Falta de efetivo
o 11.2Baixos salários
o 11.3Falta de estudos
• 12Ver também
• 13Referências

Funções

Viaturas da Polícia Civil do estado de São Paulo

São funções institucionais das polícias civis dos estados brasileiros:

• Exercer, com exclusividade, as atividades de polícia judiciária e apurar as


infracolocadas e penais (exceto militares) no âmbito do território estadual,
na forma da legislação em vigor;
• Concorrer para a convivência harmônica da comunidade;
• Realizar as investigações indispensáveis aos atos de Polícia Judiciária;[2]
• Promover as perícias criminais e médico-legais necessárias, quando
mantiver órgãos periciais, ou requisitá-las aos órgãos competentes, ou, na
falta de peritos dos órgãos citados, designar a autoridade policial peritos
"ad hoc" para realizá-las.
• Proteger pessoas e bens;
• Proteger direitos e garantias individuais;
• Reprimir as infrações penais;
• Participar dos Sistemas Nacionais de Identificação Criminal, de Armas e
Explosivos, de Roubos e Furtos de Veículos Automotores, Informação e
Inteligência, e de outros, no âmbito da segurança pública;
• Promover a identificação civil e criminal quando mantiver órgão de
identificação, ou requisitá-la ao órgão competente;
• Recrutar, selecionar, formar e aperfeiçoar profissional e culturalmente os
policiais civis;
• Colaborar com o Poder Judiciário, com o Ministério Público e demais
autoridades constituídas;
• Participar da proteção do bem-estar da comunidade e dos direitos da
pessoa humana;
• Manter serviço diuturno de atendimento aos cidadãos;
• Custodiar provisoriamente pessoas presas, nos limites de sua
competência;
• Apurar transgressões disciplinares atribuídas a policiais civis;
• Controlar e executar a segurança interna de seus órgãos;
• Estabelecer o controle estatístico das incidências criminais no Estado, do
desempenho de suas unidades policiais e dos demais dados de suas
atividades;

Denominação
O termo "civil" origina-se do Decreto Imperial nº 3 598, de 27 de
janeiro de 1866, que criou a Guarda Urbana no Município da Corte e que
dividiu a polícia em civil e militar. O ramo militar era constituído pelo Corpo
Militar de Polícia da Corte, atual Polícia Militar, órgão policial com organização
castrense, enquanto o ramo civil era constituído pela Guarda Urbana,
subordinada aos delegados do chefe de polícia da corte e extinta após
a Proclamação da República, quando foi sucedida pela Guarda Civil do Distrito
Federal.
Atualmente, as Polícias Civis, originárias de 1808, continuam integradas por
servidores públicos com estatuto civil, com funções instituídas no artigo 144
parágrafo 4º da Constituição Federal, a elas incumbindo as funções de polícia
judiciária e a apuração das infrações penais, enquanto, pelo parágrafo 5º do
mesmo artigo, cabe, às Polícias Militares estaduais, a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública bem como infrações penais militares no âmbito
estadual (exceto as cometidas por membros dos Corpos de Bombeiros Militar)
e são consideradas, nos termos do parágrafo 6º, forças reservas e auxiliares
do Exército Brasileiro.
São, portanto, Polícia Civil e Polícia Militar corporações diversas quanto a sua
natureza e atribuições, sendo, entretanto, complementares quanto à execução
de seus serviços no tocante à segurança pública.

Origem

Delegacia do Catete, no Rio de Janeiro

A polícia judiciária no Brasil remonta ao início do século XVII, quando os


alcaides exercendo as suas funções nas vilas da Colônia realizavam diligências
para a prisão de malfeitores, sempre acompanhados de um escrivão que do
ocorrido lavrava um termo ou auto, para posterior apresentação ao magistrado.
Mais tarde surgiu a figura do ministro criminal que nos seus bairros mesclava
as atribuições de juiz e policial, mantendo a paz, procedendo devassas e
determinando a prisão de criminosos.
A partir de 1808, com a criação da Intendência Geral de Polícia da Corte e do
Estado do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, sob a direção do
intendente Paulo Fernandes Viana e a instituição no mesmo ano da Secretaria
de Polícia, o embrião da atual Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro,
seguida da criação do cargo de Comissário de Polícia em 1810, fixou-se na
nova estrutura policial o exercício da polícia judiciária brasileira.
Durante o governo imperial coube o seu desempenho aos Delegados do Chefe
de Polícia, cargo preservado depois da Proclamação da República em 1889 na
Polícia Civil do Distrito Federal e nas polícias civis dos demais estados da
federação.
A partir de 1871 a apuração das infrações penais e da sua autoria passou a ser
realizada no curso do Inquérito Policial, previsto no Código de Processo Penal
brasileiro. O inquérito policial é conduzido de forma independente pelas polícias
civis e Polícia Federal, que o remetem ao juízo criminal competente após a sua
conclusão. O Ministério Público poderá requisitar diligências complementares
destinadas a melhor instruí-lo para o oferecimento da ação penal.

