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Haja vista a responsabilidade ter se dado pelo fato do produto e causado dano extrínseco, tal
responsabilidade atinge a saúde do consumidor, visto que o medicamento não garantiu a
segurança pretendida, mesmo se considerarmos o momento em que foi comercializado sem
contraindicações. Uma vez que em dado momento o medicamento passa a oferecer algum
risco à saúde, cabe responsabilização e tal afirmação encontra amparo legal no artigo 12, § 2
do CDC; e tal responsabilização recai sobre o fabricante, importador, construtor e produtor,
não obstante de culpa. Em se tratando de dano externo à saúde do consumidor, a natureza do
prazo é de cinco anos, havendo prescrição.
O consumidor tem o direito de exigir que a empresa execute novamente o serviço, isento de
custo, restituição integral do valor depositado monetariamente atualizado, sem qualquer
prejuízo de eventuais perdas e danos ou o abatimento proporcional do preço pago pelo
colchão. No caso supracitado, inexiste o prazo comum de 30 dias, e utiliza-se a regra geral de
90 dias, sendo considerado produto durável. A responsabilidade recai na empresa prestadora
de serviços, e encontra amparo legal no artigo 39, ll do CDC, respondendo pela inércia e recusa
referente à prestação dos serviços.
Sim, pois haverá relação de consumo sempre que envolver o consumidor, fornecedor e
produto/serviço. Ainda que seja uma instituição financeira, é aplicada ao CDC de acordo com a
súmula 297 do STJ. No caso em tela, verificamos a relação entre consumidor e fornecedor;
entretanto, o serviço prestado se dá de forma inválida, uma vez que não fora solicitado pelo
consumidor, e encontra amparo no artigo 39, VI do CDC. Há uma ressalva de que, se o crédito
aplicado fosse usado em benefício do consumidor, a instituição ficaria isenta da culpa.
4. Confirme ou não as seguintes assertivas, justificando a resposta com fundamentos legais.
Cada uma vale 5 pontos.
De fato, o CDC não só adotou a teoria da imprevisão, como também foi o primeiro a tratar
expressamente sobre o assunto no Brasil. A teoria da imprevisão vem com o intuito de
possibilitar a alteração de cláusulas contratuais que antes eram imutáveis e dessa maneira
evitar também o enriquecimento sem causa. Em seu artigo 6º, assegura ao consumidor o
direito de modificação das cláusulas contratuais que estabelecerem prestações
desproporcionais, e também a possibilidade de revisão contratual em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. É inegável que a teoria da imprevisão
é de suma importância no ordenamento jurídico brasileiro, uma vez que é absolutamente
possível o surgimento de fatos imprevisíveis após o vínculo contratual, podendo causar assim,
um enorme prejuízo ilícito para uma das partes.
Correto em partes. A responsabilidade civil adotada pelo CDC é objetiva, que significa dizer
que não depende da culpa ou dolo. O CDC ilustra em seus artigos 12 a 14 e 18 a 20, que tal
responsabilidade é objetiva e solidária entre os fornecedores do produto e os prestadores de
serviço. Entretanto, há uma exceção, no que diz respeito aos profissionais liberais prestadores
de serviço, onde estes só respondem se houver prova da culpa, pois nesta diz respeito à
responsabilidade subjetiva.