Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FMU
São Paulo
2020
O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA
Tese de acusação
Antenor Ferreira Mendes Neto RA 7478616
Bianca Gusmão Rocha de Oliveira RA 7435111
Enzo de Azevedo Russo RA 6442419
Gabriel Caetano de Sousa RA 7030041
Gabriel Shoji Rodrigues Hayaci RA 6473351
Isabella Silva Lira RA 7472721
Karolaine Frank da Silva RA 7464132
Katarina Calixto RA 7464090
Marcelo de Siqueira Melo RA 6657614
Marcelo Henrique de Oliveira Domingues RA 1685750
Marília Brito RA 2245706
Rafaella Coutinho Konsulas Lohnhoff RA 6462545
Thalita Akemi Shinjo RA 7469754
Vitor Rogerio de Sousa Reis RA 7485880
São Paulo
2020
2
O caso ocorreu no início de maio do ano de 4.299 d.C., em Newgarth. Cinco homens
membros de uma associação de exploradores ficaram presos no interior de uma
caverna após um deslizamento que ocorreu durante a expedição. Este causou o
fechamento, por pedras enormes, da única saída conhecida por eles. Após a
associação e os familiares notarem o desaparecimento dos cinco homens, a equipe
de resgate foi acionada.
Apurou-se que, no trigésimo segundo dia, todos foram retirados da caverna, exceto
Roger, pois havia sido morto no vigésimo terceiro dia, e servido de alimento para
seus companheiros. Analisemos que no vigésimo dia a informação recebida pela
equipe de resgate era de que havia comida escassa no interior da caverna, portanto,
ainda havia comida. Três dias depois a vítima foi assassinada, coincidentemente, o
sorteado foi justamente a pessoa que havia se recusado a participar do sorteio.
Sintetiza-se disso que a vítima sabia do nível da atrocidade ao ponto de não querer
participar. Ainda que alegue-se que Whetmore seria o causador do fato, pois a ideia
teria partido dele, não existe nenhuma evidência de que isso seja verdade, pois a
comunicação foi feita por meio de um rádio transmissor, que consiste em um objeto
de comunicação que distorce a voz, ou seja, nada garante que a voz no rádio seria a
voz daquele que posteriormente seria vítima. Além disso, no resgate não havia
nenhum amigo ou familiar de Roger que pudesse garantir que a voz no rádio era
dele. Se a comunicação por esse aparelho fosse via mensagem de texto, reforçaria
ainda mais a ideia de que poderia não ser Roger representando o restante do grupo.
De tal modo, não há nenhuma evidência de que a vítima sugeriu o sorteio para fins
cruéis. Não se sabe se no momento da comunicação, ele estava sendo coagido,
ameaçado, ou encurralado enquanto outra pessoa se passava por ele no rádio.
Ainda que consideremos a possibilidade de realmente ter sido Whetmore o
representante do grupo, seriam quatro homens pressionando um único ser, nada
4
garante que Roger não teria sido influenciado a usar o rádio, para assim passar a
impressão de que a ideia teria partido dele, para esconder a premeditação do crime.
Os réus prestaram depoimento assumindo a culpa pela morte da vítima. Com isso,
pode-se imaginar que eles não estavam mal intencionados, caso contrário, não
teriam assumido a autoria do crime. Mas isso pode ser apenas uma forma de se
eximir da culpa, para que se presuma que são inocentes e cometeram o crime pela
própria sobrevivência, num momento de extrema necessidade. A defesa pode
recorrer como estado de necessidade, como prevê a lei, no entanto estado de
necessidade é quando existe um perigo eminente e não há outra saída a não ser
aquela extrema, só que existiam outras possibilidades. Se não quisessem matar,
teriam esperado para consumir a carne daqueles que morressem por inanição. Mas
estavam mesmo dispostos a cometer o assassinato em prol da sobrevivência.
Considerando que Whetmore não queria participar, para serem coerentes, teriam
feito o sorteio sem ele, de tal forma que a vítima não teria sido sorteada e também
não teria o “direito” sobre a carne daquele que havia sido morto. Com isso
concluímos que desde o inicio a ideia era fazer de Whetmore uma vítima de
homicídio. O estado de necessidade é anulado a partir do momento que exista a
premeditação. O crime foi cogitado no vigésimo dia, e cometido três dias depois.
Durante três dias, estes quatro homens premeditaram o crime.
5
Não se pode permitir que a família da vítima seja triplamente punida. Primeiro seu
familiar some, então há esperança de que este sobreviva, depois descobre-se que
ele foi assassinado e consumido, e logo a punição mais dolorosa: a impunidade que
dará liberdade aos assassinos.
partindo do ponto em que o judiciário deve cumprir seu papel que não é legislar, não
se deve abrir precedentes para novos crimes, nem permitir impunidade por
moralidade infundada. Os réus devem ser condenados como dita a lei, para que se
faça verdadeiramente a justiça.
7
BIBLIOGRAFIA
FONTES
● Jusbrasil
04/04/2020:https://erickanovais.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/623265l897/
modelo-de-tese-se-acusacao-caso-dos-exploradores-de-caverna/amp
sabia/por-quanto-tempo-podemos-sobreviver-sem-comer-veja-
casos,c718aaccde6da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
https://canalcienciascriminais.com.br/teses-sobre-homicidio-parte-8/
44827229