Organização
Direção-Geral
As polícias civis são dirigidas por Delegado de Polícia de carreira, mas a
denominação do cargo designativo da direção-geral pode variar de um estado
brasileiro para outro, como Chefe de Polícia, Delegado Geral de Polícia ou
Superintendente da Polícia Civil.
O Chefe de Polícia ou Delegado Geral preside o Conselho Superior da Polícia
Civil, órgão colegiado de assessoramento superior integrado pelos Diretores
dos Departamentos de Polícia.
Departamentos de Polícia
Departamento de Polícia da Capital ou Metropolitana
Direção e coordenação das delegacias da capital do estado ou das grandes
áreas metropolitanas.
Departamento de Polícia do Interior
Direção e coordenação das delegacias dos municípios do interior dos estados.
Departamento de Polícia Especializada
Direção e coordenação das delegacias e órgãos policiais especializados na
repressão de determinadas infrações penais ou determinados tipos de
delinquência, como por exemplo:

• Delegacia Antissequestro
• Delegacia de Atendimento à Mulher
• Delegacia de Atendimento à Terceira Idade
• Delegacia de Polícia Fazendária
• Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente
• Delegacia de Homicídios
• Delegacia de Crimes de Informática
• Delegacia de Crimes contra a Saúde Pública

Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial

Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis

Delegacia de Proteção à Infância e Adolescência

Grupos ou Núcleos de Operações Especiais

Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência
Departamento de Polícia Técnico-Científica
Direção e coordenação dos órgãos da perícia criminalística ou médico-legal
quando subordinados às polícias civis. (Em diversos estados existem polícias técnico-
científicas que não pertencem às polícias civis.)

Delegacias e Distritos Policiais


A maioria dos cidadãos tem contato com as polícias civis mediante suas
unidades policiais ou unidades de polícia judiciária, geralmente,
denominadas delegacias de polícia ou distritos policiais, distribuídos pelo
território das grandes cidades ou pelos municípios, constituindo as
circunscrições policiais.
A divisão em circunscrições origina-se dos comissariados (commissariat) do
povo da Revolução Francesa, espalhados por todo território francês, onde o
comissário recebia e solucionava as reclamações populares em nome da
Revolução.
Ainda hoje, os comissários de polícia da Polícia Francesa, com atribuições
semelhantes ao Delegado de Polícia brasileiro, são considerados as
autoridades mais próximas dos cidadãos, tendo a responsabilidade de exercer
as suas funções de forma a representar condignamente a alta administração,
nas suas áreas de atuação.
Unidades de Operações Especiais

Blindado da CORE-Polícia Civil RJ

Nas polícias civis existem unidades especiais, tipo SWAT, para pronto emprego
nas ocorrências que possam representar maior risco à incolumidade física dos
cidadãos e policiais. Operam, também, em reforço às demais unidades
policiais, quando estas necessitam de apoio operacional para a realização de
diligências ou prisões de marginais, principalmente, em áreas de criminalidade
violenta.
São unidades policiais constituídas de pessoal verdadeiramente especializado,
com espírito de equipe em alto grau, dominando a técnica da desativação de
engenhos explosivos, completo conhecimento do armamento e sua utilização,
bem como, formação em alpinismo militar, operações helitransportadas e artes
marciais.
Essas unidades de operações especiais, como a Coordenadoria de Recursos
Especiais - CORE, do Rio de Janeiro, o Grupo de Operações Especiais - GOE,
de São Paulo, a Divisão de Operações Especiais - DOE, do Distrito
Federalático 3 - GT3, de Goiás, o Grupo de Resposta Especial - GRE e a
Patrulha Metropolitana Unificada de Apoio - PUMA, de Minas Gerais e outras,
dos demais estados, pelo forte compromisso institucional e presença
permanente na linha de frente dos confrontos com a criminalidade, tendem a
desenvolver grande devotamento à causa da sociedade.

Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil


É um órgão colegiado que congrega os Chefes das Polícias Civis dos estados
brasileiros.[3]
Presidido por um dos seus membros, eleito dentre os pares, tem caráter
consultivo e normativo referentemente à doutrina policial e aos procedimentos
de polícia civil.

