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Grupo 1(6)

Antónia Maria Pires Prestelo, casada com Adalberto Silva é filha de Augusta Pires e de Carlos
Preselo, ambos os progenitores já falecidos em 2000, pretende conjuntamente com os seus dois
irmãos – Luís Pires Prestelo e Cláudia Pires Perestrelo – proceder á partilha dos bens de seus
falecidos pais. Dos referidos bens fazem parte um prédio urbano de rés-do-chão, 1º e 2º andares e
um prédio rústico com 20 000m2, ambos sitos no lugar do Freixo, na vila de Sobral de Montagraço.

Suponha que Antónia Maria se dirige ao seu escritório de solicitador e lhe pede para tratar do
assunto de modo a que os referidos prédios sejam legalizados na Conservatória para estarem em
condições para poderem ser vendidos num futuro próximo. António Maria apenas pretende ficar
proprietária do 1º andar.

1)Que documentos e elementos necessitava de obter, qual a forma como os mesmos poderiam ser
obtidos, para elaborar os atos e operações para que os bens possam ser titulados em nome de
cada um deles. Indicando como é óbvio, a froma dos atos e operações a realizar.

Justifique legalmente a sua resposta.(4 valores)

No caso em concreto, podemos dizer que os documentos e elementos necessitados de obter neste
caso são os documentos necessários para a habilitação de herdeiros, que estão previstos no artio 85
nº1 al)A e B CN, sendo estes a certidão do óbito do autor da herança, a certidão de nascimento dos
herdeiros, a certidão de casamento dos habilitandos, artigo 83, que é documento necessário para o
reatamento do trato sucessivo e os documentos previstos no artigo 98º nº1 al)A e B e nº3 do CN que
são a certidão comprovativa da omissão dos prédios no registo predial ou estando descritos,
certidão de teor da respetiva descrição e de todas as inscrições em vigor. Depois de ter estes
documentos, em primeiro lugar, deve se começar por fazer uma habilitação de herdeiros, segundo o
artigo 80 nº2 al)D CN:A habilitação de herdeiros pode ser obtida por via notarial por força do artigo
82 CN. A habilitação notarial consiste na declaração feita em escritura pública, por 3 declarantes ou
cabeça de casal, que o notário considere digno de crédito, de que os habilitandos são herdeiros do
falecido e não há quem lhes prefira na sucessão ou quem concorra contra eles. A habilitação notarial
tem os mesmos efeitos da habilitação judicial que consiste no registo nas conservatórias do registo
predial por força do artigo 86 nº2 al)A CN.

Caso o prédio se encontra prescrito no nome de um terceiro que não seja a da falecida é necessário
segundo o artigo 80 nº2 al)A CN fazer uma justificação notarial para o reatamente, do trato
sucessivo no registo predial.

Caso o prédio se encontre prescrito no nome de um terceiro que não seja a falecida é necessário

2)Refira quem tem competência para a redação do ou dos atos necessários há legalização, de
acordo com as tipologias de atos previstas legalmente. Justifique legalmente a sua resposta.(2
valores)

Quem tem a competência para a redação do ou dos atos necessários há legalização, de acordo com
as tipologias de atos previstas legalmente, em regra geral, são os notários, previsto no artigo 80 nº1
al)A e D) da CN, e deverá ser realizado por escritura pública, porém existe uma exceção que atribui a
competência ao conservador que está previsto no Codigo de Registo civil artigo 210-A nº2 al)A,
quanto a habilitação o que atribiu competência ao conservador para fazer a habilitação de
herdeiros. Quanto á justificação de direitos está previsto que o conservador também terá
competência para fazer-la artigo 116º nº1 e 117-B nº1 e 117-D. DL 324/2007 → Habilitação de
herdeiros.

Grupo 2

Assinale com V ou F as afirmações que se seguem:

Justifique a opção tomada e a legislação aplicável

1. Os documentos que titulem atos sujeitos a registo devem conter a modalidade de


pagamento e o momento do pagamento, sempre que do contrato resultem valores
pecuniários a pagar, independentemente do valor.V, artigo 47 nº5.
2. O notário não pode recusar a sua intervenção em ato notarial com fundamento na
anulabilidade ou ineficácia do ato. Verdadeiro artigo 174 CN.
3. A outorga da escritura de justificação de bens imóveis, pressupõe que o direito a justificar
esteja inscrito na matriz em nome do justificante.Falso artigo 92 nº1 e 2
4. O documento particular autenticado tem sempre de ser depositado. V Artigo 24 Nº2 DL
116/2008 de 04/07

Grupo 3

1)Maria Carlota pediu ao seu filho Manuel que trabalha num escritório de solicitador, para lhe
reconhecesse a assinatura na qualidade de gerente de uma sociedade, num contrato de promessa
de compra e venda de uma casa.

