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História

A profissão é uma das mais antigas da humanidade, e também a 2.ª mais


perigosa do mundo, conforme elencou a Organização Internacional do
Trabalho - OIT. Por se tratar de função tipica de estado, para exercer o cargo é
necessário ser maior de 18 anos possuir nível de escolaridade médio ou
superior de acordo com cada estado e prestar concurso público, para se tornar,
então, servidor público estadual ou Federal. No entanto, alguns estados burlam
a constituição e ao invés de realizar concurso público para policial penal e
abrem processos seletivos para contratar agentes temporários, violando o
artigo 37.º da CF. Esses servidores contratados em regime temporário não
gozam das prerrogativas do efetivo.
O Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito de policial penal se
aposentar com 25 anos de atividade, com fundamento no art. 40, § 4.º da
Constituição e no art. 57 da Lei n.º 8213/91, que dispõe sobre o plano de
benefícios da previdência social. É um dos poucos cargos onde incidem
periculosidade e insalubridade em simultâneo.
O seu exercício é considerado como serviço essencial, pela Lei das Greves n.º
7.783/89 (que regulamenta o art. 9.º da CF/88), por se tratar de uma
necessidade inadiável da comunidade, que, se não atendida, coloca em perigo
iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população. É tido como
atividade securitária pública nacional conforme o art. 3.º, IV, da Lei Federal n.º
11.473/2007, e, visto o art. 144 da CF, é exercida para a preservação da ordem
pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Polícia Penal
Foi criada a nova polícia do Brasil a qual é a Polícia Penal (Polícia
Penitenciária). Os senadores já aprovaram a proposta em 2017 (PEC 372) e os
deputados aprovaram em 2019 a inclusão do artigo 144 da constituição Federal
da nova POLÍCIA que transformaram os Agentes Penitenciários em Policiais
Penais. A PEC de autoria do senador Cássio Cunha Lima, acrescenta essas
polícias ao rol dos órgãos do sistema de segurança pública. Os servidores que
exercem a função devem passar a ter os mesmos direitos das outras carreiras
policiais. A proposta determina como competência dessas novas instâncias a
segurança dos estabelecimentos penais e a escolta de presos. A intenção é
liberar as polícias civil e militar das atividades de guarda e escolta de presos,
ou seja, haverá uma polícia especializada para cuidar das unidades prisionais,
mais uma ferramenta do Estado contra o crime organizado e também mais
ressocialização do interno. A Polícia Penal segue o modelo italiano das Polícias
Penitenciárias Estaduais e Federais, transformando o cargo de Agente
Penitenciário em Policial Penal Estadual ou Federal, assim como existe em
vários Países com atribuições de ostensividade (polícia militar), repressão dos
crimes (polícia civil) e atos praticados pelos detentos, dentro e fora dos
estabelecimentos penais; sendo devidamente inclusos no art. 144 da
Constituição Federal. De fato os Agentes Penitenciários já realizam atividades
policiais, resta apenas o Estado formalizar o sistema prisional como órgão da
segurança pública. No estado do Rio de Janeiro, a Polícia Penitenciária está
prevista no art. 183 da sua Constituição Estadual e em Pernambuco, o decreto
n.º 34.521/2010 traz sobre o uso das viaturas pela Polícia Penitenciária.