Quadros funcionais
Delegados ou Superintendentes
São responsáveis por dirigir as Polícias Civis (art. 144, § 4º da Constituição) e
encarregadas de presidir o inquérito policial, instrumento que formaliza a
investigação criminal a cargo das policias judiciárias brasileiras. É o Delegado
de Polícia o responsável pela parte jurídica da investigação, formalizando os
atos e representações que lhe são apresentados pelos investigadores. É
também função do delegado a lavratura da prisão em flagrante.
Investigadores ou inspetores
São os responsáveis de fato pela investigação criminal. São os inspetores ou
agentes de polícia que fazem as atividades investigativas, levantamento de
provas, entrevistas de pessoas e análise de laudos, interceptações, análises
financeiras, análise de vínculos, de quebras de sigilo e etc. Ao fim de seus
trabalhos, os inspetores ou agentes elaboram o relatório investigativo que irá
subsidiar o inquérito policial. No Rio de Janeiro, a partir de 2008, o cargo de
Inspetor de Polícia passou a ser de 3° Grau, numa clara intenção da política de
administração da Polícia Civil de criar órgãos de coordenação (os Inspetores)
dos serviços investigativos, levados a cabo pelos Investigadores Policiais, dos
quais se exige 2° Grau. A tendência de modernização das polícias civis do
Brasil indica que a eficiência investigativa está na multidisciplinaridade e na
captação de pessoas em várias áreas de formação.
Escrivães de Polícia ou Oficiais
São os policiais dotados de fé pública, os quais são responsáveis pela
formalização de procedimentos, inclusive coleta de provas subjetivas, tais
como: registro de interrogatórios, reconhecimentos fotográficos e pessoal,
acareações, depoimentos, declarações e informações. O Escrivão de Polícia
também é o responsável por expedir requisições periciais, ordens de serviços e
intimações. Detém a guarda, controle e gestão de livros, materiais apreendidos,
além de recolher fianças arbitradas pelo delegado de polícia. É o policial civil
que cuida dos inquéritos policiais, fazendo a guarda em cartório e controle de
prazos. O Escrivão de Polícia tem importante papel no desenvolvimento das
investigações criminais, se valendo de informações em banco de dados
eletrônicos para subsidiar e atualizar situações em investigações. Em alguns
estados, este cargo recebe a nomenclatura de Oficial: Oficial de Polícia Civil ou
Oficial de Cartório Policial. Há debates em andamento para extinção do cargo
de Escrivão de Polícia, uma vez que, com o advento de tecnologias e o nível
superior para a maioria das carreiras policiais, está tornando-se desnecessário
um cargo específico para a finalística de escrivanato. Além do que, quem
defende a ideia da extinção do cargo de Escrivão de Polícia entende que é
será um passo importante para a desburocratização da investigação e assim
aumentar a eficiência.
Papiloscopistas ou Datiloscopistas
Papiloscopista policial é o profissional especializado em trabalhar com a
identificação humana, geralmente através das cristas de fricção da pele.
Usualmente, essa identificação é feita com base nos desenhos papilares
presentes nos dedos (dactiloscopia) e das palmas das mãos (quiroscopia), bem
como dos artelhos e plantas dos pés (podoscopia). A identificação utilizando as
papilas dérmicas é realizada pelos especialistas em necropapiloscopia, quando
a camada mais externa da pele, denominada epiderme, tenha sido destacada
por decorrência do processo de decomposição. O processo de identificação
mais utilizado pela Polícia Judiciária, com base científica até hoje não posta em
dúvida, é o da identificação dactiloscópica.
Peritos Criminais
Os Peritos Criminais das Polícias Civis são os auxiliares da justiça em
questões técnicas que exijam conhecimento específico de uma área do
conhecimento, divididos geralmente em Peritos Criminais e Médicos Legistas,
são policiais especialistas obrigatoriamente detentores de diploma universitário
que, em razão de conhecimentos científicos e técnicos, que assessoram o
processo investigatório com o conhecimento especializado de que são
detentores.

Desvios comportamentais e controle da polícia


Os servidores policiais tem a sua atividade funcional regida pelo Estatuto dos
Policiais Civis, devendo observar os princípios ditados pelo Código de Ética
Policial.
Entretanto, se ocorrerem desvios de conduta no exercício das funções deverão
os mesmos ser investigados pelas Corregedorias Gerais de Polícia, que fazem
parte do organograma das polícias estaduais, com atribuição de penalidades
compatíveis com a transgressão apurada.

Vítimas no cumprimento do dever


Corregedoria da Polícia Civil do Estado da Bahia - órgão fiscalizador da Polícia Civil

A carreira policial é a única que expõe permanentemente a vida dos seus


integrantes às conseqüências do confronto contra a criminalidade em defesa
da sociedade. Nas grandes cidades, onde é maior a incidência criminal, tem
ocorrido muitas mortes de policiais em serviço, no cumprimento do dever.
Essas mortes, em geral, decorrem dos confrontos armados ocorridos durante
as intervenções da polícia realizadas para repressão da delinquência criminal
ou prisão de criminosos em locais de difícil acesso.
A lei reconhece o valor do policial morto em serviço através da promoção por
bravura post mortem, promoção post mortem, deferimento de pensão especial
aos beneficiários do servidor e condecorações diversas.

Polícias Civis por estado da federação


São vinte e sete as polícias civis brasileiras e correspondem aos vinte e seis
estados da federação e mais o Distrito Federal. Recebem a denominação
oficial de Polícia Civil, seguida do nome da unidade federativa a que
pertencem, assim, Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Polícia Civil do
Estado de São Paulo, Polícia Civil do Estado do Paraná, etc.

Equipamentos
Armamento
Entre o armamento mais utilizado pelas polícias civis brasileiras estão as
pistolas calibre .40SW Taurus PT 100, Taurus PT 940, Taurus PT 640 e Taurus
PT 24/7, a carabina e a submetralhadora Taurus/FAMAE .40SW, os fuzis Colt
M16 cal. 5,56mm e IMBEL Para-FAL cal. 7,62mm e as submetralhadoras HK
MP5 9mm e Walther MPL 9mm. Algumas unidades policiais ainda usam
o revólver Taurus cal. 38 e a espingarda Winchester 12 GA. Incluem-se, ainda,
diversos tipos de granadas não letais.
Coletes balísticos também usando capacetes protetores são os equipamentos
complementares mais comumente disponíveis.
Transportes Policiais
As Polícias Civis utilizam veículos caracterizados e descaracterizados,
sobretudo dos tipos sedan e station wagon.
Para alguns estados de criminalidade violenta foram adquiridos carros
blindados para uso das unidades de operações especiais. O apoio aéreo às
atividades operacionais da polícia civil é assegurado por helicópteros,
como Esquilo AS350.