Indique quem de que forma e com requisitos deveria ser lavrado o reconhecimento da assinatura de
Maria Carlota. (2,5 Valores)

Neste caso em concreto por exercer funções notarias, conforme o artigo 3º nº3 obecede ás mesmas
regras que os notários, nesse sentido remetimo-nos para o artigo 5º do CN e 13º do EN, que
estabelece os impedimentos do notário e também do artigo 6º do CN e o artigo 14º do EN que
extende esse impedimento para esses trabalhadores a que pertença o notário ou solicitador,
advogado etc. Neste caso quem teria competência para realizar este ato seria qualquer advogado,
solicitador,conservador, notário câmara de comércio e industría, porém não poderá haver relação
familiar, portanto não poderá ser o filho a realizar este pela mãe. Quanto á forma, estamos perante
um contrato de promessa de compra e venda, e então teriamos de ir para o artigo 410º do CC que
nos fala dos contrato-promessa, de acordo com o artigo 410 nº1 do CC, que estabelece o princípio
da equiparação, que nos diz que no contrato promessa aplica-se as mesmas regras que do contrato
prometido exceto relativamente á forma, contudo o nº2 e o nº3 dispõem as regras para a forma dos
contratos de promessa que nesse caso como é um contrato de promessa de compra e venda
devemos analisar se esse contrato necessita de Escritura pública ou DPA, segundo o artigo 875,
como no caso se trata da venda de um imóvel deverá ser realizado por meio de EP ou DPA então
iremos aplicar o nº3. Por se tratar de um contrato onerosa com transmissão de direito de
propriedade sobre um edíficio construido nos termos do nº3 do 410, á necessidade da realização de
documento escrito com reconhecimento de assinatura das partes. Como neste caso é um
reconhecimento de assinatura com menção especial, que é a referência quanto a qualidade de
gerente. Os requisitos estão previstos no artigo 155º do CN, que nos remete o artigo 46º nº1 al)A, e
também o artigo 155 nº3.

2)Como se identificam os intervenientes num termo de autenticação

Justifique legalmente a sua resposta.(2,5 valores)

Segundo o artigo 151º, o termo de autenticação, além de satisfazer, na parte aplicavél e com as
necessárias adaptações, o disposto nas alíneas a) a n) no nº1 do artigo 46º, deve conter ainda os
seguintes elementos.

Grupo IV

Celestes e Carlos são titulares de uma casa de 4 andares, sita no concelho de Alenquer e a que
corresponde o artigo matricial 1000.

Ambos pretendem vender o 4º andar esquerdo a Manuel, que pretende comprar o referido andar
para habitação com recurso a financiamento.

No dia 2 de Janeiro de 2019, na data marcada para a realização do documento particular de compra
e venda, autenticado verificam o seguinte:

A) O prédio não está registado a favor de Celeste e do Carlos.


B) Não têm certidão camarária do prédio;
C) Não têm ficha técnica;
D) A titulação da constituição de hipoteca só pode ser constituida no momento em que esteja
definitivamente inscrito a favor de Carolina o prédio em causa;
E) Não sabem ainda a modalidade do pagamento do preço a pagar, pela venda do imóvel.

1. Atentas nas alíneas anteriores, o que deve diligenciar para poder validamente redigir o
termo de autenticação no contrato de compra e venda e Hipoteca Voluntária para que a
Manuela possa registar tais atos na Conservatória.

Ficcione os elementos que considere necessários e levante as sub-hipóteses que tender por
convenientes.

Justifique as opções tomadas e indique as disposições legais aplicáveis.(5 valores)


Segundo a al) A, O prédio não está registado a favor de Celeste e do Carlos, e segundo o
artigo 9º da CRP os factos de que resulte transmissão de direitos ou constituição de
encargos sobre imóveis não podem ser titulados sem que os bens estejam definitivamente
inscritos a favor da pessoa de quem se adquire o direito ou contra a qual se constitui o
encargo.

Manuel Pinto é proprietário de um prédio misto, sito no lugar da Costa, na Vila de Freio de Espada
à Cinta, pretende vender a Marcelino Candeias a casa destinada a habitação que faz parte daquela
sua propriedade, pelo preço de 20.000,00€.

