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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS


GRADUAÇÃO EM DIREITO

Disciplina: Direito do Consumidor (DIR5924)


Prof. Geyson Gonçalves
Aluno(a):

01. (DPE-CE) Adriana se submeteu a uma cirurgia plástica de abdominoplastia de fins


meramente estéticos, a qual foi executada pelo médico Tiago. Após a realização do
procedimento, o resultado não saiu como o esperado, e seu abdômen ficou com assimetrias
e diversas cicatrizes com formação de queloide. Considerando o posicionamento majoritário
do Superior Tribunal de Justiça sobre o assunto, em eventual demanda de reparação civil dos
danos decorrentes dessa situação hipotética,
A) Adriana deverá demonstrar que o médico agiu com imperícia, negligência ou
imprudência, tendo em vista que a aludida relação contratual encerra obrigação de
meio.
B) será possível a inversão do ônus da prova, por se tratar de obrigação de resultado.
C) a relação, caracterizada como obrigação de meio, deverá ser regida exclusivamente
pelo Código Civil, porquanto as disposições do Código de Defesa do Consumidor não se
aplicam aos contratos celebrados entre médicos e pacientes.
D) haverá presunção absoluta de culpa do médico, já que se trata de obrigação de
resultado.
E) Adriana fará jus aos danos materiais, independentemente da demonstração de culpa
de Tiago. No entanto, a paciente deverá comprovar que o médico agiu com
imprudência, negligência ou imperícia para a obtenção dos danos morais.

02. (DPE-CE) Segundo as normas sobre práticas abusivas regulamentadas pelo Código de
Defesa do Consumidor, é lícito ao fornecedor de produtos
A) permitir o ingresso em estabelecimento comercial de um número maior de
consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como máximo.
B) enviar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto.
C) condicionar o fornecimento de produto, com justa causa, a limites quantitativos.
D) deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação.
E) aplicar índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.

03. (DPE-CE) Suzana, que não possui inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis,
produz e vende bolos para festas há mais de 10 anos. Em razão de seu renome e experiência
neste mercado, foi contratada por Deise para o aniversário do seu filho. No dia seguinte à
festividade, vários convidados sofreram intoxicação alimentar e, após análise técnica,
verificou-se que o bolo servido no evento estava impróprio ao consumo. Considerando essa
situação hipotética,
A) poderá ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor, e todos os convidados
afetados, na condição de consumidores por equiparação, poderão pleitear a reparação
de danos em face de Suzana, observado o prazo prescricional de 5 anos.

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B) as normas aplicadas ao caso serão as previstas no Código Civil, cujo prazo prescricional
é de 3 anos, tendo em vista que Suzana não se enquadra no conceito de fornecedor do
Código de Defesa do Consumidor.
C) poderá ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor, mas somente Deise terá
legitimidade para, no prazo máximo de 5 anos, ingressar com ação de reparação de
danos em face de Suzana, tendo em vista que o contrato foi celebrado apenas entre
elas.
D) embora Suzana se enquadre no conceito de fornecedor do Código de Defesa do
Consumidor, a ausência de inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis
impede a aplicação da Lei nº 8.078/1990, de modo que o caso deverá ser regido pelo
Código Civil, cujo prazo prescricional é de 3 anos.
E) as normas do Código de Defesa do Consumidor poderão ser aplicadas ao caso, e por se
tratar de vício de fácil constatação, deverá ser observado o prazo decadencial de 90
dias.

04. (DPE-PB) Sobre o tratamento do superendividamento incluído recentemente no Código


de Defesa do Consumidor,
A) o fornecedor poderá realizar oferta de crédito indicando que a operação não
demandará a consulta aos serviços de proteção de crédito.
B) é vedada qualquer oferta de créditos a consumidores idosos, analfabetos, doentes ou
em estado de vulnerabilidade.
C) abrange também o superendividamento de pessoas jurídicas.
D) não se aplica à contratação de produtos e serviços de luxo de alto valor.
E) aplica-se a quaisquer compromissos financeiros decorrentes da relação de consumo,
com exceção das operações em cartão de crédito.