Problemas
Falta de efetivo
As Polícias Civis em geral sofreram ao longo das três últimas décadas,
problemas institucionais que refletem na percepção hodierna. A maioria dos
Estados Brasileiros possuem os efetivos das décadas de 80 e 90, totalmente
desproporcionais ao crescimento populacional. É corriqueiro nos meios
policiais, que os agentes políticos prefiram investimentos nas polícias militares,
em detrimento das polícias civis, pela visibilidade e caráter rígido de controle
político próprio do sistema militar, isso explica o crescente desenvolvimento
atípico de trabalhos de investigação pela polícia militar. Assim, faltam policiais
civis para as investigações e demais atividades de polícia judiciária em cidades
do país de elevada incidência criminal, com o previsível resultado de um
percentual reduzido de elucidação de delitos e identificação dos seus autores.
Baixos salários
Os baixos salários, a falta de autonomia funcional, falta de recursos como
impressoras, causam desmotivação generalizada aos servidores. Faltas estas
que atrelam as autoridades policiais a agentes e fatos políticos. Também são
problemas perceptíveis dentro das instituições policiais civis.
Falta de estudos
Ademais a própria doutrina criminal brasileira sofredora das "mazelas dos anos
de ferro" parece abster-se do entendimento real das instituições, não existem
estudos que digam o número de policiais civis necessários para a população, a
"contrário sensu" a doutrina nunca estudou seriamente a instituição policial,
sempre atrelando seu objeto de pesquisa ao problema final, nunca ao
entendimento sistêmico[4]: “Kant de Lima , Misse e Miranda (2000) ressaltam
que, muito provavelmente um dos fatores que afastaram a reflexão dos
cientistas sociais contemporâneos, durante um longo período, das etnografias
dos sistema judicial e policial brasileiro, foi o caráter hierárquico desses
sistemas, concebidos como sendo “meros reflexos de uma ordem opressora e
injusta”, nada tendo que ser estudados neles, a não ser seus modos de
extinção. Pode se inferir ainda que essa carência de estudos na área é
também, em grande parte, resultado da ausência de investimentos sistemáticos
do Estado em pesquisas sobre a organização policial, com vistas a prover uma
política pública na área de segurança.[5]”
Polícia Militar do Brasil
No Brasil, as Polícias Militares estaduais são as 27 forças de segurança
pública que têm por função a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública, através da atividade de policia ostensiva, função ampliada pela
Constituição Federal de 1988, superando a anterior com o policiamento
ostensivo, no âmbito dos estados e do Distrito Federal. Subordinam-se
administrativamente aos governadores, são forças auxiliares e reserva
do Exército Brasileiro, e integram o sistema de segurança pública e defesa
social do Brasil, ficando subordinadas às Secretarias de Estado de Segurança
Pública em nível operacional. São custeadas por cada estado-membro e, no
caso do Distrito Federal, pela União.
Seus integrantes são denominados militares estaduais, assim como os
membros dos corpos de bombeiros militares, sendo, dessa forma
subordinados, quando em serviço, à Justiça Militar estadual. Diferente do que
ocorre com os militares, que São os integrantes das três Forças Armadas
(Marinha, Exército e Força Aérea), que são subordinados a Justiça Militar da
União, na primeira instância e ao Superior Tribunal Militar na última.

Origens
Forças policiais das províncias
Com a morte de D. Pedro I em 1834, afastou-se em definitivo o receio de um
possível retorno do antigo monarca, e o temido realinhamento com Portugal.
Ocorrendo-se então, a rejeição e o afastamento dos extremismos, e efetivando-
se uma reforma constitucional; na qual sobreveio uma relativa descentralização
político-administrativa, sendo instituídos corpos legislativos nas províncias.
Com esse redirecionamento político, o Legislativo é que passou a fixar,
anualmente, e sobre informação do Presidente da Província, as forças policiais
respectivas.[11] As guardas municipais foram lentamente desativadas (algumas
permaneceram até a Guerra do Paraguai) e transformadas ou substituídas por
corpos policiais. A mudança não foi apenas uma troca de denominação, mas
de fato uma completa reestruturação do aparato policial existente.
Guarda Municipal Corpo Policial
Subordinada ao juiz de paz, Subordinado ao Presidente da Província,
e este ao Ministro da Justiça. e indiretamente ao Ministério da Guerra.
Jurisdição restrita aos distritos de paz. Jurisdição sobre toda a província.
Proibida de se reunir, sob pena de
Tropa aquartelada.
ser punida por reunião ilícita (conspiração).
Formação paramilitar. Formação militar modelada no exército.
Efetivo cadastrado, principalmente Efetivo recrutado voluntariamente,
pelas paróquias do município. ou forçado, nos momentos de crise.
O guarda municipal possuía outra ocupação A ocupação era profissionalizante, e o efetivo
principal, e não deveria receber tarefas que o podia ser destacado, temporariamente ou em
distanciasse muito de sua residência. definitivo, para qualquer região da província.
O guarda somente recebia pagamento quando
O efetivo era assalariado às expensas da
mobilizado por mais de três dias consecutivos de
província.
serviço.