Suponha que Manuel Pinto se dirige ao seu escritório de Solicitador para a celebração de referido
contrato.

1) Indique quais os elementos que necessitava de recolher junto do seu Cliente para proceder á
redacção do contracto solicitado. Justifique legalmente a sua resposta.

Necessitava da identificação dos interveniente (outorgantes) Manuel Pinto e Marcelino Candeias,


estado civil, regime de bens, se algum deles esta representado,

Art.º 46 do nº 1 c) do CN.

Relativamente ao conteúdo do acto jurídico é necessário saber a natureza do prédio, segundo o


enunciado é misto, localização ou situação do prédio, composição do prédio, se o prédio vai ser
vendido em parte ou na totalidade, em parte a comunhão, a área do prédio, o valor real, o patrimonial.

2) Que documentos necessitava de obter e qual a forma como os mesmos poderiam ser obtidos.

Relativamente à situação registral, caso o prédio estivesse descrito era necessário certidão passada
pela conservatória do registo predial, se estivesse omissa, uma certidão negativa passada pela mesma,
art.º 54 do nº 4

Quanto á situação matricial do prédio se estivesse escrito teria de obter a certidão de teor matricial,
art.º 57, nº 2 do CN, se estivesse omisso sem participação precisava da declaração de participação do
IMI, caso estivesse participado então teria o duplicado do IMI.

Trata-se de um prédio misto, isto significa que tem dois artigos (rústico e urbano), no enunciado refere
que pretende vender a casa destinada a habitação, portanto tem de ser feita uma desanexação, ou
seja como vai vendar uma parte do prédio trata-se de um fraccionamento, se for um terreno apto
para a cultura não pode fraccionar-se em parcelas de área inferior a determinada superfície mínima,
correspondente à unidade de cultura fixada para cada zona do pais, art.º 1376 nº 1 CC, também não
é admitido quando o fraccionamento resultar o encrave de algumas parcelas art.º 1376, nº2 CC,
depende portanto do parecer favorável da respectiva Direcção regional da agricultura emitindo o
requerimento do interessado de acordo com o art. 45 n.º 1 DL 103/90 de 22 de Março. A proibição
não será aplicável se o terreno constituir parte componente do prédio urbano ou se destinar algum
fim que não seja a cultura de acordo com o art.º 1378 a) CC.

E também necessário para a transmissão da propriedade da casa a licença de utilização, este


documento não é devido se o prédio for construído antes de 7 de Agosto de 1951, DL n.º 555/99 de
16/12 com as alterações introduzidas pelo DL 177/01 de 04/06 a prova é feita através da matriz, da
respectiva certidão predial ou da certidão camarária. E por fim é preciso a ficha técnica da habitação
quando exigível. DL nº 68/2004 de 25 de Abril e o seu modelo aprovado pela Portaria nº 817/2004 de
16 de Julho

De que forma o notário, ou quem exerce a função notarial deve verificar a identidade dos
outorgantes num documento autêntico? Resposta: Artigo 48º do CN - bilhete de identidade, carta de
condução, passaporte, conhecimento pessoal ou dois abonadores.

Antónia Maria Pires Prestelo é filha de Augusta Pires e de Carlos Prestelo, ambos falecidos em 2000,
pretende conjuntamente com os seus dois irmãos proceder á partilha dos bens de seus falecidos
pais. Dos referidos bens fazem parte um prédio urbano de rés-do-chão e 1º andar e um prédio
rústico com 20 000m2 sitos no lugar do Freixo, na vila de Sobral de Montagraço.
Suponha que Antónia Maria se dirige ao seu escritório de Solicitador e lhe pede que trate do assunto
de modo a que os referidos prédios sejam legalizados na Conservatória para estarem em condições
para poderem ser vendidos.
1) Qual ou quais os atos e operações que necessitava de efetuar para que os prédios possam ser
inscritos em nome de Antónia Maria e seu irmão Manuel Pires.
Justifique legalmente a sua resposta. 1 Valor.
R: Habilitação de herdeiros, art.º 80, nº 2 d) e 82º e SS CN e 86 nº1 a) CN
Caso os prédios não estivessem em nome dos falecidos, seria feita justificação para reatamento de
trato sucessivo, art.º 80 nº2 a) e 90º CN.

