1. A Justiça Criminal deve se modenizar para conseguir um controle razoável da criminalidade, que é vista como normal sociologicamente.
2. A criminalidade é dividida em pequena/média e grave, com respostas jurídicas qualitativas e processos distintos para cada uma.
3. O crime é um fenômeno jurídico social, definido pela sociedade como um problema comunitário a ser tutelado pelo poder constituído.
1. A Justiça Criminal deve se modenizar para conseguir um controle razoável da criminalidade, que é vista como normal sociologicamente.
2. A criminalidade é dividida em pequena/média e grave, com respostas jurídicas qualitativas e processos distintos para cada uma.
3. O crime é um fenômeno jurídico social, definido pela sociedade como um problema comunitário a ser tutelado pelo poder constituído.
1. A Justiça Criminal deve se modenizar para conseguir um controle razoável da criminalidade, que é vista como normal sociologicamente.
2. A criminalidade é dividida em pequena/média e grave, com respostas jurídicas qualitativas e processos distintos para cada uma.
3. O crime é um fenômeno jurídico social, definido pela sociedade como um problema comunitário a ser tutelado pelo poder constituído.
2. O crime enquanto fenômeno jurídico social c/h – 3 aulas Legitimidade social e consenso
A Justiça Criminal deve sempre se modenizar para
conseguir, como sugere a modenar criminologia “um controle razoável” da criminalidade. Acabar com a criminalidade como um todo, tal como pretendia o socialismo ou ainda pretendem setores radicais da lei e da ordem, é uma utopia, até porque, do ponto de vista sociológico, ela é “normal” e, como reconhecia Durkheim, exerce uma função útil. Molina e Luiz Flavio Gomes Contudo, tendo hoje, os órgãos de controle social, uma gama enorme de meios e instrumentos (politicos criminais) que viabilizam a resposta jurídica adequada diante de cada desvio social, nota-se uma tendência metodológica de se separar o crime mais grave do de menor gravidade de acordo com o bem jurídico tutelado pela sociedade. Isto posto, dividimos a criminalidade em criminalidade de menor potencial ofensivo e criminalidade de maior potencial ofensivo. Desta forma, cabe ao ordenamento jurídico prever para cada espécie de criminalidade respostas não só quantitativas como também qualitativas adequadas, com instrumentos e processos distintos e adequados. Assim, neste modelo de separação da pequena e grande criminalidade, é sugerido que a Justiça Criminal deva distinguir o espaço de consenso (vinculado à pequena e media criminalidade) do espaço de conflito (criminalidade grave). Ao se observer a criminalidade pequena ou média, há uma preocupação internacional de se incidir, na maior extensão possível, o princípio de intervenção minima, abrindo campo para as penas ou medidas alternativas. A forma mais adequada para dar resposta a este dilema tem sido a processual em detrimento ao penal, mais precisamente, vem sendo adotado amplamente a via do “consenso”, que implica a não utilização de direitos fundamentais, assim como de formas reativas clássicas, em benefício de novas fórmulas alternativas. Um exemplo de modelo politico criminal consensual em nosso país é a Lei 9.099/95 que instituiu os Juizados Especiais (Civil e Criminal). Esta lei enfatiza, em seu art. 2º que o processo, nas infrações de pequeno ofensivo (art. 61 da citada lei), orientar-se-á pela simplicidade, oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, devendo buscar, sempre que possível, a conciliação ou a transação. O Crime Enquanto Fenômeno Jurídico Social
Para entendermos o crime como fenômeno
jurídico social, é necessário em primeiro lugar entendermos que o crime é um problema social e comunitário. Vale lembrar que há várias concepções do que vem a ser o crime, entre estas concepções podemos citar o penal, o filosófico, o social, o politico etc. Podemos entender “sociedade” como sendo “um grupo autônomo, de pessoas que ocupam um território comum, com igualmente uma cultura comum e possuem uma sensação de identidade compartilhada”. Neste contexto, este grupo elege seus valores sociais, morais e éticos, de igual sorte, seus bens jurídicos também. Criando assim um rol de bens jurídicos a ser protegido pelo Poder Constituído, através de normas que definem o bem e a sanção imposta a quem violá-lo. A criminologia, por seu turno, expõe o delito como sendo um comportamento individual, contudo, um problema social e comunitário, motivo pelo qual cabe ao poder constituído, tutelar os bens jurídicos eleitos pela sociedade, chamando a responsabilidade para si. Podemos afirmar que um determinado fato ou fenômeno deve ser definido como “problema social” quando tem incidência massiva sobre a população, quando essa incidência tenha relevância social dolorosa e aflitiva, persistência no espaço e no tempo e também consciência social de sua negatividade. Por mais que o conceito criminologico do delito seja um conceito real, fático empírico, e não normativo, diferentemente do conceito jurídico formal, a constatação ou apreciação do fato criminoso (da delinquência) e o volume deste dependem de uma série de operações e filtros, em síntese, da reação ou controle social, que evidenciam sua relatividade.