Distintivo de Voluntários da Pátria, usado no braço direito do uniforme

Pela formação e estrutura, os corpos policiais são os que mais se aproximam


das atuais policiais militares; legítimos antecessores, com as quais possuem
ligação direta e ininterrupta. Durante e após a Guerra do Paraguai, os corpos
policiais por muito pouco não sofreram completa extinção, inicialmente por falta
de efetivos, enviados para a guerra como parte dos Voluntários da pátria, e
posteriormente pela carência de recursos financeiros. Entretanto, foi
justamente a guerra que lhes deu uma relativa homogeneidade nacional,
fortaleceu o espírito de corpo, e estabeleceu os fortes vínculos com o exército
que duram até os dias de hoje.
Corpos de voluntários da pátria
Praticamente todos os antigos corpos de polícia forneceram efetivo para
a Guerra do Paraguai, haja vista o pequeno efetivo permanente do exército
nacional, à época chamado de "1ª Linha". Como no período imperial não havia
serviço militar obrigatório, nem militares de reserva para emprego, foram
convocadas as corporações policiais militares para que estas fornecessem
pessoal para ser empregado no conflito. Formaram-se assim os Voluntários da
Pátria.[12]

República

Quartel da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, após combate à Intentona
Comunista em 1935
Batalhão de Infantaria, 1938 - Polícia Militar do Paraná

Com a Proclamação da República foi acrescentada a designação Militar aos


corpos de polícia, os quais passaram a denominarem-se Corpos Militares de
Polícia.[13]
Em 1891, foi promulgada a constituição republicana, que inspirada
na federalista dos Estados Unidos, passou a dar grande autonomia aos
estados (denominação dada às antigas províncias do Império do Brasil).
Pela nova constituição os corpos militares de polícia deveriam subordinar-se
aos estados, administrados de forma autônoma e independente; os quais
passaram então a receber diversificadas nomenclaturas regionais (Batalhão de
Polícia, Regimento de Segurança, Brigada Militar, etc.).
Os estados mais ricos investiram em suas corporações, transformando-as
progressivamente em pequenos exércitos regionais, com o objetivo de
impressionar os adversários, e também de afastar a possibilidade de
intervenções federais no Estado. Nesse momento, acirradas pelas divergências
da política, as polícias militares afastaram-se entre si, cada uma estabelecendo
suas próprias particularidades.
Em 1915, as dificuldades apresentadas no Conflito do Contestado (1913) e a
eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914), despertaram no Exército
Brasileiro a urgente necessidade de uma reformulação nas forças armadas
brasileiras. Nesse ano a legislação federal passou a permitir que as forças
militarizadas dos estados pudessem ser incorporadas ao exército, em caso de
mobilização nacional.[14]
Em 1917, a Brigada Policial e o Corpo de Bombeiros da Capital
Federal tornaram-se oficialmente reservas do exército;[15] condição essa a
seguir estendida aos estados. A aceitação desse acordo isentava o efetivo da
força estadual do serviço militar obrigatório, implantado em 1916. Entretanto, a
negação implicava o não reconhecimento dos postos e graduações pelo
governo federal, podendo os oficiais e sargentos ser convocados como simples
soldados. A partir desse momento ocorreu uma reaproximação das
corporações, passando a existir uma progressiva padronização de patentes,
uniformes, armamento e equipamentos.
Com a Revolução de 1930, as corporações praticamente fundiram-se num
mesmo modelo, com base no Exército Brasileiro, haja vista a nomeação de
interventores federais para diversos estados e, consequentemente, de oficiais
generais e superiores daquela força no comando das polícias. Após
a Revolução Constitucionalista de 1932, o governo federal começou a intervir
diretamente na organização policial dos estados, proibindo a aquisição de
equipamentos bélicos que pudessem colocá-las em condições de confronto
com as forças armadas. Dessa forma, proibiu-se que as polícias militares
criassem corpos de artilharia de campanha e de manter aviação de combate,
bem como limitou-se que estas tivessem o mínimo de tropas de cavalaria, em
geral, apenas uma unidade de nível regimento por corporação.

Pós-guerra
Com a queda do governo ditatorial de Getúlio Vargas, as polícias militares
retornaram ao completo controle dos estados.[16] A denominação Polícia Militar
oficializou-se e difundiu-se após a Segunda Guerra Mundial, devido à
divulgação e prestígio do termo ao final do conflito.

Policiamento ciclístico da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, 1950

A partir dessa época foi dado um novo direcionamento no emprego das polícias
militares, sendo diversificadas suas atividades e criados novos serviços
especializados; progressivamente foram desenvolvendo a configuração que
possuem atualmente.
Até então elas atuavam como autênticas gendarmarias, exercendo
principalmente a segurança de prédios públicos e fornecendo destacamentos
policiais ao interior dos estados. Em diversos centros urbanos, porém, o
policiamento ordinário era realizado pelas Guardas Civis[carece de fontes], segmentos
uniformizados das Polícias Civis estaduais.
Essa sobreposição não agradou a todos, e a cidade de São Paulo, por
exemplo, teve de ser dividida entre a Guarda Civil e a Força Pública (antiga
denominação da PMESP), com a primeira cuidando das regiões mais centrais
e urbanas, e a segunda das partes mais periféricas e rurais.
Um Volkswagen Fusca da Polícia Militar do Rio de Janeiro exposto na Estação Central do Brasil, Rio
de Janeiro.

Novas modificações foram inseridas com instituição da ditadura militar, em


1964. Em 1967 foi criada a Inspetoria Geral das Polícias Militares (IGPM)
subordinada ao exército. O policiamento fardado[17] passou a ser considerado
exclusividade das polícias militares, e foram extintas as guardas civis e outras
organizações similares, com seus efetivos transferidos para as corporações
militares ou mantidos nas civis, desempenhando outras funções, de acordo
com a conveniência dos governadores.
Na década de 1970, ocorreu um aumento na resistência ao governo militar, e a
maioria das polícias militares sofreu intervenções, tendo sido nomeados oficiais
do exército para comandá-las. Nessa época, novamente ocorreu uma
homogenização, na qual foi regulamentada uma classificação hierárquica
única, e até se tentou estabelecer um uniforme padronizado para todo país,
bem como os regulamentos disciplinares e organização administrativa bem
próxima à utilizada pelo exército.