Pedro Castro casado na comunhão de adquiridos com Etelvina Bento pretende legalizar na
Conservatória uma casa que seus pais lhe doaram em 1970, ainda no estado de solteiro.
Não possui qualquer registo na Conservatória.
Dirigiu-se ao seu escritório de Solicitador solicitando-lhe que diligencie pela legalização da casa.
1 . Na qualidade de Solicitador o que faria?
Justifique legalmente a sua resposta. 2 Valores.
R: Neste caso, Pedro poderia legalizar a casa através de justificação para estabelecimento do trato
sucessivo no registo predial – art. 80.º /2 a). Desta forma poderá afirmar-se como titular do direito
a que se arroga, especificando a causa da sua aquisição (neste caso doação pelos pais) e referindo
porque não o pode comprovar por meios normais nos termos do art. 89.º/1 CN, 90.º CN, 34.º
CRPredial e 116.º/1 do CRPredial. Está aqui presente o princípio da legitimação de direitos, ou seja,
só pode transmitir direitos sobre imóveis quem tiver esses bens inscritos no registo em seu nome
conforme disposto no art. 9.º CRPredial. Seria ainda necessário reunir os documentos que constam
do art. 98.º CN, ou seja, certidão negativa ou de omissão do prédio no registo predial, ou certidão
de teor da respetiva descrição e de todas as descrições em vigor. Será igualmente necessário
apresentar certidão de teor da correspondente inscrição matricial art. 98.º/1 b). O solicitador teria
também de ter em atenção que se trata de um bem próprio de Pedro, uma vez que lhe foi doado
em solteiro nos termos do art. 1722.º/1 a) cc.

Grupo IV
1) Descreva a tramitação tenho que observar para titular um contrato de compra e venda.
Justifique legalmente a sua resposta. 4 Valores
R: O contrato de compra e venda poderá ser celebrado através de escritura pública ou Documento
Particular autenticado, nos termos do art. 150.º CN. Neste caso o contrato em questão adquire
natureza de documento autenticado, desde que as partes confirmem o seu conteúdo perante o
notário art. 150.º/1 CN. Por sua vez o notário terá de reduzir o documento a termo – art. 150.º/2
CN. De acordo com o art. 24.º do DL 116/2008 de 4 de julho, o DPA apenas poderá ser realizado por
advogados, solicitadores, notários, e câmara de comércio e indústria. O contrato de compra e venda
poderia igualmente ser titulado através do processo especial casa pronta. Este serviço permite fazer
num único momento o contrato e o respetivo registo. A conservatória pode liquidar o imposto sobre
as transmissões onerosas de imóveis (IMT) e, a solicitação do comprador, pedir a alteração da
morada fiscal do mesmo, a isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis relativo a habitação própria
e permanente e a inscrição ou a atualização de prédio urbano na matriz. Nesta última situação, não
se torna necessário solicitar as plantas do imóvel à câmara municipal, porque é a conservatória que
o faz e as envia ao serviço de finanças.

Grupo V
1) Indique os requisitos a que devem obedecer os reconhecimentos notariais. 2,5 Valores
Art. 153.º CN, art. 155.º CN, art. 46.º/1-c) CN, art. 47.º CN, art. 48.º CN, Lei 25/2008 de 5 de junho
(branqueamento de capitais).
De forma essencial teríamos de indicar a data, dia, quem lavrou o reconhecimento. É também
importante identificar as pessoas que assinam o documento, nos termos do art. 48.º CN, Lei 25/2008
de 5 de junho.
2) Como se identificam os prédios numa escritura pública. Justifique legalmente a sua resposta. 2,5
Valores.
R: Relativamente à situação registral, caso o prédio estivesse descrito era necessário certidão
passada pela conservatória do registo predial, se estivesse omissa, uma certidão negativa passada
pela mesma, art.º 54 do nº 4
Quanto á situação matricial do prédio se estivesse escrito teria de obter a certidão de teor matricial,
art.º 57, nº 2 do CN, se estivesse omisso sem participação precisava da declaração de participação
do IMI, caso estivesse participado então teria o duplicado do IMI.
A proibição não será aplicável se o terreno constituir parte componente do prédio urbano ou se
destinar algum fim que não seja a cultura de acordo com o art.º 1378 a) CC.
E também necessário para a transmissão da propriedade da casa a licença de utilização, este
documento não é devido se o prédio for construído antes de 7 de Agosto de 1951, DL n.º 555/99 de
16/12 com as alterações introduzidas pelo DL 177/01 de 04/06 a prova é feita através da matriz, da
respetiva certidão predial ou da certidão camarária. E por fim é preciso a ficha técnica da habitação
quando exigível. DL nº 68/2004 de 25 de Abril e o seu modelo aprovado pela Portaria nº 817/2004
de 16 de Julho.

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