Maranhão
No Maranhão data da década de 80 o primeiro concurso para o cargo de
agente prisional, o qual posteriormente passou a ser denominado agente
penitenciário (nível fundamental) e inspetor penitenciário (nível médio). Este
último está em processo de extinção e atualmente é igualado ao primeiro, na
prática. Em 2014 foi realizado o primeiro concurso para agente penitenciário
com exigência de nível superior em qualquer área de graduação. Em 2016
houve outro concurso também nível superior, sendo considerado o mais
concorrido da história do sistema penitenciário do Maranhão. Com a lei federal
12.993/14 em vigor, todos os agentes efetivos receberam uma pistola PT 840
acautelada do governo do Estado. No ano de 2017 a nomenclatura do cargo foi
novamente alterada para "agente estadual de execução penal". A Lei n.º
10.738, de 12 de dezembro de 2017, consolidou a guarda prisional do
Maranhão, a qual é composta pelo Agente e também pelo auxiliar de
segurança penitenciário. Portanto, hoje no sistema penitenciário do Maranhão
existe o Agente estadual de execução penal e o auxiliar de segurança
penitenciário. Ao agente compete fazer a segurança armada interna e externa
da unidade prisional, realizar escoltas de presos, dirigir veículo oficial /viatura,
coordenar a equipe de auxiliares, dirigir unidades prisionais e demais
atividades que envolvam armas de fogo e chefia. Já aos auxiliares cabe abrir e
fechar celas com a supervisão do agente, abrir e fechar cadeados, revistar
presos e visitantes, algemar presos, revistar celas e veículos, acompanhar
agentes em escoltas e demais atividades que não envolvam armas de fogo. O
auxiliar não possui a prerrogativa de portar arma de fogo. Existe também o
agente temporário contratado através de seletivo com o prazo de 1 ano
podendo. Atualmente o sistema penitenciário passa por constante melhorias
em aparelhamento, estrutura física de unidades prisionais, aumento de
servidores concursados e temporários. Resta ainda reposição salarial, uma vez
que apesar de no Maranhão ter uma das melhores remunerações do país entre
os agentes penitenciários, os servidores perderam para a inflação e não
recebem reajuste significativo.
LEI DE CRIAÇÃO:
PL 3408/2020 Inteiro teor. Projeto de LeiInstitui a Lei Geral da
Polícia Penal e dá outras providências. Dados Complementares:
Altera as Leis nº 10.826 de 2003 e 13.675 de 2018. Criação, Lei
Geral da Polícia Penal, Princípios, competência, Estrutura
organizacional, Carreira profissional, polícia penal, diretrizes .

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/
emc/emc104.htm

Argumentos a favor da criação da Polícia


Penal 
Um dos principais argumentos favoráveis já há algum tempo é o
de que, com  a criação da Polícia Penal, haverá uma valorização da
profissão de agente penitenciário e a mesma também  passará a
ser regulamentada nos mesmos moldes como acontece com as
profissões de carreira policial.

Outro argumento favorável, segundo ex-senador Cássio Cunha


Lima (PSDB-PB) – conforme apontado pelo Conjur – é de que a
Polícia Penal poderia ocasionar a liberação dos Policiais Civis e
Militares da atividade de transporte de presos, possibilitando a
essas entidades contar com um maior efetivo para cumprir suas
outras demandas.

Quem são os policiais penais?


O policial penal, anteriormente conhecido como Agente/Inspetor
Penitenciário/Carcereiro, é um oficial responsável por manter a
ordem e disciplina dos detentos nas casas penais.  Apreensões de
drogas e celulares, revistas pessoais nos internos, familiares e
visitantes, revista em veículos que adentram as unidades prisionais,
controle de rebeliões e ronda externa na área do perímetro de
segurança ao redor da unidade prisional também fazem parte da
função do policial penal. Estima-se que haja no Brasil
atualmente 110 mil profissionais desse ramo.

Esses profissionais são subordinados às Secretarias de Estado de


Administração Penitenciária, Secretarias de Justiças ou Defesa
Social, dependendo da nomenclatura adotada em cada Estado.

O que é a Polícia Penal?


O termo Polícia Penal foi constituído após a aprovação da Emenda
Constitucional nº 104/2019 que alterou do inciso XIV do caput do artigo 21, o
§4° do artigo 32 e o artigo 144 da Constituição Federal de 1988.

A Polícia Penal será composta pelos Agentes Penitenciários. Até então o


cargo não era considerado como carreira policial. A priori, o objetivo é garantir
aos Agentes Penitenciários os mesmos direitos e benefícios dos policiais
– como, por exemplo, salário e poder de investigação – sem deixar de levar
em conta as suas especificidades de atividades profissionais.