Atualidade

Quartel do Derby, sede da Polícia Militar de Pernambuco, no Recife.

Com o fim do governo militar na década de 1980, as polícias militares voltaram-


se para o objetivo de recompor suas próprias identidades, fortemente
marcadas pela imagem da repressão dos dois longos períodos de regime de
exceção (de 1930 a 1945, e de 1964 a 1985). Passou-se a investir numa
reaproximação com a sociedade; tentando-se recuperar antigas modalidades
de policiamentos, e desenvolver outras novas.
Atualmente dois programas têm merecido especial atenção nas polícias
militares.
Policiamento Comunitário
Polícia comunitária é uma filosofia e uma estratégia organizacional que
proporciona uma parceria entre a população e a polícia. Baseia-se no princípio
de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para
identificar, priorizar e resolver problemas como crimes, drogas, medos,
desordens físicas, morais e até mesmo a decadência do ambiente. Com o
objetivo de melhorar a qualidade geral de vida de todos, o policiamento
comunitário baseia-se na premissa de que os problemas sociais terão soluções
cada vez mais efetivas, na medida em que haja a participação de todos na sua
identificação, análise e discussão.
PROERD

Emblema do PROERD.

Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, que tem por


base o D.A.R.E. (Drug Abuse Resistance Education), criado pela professora
Ruth Rich, em conjunto com o Departamento de Polícia de Los Angeles, EUA,
em 1983. No Brasil o programa chegou em 1992 através da Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro; sendo que desde 2002 se encontra em aplicação em
todas as polícias militares do país. O programa é pedagogicamente estruturado
em lições, ministradas obrigatoriamente por um policial militar fardado. Além da
sua presença física em sala de aula como educador social, propicia um forte
elo de ligação na comunidade escolar em que atua, estabelecendo uma sólida
base de apoio no trinômio: Polícia Militar, Escola e Família.
Estrutura operacional
As polícias militares estão estruturadas operacionalmente de maneira similar
ao Exército, organizadas em comandos
intermediários, batalhões, companhias e pelotões. Os batalhões são baseados
nos grandes centros urbanos, e suas companhias e pelotões são distribuídos
de acordo com a densidade populacional nas cidades circunvizinhas.
Normalmente os pelotões são também subdivididos em destacamentos ou
postos de policiamento. A polícia montada está organizada em regimentos,
divididos em esquadrões e pelotões.

Helicóptero Águia da PMSC.

Em escala decrescente, a estrutura operacional se subordina da seguinte


forma:
• Comando de Policiamento de Área (CPA) ou Região de Polícia
Militar (RPM);
o Batalhão de Polícia Militar (BPM);
▪ Companhia de Polícia Militar (Cia PM);
▪ Pelotão de Polícia Militar (Pel PM);
▪ Grupo de Polícia Militar
(Gp PM)
ou Destacamento de
Policiamento Ostensivo
(DPO) ou de Polícia Militar
(DPM);
▪ Posto de
Policiamento
Comunitário
(PPC)
ou Base de
Policiamento
Comunitário
(BPC).
Existem ainda outras denominações intermediárias, tais com: grupamentos
especiais, guarnições e também companhias independentes de polícia militar
(CIPM ou Cia PM Ind) que estão no mesmo nível de autonomia administrativa
dos batalhões; tendo, entretanto, efetivo e áreas de policiamento menores.
Uniformes

Companhia de Policia Feminina da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte

As forças armadas brasileiras herdaram muitas das tradições militares


portuguesas, e durante o período do império e parte do da República, com
poucas exceções, as polícias militares utilizaram uniformes azuis (azul ferrete).
Em 1903, o Exército Brasileiro adotou o uniforme caqui;[18] sendo então copiado
pelas PMs.
Em 1934, o Ministério da Guerra determinou, obrigatoriamente, a cor cáqui
para todas as forças de reserva militar (PMs e Tiros de Guerra).[19] Após
a Segunda Guerra Mundial as polícias militares adquiriram autonomia para
escolher as cores de seus próprios uniformes, entretanto, a maioria optou por
permanecer com o cáqui.
Durante o regime militar, em 1976, a IGPM sugeriu que as PMs adotassem a
cor azul petróleo (a cor do fardamento da Polícia Militar do Distrito Federal).
Por esse motivo algumas PMs mudaram seus uniformes. Atualmente a cor
cáqui, com variações para o bege, e a cor azul, com variações do cinza ao azul
escuro, são as principais cores dos uniformes das polícias militares brasileiras.

• Polícias militares com uniformes cáqui:


BMRS, PMAC, PMAL, PMBA, PMGO, PMMG, PMPB, PMPR, PMPE, PMPI, P
MSC, e PMTO.

• Polícias militares com uniformes azuis:


PMCE, PMAP, PMAM, PMDF, PMES, PMMA, PMMS, PMMT, PMPA, PMERJ,
PMRN, PMRO, PMRR, PMSE, e PMESP.
Observação: Isso se aplica somente aos uniformes de serviço. Os fardamentos
de gala, passeio, cerimoniais e outros possuem características próprias em
cada uma das corporações.

