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CONSUMIDOR
Os arquitetos Everton e Joana adquiriram pacote de viagens para passar a lua de mel na Europa,
primeira viagem internacional do casal. Ocorre que o trajeto do voo previa conexão em um país
que exigia visto de trânsito, tendo havido impedimento do embarque dos noivos, ainda no Brasil,
por não terem o visto exigido. O casal questionou a agência de turismo por não ter dado
qualquer explicação prévia nesse sentido, e a fornecedora informou que não se responsabilizava
pela informação de necessidade de visto para a realização da viagem
c) Não ocorreram danos extrapatrimoniais por se tratar de pessoas que tinham capacidade de
leitura e compreensão do contrato, sendo culpa exclusiva das próprias vítimas a interrupção da
viagem por desconhecerem a necessidade de visto de trânsito para realizarem a conexão
internacional.
d) Houve culpa exclusiva da empresa aérea que emitiu os bilhetes de viagem, não podendo a
agência de viagem ser culpabilizada, por ser o comerciante responsável subsidiariamente e não
responder diretamente pelo fato do serviço.
Gab. A
A Pizzaria X fez publicidade comparando a qualidade da sua pizza de mozarela com a da Pizzaria
Y, descrevendo a quantidade de queijo e o crocante das bordas, detalhes que a tornariam mais
saborosa do que a oferecida pela concorrente. Além disso, disponibiliza para os consumidores
o bônus da entrega de pizza pelo motociclista, em até 30 minutos, ou a dispensa do pagamento
pelo produto.
Gab. B
a) não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual o
questionamento deve seguir a ótica dos direitos obrigacionais previstos no Código Civil, o que
inviabiliza a inversão do ônus da prova.
b) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão do ônus
da prova, se preenchidos os requisitos legais e, em caso de nulidade da cláusula, todo contrato
será declarado nulo, tendo em vista que prática abusiva é questão de ordem pública.
c) é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão do ônus
da prova caso a consumidora comprove preenchimento dos requisitos legais, sendo certo que a
declaração de nulidade da cláusula não invalida o contrato, salvo se importar em ônus excessivo
para o consumidor, apesar dos esforços de integração.
d) não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual o
questionamento orienta-se pela norma especial de direito bancário, em prejuízo da inversão do
ônus da prova pleiteado, ainda que formalmente estivessem cumpridos os requisitos legais.
Gab. C
Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde coletivo ofertado pelo sindicato ao qual esteve
vinculado por força de sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao completar 60 anos, o
valor da mensalidade sofreu aumento significativo (cerca de 400%), o que foi questionado por
Amadeu, a quem os funcionários do sindicato explicaram que o aumento decorreu da mudança
de faixa etária do aposentado.
b) O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços
cobertos e o equilíbrio contratual exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer das
partes, não se aplicando o CDC à hipótese, por se tratar de contrato de plano de saúde coletivo
envolvendo pessoas idosas.
c) O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é natural
e periodicamente aplicada aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o CDC autoriza
que o critério faixa etária sirva como parâmetro para os reajustes econômicos.
d) O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado na
hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso
estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa.
Gab. A
HUMANOS
Você está advogando em um caso que tramita na Corte Interamericana de Direitos Humanos. O
Brasil é parte passiva do processo e, finalmente, foi condenado. A condenação envolve, além da
reparação pecuniária pela violação dos direitos humanos, medidas simbólicas de restauração da
dignidade da vítima e até mesmo a mudança de parte da legislação interna.
a) É necessário ingressar com medida específica junto ao STF para a homologação da sentença
da Corte ou a obtenção do exequatur, isto é, a decisão de cumprir, aqui no Brasil, uma sentença
que tenha sido proferida por tribunal estrangeiro.
b) Não há nada que possa ser feito, já que não há previsão nem na legislação do Brasil, nem na
própria Convenção Americana dos Direitos Humanos sobre algum tipo de medida quando do
não cumprimento da sentença da Corte pelo país que se submeteu à sua jurisdição.
d) Pode-se solicitar à Corte que, no seu relatório anual para a Assembleia Geral da OEA, indique
o caso em que o Brasil foi condenado, como aquele em que um Estado não deu cumprimento
total à sentença da Corte.
Gab. D
Considere o seguinte caso: Em um Estado do norte do Brasil está havendo uma disputa que
envolve a exploração de recursos naturais em terras indígenas. Esta disputa envolve diferentes
comunidades indígenas e uma mineradora privada. Como advogado que atua na área dos
Direitos Humanos, foilhe solicitado elaborar um parecer. Nesse caso, é imprescindível se ter em
conta a Convenção 169 da OIT, que foi ratificada pelo Brasil, em 2002. De acordo com o Art. 2º
desta Convenção, os governos deverão assumir a responsabilidade de desenvolver, com a
participação dos povos interessados, uma ação coordenada e sistemática com vistas a proteger
os direitos desses povos e a garantir o respeito pela sua integridade.
a) Os povos indígenas que ocupam terras onde haja a exploração de suas riquezas minerais e
do subsolo têm direito ao recebimento de parte dos recursos auferidos, mas não possuem
direito a participar da utilização, administração e conservação dos recursos mencionados.
c)A exploração de riquezas minerais e do subsolo em terras ocupadas por povos indígenas é
aceitável e prescinde de consulta prévia desde que se cumpram os seguintes requisitos:
preservação da identidade cultural dos povos ocupantes da terra, pagamento de royalties em
função dos transtornos causados e autorização por meio de decreto legislativo.
