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1.

Pela previsão do artigo 28 do Código de Defesa do Consumidor, o juiz poderá desconsiderar a


personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito,
excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. Sobre
a desconsideração da personalidade jurídica no CDC, é CORRETO afirmar:

As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas são


solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do Código de Defesa do Consumidor.

As sociedades coligadas só responderão por dolo

Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de
alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
As sociedades consorciadas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do
Código de Defesa do Consumidor.

2. Em caso de vício de qualidade, o consumidor tem direito a reclamar ao


fornecedor, dentro do prazo legal de:

90 dias no caso de produtos duráveis e 30 para os não duráveis

30 dias para os produtos duráveis e não duráveis

15 dias em caso de produtos não duráveis e 30 para produtos duráveis

30 dias em caso de produtos duráveis e 10 dias não duráveis

Explicação:

Os prazos que os consumidores possuem para reclamar dos vicios apresentados nos produtos sao: 30
dias para produtos nao duraveis e 90 dias para produtos duraveis. Artigo 26 do CDC. Prazos
decadenciais.

3. Ao consumidor adquirente de produto de consumo durável ou não durável que


apresente vício de qualidade ou quantidade que o torne impróprio ou inadequado
ao consumo a que se destina, não sendo o vício sanado no prazo de 30 dias,
assegura-se

a imediata restituição do valor pago, atualizado monetariamente, não cabendo indenização.

a substituição imediata do produto por outro de qualquer espécie, em perfeitas condições de


uso.
o abatimento de até 50% do valor pago, em razão do vício apresentado e do inconveniente
causado pela aquisição de produto defeituoso.

convencionar com o fornecedor um prazo maior que 30 dias para que o vício seja sanado.

 
4. A inscrição de inadimplentes pode ser mantida nos
serviços de proteção ao crédito
C- por, no máximo, dez anos e, consumada a prescrição
relativa à cobrança do débito do consumidor, não serão
fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao
Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou
dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.
B- até que o débito que lhe deu origem seja integralmente
pago.
E- por, no máximo, cinco anos e, consumada a prescrição
relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão
fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao
Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou
dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.
A- por, no máximo, três anos, salvo se maior o prazo de
prescrição relativo à cobrança do débito, o qual prevalecerá
sobre o triênio.
D- pelo prazo, qualquer que seja ele, da prescrição relativa
à cobrança do débito.

Explicação:

A Súmula 323 foi editada com respeito ao artigo 43 do CDC, §§ 1º e 5º. Vejamos:

CDC. Art. 43, § 1º Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em
linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período
superior a cinco anos. 

CDC. Art. 43, § 5º Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não
serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam
impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores. 

Conforme se depreende do § 1º, não podem subsistir quaisquer informações negativas por período
superior a 5 anos, a contar da data de inscrição. O § 5º, por sua vez, determina a retirada de tais
informações negativas quando consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor.

A jurisprudência do STJ se firmou no sentido de que o prazo prescricional referido no art. 43, § 5º,
do CDC, é o da ação de cobrança, não o da ação executiva.[1]

5. Antônio recebeu em sua residência inúmeras cartas de cobrança, emitidas pela


concessionária de serviço público de fornecimento de energia elétrica, referente
a parcelas que já haviam sido pagas. Ocorre que, apesar da adimplência de
Antônio, o serviço de fornecimento de energia elétrica foi interrompido pela
concessionária, o que o levou a pagar o débito indevido e ajuizar ação ordinária
de repetição de indébito, com pedido de restituição em dobro do valor pago.
Antônio pleiteou ainda, nessa mesma ação, declaração de abusividade de
aumento tarifário. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
Para a devolução em dobro do débito pago indevidamente, Antônio deverá comprovar a
existência de má-fé da concessionária.
O pedido de declaração de abusividade do aumento tarifário possui natureza de direito ou
interesse difuso.
A comprovação de que a interrupção do fornecimento de energia se deu em virtude de culpa
exclusiva de terceiro não exclui a responsabilidade da concessionária.
Mesmo que fosse comprovado o inadimplemento de Antônio, a concessionária não poderia
interromper o fornecimento de energia elétrica, em face da essencialidade do serviço prestado.
A cobrança não caracteriza vício de serviço, devendo ser afastado o prazo decadencial previsto
no CDC para o ajuizamento da ação judicial.

Explicação:

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;

II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.

§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da


execução dos serviços.

§ 2º Obstam a decadência:

I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e


serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;

II - (Vetado).

III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.

§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o
defeito.

A decadência, por sua vez, refere-se à extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia
é, de origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado, tendo este se
esgotado sem que referido exercício se tenha verificado.

6. (Analista/Advogado - 2015 - DPE/MT - FGV) Com relação aos prazos de


prescrição e decadência previstos no Código de Defesa do Consumidor, analise
as afirmativas a seguir. I. O direito de reclamar pelos vícios ocultos no produto
caduca em 90 dias, quando se tratar do fornecimento de serviços e de produtos
duráveis. II. O consumidor tem 30 dias para reclamar pelos vícios aparentes ou
de fácil constatação tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não
duráveis. III. É de três anos o prazo prescricional para reparação de danos
causados por fato do produto ou do serviço, iniciando-se a contagem do prazo a
partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Assinale:

Se somente a afirmativa II estiver correta.

Se somente a afirmativa III estiver correta.

Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

Se somente a afirmativa I estiver correta.


Se todas as afirmativas estiverem corretas.

Explicação:

Item: D - Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

Assertiva: I - O direito de reclamar pelos vícios ocultos no produto caduca em 90 dias, quando se tratar
do fornecimento de serviços e de produtos duráveis.

II - O consumidor tem 30 dias para reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação tratando-se
de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis.  

O Código de Defesa do Consumidor, assegura que no caso de defeito (vício) do produto ou serviço, seja
ele, oculto ou aparente, o prazo para reclamar é de 30dias (bens não duráveis) ou 90 dias (bens
duráveis).

7. O CDC tem disciplina própria no que tange à prescrição e à decadência. Levando


em consideração o artigo 27 e o o §1º do artigo 18 do CDC, é correto afirmar
que

b) Decai em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por vício do produto e/ou
do serviço a contar entrega do produto ou da prestação do serviço;
c) Prescreve em 90 dias a reparação do fato do produto e/ou serviço, a contar da entrega do
produto ou do serviço;

d) A prescrição só começa a contar a partir do conhecimento do dano e de sua autoria;

e) A prescrição só começa a partir da manifestação do vício oculto.

a) Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por vício do produto
e/ou do serviço;

Explicação:

¿Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou
do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do
conhecimento do dano e de sua autoria.

Parágrafo único.  (Vetado) Interrompe-se o prazo de prescrição do direito de indenização pelo fato do
produto ou serviço nas hipóteses previstas no parágrafo 1° do artigo anterior, sem prejuízo de outras
disposições legais.¿

Referido artigo dispõe sobre a prescrição nos casos de responsabilidade por danos, isto é, nos acidentes
causados por defeitos  dos produtos ou serviços.

8. De acordo com orientação atualmente fixada em súmula do Superior Tribunal de


Justiça, a inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de
proteção ao crédito até o prazo máximo de
 três anos, independentemente da prescrição da execução.

cinco anos, independentemente da prescrição da execução.

Nenhuma das alternativas;

dez anos, independentemente da prescrição da execução.

cinco anos, salvo se maior for o prazo de prescrição da execução.

Explicação:

Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e
de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas
fontes.

        § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos,


claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo
conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos.

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