05. (MPE-SP) Por não refletir a normatização do Código de Defesa do Consumidor quanto aos
acidentes de consumo, pode-se dizer que é incorreta qual das sentenças a seguir?
A) A responsabilidade do comerciante é subsidiária.
B) A responsabilidade do fornecedor de serviço comporta excludentes de ilicitude.
C) A responsabilidade do fabricante é objetiva.
D) A responsabilidade do fabricante será apurada mediante a verificação de culpa.
E) A responsabilidade dos profissionais liberais é culposa.

06. (MPE-RJ) Maria estava com um montante de dívidas, decorrentes de operações de


crédito e compras parceladas, que se tornaram impagáveis, salvo com prejuízo de seu
mínimo existencial. Após deixar de pagar todas as suas dívidas, Maria teve o seu nome
inscrito em órgãos de proteção ao crédito, em razão da sua inadimplência. Ao tomar
conhecimento da publicidade da instituição financeira X, a qual informava que poderia
contratar operação de crédito sem consulta a serviços de proteção ao crédito, bem como
sem avaliação da sua situação financeira, Maria tomou um empréstimo no valor de R$
100.000,00 (cem mil reais), com o intuito de não pagar, tendo em vista não ter bens
penhoráveis para tanto.
Após, Maria contratou um advogado que requereu a instauração de processo judicial com
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fundamento no denominado superendividamento. Tendo em vista a disciplina legal do
superendividamento, pode-se corretamente afirmar que
A) são abrangidas pelo conceito de superendividamento quaisquer compromissos
financeiros assumidos decorrentes de relação de consumo, salvo compras a prazo.
B) o plano judicial compulsório poderá resultar em descontos de até 50% do valor
principal, corrigido monetariamente, para pagamento em até 5 (cinco) anos pelo
devedor superendividado.
C) é vedado, na oferta de crédito ao consumidor, indicar que a operação de crédito
poderá ser concluída sem consulta a serviços de proteção ao crédito ou sem avaliação
da situação financeira do consumidor.
D) se entende por superendividamento a impossibilidade manifesta do consumidor pessoa
natural ou jurídica, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis
e vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial.
E) poderá Maria apresentar plano de pagamento, com prazo máximo de 5 anos, que pode
abranger, inclusive, o empréstimo tomado da instituição financeira.

07. (DPE-SE) Compete ao PROCON


A) suspender atividade comercial temporariamente.
B) cassar licença de atividade.
C) cominar multas por transgressão aos preceitos do Código de Defesa do Consumidor.
D) apreender produtos.
E) inutilizar produtos.

08. (DPE-SE) O mecanismo que visa garantir igualdade formal-material aos sujeitos da
relação jurídica de consumo se traduz no
A) princípio da modificação contratual.
B) princípio da prevenção.
C) princípio da informação.
D) princípio do interesse social.
E) princípio da vulnerabilidade.

09. (DPE-PR) Assinale a alternativa INCORRETA com base nas regras sobre proteção
contratual do Código de Defesa do Consumidor.
A) No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão
de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos,
informá-lo prévia e adequadamente sobre os acréscimos legalmente previstos e o
montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros.
B) Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou a
restituição das parcelas quitadas terá descontada, além da vantagem econômica
auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.
C) Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em
prestações, o devedor inadimplente terá direito à compensação ou à restituição
integral das parcelas quitadas à data da resolução contratual, monetariamente
atualizada, descontada a vantagem econômica auferida com a fruição.

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D) Nos contratos de adesão, a inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza
de adesão do contrato.
E) São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que possibilitem a renúncia do direito de
indenização por benfeitorias necessárias.

10. (DPE-DF) O Código de Defesa do Consumidor se aplica à relação contratual entre


concessionária de serviço público e o usuário destinatário final do fornecimento de energia
elétrica.
A) Certo
B) Errado

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B C A D D C C E C A

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