Entre as responsabilidades da profissão estão a escolta de presos e a


segurança de estabelecimentos penais estaduais, federais e distrital. Assim
como nos outros cargos da carreira policial, os servidores da polícia penal
serão contratados por meio de concurso público, ficando proibido, a partir da
promulgação da Emenda, a contratação temporária de Agentes Penitenciários.

Qual a hierarquia da Polícia Penal?


I – Oficial Policial Penal; II – Inspetor Policial Penal; III – Comissário
Policial Penal; e IV – Agente Policial Penal.

Como é a atuação de um policial penal?


Como o próprio nome sugere, a polícia penal tem como principal
competência a execução de atividades relacionadas à atividade penal.
Alguns exemplos de tarefas realizadas são as seguintes:

 policiamento das unidades prisionais;


 policiamento de prisão domiciliar;
 policiamento de monitoração eletrônica;
 policiamento de medidas restritivas relacionadas à Lei Maria
da Penha;
 policiamento de outras medidas cautelares diversas da
prisão;
 atividades de investigação de crimes e outras relacionadas à
inteligência investigativa que envolvem atos criminosos
realizados no ambiente prisional.

Além disso, o Art. 4° do Código Processual Penal brasileiro estabelece


que o inquérito policial não é uma competência exclusiva da polícia
judiciária, ou seja, a Civil. Outras autoridades administrativas podem
executar procedimentos de investigação no exercício de suas funções.
Também é importante reconhecer a natureza jurídica dos
procedimentos de investigação que são feitos nos setores de
inteligência da polícia penal. Nesse sentido, eles equivalem à “peça de
informação”. Isso significa, que o seu trabalho está relacionado a
fornecer dados e informações para os julgadores, além de cuidar da
ordem do sistema penitenciário.

Por fim, é importante mencionar que o policial penal tem rotinas de


trabalho bem diferentes. Podendo trabalhar em escalas diferenciadas,
como 12 por 36, havendo a necessidade de exercer o trabalho noturno
em alguns casos.

Como funciona o porte de arma de fogo


para o policial penal?
Inicialmente, é importante entender que o policial penal tem direito ao
porte de arma. Seja de origem particular ou aquela fornecida pela
instituição. Por força de lei, todo policial pode andar armado em
território nacional. Como a policia penal entra para essa carreira, eles
também têm esse direito.

Contudo, esse profissional só pode andar armado quando preenche


alguns requisitos. São eles:

 estar em regime exclusivo de dedicação à polícia penal;


 fazer o curso de formação funcional por meio de aulas em
escola de tiro, balística e outros treinamentos relacionadas ao
regulamento próprio da instituição;
 submeter-se à fiscalização do controle interno relacionado ao
uso do equipamento, sua manutenção e cuidado.
Dependendo do tipo de presidio que o profissional atue, ele poderá ter
acesso a armas longas. Afinal, existem instituições penitenciárias que
são consideradas de segurança máxima e dependem de um forte
esquema armado que passa impreterivelmente pelos agentes da
polícia penal.

Além da arma de fogo, os policiais penais também podem utilizar


outros acessórios para garantir a sua segurança e integridade física.
Alguns exemplos são colete a prova de balas, capacetes, luvas,
coturno etc.

Além disso, o policial penal segue todas as regras de porte de arma


quanto qualquer outro membro da carreira no Brasil. Afinal, é algo que
exige extrema responsabilidade e o profissional é obrigado a fazer
exames médicos, técnicos e, principalmente, psicológicos. Eles
atestarão a capacidade do policial a manusear esse equipamento.

Quando a necessidade, o porte de arma para policiais penais é


importante para que eles possam exercer seu trabalho de forma
efetiva e segura para a sua própria integridade física, bem como a de
outros profissionais que atuam no sistema penitenciário.

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