Gab. B
Alguns jovens relataram um caso em que um outro jovem, de origem vietnamita, foi preso sob
a alegação de tráfico de drogas. O acusado não conhece ninguém no Brasil e o processo penal
já se iniciou, mas ele não compreende o que se passa no processo por não saber o idioma e pela
grande dificuldade de comunicação entre ele e seu defensor.
A partir da hipótese apresentada, de acordo com o Pacto de São José da Costa Rica, assinale a
afirmativa correta.
a) O acusado tem direito de ser assistido gratuitamente por tradutor ou intérprete, se não
compreender ou não falar o idioma do juízo ou tribunal
b) O acusado tem que garantir por seus próprios meios a assistência de tradutor ou intérprete,
mas tem o direito de que os atos processuais sejam suspensos até que seja providenciado o
intérprete.
c) A investigação e o processo penal somente poderão acontecer quando o acusado tiver
assistência consular de seu país de origem.
d) O Pacto de São José da Costa Rica não dá ao acusado o direito de ser assistido por um
intérprete providenciado pelo Estado signatário ou de ter algum rito especial no processo.
Gab. A
O STJ decidiu, no dia 10/12/2014, que uma causa relativa à violação de Direitos Humanos deve
passar da Justiça Estadual para a Justiça Federal, configurando o chamado Incidente de
Deslocamento de Competência. A causa trata do desaparecimento de três moradores de rua e
da suspeita de tortura contra um quarto indivíduo. Desde a promulgação da Emenda 45, em
2004, essa é a terceira vez que o STJ admite o Incidente de Deslocamento de Competência.
De acordo com o que está expressamente previsto na Constituição Federal, a finalidade desse
Incidente é o de
Gab. B
AMBIENTAL
O Município de Fernandópolis, que já possui aterro sanitário, passa por uma grave crise
econômica. Diante disso, o prefeito solicita auxílio financeiro do Governo Federal para implantar
a coleta seletiva de resíduos sólidos, que contará com a participação de associação de catadores
de materiais recicláveis.
a) Não será possível o auxílio financeiro, sob pena de violação ao princípio da isonomia com
relação aos demais entes da Federação.
b) Não será possível o auxílio financeiro, uma vez que a coleta seletiva de resíduos sólidos do
Município de Fernandópolis está sendo realizada parcialmente por associação privada.
c) O auxílio financeiro é possível, desde que o Município possua até 20 mil habitantes ou seja
integrante de área de especial interesse turístico.
d) O auxílio financeiro é possível, desde que o Município elabore plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos.
Gab. D
A sociedade empresária Xique-Xique S.A. pretende instalar uma unidade industrial metalúrgica
de grande porte em uma determinada cidade. Ela possui outras unidades industriais do mesmo
porte em outras localidades.
c) Se a sociedade empresária já possui outras unidades industriais do mesmo porte, poderá ser
exigido outro licenciamento ambiental para a nova atividade utilizadora de recursos ambientais,
se efetiva ou potencialmente poluidora, mas será dispensada a realização de qualquer estudo
ambiental, inclusive o de impacto ambiental, no processo de licenciamento.
Gab. B
No curso de obra pública de construção de represa para fins de geração de energia hidrelétrica
em rio que corta dois estados da Federação, a associação privada Sorrio propõe ação civil pública
buscando a reconstituição do ambiente ao status quo anterior ao do início da construção, por
supostos danos ao meio ambiente.
a) Caso a associação Sorrio abandone a ação, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá
a titularidade ativa.
b) Caso haja inquérito civil público em curso, proposto pelo Ministério Público, a ação civil
pública será suspensa pelo prazo de até 1 (um) ano.
c) Como o bem público objeto da tutela judicial está localizado em mais de um estado da
federação, a legitimidade ativa exclusiva para propositura da ação civil pública é do Ministério
Público Federal.
d) Caso o pedido seja julgado improcedente por insuficiência de provas, não será possível a
propositura de nova demanda com o mesmo pedido.
Gab. A
Paulo é proprietário de um grande terreno no qual pretende instalar um loteamento, já
devidamente aprovado pelo Poder Público.
Contudo, antes que Paulo iniciasse a instalação do projeto, sua propriedade foi integralmente
incluída nos limites de um Parque Nacional.
b) Paulo poderá ajuizar ação com o objetivo de ser indenizado pelo lucro cessante decorrente
da inviabilidade do empreendimento.
c) Caso seu terreno não seja desapropriado, Paulo poderá ajuizar ação de desapropriação
indireta em face da União.
d) Paulo não poderá implementar seu loteamento, mas poderá explorar o ecoturismo na área
com cobrança de visitação.
Gab. C
Determinada sociedade empresária consulta seu advogado para obter informações sobre as
exigências ambientais que possam incidir em seus projetos, especialmente no que tange à
apresentação e aprovação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório
(EIA/RIMA).
c) O EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as Licenças Ambientais Prévia e de Instalação, tem
a sua metodologia e o seu conteúdo regrados exclusivamente por Resoluções do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), podendo a entidade / o órgão ambiental licenciador
dispensá-lo segundo critérios discricionários e independentemente de fundamentação, ainda
que a atividade esteja prevista em Resolução CONAMA como passível de EIA/RIMA.