Telefone de emergência
Em todo o Brasil, o número do telefone de emergência é único e gratuito.
Para solicitar o auxílio da Polícia Militar basta discar UM (1), NOVE (9) , ZERO
(0).
Hierarquia
As polícias militares possuem, em regra, a mesma classificação hierárquica
do Exército Brasileiro, com modelos diferenciados de insígnias.[20] Porém,
algumas corporações promoveram a supressão legal de alguns graus
hierárquicos.
Modalidades de policiamento

Policial feminina junto a motocicleta no Paraná


Policiamento Rodoviário da Polícia Militar do Paraná

• Aéreo
Com helicópteros:
- Salvamentos e resgate
- Acompanhamento tático e policiamento ostensivo em geral
Com aviões:
- Patrulhamento ambiental
- Transporte de emergência

• Ambiental - prevenção e repressão a crimes ambientais


• Rural - patrulhamento das zoanas rurais
• Com cães:
- Combate ao tráfico de drogas (cães farejadores)
- Controle de distúrbios civis
- Resgate de pessoas perdidas, soterradas, etc.

Cão farejador da Polícia Militar de Sertãozinho, 43° BPM/I PMESP.

Patrulha escolar PMPR.

• De choque - restabelecimento da ordem social


• De guarda - segurança a presídios, consulados,
prédios públicos, etc.
• Escolar - segurança às escolas e universidades
• Escolta - proteção especial a pessoas ou bens
• Ferroviário - segurança em trens e estações
ferroviárias
• Fluvial, lacustre e marítimo - patrulhamento com
embarcações
• Motorizado - patrulhamento com veículos
automóveis e motocicletas
• Ostensivo a pé - patrulhamento básico, em geral
com o uso de radiotransmissores
• Rodoviário - controle do trânsito em estradas
rodoviárias
• Turístico - segurança e apoio a turistas
• Montado - destinado principalmente a
patrulhamento de parques, áreas rurais, regiões de
acesso restrito, etc.

Viatura do Batalhão de Polícia Militar Ambiental da PMPR.

- Controle de distúrbios civis

• Policiamento de trânsito - policiamento e


controle do trânsito urbano e em vias sob
competência estadual
• Velado - desuniformizado e descaracterizado,
para a preservação da ordem pública

Propostas de fim da polícia militar ou


desmilitarização das polícias
Na reunião do Conselho de Direitos Humanos das
Nações Unidas do dia 30 de maio de 2012,
o Brasil recebeu 170 recomendações para a melhoria
dos direitos humanos no país. Dentre estas está a de
abolir a polícia militar,[21] pois, de acordo com o relatório, a
polícia militar é "acusada de execuções sumárias e de
violações (de direitos humanos)" dito pelo governo
da Dinamarca e que seu serviço é caracterizado como
"esquadrões da morte" frisado pela Coreia do
Sul e Austrália.[22] O Brasil acatou 159 das 170
recomendações (94% do total) e não incluiu o fim da
polícia militar por ser um órgão cuja existência está na
constituição federal.[23]
Em 2013, a polêmica ressurgiu pois durante os protestos
no Brasil em 2013 os manifestantes foram alvos de
repressão policial.[24] Sobre a conduta da polícia militar
nos Protestos no Brasil em 2013 uma audiência foi feita
na Organização dos Estados Americanos.[25] Há outros
episódios como o de tortura do Pedreiro
Amarildo,[26] conhecido como Caso Amarildo, e os diversos
casos de abusos por parte dos policiais militares durante
a greve dos professores da rede pública do Rio de
Janeiro em outubro de 2013.[27][28] Há também registros de
casos de alteração da "cena do crime".[29][30]

Viaturas da PMSC.

Em 2015, novos casos de abusos e excessos cometidos


pela polícia militar são tornados conhecidos. Durante um
protesto realizado pelos professores do estado do Paraná
em 29 de abril de 2015, a polícia militar agiu com força
desproporcional contra os manifestantes, disparando 20
tiros por minuto.[31] Em Minas Gerais, nas comemorações
de 7 de setembro de 2015, a polícia militar usou do
excesso de força contra manifestantes
em Diamantina.[32] e em Montes Claros [33]
Em 2016, a Polícia Militar entrou em choque em Belo
Horizonte contra o bloco carnavalesco "Bloco da
Bicicletinha", atacando foliões, derrubando e atropelando
bicicletas e usando bombas de gás e balas de borracha
contra um enorme grupo de ciclistas que seguia
pacificamente pelo centro da capital. A abordagem
começou a partir de um atropelamento de um ciclista por
uma viatura militar. Segundo a versão policial, o folião
teria jogado sua bicicleta contra o para-choque da viatura
e ela teria então ido parar debaixo do carro que se
encontrava parado.[34][necessário esclarecer]
Partidos como o PCO (Partido da Causa Operária) e o
seu presidente, Rui Costa Pimenta, defendem o fim da
Polícia Militar, afirmando que a instituição é uma máquina
de repressão do estado contra as classes mais pobres da
população, sendo utilizada para defender as classes mais
altas e a elite. Critica ainda o alto número de suicídios de
agentes na corporação, e que a maioria dos mortos pela
PM são jovens e negros, que acabam entrando para o
crime por serem marginalizados da sociedade.[35][36]

Patrono nacional das polícias militares


O patrono nacional das polícias militares é Joaquim José
da Silva Xavier, o Tiradentes. Ele nasceu no distrito
de Pombal, no atual estado de Minas Gerais.
Foi Alferes de milícia, e comandante do destacamento
de Dragões na patrulha do Caminho Novo, estrada que
servia como rota de escoamento da produção mineradora
da Capitania das Minas Gerais ao porto do Rio de janeiro.
Participou do movimento denominado Inconfidência
Mineira, e foi executado em 21 de abril de 1792, data em
que se comemora o "Dia da Polícia Militar" no Brasil (e,
em alguns estados, também o da Polícia Civil).
Tiradentes é considerado Patrono Cívico, sendo a data
de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome
consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da
Liberdade, como Herói Nacional do Brasil.

Missões de paz da ONU


Ver artigo principal: Forças de manutenção da paz das
Nações Unidas

Viatura blindada da PMERJ.


Regimento de Polícia Montada (RPMon) PMPR.

Embarcações do BPFron da PMPR, 2017.

Atualmente existem hoje dezessete missões de paz


espalhadas pelo mundo envolvendo milhares de pessoas;
sendo que cerca de cem mil são militares. E o aumento
da demanda nas Nações Unidas pelas operações de paz
veio acompanhada do aumento da sua complexidade e
que essas operações se tornaram mais desafiadoras
necessitando de membros mais especializados e melhor
treinados.[37] Como exemplo: o Haiti não tem um exército
próprio, cabendo à Polícia Nacional a função de garantir a
segurança não apenas para os civis, mas também nas
fronteiras. Argentina, Chile, Colômbia e México têm
enviado contingentes de policiais para o Haiti.
Efetivo atual (2013) de policiais militares brasileiros em
missões de paz da ONU.[38]
MINUSTAH (Mission des Nations Unies pour la
stabilisation en Haïti) - Haiti

• Polícia Militar do Distrito Federal - 03 (duas


policiais femininas)
• Polícia Militar de Pernambuco - 01
• Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - 02
• Polícia Militar do Estado de Sergipe - 01
UNMIS (United Nations Mission in Sudan) - Sudão

• Polícia Militar de Alagoas - 01


• Brigada Militar do Rio Grande do Sul - 01
• Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - 01
• Polícia Militar de Santa Catarina - 01
• Polícia Militar do Estado de São Paulo - 02
(duas policiais femininas)
• Polícia Militar do Paraná - 01
UNIOGBIS (United Nations Integrated Peacebuilding
Office in Guinea-Bissau) - Guiné-Bissau

• Polícia Militar do Paraná - 02


ONUMOZ (United Nations Mission in Mozambique)
- Moçambique
• Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - 02
• Policia Militar do Estado de Sergipe - 03
policiais
UNAMET (United Nations Mission in East Timor) - Timor-
Leste

• Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - 02


UNPROFOR (United Nations Protection Force)
- Croácia e Bósnia e Herzegovina

• Brigada Militar do Rio Grande do Sul - 05


No Brasil, o controle sobre a participação de policiais
militares e civis em operações de paz está sob o
comando do Ministério da Defesa, mas existe um projeto
que transfere esse controle para a Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp), que é ligada ao Ministério
da Justiça.
A Polícia Militar do Estado de Sergipe, para fins de
exemplo, iniciou sua presença em Missões de Paz das
Nações Unidas, no ano de 1994, com a ONUMOZ
(Missão das Nações Unidas em Moçambique), da qual
participaram três oficiais, os tenentes Adeilson Barros
Meira, Abiner Lobo e Aristóteles Macedo Filho, cujo
mandato consistia, entre outros serviços, o de monitorar o
trabalho desenvolvido pela polícia moçambicana,
verificação do processo eleitoral e verificar o cumprimento
de o Acordo Geral de Paz que pôs fim a uma guerra civil
de 16 anos.

Tropa de choque da PMERJ em ação.

Má conduta
Ver também: Violência policial no Brasil
Entre 2010 e 2013 foram denunciados uma série de
casos de abusos sexuais de crianças e adolescentes em
colégios da Polícia Militar. O pai de uma aluna que foi
abusada no Colégio Tiradentes de Montes Claros disse
que dentre um professor de Educação Física, "um vice-
diretor da instituição conhecido pelo nome de Cássio
também aliciou diversas estudantes na escola, mas já foi
excluído do educandário. Há informações também de que
um sargento da PM, que trabalhava na escola, usava do
poder de polícia para aliciar as adolescentes (...)
possivelmente existe uma rede de pedofilia na instituição
militar, onde diversos funcionários faziam de conta que
nada de anormal estava acontecendo." Na mesma rede
de colégios, porém em SantoÂngelo, no Rio Grande do
Sul, o pai de uma aluna de 15 anos disse que "Ela estava
sendo assediada dentro do Colégio Tiradentes por um
sargento (...) os abusos ocorreram em pelo menos cinco
ocasiões. Os atos de violência aconteceram dentro e fora
da instituição". [39] Um soldado da PM denunciou que seu
filho de 12 anos, estudante do Colégio Militar de São
Paulo, era abusado sexualmente por um inspetor escolar
que não estava registrado na Polícia Militar. O pai do
aluno questionou: "São 10 mil alunos nos colégios da PM.
Quem garante que isso é um caso isolado, que nunca
aconteceu? A criança fica constrangida a
denunciar."[39] Em 2019, diversos professores de colégios
militares de Manaus foram afastados após denúncias
formais serem feitas na Seduc.[40]

Você também pode gostar